Novos termos de privacidade do WhatsApp - como eles te afetam como usuário - Coluna Entretenimento por Milena Baracat

O WhatsApp lançou os novos termos de serviço e privacidade e revelou que não vai bloquear as funções para quem não aceitar a nova política nos PRIMEIROS TRÊS MESES, ou seja, não existe a opção “não aceitar”. Você pode pedir para aceitar depois, ou aceitar na hora. A última opção é deletar a plataforma e migrar para outro aplicativo.

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A nova mudança prevê, de forma bastante nítida, a troca dos dados entre o WhatsApp e o Facebook (ambos, mais o Instagram, fazem parte do mesmo grupo).

Os dados, segundo o comunicado do próprio WhatsApp, são os concedidos no momento da instalação do app. Isso conta com o nome completo, número de telefone e todas as demais permissões necessárias para uso, como, áudio, câmera, galeria, arquivos armazenados no dispositivo, localização, agenda... (Para ver o que o WhatsApp tem acesso em seu smartphone vá em: configurações, aplicativos, permissões).

De certa forma, o aplicativo tem a permissão do usuário para escutar, ver e até ter acesso aos arquivos do dispositivo. Apesar de ser negado, é possível ter acesso aos dados de forma mais completa, mesmo quando o usuário não solicita. Vale destacar que isso não pode e nem deve ser feito. Mas, quem nunca falou sobre algum produto e, de repente, vários anúncios começaram a aparecer nos sites ou redes sociais sobre ele? Mesmo sem ter pesquisado e nem digitado o item? Talvez seja coincidência, já que não há nenhuma prova de que as empresas fazem escuta dos seus usuários.

O WhatsApp diz que não escuta as suas mensagens e nem as lê. Também diz não armazenar as informações que são trocadas de um smartphone para o outro. Apesar disso, o Facebook possui um péssimo histórico quando de se trata de dados dos seus usuários.

Vale lembrar o escândalo de Cambridge Analytica, que aconteceu em março de 2018. O Facebook enviava as informações de seus usuários para a empresa de análise de dados desde 2014. Estima-se que as informações de pelo menos 87 milhões de usuários foram deturpadas durante esse período.

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Quando saiu a informação de que o WhatsApp trocaria os dados com o Facebook, causou muito desconforto para muitos usuários, mas a verdade é que, se a mesma pessoa possui contas em ambas as plataformas, suas informações já são armazenadas pela empresa.

Esse é um jeito que o WhatsApp encontrou para manter os seus usuários cientes do que está acontecendo. Também dá a sensação de que as informações trocadas possuem o consentimento do cliente, mesmo que não haja outra opção além de aceitar os termos.

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As principais mudanças serão na interação entre o usuário e contas comerciais, além de anúncios de empresas. Serão três principais mudanças para os seus usuários:

-Atendimento ao cliente: um serviço para aprimorar o contato com contas comerciais e pessoais. A plataforma pretende usar a infraestrutura de compras do Facebook, exportando os dados do WhatsApp, tornando o contato com os vendedores mais simples e seguros. Além disso, a plataforma promete enviar um aviso ao cliente quando a conta estiver usando o serviço da empresa mãe.

-Descobrir outras empresas: o objetivo é deixar que o usuário faça buscas na plataforma e encontre alguma empresa que atenda a sua necessidade. Isso já ocorre no Instagram e Facebook. Essa deve ser uma maneira que a ferramenta usou para lucrar com anúncios de pequenas e médias empresas, que terão destaque na busca.

A plataforma confirma que irá usar as preferências do usuário para sugerir novas empresas que podem ser úteis, ou induzir ao consumo. O cliente pode conversar com a empresa diretamente, via um botão que será disponibilizado.

-Experiências de Compras: depois que o usuário decide clicar em algum dos anúncios disponíveis, a negociação e a possibilidade de adquirir o produto inicia. "Esse recurso permite que você veja e compre diretamente no WhatsApp os produtos que essa empresa oferece na Loja do Facebook ou do Instagram." Ou seja, o usuário pode fazer a compra diretamente com os botões disponíveis na própria plataforma.

O WhatsApp fala em seu comunicado que, toda vez que o usuário utilizar os novos recursos, um aviso será enviado. Essa notificação irá lembrar o usuário que os seus dados estão sendo trocados com o Facebook, uma vez que a ferramenta é vinculada com a empresa mãe.

