Ópera "Descobertas", de Jônatas Manzolli, estreia no Teatro Iguatemi; apresentações dias 27 e 28; entrada gratuita

Obra faz parte das comemorações dos 50 anos da Unicamp, e reúne orquestra, dança, coro cênico e tecnologia digital

Em um vibrante diálogo entre a orquestra distribuída no palco, dança, coro cênico e tecnologia digital, a ópera multimodal "Descobertas", do compositor Jônatas Manzolli, é apresentada em Campinas, no Teatro Iguatemi, nos dias 27 e 28 de setembro, dentro das comemorações dos 50 anos da Unicamp. O projeto é uma realização conjunta do Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural da Unicamp (CIDDIC), Núcleo Interdisciplinar de Comunicação Sonora (NICS) e Departamentos de Música e Dança do Instituto de Artes da Unicamp.  

 

Com cerca de 60 minutos, "Descobertas", chamada ópera multimodal por utilizar diferentes formas interpretativas e mediação tecnológica,  reúne 40 intérpretes em cena, entre músicos da Sinfônica da Unicamp, do Grupo de Percussão, do Coro Contemporâneo e de bailarinos do Departamento de Artes Corporais da Unicamp.

 

A composição destaca a música de concerto contemporânea, na qual o palco e a plateia integram-se para sensibilizar todos os sentidos. 

 

"Descobertas" não conta uma história, mas fala sobre o próprio ato de criar. O tema dos quatro atos aborda as fases do processo criativo, com os personagens chamados de Autor, Obra, Estética e Poema, representados pelos bailarinos. O coro cênico comenta a ação dramática como no teatro grego. "Não há uma história para ser contada, mas um conjunto de sons e imagens que descrevem as múltiplas sensações que ocorrem em cada um de nós, quando experimentamos os limites do ato criativo", descreve o compositor.

A obra integra música e dança a partir da cena e do diálogo intrínseco com a estrutura audiovisual do libreto. O movimento e o som produzem aberturas para o público numa paleta de gestos, imagens e texturas produzidas por bailarinos, coro cênico, paisagem sonoras e orquestra.

Jônatas Manzolli

Compositor e matemático, professor titular da Universidade de Campinas, Jônatas Manzolli pesquisa o diálogo complexo entre arte e ciência. Professor de composição do Departamento de Música do Instituto de Artes,  lidera o grupo de pesquisa em computação musical do Núcleo Interdisciplinar de Comunicação Sonora (NICS), Unicamp. Atuou também durante sua carreira em instituições internacionais, começando com o seu PhD na Universidade de Nottingham, Reino Unido (1989-93), e os estudos em composição algorítmica no Instituto Sonologia, Holanda (1991-92). Foi pesquisador convidado do Instituto de Neuroinformática da ETH Zurique, Suíça (1998-2004), e desde 2006, é professor visitante do Centro de Sistemas Autônomos e Neuro-robótica  (NRAS), da  Universidade Pompeu Fabra, Barcelona, Espanha. Colabora também com “Input Devices and Music Interaction Laboratory” (IDMIL) da Universidade McGill, Montreal e com Grupo de Representações Musicais  do “Institut de Recherche et Coordination Acoustique/Musique”, IRCAM, Paris. Lecionou e realizou concertos no Japão, Singapura, Áustria, França, República Checa, entre outros países.

A pesquisa de Jônatas Manzolli abrange várias formas de diálogo entre ciência e música, incluindo o uso de som em formas alternativas de construção do conhecimento. Como consequência, algumas de suas realizações mais relevantes têm enfatizado a intricada relação entre homem e máquina, incluindo o uso de inteligência artificial no diálogo com interfaces digitais, música de câmara, obras para percussão e orquestrais. Entre suas obras que utilizam a tecnologia digital destacam-se o sistema interativo de composição musical Vox Populi (1997), a aplicação de Neuroinformática em música, o projeto RoBoser (1998), a sonificação da instalação Ada: Intelligent Space que foi apresentado na Expo.02, Suíça, para cerca de 550.000 visitantes (2002), a performance multimídia interativa re(PER)curso (2007), estreada no Museu de Arte Contemporânea, Barcelona, Espanha, e a trilha sonora da Multimodal Brain Orchestra (2009), estreada na sessão de encerramento da Conferência Europeia de Tecnologia do Futuro (FAT09), Praga. Suas composições também incluem música de câmara e orquestral, como suas Reflexões para Orquestra Sinfônica e audiovisual interativo (2011), Cantoria para Orquestra de Cordas (2012), Reação em Cadeia para 21 Violoncelos (2013) e Salmo 23 para  Orquestra, quatro solistas e coro (2015).

