Feliz dia dos namorados - Textos Blog Ordens e Desordens de Andrea Figueira - Coluna Blogs que indico

Fecho os olhos para imaginar o seu melhor.
 

Enxergamos mais claramente quando nos perdemos na imaginação.
 

De olhos fechados te vejo como um todo. Rosto, pernas, braços, olhos, coração. Boca, beijo, sexo, tesão.
O dia a dia e a correria nos afastam dos sentidos.
De olhos fechados vejo quem você é e como você me faz sentir.
Entrego-me ao momento, me sinto leve e deixo fluir.
Esqueço o mundo, me encontro aqui. Perdida em seus braços, me sinto, me acho, te abraço, amasso.
Nossas línguas falam de desejo, o suor escorre, a alma se agita e num repente se acalma.
Os corpos exaustos se deitam, enquanto a respiração luta para se controlar.
Nossas mãos se encontram, nossos olhares se cruzam.
Como é bom poder te amar!

Andréa Figueira

Andrea Figueira

 

Economista de formação, pós graduada em Marketing, atualmente Blogueira. Casada, 2 filhos e sincera além da conta. Gosto de ver, de ouvir e adoro falar. Sou colecionadora de amigos, meus grandes tesouros. Também sou psicóloga de meia pataca, amigos me procuram pra contar segredos e  pedir  conselhos.  Blog: http://ordensedesordensnocasamento.blogspot.com.br/

Você pode colorir a vida mesmo com adversidades por Andrea Figueira (Blog Ordens e Desordens) - Coluna Blogs que indico

Para quem não me conhece bem, sou casada há 15 anos com o Bruno e tenho dois filhos: Gabriela de 10 e Gustavo de 7 anos.

O Guga nasceu com uma deficiência imunológica rara chamada Doença Granulomatosa Crônica (DGC). Explicando rapidamente, meu filho não tinha defesas para bactérias e fungos que para a maioria das pessoas seriam inofensivos.

Aos 38 dias de vida, o Gustavo foi internado com temperatura de 40ºC e com uma saliência no pescoço que lembrava caxumba. Permaneceu 30 dias na UTI até a descoberta da doença e enfim, a alta.

Saímos do hospital fragilizados, com medo do desconhecido e passamos a viver mais isolados das pessoas, imersos num mundo de álcool 70%, esterilizações constantes e menos contato com amigos e família.

Fizemos uma consulta com o médico que diagnosticou o Guga e saímos de lá num misto de tensão e hipnose.

Nosso filho tinha basicamente duas opções:

  1. Tomar antibiótico de 12x12 horas e mais um tipo de vacina caríssima 3x por semana. Evitar chuva, pisar na grama, areia, contato com pessoas doentes, etc. E, como disse o médico, ter uma vida relativamente normal

 

  1. Fazer um Transplante de medula óssea (TMO), que também teria duas chances: curá-lo ou matá-lo.

Nesse instante, eu e o Bruno nos olhamos e falamos quase simultaneamente que faríamos o transplante.

O pensamento foi: se há uma chance do nosso filho ter uma vida normal, é dessa chance que iremos atrás.

Ainda não tínhamos ideia do caminho que iríamos percorrer, nem das dificuldades que viriam, mas levantamos a cabeça e procuramos colocar um sorriso no rosto. Pedimos orações, rezas, energias positivas, imposições de mãos e tudo o que nossos familiares e amigos de todas as religiões poderiam fazer por nós.

Quando nos encontramos numa situação como essa não podemos negar qualquer ajuda. Precisamos ser humildes o suficiente para saber que não daremos conta do recado sozinhos. Com isso não estou dizendo para se vitimizar e achar que não dará conta de nada, muito pelo contrário, só estou dizendo que toda a ajuda é bem vinda.

A arrogância deve estar fora do seu dicionário, a paciência e a fé devem ser fortalecidas diariamente.

Outro ponto de extrema importância é que o casal deve se ajudar, amparar um ao outro. Há momentos que a balança pende para um lado e quem está mais forte deve amparar quem está em baixa.

Conheci muitos casais que se separam por conta dessas dificuldades. Não é fácil. A rotina muda, a vida fica mais complicada mas o amor deve prevalecer e ser cultivado ainda que os espinhos estejam por perto.

Voltando ao Guga, passamos a procurar um doador compatível e para a nossa sorte, a irmã dele, Gabriela, era 100% compatível.

Com 10 meses de vida o Gustavo foi submetido ao TMO. Dez dias de quimioterapia para “matar” a medula doente e preparar o corpo para a medula saudável.

Dia 23/01/2009 foi o dia “D”. Gabriela doou a medula ao irmão e eu passei a noite andando de um lado para o outro. Meus filhos estavam internados em extremos opostos do corredor daquele andar do hospital. O Bruno dormiu com o Guga e eu com a Gabi.

Minha filha morou 7 meses na casa da minha cunhada em Campinas enquanto eu, Bruno e Guga moramos boa parte do tempo em um hospital e outra num quitinete em São Paulo. Via minha filha poucas horas nos finais de semana.

Foram muitas idas e vindas de São Paulo para Campinas, algumas altas que duraram menos que dois dias até que as coisas foram voltando, vagarosamente, ao normal.

Hoje o acompanhamento é anual. O Guga foi o primeiro caso de cura dessa doença no Brasil, mas não é mais o único.

