Concertos reúnem 200 artistas no Castro Mendes nesta sexta e sábado; entrada gratuita

Sob a batuta do maestro Victor Hugo Toro, perto de 200 artistas estarão no palco do Teatro Castro Mendes para homenagear o grande compositor campineiro Carlos Gomes nos concertos deste final de semana, com entrada gratuita.

As apresentações, na sexta e sábado, 15 e 16 de setembro, às 20h, irão reunir Sinfônica de Campinas, Bandinha Cênica do Conservatório Carlos Gomes, Coral Meninos Cantores de Campinas, além dos vencedores do X Concurso Estímulo para Cantores Líricos. Os ingressos serão distribuídos com uma hora de antecedência do início dos espetáculos.

O repertório reúne árias de Carlos Gomes e a Cantata da Primavera, do também campineiro Orlando Fagnani, com letra de Léa Ziggiatti, que terá a participação da Bandinha Cênica e do grupo Meninos Cantores. 

Os nomes dos ganhadores do Concurso Lírico serão anunciados ao público durante os concertos. 

 

 

Carlos Gomes e Orlando Fagnani: os compositores

O reconhecimento de Carlos Gomes (1836-1896) como um compositor significativo para a música brasileira não é recente. Sua produção é grande, assim como a pesquisa desenvolvida entorno de suas composições. Desde o sucesso de sua primeira ópera, A Noite do Castello, Dom Pedro teve a intenção de enviar o músico à Alemanha para desenvolver suas habilidades musicais. Apenas após o triunfo de Joana de Flandres, o compositor sentiu-se seguro para continuar seus estudos fora do país. Chegou então à Itália, em Milão, e iniciou seus estudos com professores particulares. 

Com o sucesso da estreia de Il Guarany no Teatro alla Scala de Milão, um dos mais importantes espaços de performance operística mundial, o compositor recebeu seu diploma do conservatório da cidade.

Viveu grande parte de sua vida na cidade italiana e conseguiu divulgar parte da cultura brasileira em uma cidade europeia. Talvez não pudesse recriar uma arte distante da música estruturada a partir de uma linguagem como a de Verdi e disseminar um olhar inteiramente nacionalista. Entretanto, pôde, a partir das ferramentas que possuia, dar visibilidade a uma cultura distante de um povo que se posicionou como centro cultural de produção musical operística e "isso é extremamente louvável", observa o pesquisador Leonardo Augusto Cardoso de Oliveira. 

 

Também natural de Campinas, Orlando Fagnani (1922-1977) trabalhou por 50 anos no Conservatório Carlos Gomes. Entre suas composições estão duas cantatas: a que será apresentada neste concerto e outra de Natal. Também compôs músicas para piano, canto coral, música de câmara e orquestra. Aos sete anos, inicia seus estudos musicais e durante sua trajetória profissional, apresentou-se em vários palcos,  inclusive ao lado de Niza Tank. Sua Cantata da Primavera foi escrita em 1969 e a letra é de Léa Ziggiatti. A primavera, como o próprio título traz, é o mote da obra. Segundo o musicólogo Leonardo, "há uma tentativa de composição descritiva, que narra a transição do inverno para a primavera. Notamos desde momentos em que a estação é anunciada até sua celebração em sua chegada".

 

Programa

ANTONIO CARLOS GOMES (Campinas, 1836 - Belém, 1896)

Il Guarany - Protofonia

 

ORLANDO FAGNANI (Campina, 1922 - Campinas, 1977)

Cantata da Primavera

 

ANTONIO CARLOS GOMES (Campinas, 1836 - Belém, 1896)

Colombo – Nell Isola

 Lo Schiavo – Hino della Libertá

 Lo Schiavo – Recitativo ed Aria – O ciel di Parahyba

Colombo – Recitativo ed Aria – Vittoria! Vittoria

Maria Tudor – Recitativo ed Aria – Ogni rumor di passi

Lo Schiavo – Recitativo ed Aria – All’istante partir di qui vorrei...Quando nascesti tu