Jônatas Manzolli recebeu bolsas e prêmios, incluindo a Medalha Gomes Carlos concedida pelo Câmera Municipal de Campinas por sua atuação destacada em Música (2001), o prêmio  Zeferino Vaz, concedido pela Unicamp por sua excelência em pesquisa acadêmica nas Artes (2009), a Catedra do Banco Santander para desenvolver pesquisa na Universidade Pompeu Fabra, Barcelona (2013).

Serviço

Ópera multimodal "Descobertas"

Compositor: Jônatas Manzolli

Orquestra Sinfônica da Unicamp

Coro Contemporâneo de Campinas

Grupo de Percussão da Unicamp (GRUPU)

Bailarinos do Departamento de Artes Corporais (Unicamp)

Direção do GRUPU: Fernando Hashimoto

Direção do Coro Contemporâneo: Ângelo Fernandes 

Direção Cênica e Concepção Coreográfica: Daniela Gatti

Direção Musical e Regência: Cinthia Alireti

Quando: 27 e 28 de setembro (terça e quarta-feira), 20h

Onde: Teatro Iguatemi

Entrada gratuita. Retirada dos ingressos (2 por pessoa) duas horas antes do início das apresentações.

rédito das fotos: Marília Vasconcelo

Com mais de 100 integrantes, ópera "O Elixir do Amor", uma das mais expressivas da cena lírica, é apresentada do Teatro de Paulínia, de 8 a 11 de setembro; entrada gratuita

Produção envolve Sinfônica e Ópera Estúdio da Unicamp, Coro Contemporâneo, Coral Zíper na Boca; concepção de Cleber Papa; regência de Cinthia Alireti.


                                                                                                                                                              A ópera cômica "O Elixir do Amor", de Gaetano Donizetti (1797-1848), conhecida, entre outros trechos, pela expressiva ária "Una Furtiva Lacrima", será apresentada no Teatro Municipal de Paulínia, de 8 a 11 de setembro, com entrada gratuita. No elenco, Orquestra Sinfônica da Unicamp, Ópera Estúdio Unicamp, Coro Contemporâneo e Coral "Zíper na Boca". As récitas, com regência de Cinthia Alireti e direção cênica de Cleber Papa, integram as comemoração dos 50 anos da Unicamp. Na direção geral e coordenação do projeto, Angelo José Fernandes.
 
Escrita às pressas, em um período de seis semanas, “O Elixir do Amor”, levada em dois atos e com libreto de Felice Romani, estreou no Teatro della Canobbiana de Milão, na Itália, em 12 de maio de 1832. Foi a ópera mais montada na Itália no período de 1838-1848, tendo se mantido continuamente no repertório internacional. "Trata-se, sem dúvida, de uma das óperas mais populares de Donizetti, memorável, sobretudo, pelo fluxo quase ininterrupto de belas melodias que encantam o público em geral", analisa Angelo Fernandes.

Crédito: Helyana Manso

"O Elixir do Amor" dá continuidade à bem sucedida parceria entre o Ópera Estúdio Unicamp, formado por alunos do curso de Música da Unicamp, e a Orquestra Sinfônica da Unicamp, que já realizou as óperas do compositor W. A. Mozart, “A flauta mágica” (2013), “As bodas de Fígaro” (2014), “Don Giovanni” (2015) e “O Empresário” (2016).

