Sabe quanto o seu banco já ganhou de você em 2019? Sente-se antes de ler! Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

Nessa semana deparei-me com algumas informações que sempre vem a tona, aquelas que aparecem sempre em fim de ano, no momento em que as pessoas estão mais interessadas na confraternização da empresa, comprar os presentes do amigo secreto, temperar o peru e por ai vai...

Sabe quanto aquele seu banco de estimação, sim, aquele banco que você se orgulha de ser cliente há 30 anos, tem cheque cor de ouro, cartão de crédito A, B, C... e o seu gerente te oferece um café moído naquela máquina turbinada vermelha já te levou de taxa? R$24, 2 BILHÕES DE REAIS!

Sim, são R$24,2 BILHÕES DE REAIS que os 4 maiores bancos com capital aberto na B3 abocanharam de taxas bancárias e tarifas no ano de 2019! Ah, isso somente até setembro...

Esses valores foram calculados pelas informações fornecidas a CVM (Comissão de Valores Mobiliárias), afinal, TRANSPARÊNCIA é algo que banco tem que ter, até a onde lhe convém.

Será que te avisaram dos reajustes dessas taxas em todo período em que é cliente? Cada cliente, seja Pessoa Fisica ou Pessoa Jurídica pagou R$84, 27 mensalmente e a grande maioria nem copo de água teve na agência de seu banco de estimação.

As tarifas subiram mais que a inflação, ou seja, enquanto a inflação foi de 2,89% no período, as tarifas bancárias subiram mais de 7,1%, que cálculo é esse feito, que regulamentação é essa onde o cliente é extorquido sem ser a mão armada? BRASIL!

Os dados confirmam um levantamento, feito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) com 70 pacotes de serviços ofertados pelos maiores bancos do país, que mostrou reajuste médio de 14%, entre abril de 2017 e março de 2019, quase o dobro da inflação no mesmo período, de 7,45%.

O Itaú foi o banco, entre os quatro citados, que mais faturou com tarifas neste ano (de janeiro a setembro). 

Veja os números: 

Itaú Unibanco: R$ 9,83 bilhões (+ 5,25% em relação ao mesmo período de 2018) 

Banco do Brasil: R$ 5,75 bilhões (+ 6%) 

Bradesco:R$ 5,73 bilhões (+ 7,5%) 

Santander: R$ 2,86 bilhões (+ 15,4%).

Procurada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), disse que os bancos seguem as regulamentações do Banco Central no que se refere às cobranças que podem ou não ser feitas dos correntistas. 

O Banco do Brasil disse que o reajuste médio aplicado no preço dos serviços permanece um dos menores praticados no mercado. (Banco público...)

O Itaú disse que prefere considerar um levantamento mais amplo, que inclua outras fontes de receita, como seguros e gestão de recursos. Nessa conta, a receita de serviços do banco cresceu 3,8% este ano, atingindo R$ 31,8 bilhões. (sempre arrumando uma desculpa chique!)

O Santander disse que o aumento da base de clientes ativos, de 11%, e a maior interação deles com os serviços do banco, levaram ao incremento das receitas com tarifas. (o Brasil é o maior mercado do Santander fora do seu país de origem).

O Bradesco disse por meio da assessoria de imprensa, que não teria porta-voz para atender à solicitação. (esse corre da Cruz como o Diabo, nunca tem ninguém para atender, mas balança o maço de notas).

Dê uma BANANA para esses bancos, pesquise por fintechs, bancos digitais, enfim, mude a maneira com que você se relaciona com o seu dinheiro. Aproveite para você e não para vovôzinhos do sistema financeiro mais sórdido do planeta.

Ah, o presidente informou que a era dos GANHOS ESTRATOSFÉRICOS acabou por conta dos juros baixos. Me engana que Eu gosto! No Brasil...ahahahah

Crédito - João José Oliveira - UOL

Tem dúvidas, estou a sua disposição!

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Especialista em Finanças Corporativas pela UNICAMP, Especialista em Administração de Negócios pelo MACKENZIE, possui graduação em Direito pela UNIP (2002). Participante do Grupo de Jovens Empreendedores da ACIC - Campinas-SP, Colunista do Site Raquel Baracat sobre Investimentos, criador do Blog No Ponto, Palestrante e proprietário e administrador da Idees Treinamentos e Serviços Administrativos com sólida experiência na área de financeira (mercado de capitais e afins), comercial e relacionamento com clientes com atuação em empresas de variados porte e destaque no mercado há mais de 15 anos sempre buscando se destacar pela Liderança, Habilidade de Negociação e Visão Estratégica.