Tivemos a nosso favor: família unida e maravilhosa, doador compatível, médicos e enfermeiros presentes e muito otimismo para lidar com as adversidades.

Em meio a essa situação também lidávamos com a internação da avó do Bruno, a descoberta de um câncer de estômago no meu pai, uma hemorragia severa em uma tia-mãe que quase foi a óbito.

Não foi fácil. A vida é complicada, mas precisamos de um olhar mais simples para as coisas, devemos valorizar menos os bens materiais e mais a nossa saúde, as brincadeiras com as crianças, o sexo com quem amamos, a amizade sincera, a família.

Tudo é possível. As coisas acontecerão de qualquer maneira, querendo você ou não. Procure o melhor dentro do seu dia a dia.

Dia desses fui a uma festa de imunodeficientes em São Paulo e chorei ao ver a superação das crianças, adolescentes e adultos perante essas doenças que vem sem aviso.

Fui para dar testemunho da cura do meu filho mas o que testemunhei foi a força e a garra dessas pessoas que lutam para se manter vivos e com dignidade.

Vou partilhar um vídeo muito particular de minha família, que mostra um pouco da nossa experiência. As adversidades acontecem, mas não podemos deixar que elas escureçam nosso modo de ver a vida. 

"Coloque mais cor nos seus dias e dê mais sorrisos às pessoas que te rodeiam."

Peço, para quem puder, que se cadastre como doador de medula óssea. Minha filha tinha 3 anos quando fez a doação. Eu faço parte do cadastro de doadores e espero ansiosa para que me chamem um dia. Abaixo link do video e das informações para doação de medula óssea.

Video: http://migre.me/pWJLA

Cadastro de doação de medula

 

Link do blog: http://migre.me/pYqcXVocê pode colorir a vida mesmo com as adversidades?

Andréa Figueira

Andrea Figueira

 

Economista de formação, pós graduada em Marketing, atualmente Blogueira. Casada, 2 filhos e sincera além da conta. Gosto de ver, de ouvir e adoro falar. Sou colecionadora de amigos, meus grandes tesouros. Também sou psicóloga de meia pataca, amigos me procuram pra contar segredos e  pedir  conselhos.  Blog: http://ordensedesordensnocasamento.blogspot.com.br/

Feliz Dia das Mães - Sejamos um espelho positivo para nossos filhos! por Andrea Figueira - Blog Ordens e Desordens

Queria escrever um texto lindo, cheio de emoções e sentimentos para dizer o que é ser mãe, mas essas coisas não fluem tão facilmente.


Poder mostrar como a vida, que já tem brilho, se transforma em cores quando você tem seus filhos em seus braços pela primeira vez, e essas cores vão se intensificando com o passar dos anos e com troca de experiências com eles. 

Queria dizer que ser mãe é mais fácil do que parece, mas não seria verdade.


Ser mãe é uma experiência incrível, uma montanha russa constante, uma cobrança eterna de si mesma. Amamentei demais? Não amamentei o suficiente? Dei muita liberdade? Cobrei demais? Será que fui muito dura? Será que fui muito mole? Ser mãe é se questionar 24h por dia, 7 dias por semana. Mãe quer acertar, fazer o melhor, mas somos humanas e erramos muito, erramos querendo acertar, mas erramos. E às vezes acertamos com nossos erros. Ser mãe é insano, o amor de mãe dói. Tudo o que queremos é que nossos filhos sejam felizes, saudáveis, tenham sucesso e que corram para os nossos abraços.

Quando nos apaixonamos por outra pessoa e encontramos nossa cara metade, achamos que descobrimos o maior amor do mundo. Isso até termos filhos. Desculpem os maridos, pais e afins mas o amor de mãe é infinito e tem uma força inexplicável.

Ser mãe é colocar as mãos na cabeça e pensar em tudo o que um dia foi dito por sua mãe, pena que naquela época você não era mãe para entender.

 Ah, como entendo minha mãe e sou grata pelas horas de sono que ela perdeu ao cuidar de mim, pela ajuda na escola, pelas dicas para conquistar o garoto que eu era apaixonada. Pelos abraços, sorrisos e cumplicidade, por estar ao meu lado quando meus filhos nasceram e me ensinar um pouquinho dessa loucura que é a maternidade. Minha mãe é meu grande exemplo de vida!

Os filhos são espelhos dos pais. Eles nos copiam nas falas, nos gestos, nos olhares. E aí, nesses pequenos seres (que vão crescer, ou que já cresceram) encontramos nossa grande chance de evolução. Podemos através deles ensinar o caminho do bem, fazê-los melhor.

Gosto muito da frase : “Todo mundo fala sobre como deixar um planeta melhor para os nossos filhos. Na verdade, deveríamos tentar deixar filhos melhores para o nosso planeta.” (Clint Eastwood, cineasta americano).

Que nós mães consigamos ensinar nossos filhos a serem melhores para si mesmos e para os que estão ao redor.
  
Feliz dia das Mães hoje e em todos os dias em que nos dedicamos aos filhos que com certeza, são as melhores partes de cada uma de nós!

Andréa Figueira (mãe orgulhosa da Gabi e do Guga e filha da melhor mãe do mundo, a Isabel)

Fonte das Fotos: Andréa Figueira by Ordens e Desordens

 

Link: http://ordensedesordensnocasamento.blogspot.com.br/2015/05/feliz-dia-das-maes-sejamos-um-espelho.html



Andréa Figueira

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