Mercado de trabalho 2026: novas leis e modelos estratégicos de contratos

Advogado trabalhista aponta tendências e reforça a importância de contratos estratégicos no modelo híbrido

As relações de trabalho no Brasil entram em uma nova fase em 2026, marcada pela consolidação do modelo híbrido, que integra equipes fixas, terceirizadas e temporárias. As recentes alterações na legislação trabalhista e decisões do Tribunal Superior do Trabalho (TST) reforçam a necessidade de contratos bem estruturados, capazes de oferecer segurança jurídica e eficiência operacional às empresas.

Embora muitas vezes usados como sinônimos, terceirização e trabalho temporário são institutos distintos na legislação brasileira e cumprem papéis estratégicos diferentes dentro das empresas. 

Na terceirização, uma empresa contrata outra para executar determinadas atividades de forma contínua, permitindo que o contratante foque no seu negócio principal e reduza custos operacionais. Já o trabalho temporário se aplica em situações específicas e de prazo definido, como aumento de demanda sazonal ou substituição de funcionários afastados.

Com as mudanças trazidas pela Reforma Trabalhista e pelas decisões recentes do TST, o uso desses modelos ganhou maior segurança jurídica, mas também exige contratos detalhados e adaptados à realidade de cada negócio.

Segundo o advogado Jorge Victor Veiga do escritório Jorge Veiga Sociedade de Advogados , especialista em Direito Trabalhista, as empresas precisam compreender que “a elaboração de contratos não pode ser apenas burocrática, mas estratégica, garantindo clareza de direitos e deveres, prevenindo litígios e permitindo flexibilidade para lidar com diferentes formatos de trabalho”.

O período deve impactar diretamente o mercado de trabalho, com a expectativa de 14.218 contratações temporárias em Campinas e Região, aumento de 4,5% em relação às 13.602 vagas abertas em 2024. Para Veiga, essa tendência evidencia que “quando usados de forma planejada, o trabalho temporário e a terceirização se tornam ferramentas de gestão de pessoas, mantendo a produtividade e valorizando o capital humano em um ambiente de negócios cada vez mais competitivo”.



Saiba mais – Jorge Veiga Sociedade de Advogados

Fundado em 1994, em Campinas, o escritório Jorge Veiga Sociedade de Advogados é referência em soluções jurídicas de excelência, unindo seriedade, competência e compromisso com prazos. Atua nas áreas de Direito Civil, Trabalhista, Empresarial, Família e Sucessões, Consumidor e Previdenciário, com presença em diversas cidades do interior paulista e capital.

Com uma equipe altamente qualificada, o escritório se destaca pelo atendimento personalizado, empatia e sigilo profissional, sempre pautado pela ética e pela busca de soluções inovadoras e eficazes. A confiança construída ao longo de três décadas de atuação faz do Jorge Veiga Sociedade de Advogados um parceiro estratégico para empresas e pessoas físicas que buscam segurança e transparência em suas demandas jurídicas.

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O que o mercado espera de você - Coluna "Sua Carreira" por Marcelo Veras

 

Conhecimento sem atitude é como uma Ferrari com motor de fusca

 

Há uma semana tive a honra de assistir uma palestra do meu amigo Ricardo Basaglia, Diretor da Michael Page, a maior empresa de recrutamento do Brasil. Nela, ele compartilhou um pouco da sua experiência e visão sobre as atuais e futuras demandas do mercado em relação a executivos. E vamos combinar uma coisa, se tem alguém que pode dar uma bela visão do que as empresas querem (e não querem) em termos de competências na hora de contratar alguém, é uma pessoa que vive diariamente recrutando profissionais para empresas.

Durante a sua fala, ressaltou alguns pontos muito importantes com relação a currículos, educação continuada, fluência em inglês e competências. Uma frase, que embora não tenha soado para mim como novidade, em função dos meus oito anos de estudos sobre gestão de carreiras, chamou a atenção de todos que o ouviam. Ele citou uma pesquisa recente que apontou o seguinte dado: “90% das pessoas são contratadas por questões técnicas e demitidas por questões comportamentais”. Ou seja, na hora da contratação, as competências técnicas são preponderantes. Já na demissão, os motivos são comportamentais e não técnicos. Estranho? Não. Por mais que o número assuste, não há nada de estranho neste fato. Para entendê-lo melhor, vamos visitar os conceitos.

Competências técnicas são os conhecimentos relativos à área de atuação de um profissional. Elas representam o “Saber”. Um bom dentista precisa saber aplicar uma anestesia, extrair uma cárie, restaurar um dente e assim por diante. Um gerente financeiro precisar saber avaliar a saúde financeira de uma empresa através de demonstrativos (balanço, DRE), precisa saber fazer um orçamento, calcular custo de dinheiro etc. Tudo isso, para cada profissão e cada cargo, aprende-se estudando e praticando. Quanto mais experiência, melhor. E as empresas querem sempre os melhores, tecnicamente falando, quando contratam. No currículo, a formação acadêmica, os cursos de atualização e a experiência profissional contam muito na hora da contratação. Ou seja, o conhecimento técnico é uma “promessa” de um bom trabalho.

Competências comportamentais são os padrões de comportamento de uma pessoa. Elas representam o “Ser”, ou seja, as atitudes que um profissional tem no ambiente de trabalho e quando está representando a empresa e/ou a sua equipe. As principais competências comportamentais são: flexibilidade, equilíbrio emocional, relacionamento interpessoal, confiabilidade, ética, empatia e respeito à diversidade cultural. Estas sete competências comportamentais representam o motor deste carro chamado “profissional de sucesso”. São elas que conseguem transformar conhecimento em resultados. Sem elas, um profissional, por mais competente que seja tecnicamente, não consegue construir e gerenciar equipes de alto desempenho e, portanto, apresentar resultados continuamente acima da média.

Por isso, sempre digo que precisamos entender um profissional de sucesso não apenas como alguém muito bom no que faz, mas alguém que consegue, através de um conjunto de atitudes e comportamentos, inspirar, alinhar e construir equipes de alto nível e desempenho. Nunca duvide disso. Não são somente linhas de cursos no currículo que vão determinar o futuro da sua carreira. Conhecimento é importante, mas sem as atitudes corretas, não passam de uma bela embalagem. Até o próximo! 

Marcelo Veras

 

Diretor Acadêmico na Inova Business School.  Vice Presidente de Trainning & Education da AYR Worldwide - Consultoria de Inovação. Professor deEstratégia e  Planejamento de Carreira em cursos de MBA Executivos.Contatos: marcelo.veras@unitaeducacional.com.br.
Contato: (011)98435-0011 ou (011)99482-3333
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