Raynara Negrine - modelo é a única brasileira na lista da Top Newcomers - Coluna Entretenimento por Milena Baracat

Natural de Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, Raynara Negrine, de apenas 17 anos, está sendo destaque na moda internacional, desde que foi descoberta em 2017 pelo The Look Of The Year, mesmo concurso de modelos que, em tempos anteriores, revelou nomes como Gisele Bündchen e Isabeli Fontana.

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Única brasileira na lista da “Top Newcomers”, do site Models.com, publicação que aponta as estreantes que irão dominar campanhas e passarelas de todo o mundo, Raynara foi eleita pela poderosa empresa francesa, Dior, para integrar o desfile de alta-costura, apresentado no dia 5 de julho, mas a capixaba já havia sido destaque em outras disputadas passarelas, como Chanel, Fendi, Celine e, mais recentemente, para Jacquemus, na qual desfilou ao lado das supermodelos Kendall Jenner, Bella Hadid e Adut Akech.

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E não para por aí! A Maison Alaïa escolheu a brasileira para abrir a apresentação da grife, em Paris.

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Aposta da JOY Model, mesma agência que catapultou a top Lais Ribeiro ao estrelato, Raynara superou desafios até consagrar-se na moda internacional.

“Vim de uma família humilde. Minha mãe trabalha como empregada doméstica e tenho muito orgulho das minhas raízes. Aprendi com todos os desafios que passei. Estou muito feliz por poder representar o Brasil em desfiles tão importantes”, celebrou a modelo brasileira.

Fonte: Vogue / Revista L´officiel / Glamurama Uol / Delas.Ig / Extra Globo

Fotos Reprodução / Google

Milena Baracat

Coluna Entretenimento

Coluna Food Tasting

Formada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Cria conteúdo digital e presta assessoria ao Site Raquel Baracat.

“É feio, mas tá na moda” - Coluna Entretenimento por Milena Baracat

As novas tendências me despertaram uma revelação até que óbvia: a moda está feia, desajeitada, esquisita, primitiva, brega.

Roupas e sapatos deliberadamente mal ajambrados são a tendência de grifes de peso como Gucci, Prada, Balenciaga e Vetements.

(Foto: Prada)

Reportagens e artigos de opinião têm tentado interpretar o fenômeno de que o feio na moda está em um contexto comportamental em que há um “desespero de ser única”, de se destacar dentro de uma certa bolha de pessoas estilosas e descoladas, de que a beleza se tornou tão óbvia para a moda que a única coisa nova a explorar seria a feiúra. A adesão à tendência teria a ver com o fato de que o tradicionalmente desagradável se tornou uma forma de comunicar que se está por dentro do que é cool no momento.

Enquanto os designers juram que essa tendência anti-fashion, que surgiu em 2013, não é piada (é esquisita sim, ok...meio feiosa, afirmam, mas chacota, nunca!), eu tenho que admitir que a sempre tão segregadora moda agora está sim mais tolerante, descontruída, libertadora, confortável e desapegada, mas não vejo a hora da criança gritar “o rei está nu” dessa tendência ridícula idolatrada pelos fashion victims que opera positivamente como um excelente “método contraceptivo” – já broxa de cara!

Segue alguns exemplares:

-Crocs de salto alto da Balenciaga

A edição do calçado foi vendida por cerca de R$ 3 mil e esgotou(!) na pré-venda, em 2017.

-Pochetes

Antes abominadas, agora item must have. Usar no ombro é mais cool ainda. (rs)

-Esvoaçantes vestidos de camponesa.

Os vestidos de camponesa foram interpretados em múltiplas variações por Raf Simons na coleção de outono 2018 da Calvin Klein. Só o seu profundo decote em V o diferencia de uma vestimenta Amish. Custo: US$ 3.900.

...e a vestimenta Amish se estende por outras marcas. O da imagem é grife da Batsheva (Reprodução Instagram:@batshevadress)

-Dad sneakers

Estas peças receberam o nome carinhoso de "dad sneakers", por se assemelharem aos tênis de corrida que os pais usavam nas décadas de 80 e 90. Mas essa não é a única maneira pela qual a tendência está sendo chamada, você também pode ouvir por aí os termos: "ugly sneakers", tênis feio, tênis de "tiozão", "tenão" ou "daddy shoes".