Com as novidades da atualização da política de dados do WhatsApp, alguns órgãos de regulamentação foram acionados. O primeiro a emitir uma resposta no Brasil foi o Idec - Instituto de Defesa do Consumidor. Ele falou que pediria para o WhatsApp remover a obrigatoriedade dos usuários em aceitar os termos.

Além do órgão brasileiro, outras instituições internacionais se pronunciaram sobre as novidades. Mas, foi o governo da Turquia que começou a investigação antitruste para identificar se haveria um posicionamento de monopólio feito pelas redes sociais comandadas pelo Facebook. Outra pressão social relevante feita, foi de Elon Musk, CEO da Tesla e atual pessoa mais rica do mundo.

Com todas as manifestações contrárias, alguns usuários já mencionaram a possibilidade de abandonar a sua conta no WhatsApp. O próprio Elon Musk recomendou que seus seguidores instalassem o Signal, resultando em downloads recordes da plataforma.

O Signal é conhecido por manter a segurança do usuário em primeiro lugar. Ele é muito usado por grupos de pessoas, ou empresas, que trocam dados. Apesar de ser uma das possibilidades, ela não é a única. Há muitas outras opções semelhantes ao WhatsApp disponíveis, bem populares aliás, como o Telegram, Signal, Viber e Skype.

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O grande problema é a falta de adesão. Não são muitas pessoas que possuem conta nas outras opções de mensagens, o que impede o amplo uso. Algo que pode ser modificado caso várias pessoas decidam abandonar o WhatsApp, o que eu acho muito difícil no Brasil.

Fonte: WhatsApp, TechTudo, CNN Brasil, BBC, Folha Uol, Olha Digital. Crédito: Mundo Conectado.

Fotos: Google

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 Milena Baracat

Coluna Entretenimento

Coluna Food Tasting

Formada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Cria conteúdo digital e presta assessoria ao Site Raquel Baracat.

 

 

A ciência por trás das principais crises mundiais da atualidade será o tema principal do Pint of Science em Campinas

Este ano, serão 24 bate-papos gratuitos em quatro diferentes bares de Campinas nas noites de 15, 16 e 17 de maio

Você já se pegou pensando no futuro da humanidade frente às diversas crises que se anunciam? Já vislumbrou situações reais e pensou: “Isso é muito Black Mirror”? Pois o festival internacional de divulgação científica Pint of Science, em sua edição campineira, se inspirou nesta tendência distópica e convida os curiosos do fim dos tempos a debater as bases científicas por trás de grandes questões que podem mudar radicalmente o mundo que conhecemos.

Grandes epidemias, mudanças climáticas, o fim da privacidade, transhumanismo, inteligência artificial e outros temas polêmicos serão discutidos em quatro diferentes bares de Campinas, nos dias 15, 16 e 17 de maio. A proposta do evento é levar os cientistas para falar diretamente com o público em um ambiente descontraído. No ano passado, além de Campinas, seis municípios brasileiros participaram do festival. Este ano, a iniciativa se espalhará para mais 21 cidades do País.

Durante as três noites do evento, o público poderá escolher os temas que mais lhe interessam entre os 24 diferentes debates que acontecerão, a partir das 19h30, no Echos Studio Bar (Barão Geraldo), Yoou Geek (Cambuí), Lado B (Barão Geraldo) e Alzirão Empório Bar (Av. Barão de Itapura). O evento é gratuito e as pessoas só pagarão o que consumirem nos estabelecimentos em que ocorrerá cada bate-papo. Como não são realizadas inscrições ou reservas antecipadas, recomenda-se que as pessoas cheguem antes para garantir seu lugar.

Outros temas que serão debatidos durante o festival em Campinas são o futuro da neurociência, estresse, superbactérias, segurança energética e alimentar, contaminação da água, o futuro da agricultura e computação quântica (veja a agenda completa abaixo). “Idealizamos a programação para trazer uma reflexão sobre questões que afligem a humanidade e, quem sabe, encontrar respostas sobre como caminharemos para o futuro”, destaca Isabela Schirato, coordenadora do Pint of Science em Campinas. Entre os nomes que irão apresentar e mediar os debates estão Carlos Henrique de Brito Cruz, Amir Caldeira e Carlos Alfredo Joly.

