O crescimento da Disney no mundo do entretenimento - Coluna Gestão Moderna de Negócios por José Roberto de Siqueira

O Conselho de Administração da Disney (fundada pelos irmãos Walt e Roy Disney em 1923, com participação da Walt Disney Company, Fundos Mútuos, Fundos de Pensão e Fundos de Investimentos), não se encontrava muito satisfeito com as recentes tensões entre o CEO Michael Eisner (1984-2005) e Roy Disney, além do não atingimento das metas financeiras da empresa.

Em 2005 o Conselho decide nomear Roberto A. Iger como seu novo Presidente e CEO, com a missão de expandir os negócios do Grupo.

A estratégia adotada pela liderança de Iger, foi melhorar o relacionamento com o Conselho, desfazer-se de ativos que não agregavam resultados e que nem estavam alinhados com a visão de tornar-se a maior empresa de entretenimento global e investir em novos mercados e em empresas inovadoras e referencias em seus segmentos.

Com parte do dinheiro em caixa advindo das vendas de ativos, Iger iniciou um largo e longo processo de importantes aquisições, cujos retornos financeiros se mostraram excelentes tanto em tempo quanto em agregação de faturamento e rentabilidade ao Grupo.

Foram adquiridos a PIXAR em 2006, a MARVEL em 2009, a LUCASFILM em 2012, entre 2007 e 2010 a Divisão Disney Interactive Media Group adquiriu 13 empresas. Blindando-se da concorrência e solidificando sua imagem de criatividade, fantasia, cultura, informação e diversão, a nova estrutura da empresa passou a focar sua operação em 5 divisões complementares no mundo do entretenimento:

Walt Disney Parks and Resorts- Focada na operação de parques temáticos, complexos hoteleiros, cruzeiros e viagens;

The Walt Disney Studios- Composta por Walt Disney Pictures, Touchstone, LucasFilms, Pixxar e Disney Music Group, entre outras, está focada na produção e comercialização de filmes;

Disney Media Networks – ABC Group, ESPN e Disney Channel Worldwide voltadas a informação, programas, transmissões esportivas e programas infanto-juvenis;

Disney Consumer Products- Divisão de consumo, licenciamento e publicações Disney, editora Hyperion Books e Marvel Comics. Todos os produtos são vendidos peal Disney Store e o licenciamento das marcas Disney, Marvel, Pixxar e LucasFilms são licenciados pela Disney Licensing.

Disney Interactive Media Group – Unidade de mídia digital do Grupo, com 3 sub- divisões a InteractiveStudios, Online Studios e Mobile, que desenvolve games e aplicativos para celulares. Dentro de seu plano de restruturação e alinhamento operacional, atualmente, esta unidade foi incorporada pela Disney Consumer products.

Entretanto, se perguntarmos a Roberto Iger (CEO da empresa) qual o segredo do sucesso da Disney, ele, como bom líder, falará das pessoas, pois a cultura Disney é muito forte entre os seus funcionários.

Na sua lista estão:

1.     Selecionar as pessoas certas e contratá-las;

2.     Treiná-las com qualidade;

3.     Atenção aos detalhes;

4.     Manter o show

A liderança expansionista de Iger, teve suas compensações e muito sucesso. Em 2015, a Disney teve um faturamento de US$ 52 bilhões, um crescimento de 7% comparado com 2014, e um lucro operacional de 8,4% equivalente a US$ 8,4 bilhões, com um crescimento de 12% em relação a 2014.

José Roberto de Siqueira

Coluna Gestão Moderna Negócios

Larga experiência em liderança como Presidente e CEO em empresas multinacionais e nacionais, membro dos Conselhos de Administração e do Lide do grupo Dória, professor de MBA, palestrante e CEO da Premiatta Consultoria: www.premiattaplus.com , Linkedin:  https://www.linkedin.com/in/jose-roberto-de-siqueira-217a032/  Curso on Line: https://cursos.premiattaplus.com - Telefone: (011) 991591939

Gestão de carreira em tempos de crise - Coluna "Sua Carreira" por Marcelo Veras

 

“Concentração total em resultados”