Il Guarany – Recitativo ed Aria – Vanto io pur

Lo Schiavo – Recitativo ed Aria – Sospettano di me… Sogni d'amor

Salvator Rosa – Recitativo ed Aria – Il foglio io segneró… Di sposo di padre

 

Serviço

Orquestra Sinfônica de Campinas

Victor Hugo Toro, regente

Bandinha Cênica do Conservatório Carlos Gomes

Coral Meninos Cantores de Campinas

Solistas vencedores do X Concurso Estímulo para Cantores Líricos

Quando: 

sexta, 15 de setembro, 20h 

sábado, 16 de setembro, 20h

Onde: Teatro Castro Mendes (Praça Correa de Lemos, s/n. Vila Industrial. Campinas). Telefone (19) 3272-9359.

Entrada gratuita. Os ingressos serão distribuídos com uma hora de antecedência do início dos espetáculos.

“Deu a louca no Convento” - Uma Adaptação do Sucesso Musical MUDANÇA DE HÁBITO

Uma cantora abusada e desbocada testemunha um assassinato e se refugia em um convento de freiras enclausuradas. Este é o enredo que“Deu a Louca no Convento”trará para o Teatro Castro Mendesnos dias 24, 25 e 26 de agosto.

O espetáculo é uma adaptação do grande sucesso dos palcos e do cinema, “Mudança de Hábito”. O filme, lançado em 1992, tinha Whoopi Goldberg no papel principal efoi um grande sucesso mundial.

Quem não se lembra de Deloris chegando ao convento e encontrando um coro de freiras absolutamente desafinado? Muitas peripécias e confusões depois, este mesmo coro, regido por ela, transforma o convento e a comunidade ao cantar de forma divertida e muito animada, grandes sucessos da Motown (soul e funk característico dos anos 60, com estilo de canto e resposta originário da música Gospel).

Mudança de Hábito foi adaptado para os palcos e estreou em Londres em 2009 e na Broadway em 2011. Desde então teve montagens oficiais em 13 países e foi visto por mais de 6 milhões de pessoas ao redor do mundo. Ao ser levado para os palcos, o musical ganhou uma trilha sonora original que captou a essência do filme e foi além. As músicas compostas pelos premiados Alan Menken (música) e Glenn Slater (letras), têm melodias incríveis e arranjos complexos e foram inspiradas no estilo musical da Motown e também em grandes temas da discomusic.

Nesta adaptação campineira, a diretora Juliana Hilal buscou unir os pontos fortes do filme e do musical da Broadway. O espetáculo apresenta, assim, uma trilha sonora mista que engloba os grandes hits do filme como “I Will FollowHim” e “My Guy”, e também os sucessos dos palcos “Take me toHeaven” e “RaiseYourVoice”, todas cantadas em português. O roteiro também foi adaptado e inclui cenas do filme que não estavam presentes na montagem apresentada na Broadway. O resultado é um espetáculo único, trazido em primeira mão para o público de Campinas e região. “Quando assisti ao espetáculo na Broadway fiquei apaixonada. Morri de rir, me emocionei com a transformação dos personagens, mas não pude deixar de pensar que as músicas do filme faziam falta naquela história. Desde então surgiu o sonho de fazer uma montagem que agregasse os pontos fortes do musical e também do filme, e assim surgiu Deu a Louca no Convento”, diz a diretora.

Para Danilo Demori, que assina a direção musical, “como o espetáculo é ambientado nos anos 70, o clima dos vocais pop é muito bem explorado nos arranjos incríveis. Uma música é mais encantadora que a outra.”O musicalé todo cantado ao vivo econta com um elenco de 40 atores selecionados em audições. A montagemé resultado do workshop de teatro musical realizado na academia Estação de Dança Adriana Pizzato nos meses de maio a agosto de 2016.