- Tênis ultra destruído

Tênis todo arrebentado da Maison Margela US$ 1.425

- Sliders

- A Givenchy fez chinelos de borracha de 295 dólares com seu logo estampado na faixa. A Gucci tem um modelo recém-lançado em sua parceria com Dapper Dan de R$ 1500.

-Calça de plástico transparente

Vendida por US$ 70 logo esgotou na rede de lojas Top Shop.

-Sandálias da Birkenstock

-Christopher Kane, que criou sandálias com a marca Birkenstock e considera “é um bónus serem tão confortáveis... É o mais importante, o que faz o seu charme. Gosto que não são desenhadas para ser femininas ou lisonjeiras. A minha irmã as calça no seu jardim”.

-Camisa costurada numa camiseta

-Num fundamento típico de compre 1 e leve 2, uma camisa costurada numa camiseta, proposta do estilista Demna Gvasalia, da Vetements, para a Balenciaga. A peça (ou as peças) ainda em pré-venda no site da grife, custa US$ 1290 - aproximadamente R$ 4,7 mil Foto: Balenciaga / Divulgação (Crédito: Jornal Estadão)

-Cachecol / edredon

Um misto de cachecol e edredom apareceu nas últimas passarelas da Versace, Prada e Fendi. Praticamente um saco de dormir a tiracolo. (Foto: Imaxtree)

Pra fechar com chave de ouro o quesito sem noção:

-Camisa sem tecido

A Maison Margiela lançou uma camisa SEM TECIDO, apenas com as costuras, mangas e gola!!!O preço? Cerca de R$ 3,7 mil. O site da marca sugere usar sem nada por baixo ou por cima de uma t-shirt, por exemplo Foto: Divulgação/Maison Margiela

-Camiseta de uma empresa de entregas expressas alemã.

- Em 2015, a Vetements lançou uma camiseta da DHL, uma empresa de entregas expressas alemã. A peça tomou conta do Instagram, das semanas de moda e até dos camelôs, que investiram em réplicas da grife. Agora, eles voltaram com a parceria, lançando um outro modelo, que está à venda por 565 dólares, cerca de R$ 2 mil reais Foto: Divulgação/Vetements (Crédito: Jornal Estadão).

- “Bolsa” de plástico

A "bolsa" de plástico lançada pela Céline em sua coleção de verão 2018, foi vendida por US$ 750, o equivalente a R$ 2,4 mil Foto: Divulgação/Celine

- Tijolo grifado

A Supreme (a marca de streetwear sensação cujo fundador acaba de ganhar um prêmio do Conselho dos Designers dos Estados Unidos) lançou um tijolo de argila com o logo da sua marca. Esgotou no mundo todo, mas pode ser encontrado no Ebay pela bagatela de R$ 1.900 Foto: Divulgação/Supreme (Crédito: Jornal Estadão)

Fonte: Jornal Estadão / Observatório Feminino / Revista Glamour. Fotos Reprodução

-Amish é um grupo religioso cristão anabatista que busca viver isolado da sociedade moderna e de seus confortos – como automóveis, telefone e eletricidade. As comunidades amish recriam o modo de vida rural do século 17, quando a Igreja foi criada pelo suíço Jakob Amman (daí o nome). Reconhecíveis por suas roupas antigonas e carruagens, os hábitos dos amish são uma interpretação peculiar de algumas passagens bíblicas.

- A roupa nova do Rei (“o rei está nu”)

http://contosatemporais.blogspot.com/2012/12/o-rei-esta-nu.html

- Fashion Victim - O termo surgiu com o estilista Oscar de La Renta para classificar pessoas que não possuem filtros na hora de comprar e, simplesmente, usam tudo o que vê pela frente misturando tudo numa mesma produção, embaçando a sua imagem pessoal e abarrotando o seu acervo, às vezes, com coisas totalmente dispensáveis.

Milena Baracat

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Formada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Atualmente presta assessoria ao Site Raquel Baracat.