Tive o prazer de acompanhar a exposição Egito Antigo: do Cotidiano à Eternidade, em São Paulo, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no começo do ano.
A mostra foi composta de 137 itens originais, mais três maquetes do século XIX, todos emprestados do Museu Egípcio de Turim, na Itália, dividida em três seções: vida cotidiana, religião e eternidade para ilustrar como era o dia a dia das pessoas do vale do Nilo.
Aspectos da historiografia geral do Egito Antigo foram apresentados de forma didática e interativa por meio de esculturas, pinturas, amuletos, objetos cotidianos, um Livro dos Mortos em papiro, objetos litúrgicos e ostracons (fragmento de cerâmica ou pedra usados para escrever mensagens oficiais), além de sarcófagos, múmias de animais e uma múmia humana da 25ª dinastia, conhecida como Dinastia Núbia ou Faraós Negros. Chamava-se Tararo e data de 700 anos A.C.
Tudo maravilhoso! Altíssimo nível de qualidade das obras! Como a estátua da deusa Sekhmet - divindade guerreira com cabeça de leoa - de dois metros de altura, pesando meia tonelada, feita de uma rocha chamada granodiorito de meados de 1350 a.C. e apresentada junto a uma placa de compensado coberta com folhas de ouro. Devido ao seu tamanho foi necessário fretar um avião cargueiro para trazê-la até o Brasil. Foram mais de dez horas de viagem.
Na parte térrea da exposição, uma réplica da pirâmide de Gizé, com seis metros de altura e produzida no Brasil, cuja superfície foi feita com tiras de isopor e pintada com a mesma cor das construções egípcias, permitia brincadeiras virtuais em seu interior, como a transformação dos visitantes em múmias.
Infelizmente, muitos não tiveram a sorte que eu tive de ira logo na estreia em fevereiro, já que a pandemia do novo coronavírus obrigou o museu a fechar temporariamente as portas em 14 de março, para evitar a aglomeração de pessoas.
Para permitir que o público continue a ter acesso à exposição, o CCBB São Paulo disponibilizou gratuitamente parte da mostra online.
Os conteúdos disponíveis são:
-Palestra com o curador da exposição, Pieter Tjabbes: explica aspectos de montagem da mostra, curiosidades dos bastidores e elenca os destaques entre as 140 obras vindas diretamente do Museo Egizio de Turim, na Itália – segundo maior em acervo de cultura egípcia do mundo.
-Catálogo oficial da exposição: possibilita entender de forma ainda mais aprofundada os aspectos da civilização egípcia apresentados na mostra e como eles se relacionam.
-Passeio virtual pelo CCBB São Paulo: via Google Arts & Culture, é possível fazer um passeio virtual pelo prédio histórico do centro de São Paulo, construído em 1901.
-Curso online e tour virtual: o CCBB reuniu o curso online gratuito “As Pirâmides de Gizé: Arte Antiga do Egito e Arqueologia”, promovido pela Universidade Harvard e um tour virtual pelas pirâmides egípcias.
Ficou interessado? Então, não perca a oportunidade de conhecer mais sobre essa incrível cultura. Acesse: https://www.ccbbvirtual.com.br/
FONTE: CCBB São Paulo
FOTOS: arquivo pessoal / Milena Baracat
Milena Baracat
Coluna Entretenimento
Formada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Atualmente presta assessoria ao Site Raquel Baracat.