            As coreografias são alegres e divertidas, e são em grande parte dançadas pelas freiras do convento. Como cada freira apresenta suas particularidades e personalidades únicas, as coreografias tiveram que incorporar essas diferenças e evidenciar um tipo de movimentação não característico de bailarinos treinados, mas sim de corpos “crus”. Como reforça Luciana Felix, uma das diretoras coreográficas da montagem, “um grande desafio foi lembrar sempre que eram freiras cantando e dançando, e não bailarinos”.

O elenco é composto por alguns artistas iniciantes e outros bastante experientes, como a cantora SamyaNalany que participou dos programas The Voice Brasil e Ídolos. Para os escolhidos na audição, o grande desafio é trabalhar conjuntamente o canto, a dança e a interpretação. “É preciso dedicação para automatizar vozes, movimentos, caras e bocas. É necessário muito estudo, disciplina e renúncia para que tudo saia perfeito“ diz Everlyn Alves Porto que interpreta o papel de Tina. Apesar de se tratar de um espetáculo resultante de workshop, o trabalho é desenvolvido com muito profissionalismo para que tudo saia perfeito e surpreenda os espectadores. Para David Costa, que interpreta o capanga Joey, “o mais marcante foi experimentar de fato como é um ambiente profissional e constatar a importância da disciplina e dedicação individuais necessárias para que o coletivo atinja o objetivo maior. Isso me mostrou o tamanho da responsabilidade que um profissional tem para levantar um espetáculo como esse.”

A montagem, além de agradar ao público, tem também a função de formar novos artistas da região. Nesse sentido, a experiência adquirida durante o processo acaba por preparar uma nova geração de atores para ingressar em futuros espetáculos profissionais. “O processo todo foi desafiador e surpreendente. A cada ensaio um novo desafio, uma nova lição a aprender e um degrau a subir.” diz Caroline Ferrari, uma das atrizes da produção.

A equipe de Deu a Louca no Convento foi responsável em 2015 pela montagem “Minha Mãe e Meus Pais”, uma adaptação do musical Mamma Mia! apresentada em Campinas e região que foi muito elogiada pelo público.  

Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro, na academia Estação da Dança Adriana Pizzato e pela internet, no site www.ticketbrasil.com.br.

 

Link para fotos de divulgação (crédito das imagens para Juliana Hilal):

http://s1173.photobucket.com/user/JuHilal/library/Deu%20a%20Louca%20no%20Convento?sort=2&page=1

 

SERVIÇO

SESSÕES:

24/08 – quarta-feira, 20h

25/08 – quinta-feira, 20h

26/08 – sexta-feira, 18h

26/08 – sexta-feira, 21h

 

LOCAL:

Teatro Castro Mendes,

R. Conselheiro Gomide, 62. Vila Industrial - Campinas - SP / Fone: (19) 3272-9359

 

INGRESSOS: R$ 40,00 (antecipado), R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia)

 

PONTOS DE VENDA: bilheteria do teatro Castro Mendes, academia Estação da Dança Adriana Pizzato e www.ticketbrasil.com.br

 

Informações pelo telefone (19) 3395-7007.

 

FICHA TÉCNICA

Direção geral, adaptação, tradução e roteiro: Juliana Hilal

Direção musical: Danilo Demori

Direção coreográfica: Luciana Felix e Renata NistaSpis

Direção executiva: Adriana Pizzato

Preparação vocal: Marilia Andreani

Produção: Paiol Produções Artísticas

Iluminação: DicksonResstel Godoy

Figurinos: Camila Viegas

Operação de som: Fabiana Mesquita

Equipe de backstage: Robson Arseli e Sandra Dabrius

Fotografia (estúdio/divulgação): Juliana Hilal

Design gráfico: Leonardo Ferrari

Autoria do musical Mudança de Hábito original: Bill e CheriSteinkellner

Letras e músicasoriginais:Broadway - Alan Menken (música), Glenn Slater (letras); filme - Smokey Robinson (My Guy), Norman Gimbel, Arthur Altman, Jacques Plante, Franck Pourcel  e Paul Mauriat (I Will Follow Him), Valerie Simpson eNick Ashford (Ain’t no Mountain High Enough).

