Quem nunca ouviu dizer, quando criança,
que dormir com plantas no quarto trás malefícios a saúde. Felizmente isso não é
verdade, pois as plantas trazem harmonia, beleza e tranquilidade a qualquer
ambiente. A antiga idéia de que as plantas utilizadas em ambientes internos
eram vistas como competidoras de oxigênio, não é verdade, as plantas como
qualquer ser vivo respiram oxigênio e liberam o gás carbônico, sendo assim, as
plantas consomem uma pequena quantidade de oxigênio no seu processo de
respiração, quando comparado com os seres humanos e animais. Se realmente
existisse essa competição, imaginem o que seria dos animais que vivem em densas
florestas tropicais, talvez morressem todos sufocados durante a noite.
Dr. Bill Wolverton, engenheiro florestal e
pesquisador aposentado da NASA mostrou em pesquisas que as plantas filtram
gases tóxicos presentes em hospitais, escritórios e creches, identificando mais
de 900 tipos de gases transportados pelo ar nesses ambientes. Segundo Wolverton
as plantas também desempenham um importante papel na natureza: a purificação do
ar, pois retira o gás carbônico liberado na nossa respiração ou na queima de
combustíveis fósseis e ao final, libera oxigênio para a atmosfer, recomenda-se uma
planta para cada nove metros quadrados de área interna.
Plantas
de Interiores
As plantas que se adaptam bem a ambientes
internos geralmente são plantas da família das aráceas e da família das
marantáceas, todas eram muito utilizadas antigamente e hoje voltam a serem
utilizadas por profissionais da área paisagística. Com um bom projeto,
criatividade e sofisticação do profissional essas plantas ficam belíssimas
compondo vasos e jardins de invernos irtermeando e completando a arquitetura do
ambiente.
Outras plantas que além de belas e
arquitetônicas, se adaptam muito bem a ambientes internos como: samambaias,
begônias e peperômias que voltam com tudo compondo quadros-vivos e jardins
verticais. O mapuá, a beaucarnea, a lança de São Jorge, o pleomele, a zâmia, a
árvore da felicidade, o asplênio, a palmeira ráfia, a palmeira licuala, a
palmeira metálica, a palmeira laca, as palmeiras chamaedoreas, as gusmânias, e as
columéias, são outros exemplos de plantas indicadas para espaços internos.
As plantas citadas, não necessitam de luz
direta para sobreviverem, elas precisam sim de claridade, por isso coloque as
plantas próximas de janelas e portas de vidro para que recebam luminosidade
ideal e indispensável para que realizem a fotossíntese, uma dica legal para saber
se a luminosidade do ambiente está boa é tirando uma foto, se o flash disparar
é porque está faltando luminosidade, modifique o posicionamento da planta para
um lugar com mais claridade e você terá plantas viçosas.
Cuidados
com as Plantas.
As plantas utilizadas em interiores
requerem boa luminosidade como dito acima, as regas podem ser feitas duas vezes
por semana no verão e uma vez por semana na época do inverno, você pode também
pressionar com a ponta dos dedos o substrato da planta, caso esteja seco é hora
de irrigar. É essencial a limpeza das folhas para retirada do pó, assim você
irá melhorar a abertura e o fechamento dos estômatos que são estruturas responsáveis
pela troca do gás carbônico pelo oxigênio. Retire galhos e folhas secas, assim
você irá ajudar a manter a saúde da planta.
Além de água, luz e oxigênio as plantas
necessitam de nutrientes para sobreviverem e desenvolverem saudáveis e bonitas,
mas para isso, é necessário ser feita uma adubação correta, consulte um
engenheiro agrônomo ou paisagista para indicar a melhor forma de adubação, bem
como a dose e a freqüência ideal para cada planta.
Pragas e doenças também necessitam uma
avaliação de um especialista, para que seja indicado o melhor tratamento da
moléstia. Vale lembrar que plantas bem nutridas e cuidadas sofrem menos ataques
de pragas e doenças.
Curiosidade
Segundo a Revista Paisagismo e Jardinagem,
colocar plantas nos ambientes de trabalho aumenta a produtividade e
criatividade dos funcionários. A prova científica é de um estudo realizado na
Universidade AW4 no Texas, EUA, coordenado pelo Dr. Roger Ulrich, em parceria
com a Sociedade Americana de Floristas.
O trabalho contou com 101 participantes,
incentivados a realizar tarefas rotineiras que envolviam fatores criativos,
emocionais e de atenção. Os trabalhos eram desenvolvidos em três ambientes,
alternados aleatoriamente: com flores e plantas e elementos decorativos ou sem
nenhum elemento adicional.