Desde que o mundo é mundo existem crises. Particularmente, presenciei várias ao longo da minha vida e carreira. Em 1990 vivemos uma grande crise econômica e de corrupção, que culminou com a queda do presidente da república, Fernando Collor. Dinheiro confiscado, inflação nas nuvens, desemprego e por aí vai. De 1990 até 1994, quando trocamos de moeda para o Real, um país viveu quase um caos. O mercado brasileiro se abriu, inúmeras empresas vieram pra cá, trazendo produtos melhores e mais baratos. Grande parte das empresas brasileiras, que vivam quase em um monopólio, sofreram muito. Os profissionais, muitos deles acomodados, sem estudar e se especializar, também sofreram bastante. Foi uma época difícil e todos tiveram que lutar pela sobrevivência. Muitos sucumbiram. Muitas empresas quebraram e muitos profissionais foram demitidos. Mas outras cresceram e até se internacionalizaram. Muitas novas empresas nasceram, exatamente nesta época difícil. De lá pra cá, outras crises vieram, como a crise mundial de 2008, que até hoje ainda deixa sequelas em parte da Europa.

Enfim, crises sempre existiram e sempre vão existir. Elas começam e um dia acabam. O que não sabemos é exatamente isso – quando vão começar e quando vão acabar. Hoje, no Brasil, estamos no início de uma. Depois de um conjunto de decisões equivocadas nos últimos 5 anos, a conta chegou. 2015 começou mal e provavelmente vai acabar mal. O desemprego cresce (basta ler os jornais), a inflação disparou, os juros estão nas nuvens e a economia parou de crescer e provavelmente andaremos para trás neste ano. Ou seja, estamos em mais uma crise e não sabemos quando vai acabar.

Recentemente em uma entrevista na rádio CBN, a repórter me perguntou o porquê de tanta gente preocupada com a crise atual. A minha resposta foi exatamente uma síntese dessas últimas palavras. Disse também que as crises, quando chegam, encontram sempre dois tipos de pessoas – as preparadas e as despreparadas. Não que exista alguém feliz neste momento, mas há pessoas que estão simplesmente tristes e preocupadas, mas preparadas,  e outras que estão desesperadas. Neste segundo grupo encontram-se aqueles que não possuem uma vida financeira e uma gestão da sua carreira sob controle e planejada. Isso é muito simples de entender. Quem não tem poupança e gasta tudo o que ganha, sofre muito quando chega uma crise ou perde o emprego. Quem se acomoda e não tem uma gestão de carreira planejada, fica desesperado quando uma crise começa, porque se coloca sempre na frente da fila das prováveis demissões.

Independente de qual seja o seu caso, o importante neste momento é adotar uma postura adequada para um momento de crise.  Em momentos como o atual, o que se espera de qualquer profissional é uma postura de controle de gastos, de propostas de redução de custos e despesas e, ao mesmo tempo, de propostas e ideias de novas formas de elevar a receita da empresa. Isso mesmo, em tempos de crise há muitas oportunidades. Pode voltar na história, muitas empresas nascem em tempos de crise, muitos produtos novos nascem e crescem em tempos de crise. O que não se pode fazer, em hipótese alguma em momentos como este, é ficar nos corredores da empresa reclamando da vida, alimentando boatos de que a empresa está mal ou vai demitir ou ficar parado esperando a crise passar. É hora de ajudar a  empresa  passar pela crise atual e buscar oportunidades de melhorar os resultados. Fuja de qualquer rodinha que fique fofocando ou reclamando da vida. Esse é lugar para quem não tem o que propor, para quem  não tem competência para trazer novas propostas para enfrentar a crise.

É isso. Essa crise, assim como todas as outras, vai acabar. O que você precisa agora é ter foco total em resultados e oportunidades, seja para reduzir gastos ou para aumentar a receita da empresa. Pense e procure que você ter alguma ideia para apresentar e se destacar neste momento. Até o próximo!

Marcelo Veras

 

CEO da Atmo Educação.  Sócio e membro do conselho da Unità Educacional. Professor de Marketing, Estratégia Empresarial e  Planejamento de Carreira em cursos de MBA Executivos. Experiência de 25 anos em empresas como: Rede Positivo, Souza Cruz, Claro, TIM, ESPM,  ESAMC, AYR Consulting, Unità Educacional e Atmo Educação. Autor/Organizador de dois livros: Métodos de Ensino para Nativos Digitais (Atlas, 2010) e Gestão de Carreira e Competências (Atlas, 2014). Mediador do FAB – Future Advisory Board.

 marcelo.veras@unitaeducacional.com.brfacebook.com/verasmarcelo 

LinkedIn: Marcelo Veras - Skype: verasmarcelo - Tel: (19) 99610-3105 (19) 99482-3333