The Auschwitz Report (título no Brasil: “O Protocolo de Auschwitz”)
Como a safra de estreias de bons filmes está baixa, vi que este tinha estreado e, pelo nome, me interessei (pois visitei o local na Polônia, e me interesso pelos assuntos da Segunda Guerra Mundial). Fui sem ter nem visto o trailer nem lido nada a respeito.
Em 1942, os ideais nazistas estão em plena expansão pela Europa, causando insegurança e terror nos territórios ocupados pela Alemanha. Freddy e Walter, dois jovens judeus eslovacos, são levados para o campo de concentração de Auschwitz, no sul da Polônia, onde já se encontram milhares de pessoas.
Dois anos depois, sabendo que estão condenados à morte e que nada mais têm a perder, criam um elaborado plano de fuga. Contra todas as probabilidades, o plano funciona e eles conseguem escapar. Apoiados na generosidade de desconhecidos com quem vão cruzando pelo caminho, conseguem atravessar a fronteira para a Eslováquia, onde encontram membros da resistência e da Cruz Vermelha. Com eles, Freddy e Walter fazem um relatório detalhado de todas as atrocidades que testemunharam, para mostrar ao mundo a crueldade nazista no genocídio de judeus.
Quando o filme começou, vi que era baseado em fatos reais. Fiquei, então, ainda mais animado. Mas confesso que, mesmo sendo muito interessante, achei um pouco chato em alguns momentos. Filmagens longas de momentos desnecessários, e a câmera, em algumas cenas, muito perto do rosto dos atores e/ou ‘deitada de lado’ (para dar uma sensação de desespero da personagem). Mesmo assim, no geral, achei o filme bom. Quem gosta do assunto, pode assistir, mas sem grandes espectativas. Vale para conhecer sobre o relatório reportado aqui. (Nos créditos, alguns áudios atuais, de alguns governantes de hoje, na mesma “energia” que os nazistas. Assustador!)
Vicente Neto
Coluna Crítica de Cinema
Engenheiro que, desde pequeno, é apaixonado por cinema. Procura assistir a todos os filmes possíveis na telona e, se deixa escapar, assiste em DVD. Costuma sempre ver o lado bom de cada filme que assiste, mesmo se este não agradar muito. Suas críticas são praticamente uma conversa entre amigos, comentando do filme que assistiu.