"Os elementos musicais e cênicos da composição tornam qualquer montagem desta ópera um tanto complexa. É necessário que os cantores estejam muito bem preparados e sejam rigorosamente dirigidos tanto do ponto de vista musical quanto cênico para que se obtenha sucesso", afirma Fernandes. "A textura musical, a orquestração, as características de cada personagem e as linhas vocais aproximam a obra de cantores jovens, tornando-a adequada para ser executada por alunos de graduação e pós-graduação que, embora estejam ainda em formação, já apresentam certo desenvolvimento técnico-vocal", analisa, lembrando ser "raro este tipo de realização no universo acadêmico brasileiro, tanto no nível da Graduação quanto da Pós-Graduação e tem contribuído enormemente com a formação de nossos alunos de canto que hoje têm adquirido certo destaque no cenário do canto lírico nacional, como também em diversos cursos de mestrado em Performance nos Estados Unidos e Alemanha".

Fernandes destaca, no elenco, a participação especial e a experiência do baixo barítono Pepes do Valle que não só atua como cantor convidado, como também tem participado de forma ativa de todo o processo de montagem, auxiliando o elenco formado por alunos da Unicamp em suas funções.

Para a regente Cinthia Alireti, a obra é uma verdadeira escola para jovens cantores, mas também um desafio até para profissionais. "O sucesso desta ópera se deve tanto à extraordinária leveza do texto quanto às inesquecíveis melodias, pérolas do mais puro bel canto do século 19."

A presença da orquestra e da banda se integram ao espetáculo quase como um personagem paralelo, "como se pode ver e escutar na marcha dos soldados no primeiro ato, na chegada do doutor, que é anunciada pelo trompete na coxia, e na festa da abertura do segundo ato, onde toca uma banda em cena, executada pelos estudantes da Escola Livre de Música", pontua Alireti.

Cantada em italiano, poucas pessoas se lembram de que a ópera se passa no País Basco no norte da Espanha, frisa Cleber Papa. "A concepção do espetáculo passou pela observação de algumas coincidências. A primeira delas foi a própria temática da narrativa proposta pelo libretista Felice Romani, ampliada pela composição de Gaetano Donizetti. A história se baseia no amor de Tristão e Isolda fortalecido por um elixir mágico", conclui.

Direção cênica é de Cleber Papa.

  

Ficha Técnica

 Concepção: Cleber Papa e Rosana Caramaschi

Direção Geral e Coordenação do Projeto: Angelo José Fernandes

Direção Musical e Regência: Cinthia Alireti

Direção Cênica: Cleber Papa


Ópera Estúdio Unicamp

Diretor Artístico: Angelo J. Fernandes


Coral Unicamp "Zíper na Boca"

Regência: Vivian Nogueira Dias

Preparação Vocal: Ruxelli Bergamaschi


Coro Contemporâneo de Campinas

Regência: Angelo J. Fernandes


Orquestra Sinfônica da Unicamp

Regência: Cinthia Alireti

Direção, cenários: Cleber Papa

Direção de Produção: Rosana Caramaschi

Design de Luz: Joyce Drummond

Montagem e Operação de Luz: Joyce Drummond e equipe Estação da Luz

Criação de Figurinos: Cleber Papa e Karina Sato

Pianista Preparador: Rafael Andrade

Confecção de cenários e montagem: Luís Carlos Rossi (FCR)

Assistente de Direção e de Produção: Vania Almeida

Assistentes de Produção e Montagem: Rogério Rocha, Lucas Lemes, Augusto Vieira.

Maquiagem e Caracterização: Gabriela Guinatti, Rodrigo Lima, Renan Villela, Miguel Damha, Priscila Duarte, Helena Agalenéa

Administração: Vagner E. Giannetti

Legendas: Tiago Roscani

 

 Serviço

Ópera "O Elixir do Amor", giocoso melodrama em dois atos, de Gaetano Donizetti

Quando: 8 a 10 de setembro (quinta a sábado), 20h

11 de setembro (domingo), 18h

Onde: Teatro Municipal de Paulínia (Av. Pref. José Lozano Araújo, 1551. Parque Brasil 500, Paulínia). Telefone: (19) 3933-2140

Entrada gratuita. Os ingressos serão distribuídos na bilheteria do Teatro duas antes do início dos espetáculos

 

Ópera “Don Giovanni”, de Mozart, marca pré-estreia dos 50 anos da Unicamp, com apresentações no Theatro de Paulínia, dias 30 de setembro e 1 de outubro; entrada gratuita

Participações da Sinfônica da Unicamp, Ópera Estúdio e Coro Contemporâneo de Campinas; regência de Abel Rocha

 

Para marcar a pré-abertura dos 50 anos da Universidade Estadual de Campinas, a Orquestra Sinfônica da Unicamp e a Ópera Estúdio apresentam a emblemática ópera “Don Giovanni”, de W. A. Mozart (1756/1791), no Theatro Municipal de Paulínia, nos dias 30 de setembro e 1º de outubro. A entrada é gratuita.