Versões das músicas para o português: Broadway - Bianca Tadini e Luciano Andrey; filme – Danilo Demori.

Apoio cultural: Café Tablao, Juliana Hilal Fotografia, GM7, Loudness, Ankora e Luciano Almeida Nutrição.

Realização: Estação da Dança Adriana Pizzato

Grupo Rotunda apresenta: "A LIÇÃO" - Peça de Teatro no Castro Mendes

Teatro do absurdo de Eugène Ionesco – Direção de Teresa Aguiar

Com: Hélcio Henriques (professor), Cláudia Menezes (aluna) e Walkiria  Franciscatto(Governanta)

ESTREIA dia 02 de fevereiro as 21hno Teatro Castro Mendes -Endereço: Rua Conselheiro Gomide, 62 - Vila Industrial, Campinas - SP, 13035-320 Telefone:(19) 3272-9359 – dentro 31ª Campanha de Popularização do Teatro de Campinas Ingresso promocional: R$ 15,00

Um professor conhecido da cidade, especializado em aulas particulares sobre qualquer assunto. Especializado em aritmética, filologia, filosofia, línguas, medicina, etc, ele atende alunos interessados em apresentar-se ao concurso de doutorado total ou parcial.

 Nesse ambiente entra a nova aluna, interessada nos conhecimentos do professor. O que acompanhamos após sua chegada são as diferentes relações de poder entre as personagens, destacando a governanta - uma figura aparentemente onisciente. Através de diálogos aparentemente absurdos, o problema universal da falha de comunicação e a procura incessante pela informação são expostos de forma extremamente cômica algumas vezes, mas também dramática, quando não trágica por essas três personagens.

A Lição, de Eugène Ionesco, busca, através do absurdo, esmiuçar parte da verdade das afinidades humanas e a busca infinita pelo conhecedor e pelo conhecimento.

Eugène Ionesco (SlatinaRoménia26 de Novembro de 1909 — Paris28 de Março de 1994) foi um dos maiores para físicos e dramaturgos do teatro do absurdo. Para lá de ridicularizar as situações mais banais, as peças de Ionesco retratam de uma forma tangível a solidão do ser humano e a insignificância da sua existência.

Filho de pai romeno e mãe francesa, Ionesco passou a maior parte da infância na França, mas no princípio da adolescência regressou à Roménia onde se formou como professor de francês e casouem 1936. Em 1928, na Universidade de Bucareste, conheceu Emile Cioran e Mircea Eliade, e os três tornaram-se amigos de toda a vida.Regressou à França em 1938 para concluir a sua tese de doutoramento.

 Apanhado pela eclosão da guerra, em 1939, Ionesco permaneceu em França, acabando por revelar-se escritor de talento. Foi eleito membro da AcadémieFrançaise em 1970.Morreu aos 81 anos e está sepultado no Cemitério do Montparnasse, em Paris.

Algumas Obras: La Cantatricechauve (A Cantora lírica careca), (1950),LesSalutations (As Saudações), (1950), LesChaises (As Cadeiras), (1952), Le Maître (O Mestre), (1953)Le Nouveau Locataire (O Novo locatário), (1955), L'avenir est danslesœufs (O futuro está nos ovos), (1957),Rhinocéros (Rinoceronte), (1960),  L'avenir est danslesœufs (O futuro está nos ovos), (1962), Le Roi se meurt (O Rei está morrendo), (1962), Jeux de massacre (Jogos massacrantes), (1970), L'Homme aux valises (O homem das malas), (1975), Voyage chez lesmorts (Viagem na casa dos mortos)

Assistência de direção: Carmen Freitas- Assessoria de Figurinos: Ronaldo Oyafuso – Cenário: equipe - Produção: Luiza Pasim- Produção de 2016 – 50 minutos –
Classificação etária: 12 anos Fotos de cena: Sônia Alda/Jô.