cO agente autônomo de investimentos (conhecido como AAI) faz parte do sistema de distribuição de títulos e valores mobiliários do sistema financeiro nacional (SFN) e faz a intermediação na venda de títulos e valores mobiliários para investidores.
Há alguns anos atrás, tornar-se agente autônomo de investimentos (AAI) era uma coisa simples para as pessoas físicas e bem interessante para bancos com pequena rede de agências e para corretoras e distribuidoras de valores que alavancavam a receita por meio dessa atividade. Para isso, que o candidato a agente autônomo de investimentos (AAI) fosse aprovado em uma prova muito fácil (um dos pré requisitos é ter Ensino Médio - que exigia pouco mais do que saber escrever do candidato) e o interesse da instituição (banco, corretora, distribuidora) em tê-lo como agente e distribuidor de seus produtos financeiros de investimento.
Naquela época, assim como atualmente, o principal fator de sucesso para essa atividade era, basicamente, a “carteira” de clientes (que na verdade são das instituições financeiras) que se possuísse. Muitos grupos financeiros fortes chegaram a utilizar essa “força de vendas”, entretanto, muita mudou de lá para cá: além do forte crescimento do mercado financeiro, a globalização tornou-o mais sofisticado e complexo.
As exigências para que uma pessoa venha a se tornar agente autônomo de investimentos (AAI) aumentaram muito, a começar pelo exame de certificação em nível muito mais rigoroso, e obrigatoriedade no cumprimento de uma série de regulamentações da CVM e da ANCORD (Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias), atual entidade credenciadora para os AAI.
Cada vez mais, seja em decorrência da fiscalização mais cerrada sobre a atividade por parte dos órgãos reguladores, seja pelo próprio momento que o mercado vive, pós-crise de 2008, o futuro dos agentes autônomos está em discussão. A atividade vem enfrentando mais e mais desafios para sobreviver. O futuro da atividade tem perspectivas pouco animadoras (principalmente para os pequenos agente autônomo de investimentos (AAI)), e deve passar por um processo de “consolidação” em breve.
Isso decorre tanto da concorrência, cada vez mais acirrada, quanto do aumento dos custos estabelecido pela necessidade de atendimento a uma série, crescente, de exigências dos orgãos reguladores (CVM e ANCORD) e auto-reguladores como a bolsa de valores (BMF&Bovespa).
Na dúvida, faça sozinho! Não delegue a ordem de seus investimentos a quem quer que seja, jamais! Pode ser um caminho sem volta...
Há muitos casos na mídia e fora da mídia de inúmeros agentes autônomos que enriqueceram de forma ilícita, aplicaram golpes e até se suicidaram por manejar dinheiro de terceiros de forma irresponsável e criminosa.
Muitas vezes isso ocorrer porque há omissão ou até participação de funcionários das instituições financeiras, mas deixamos esse assunto para outrora.
Tem dúvidas, estou a sua disposição!
Rodrigo Teixeira Mendes
Coluna Investimentos
Especialista em Finanças Corporativas pela UNICAMP, Especialista em Administração de Negócios pelo MACKENZIE, possui graduação em Direito pela UNIP (2002). Participante do Grupo de Jovens Empreendedores da ACIC - Campinas-SP, Colunista do Site Raquel Baracat sobre Investimentos, criador do Blog No Ponto, Palestrante e proprietário e administrador da Idees Treinamentos e Serviços Administrativos com sólida experiência na área de financeira (mercado de capitais e afins), comercial e relacionamento com clientes com atuação em empresas de variados porte e destaque no mercado há mais de 15 anos sempre buscando se destacar pela Liderança, Habilidade de Negociação e Visão Estratégica.