Já ouviu falar do Anel Vaginal Contraceptivo? Coluna Ginecologia e Obstetrícia por Dra. Luciana Radomile

O anel vaginal é um pequeno anel flexível de superfície lisa, não porosa e não absorvente, que contém etonogestrel e etinilestradiol (estrogênio), que entram na corrente sanguínea e atuam inibindo a ovulação.

É um método contraceptivo reversível e hormonal. Quando usado da forma correta possui uma alta eficácia, além de trazer vantagens em diversos aspectos para a mulher, como regularização do fluxo menstrual e iminuição das cólicas.

Ele deve ser colocado no fundo da vagina, com o auxilio de um aplicador no 1º dia da menstruação; essa

região é bastante elástica e não sensível ao toque, permanecendo nessa posição durante três semanas (21 dias). Após esse período, retira-se o anel, e deve-se fazer uma pausa de 7 dias . Um novo anel então deve ser inserido.

Os efeitos adversos relatados com o uso do anel vaginal são raros e incluem: sangramento de escape, corrimento vaginal e expulsão do anel. O retorno da fertilidade ocorre assim que o uso é suspenso. Quando usado corretamente, a taxa de prevenção de gravidez/eficácia é de 99%.

É considerado mais eficaz que as pílulas ou injetáveis pois não dependem da lembrança da tomada diária ou dia da aplicação. Além de ter doses mais baixas de hormônios .

O anel não interfere na relação sexual, e a maioria das usuárias e seus parceiros não sentem nenhum incomodo durante a relação sexual.

As contra indicações são as mesmas de qualquer anticoncepcional hormonal combinado: Não é indicado para mulheres com doenças no fígado, câncer de mama, trombose, suspeita de gravidez, fumantes, hipertensão, cefaleias com alterações neurológicas, diabetes ou com alergia a um dos componentes. No período de amamentação não pode ser utilizado devido a presença de estrogênio e deve ser substituído por outro.

 O anel vaginal é conveniente, pois só precisa ser aplicado uma vez ao mês. A própria mulher deve introduzi-lo na vagina, empurrando com o dedo até não senti-lo mais ou utilizando o aplicador vaginal.

Existem casos particulares em que o anel vaginal não é a melhor opção. Por isso, a conversa com o seu ginecologia é tão importante!

Dra Luciana Radomile é médica especialista em Ginecologia e Obstetrícia e acredita que o caminho mais fácil para a saúde é a prevenção.

Dra. Luciana Radomile

Coluna Ginecologia e Obstetrícia

 Médica Formada pela Faculdade de Medicina da PUC Campinas, Especialização em Ginecologia e Obstetrícia na Unicamp. Membro da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia ( Febrasgo). Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia TEGO- Contato: (19)993649238, dralucianaradomile@gmail.com