 

Como tudo começou – A ideia surgiu quando dois pesquisadores do Imperial College London, Michael Motskin e Praveen Paul, organizaram um evento chamado Encontro com pesquisadores em 2012. Nesse encontro, pessoas acometidas por Alzheimer, Parkinson, doenças neuromusculares e esclerose múltipla foram convidadas para conhecer os laboratórios dos pesquisadores e ver de perto o tipo de pesquisa que realizavam.

A experiência foi tão inspiradora que os dois decidiram propor uma iniciativa em que os pesquisadores poderiam sair de seus laboratórios para conversar diretamente com as pessoas. Nasceu, assim, o Pint of Science, que rapidamente se espalhou pelo mundo. Em 2015, o evento foi realizado pela primeira vez no Brasil pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

Em Campinas, o Pint será realizado pela NuminaLabs - empresa de geração de conteúdo científico e educacional e conta com a colaboração da eScience Unicamp, do OCRC Unicamp e do CI&T. A organização tem também o apoio do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), da Editora Unicamp e da Prefeitura Municipal de Campinas. Em âmbito nacional, o festival é apoiado pelo GALOÁ, pela Fundação Verakis e pelos  Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP): o Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria; o Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades; o Centro de Pesquisa em Engenharia e Ciências Computacionais e o Centro de Pesquisa, Educação e Inovação em Vidros.

Programação Campinas

Segunda-feira, 15/05, às 19h30

Echos Studio Bar

Serial Killers: Obesidade e Diabetes – Everardo Magalhães Carneiro

Sal, Pimenta e Stress: os temperos do dia a dia – Dora Maria Grassi Kassisse

Yoou Geek

Biodiversidade – Carlos Alfredo Joly

Epidemias de Doenças Tropicais – Fábio Trindade Maranhão Costa

Lado B

Água, xixi e cerveja – Gisela de Aragão Umbuzeiro

Campeãs da resistência: Superbactérias – Maria Sílvia Gatti

Alzirão Empório Bar

Mudança Climática Global – Carlos Henrique de Brito Cruz

Quando a água bate na bunda – Gabriel Souza Conzo Monteiro
 

Terça-feira, 16/05, às 19h30

Echos Studio Bar

Ritalina: tratamento ou pedagogia da obediência? – Maria aparecida Affonso Moysés

Grandes Extinções: um dia da caça, outro do caçador – Frésia Ricardi Branco

Yoou Geek

Morrer é bom? – Ricardo Weinlich

Transhumanismo: Impressão 3D de Órgãos e Tecidos – Janaína de Andréa Dernowsek l Jorge Vicente Lopes da Silva

 Lado B

Computação e Informação Quântica: Realidade, Fantasia ou Marketing? – Amir Ordacgi Caldeira

A privacidade está morta? – Diego de Freitas Aranha l Rodolfo Jardim Azevedo

 Alzirão Empório Bar

Magia e Mitologia nos Discursos sobre Tecnologias – André Azevedo da Fonceca

O Futuro já não é o que era antes – Carlos Orsi

Quarta-feira, 17/05, às 19h30

Echos Studio Bar

Trabalhar para produzir ou produzir para trabalhar? Felicidade se produz? – Fernando Nogueira da Costa

A energia que vem do sol e da lua – José Dilcio Rocha

Yoou Geek

Skynet ou desemprego? – Eduardo Alves do Valle Junior
O Cérebro Amanhã – Li Li Min

Lado B

Agricultura, o Brasil e o futuro do mundo – Gonçalo A. Guimarães Pereira
Raspas e Restos Me Interessam! – Lis Furlani Blanco


Alzirão Empório Bar

Da poeira às Estrelas, como a humanidade pode conquistar o Universo? – Douglas Galante l Lucas Fonseca

Animais, Humanos e E.T.s – Thiago Oliveira da Motta Sampaio

 Mais informações

Site do evento: pintofscience.com.br

Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/135883776946991/

Assessoria de comunicação local: Luciana Noronha | (19) 3512-1107 | luciana.noronha@cnpem.br

Assessoria de comunicação nacional: (16) 3373.8171 e pintcomunica@gmail.com