The Morning Show, a primeira grande produção original da Apple TV+, revela a podridão dos bastidores da TV. E em grande parte, a forma como foi recebida pela crítica americana tem a ver com o quanto sua vaidade de ser “drama consciente” ficou em primeiro plano na construção de seu enredo.
Ser uma primeira produção da Apple TV+ não é o único atrativo de The Morning Show. A série tem duas produtoras e estrelas que fazem qualquer bastidor soar matéria prima para a dramaturgia: Jennifer Aniston e Reese Whiterspoon.
As duas assinaram com a plataforma ainda em 2017 e com a bagatela de US$ 2 milhões por episódio, carregaram a responsabilidade de fazer valer todo esse investimento. Com sete meses de filmagem e substituições de equipe, acabaram chegando a uma fórmula que honrasse a criação de Jay Carson, que trabalhou com política internacional para os Clinton e chegou a ser secretário de imprensa de Hillary durante sua campanha em 2008. Carson chegou ao showbizz sendo consultor de House of Cards durante todos os anos em que a série esteve no ar.
Sua ideia para The Morning Show era ambiciosa. Tudo ia bem para Alex Levy (Jennifer Aniston) e Mitch Kessler (Steve Carrel) nas manhãs da rede UBA, até que um dia acusações de assédio e má conduta sexual explodem contra Mitch.
Isso deixa Alex numa posição frágil, já que a rede começa a querer fazer uma grande limpeza para salvar a audiência do programa. A questão é que tudo acontece na semana em que um vídeo de uma repórter de interior gritando verdades contra um manifestante acaba viralizando, o que a torna uma das convidadas da atração.
Essa é a oportunidade perfeita para que Cory Ellison (Billy Crudup) manipule a situação a ponto de conseguir que Bradley (Reese Whiterspoon), a repórter, acabe como co-âncora de Alex, o que seria o primeiro passo para que ele consiga derrubar o presidente do canal.
Fonte: Omelete
Nem preciso comentar que vale a pena assistir e devorar os episódios!