Till (título no Brasil: “Till - A Busca por Justiça”)
Assisti ao trailer no começo do ano e fiquei interessado em assistir. Achei que seria um daqueles filmes que nos deixam ainda mais irritados com o lance de racismo e maus-tratos com pessoas, mas tinha que assistí-lo.
Em 1955, Emmett Till, um jovem afro-americano de 14 anos, saiu de sua casa em Chicago (Illinois) para visitar familiares, que viviam no estado do Mississípi. Lá, quando estava numa loja com os primos, foi acusado de desrespeito por Carolyn Bryant, uma mulher branca. Esse incidente se espalhou rapidamente e fez com que mais tarde Emmett fosse capturado por Roy Bryant e J.W. Milam, que o espancaram e atiraram ao rio Tallahatchie. Alguns dias depois, Mamie Till-Mobley, a mãe, receberia o seu corpo em Chicago, completamente desfigurado, devido à violência das agressões, e já em processo de decomposição. Revoltada, mas determinada a transformar aquela morte num momento de viragem, Mamie fez um funeral com o caixão aberto para que todos pudessem ver o que lhe tinha sido feito. A comunicação social cobriu a história, chocando a opinião pública. A 23 de Setembro do mesmo ano, numa sessão de pouco mais de uma hora, o júri absolveu os agressores. A sentença causou uma enorme indignação a nível nacional, chamando a atenção para a brutalidade e injustiça do racismo, impulsionando movimentos a favor dos direitos da população afro-americana.
Não sabia que se tratava de um fato real, o que me deixou ainda mais indignado. Valeu assistir apesar de ter achado um pouco lento demais, mas é um filme importante para não deixar a história de Till esquecida.
Vicente Neto
Coluna Crítica de Cinema
Engenheiro que, desde pequeno, é apaixonado por cinema. Procura assistir a todos os filmes possíveis na telona e, se deixa escapar, assiste em DVD. Costuma sempre ver o lado bom de cada filme que assiste, mesmo se este não agradar muito. Suas críticas são praticamente uma conversa entre amigos, comentando do filme que assistiu.