As maiores dúvidas da Fimose em bebês : Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

Você sabe o que é a Fimose ? A fimose é o excesso de pele que recobre o pênis dificultando que a glande (cabeça do pênis) seja exposta. Esta condição é comum nos bebês meninos e tende a desaparecer com o passar do tempo, mas se na adolescência o problema persistir pode ser necessária uma intervenção cirúrgica simples para remoção da pele.

Existem dois tipos de fimose : Fisiológica: é a condição mais comum, que está presente desde o nascimento do bebê.

Secundária: pode surgir em qualquer fase da vida e ocorre após um quadro de infecção ou traumatismo local.

Em relação à Fimose Fisiológica a maior pergunta dos pais é : devo forçar a retração da pele do pênis para expor a glande ? E a resposta é NÃO ! A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda lavar o pênis do bebê até o limite onde conseguimos expor a glande, sem forçar nada , pois além de machucar a região , podemos causar microlesões que após cicatrização, causam estreitamento ainda maior dessa abertura .

Além disso , forçar demais essa abertura pode provocar a parafimose, que ocorre quando o prepúcio vai para trás e não consegue voltar

Existe uma idade limite para o prepúcio se descolar naturalmente?

Geralmente, antes dos 3 anos, o prepúcio se solta naturalmente. Mas podemos aguardar até os 5 anos.

E qual o tratamento da fimose? Em casos de indicação médica , podemos utilizar pomadas específicas para facilitar que a pele deslize sobre a glande. Porém, se não houver melhora , o tratamento mais indicado para esta condição é cirurgia chamada de postectomia.

A cirurgia tem indicação absoluta em casos de infecções de repetição : urinárias e postites (infecções da pele que cobre o pênis). Ela também é indicada para nos casos de parafimoses, que ocorre quando a glande é exteriorizada e não consegue voltar mais à posição normal, causando inchaço e dor.

Lembre se sempre que em caso de dúvidas você deve conversar com seu pediatra ok ?!

Carolina Calafiori de Campos

Coluna Pediatria

Dra Carolina Calafiori de Campos - CRM 146.649 RQE nº 73444 

Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, Especialização em Pediatria pelo Hospital da Puc Campinas, Especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital da Puc Campinas, Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria - Contato: carolinacalafiori@hotmail.com  

Brinquedo no dia das crianças? Sim, mas com segurança! Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

O dia das crianças chegou e é comum que os pequenos recebam ou troquem presentes. Apesar de parecerem inofensivos , os brinquedos podem ser fontes de acidentes e problemas .

As lesões físicas mais comuns , causadas por brinquedos são :

1. perfurações, cortes, lacerações, contusões.

2.asfixia, sufocação, aspiração ou ingestão do todo ou parte do brinquedo.

3.afogamentos.

4.intoxicações , por exemplo pelo chumbo contido em alguns tipos de tinta , e alguns materiais usados na fabricação de slimes.

5.acidentes de captação (dedos, roupas e cabelos) causados por molas, dobradiças ou rodas denteadas.

6.queimaduras.

7.choques elétricos e queimaduras elétricas.

8.explosões (por produtos químicos).

9.ingestão de componentes utilizados na fabricação de brinquedos, como ímãs e metais pesados.

Por isso veja essas dicas para prevenir que esses acidentes aconteçam :

- Na hora de brincar, participe da diversão junto com as crianças. Além de supervisionar, você também irá passar um tempo de qualidade com os pequenos.

- Opte sempre pelos brinquedos que tenham o selo de certificação de qualidade do Inmetro.

- Leve em consideração a idade, habilidades, capacidades e interesse das crianças.

- Siga sempre as recomendações de segurança do fabricante, e respeite a faixa etária indicada para o brinquedo.

- Certifique-se se há presença de elementos inflamáveis ou tóxicos na fabricação do brinquedo e como o mesmo deve ser higienizado

- Para manter a segurança os brinquedos devem ser verificados periodicamente

- Evite brinquedos que produzem ruídos altos, assim como os com pontas, bordas afiadas ou que possuam qualquer objeto de arremesso ou lançamento, para crianças com menos de cinco anos.

- Evite brinquedos com correntes, tiras e cordas com mais de 15 cm , pelo risco de enforcamento e asfixia

- Desde cedo devemos orientar os pequeno a guardar seus brinquedos após brincar, para evitar tropeções e quedas. As caixas de brinquedo mais seguras devem ter tampa removível (sem trava de segurança, as qual pode prender a mão, dedos ou cabeça da criança), aberturas para ventilação e estar longe de janelas ou escadas (para não servirem para escalar e cair). Brinquedos destinados a crianças maiores devem ser guardados em prateleiras altas ou em armários fechados.

- Balões podem causar asfixia e morte e devem estar longe das crianças, que não podem enchê-los sozinhas e os adultos têm que supervisionar seu uso em menores de 10 anos.

- Bicicletas, skates e patins devem sempre ser usados com capacete, joelheira, cotoveleira e luvas

São dicas simples mas de extrema importância para a segurança e bem estar das crianças ! Lembre se que a criança deve ser sempre supervisionada por seus pais, ou algum adulto responsável , afinal educação, supervisão e proteção andam de mãos dadas!

Fontes : Site ONG Criança Segura / Departamento Científico de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria


Carolina Calafiori de Campos

Coluna Pediatria

Dra Carolina Calafiori de Campos - CRM 146.649 RQE nº 73444 

Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, Especialização em Pediatria pelo Hospital da Puc Campinas, Especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital da Puc Campinas, Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria - Contato: carolinacalafiori@hotmail.com