A montagem tem direção musical e regência do maestro Abel Rocha (titular da Orquestra Sinfônica de Santo André ), direção cênica de Matteo Bonfitto (professor do Departamento de Artes Cênicas do Instituto de Artes da Unicamp), e coordenação de Angelo Fernandes (diretor do Ópera Estúdio).

“Don Giovanni” conta, ainda, com o Coro Contemporâneo de Campinas, do Instituto de Artes da Unicamp, regido por Angelo Fernandes, formado por 40 alunos de graduação e pós-graduação em Música. 

O elenco reúne os cantores Willian Donizetti, Volnei dos Santos, Raíssa Amaral, Daniel Duarte, Susana Boccato, Fernando Barreto, Ana Beatriz Machado e Raphael Domeniche.

 

Desordem dos afetos

Com música de Mozart e libreto de Lorenzo da Ponte, “Don Giovanni” (o nome remete ao personagem conhecido na literatura como Don Juan) é uma peça sobre a desordem dos afetos.

Os personagens vagam num mundo afogado em emoções e desejos violentos, tendo como tema central o “don juanismo” clássico na psicologia moral como símbolo do enlouquecimento do desejo. 

No final do século 18, a Revolução Francesa está às portas da Europa. A peça foi muitas vezes apontada como sendo “pró-revolução”, a favor do novo espírito da época, de questionamento da ordem aristocrática, principalmente por meio da figura do criado de Don Giovanni, Leporello, um homem ressentido e revoltado com seu mestre, que reclama todo o tempo de sua “vida de escravo”. 

Neste campo dos humores da alma, seus afetos, desejos e vontades, Don Giovanni se insere numa longa reflexão acerca da psicologia moral. Ele é um homem dominado pelo desejo e incapaz de pôr limites racionais à sua compulsão de possuir uma mulher após a outra. Esta compulsão de um desejo que se repete infinitamente, o leva à destruição, assim como a uma quase destruição das mulheres sobre quem ele exerce seu domínio sedutor.

“Don Giovanni” faz parte da série de montagens realizadas pelo Ópera Estúdio em parceria com a Orquestra da Unicamp, que resultou nas produções "La Clemenza di Tito", "A Flauta Mágica", "As Bodas de Fígaro", de Mozart,  e "Dido & Aeneas", de Purcell. “Este trabalho tem proporcionado aos alunos de canto do Instituto de Artes/Unicamp um grande desenvolvimento técnico vocal e cênico-musical, além de criar possibilidades de pesquisa para pós-graduandos do programa de pós-graduação em música”, destaca o professor Angelo Fernandes. 

Serviço

Ópera “Don Giovanni”, de W. A. Mozart

Com: Orquestra Sinfônica da Unicamp/Ópera Estúdio/Coro

​Contemporâneo de Campinas.


Regência e direção artística: Abel rocha

Direção cênica de Matteo Bonfitto

Coordenador do projeto: Angelo Fernandes

Elenco:

Willian Donizetti (barítono, no papel de Don Giovanni)

Volnei dos Santos (barítono, no papel de Leporello)

Raíssa Amaral (soprano, no papel de Donna Anna)

Daniel Duarte (tenor, no papel de Don Ottavio)

Susana Boccato (soprano, no papel de Donna Elvira)

Fernando Barreto (barítono, no papel de Masetto)

Ana Beatriz Machado (soprano, no papel de Zerlina)

Raphael Domeniche (baixo, no papel de Comendador)

 

Quando: 30 de setembro (quarta) e 1º de outubro (quinta)

Horário: 20h

Local: Theatro Municipal de Paulínia (Rod. José Lozano Araújo, 1551 - Parque Brasil 500, Paulínia – SP). Telefone: (19) 3933-2140.

Entrada gratuita.

 Assessoria de Imprensa

Maria Claudia Miguel (Cacau)

(19) 99743.2142