Dicas de mídias: Uso do Whatsapp para vendas

Dicas de mídias: Uso do Whatsapp para vendas

Novos termos de privacidade do WhatsApp - como eles te afetam como usuário - Coluna Entretenimento por Milena Baracat

O WhatsApp lançou os novos termos de serviço e privacidade e revelou que não vai bloquear as funções para quem não aceitar a nova política nos PRIMEIROS TRÊS MESES, ou seja, não existe a opção “não aceitar”. Você pode pedir para aceitar depois, ou aceitar na hora. A última opção é deletar a plataforma e migrar para outro aplicativo.

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A nova mudança prevê, de forma bastante nítida, a troca dos dados entre o WhatsApp e o Facebook (ambos, mais o Instagram, fazem parte do mesmo grupo).

Os dados, segundo o comunicado do próprio WhatsApp, são os concedidos no momento da instalação do app. Isso conta com o nome completo, número de telefone e todas as demais permissões necessárias para uso, como, áudio, câmera, galeria, arquivos armazenados no dispositivo, localização, agenda... (Para ver o que o WhatsApp tem acesso em seu smartphone vá em: configurações, aplicativos, permissões).

De certa forma, o aplicativo tem a permissão do usuário para escutar, ver e até ter acesso aos arquivos do dispositivo. Apesar de ser negado, é possível ter acesso aos dados de forma mais completa, mesmo quando o usuário não solicita. Vale destacar que isso não pode e nem deve ser feito. Mas, quem nunca falou sobre algum produto e, de repente, vários anúncios começaram a aparecer nos sites ou redes sociais sobre ele? Mesmo sem ter pesquisado e nem digitado o item? Talvez seja coincidência, já que não há nenhuma prova de que as empresas fazem escuta dos seus usuários.

O WhatsApp diz que não escuta as suas mensagens e nem as lê. Também diz não armazenar as informações que são trocadas de um smartphone para o outro. Apesar disso, o Facebook possui um péssimo histórico quando de se trata de dados dos seus usuários.

Vale lembrar o escândalo de Cambridge Analytica, que aconteceu em março de 2018. O Facebook enviava as informações de seus usuários para a empresa de análise de dados desde 2014. Estima-se que as informações de pelo menos 87 milhões de usuários foram deturpadas durante esse período.

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Quando saiu a informação de que o WhatsApp trocaria os dados com o Facebook, causou muito desconforto para muitos usuários, mas a verdade é que, se a mesma pessoa possui contas em ambas as plataformas, suas informações já são armazenadas pela empresa.

Esse é um jeito que o WhatsApp encontrou para manter os seus usuários cientes do que está acontecendo. Também dá a sensação de que as informações trocadas possuem o consentimento do cliente, mesmo que não haja outra opção além de aceitar os termos.

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As principais mudanças serão na interação entre o usuário e contas comerciais, além de anúncios de empresas. Serão três principais mudanças para os seus usuários:

-Atendimento ao cliente: um serviço para aprimorar o contato com contas comerciais e pessoais. A plataforma pretende usar a infraestrutura de compras do Facebook, exportando os dados do WhatsApp, tornando o contato com os vendedores mais simples e seguros. Além disso, a plataforma promete enviar um aviso ao cliente quando a conta estiver usando o serviço da empresa mãe.

-Descobrir outras empresas: o objetivo é deixar que o usuário faça buscas na plataforma e encontre alguma empresa que atenda a sua necessidade. Isso já ocorre no Instagram e Facebook. Essa deve ser uma maneira que a ferramenta usou para lucrar com anúncios de pequenas e médias empresas, que terão destaque na busca.

A plataforma confirma que irá usar as preferências do usuário para sugerir novas empresas que podem ser úteis, ou induzir ao consumo. O cliente pode conversar com a empresa diretamente, via um botão que será disponibilizado.

-Experiências de Compras: depois que o usuário decide clicar em algum dos anúncios disponíveis, a negociação e a possibilidade de adquirir o produto inicia. "Esse recurso permite que você veja e compre diretamente no WhatsApp os produtos que essa empresa oferece na Loja do Facebook ou do Instagram." Ou seja, o usuário pode fazer a compra diretamente com os botões disponíveis na própria plataforma.

O WhatsApp fala em seu comunicado que, toda vez que o usuário utilizar os novos recursos, um aviso será enviado. Essa notificação irá lembrar o usuário que os seus dados estão sendo trocados com o Facebook, uma vez que a ferramenta é vinculada com a empresa mãe.

Com as novidades da atualização da política de dados do WhatsApp, alguns órgãos de regulamentação foram acionados. O primeiro a emitir uma resposta no Brasil foi o Idec - Instituto de Defesa do Consumidor. Ele falou que pediria para o WhatsApp remover a obrigatoriedade dos usuários em aceitar os termos.

Além do órgão brasileiro, outras instituições internacionais se pronunciaram sobre as novidades. Mas, foi o governo da Turquia que começou a investigação antitruste para identificar se haveria um posicionamento de monopólio feito pelas redes sociais comandadas pelo Facebook. Outra pressão social relevante feita, foi de Elon Musk, CEO da Tesla e atual pessoa mais rica do mundo.

Com todas as manifestações contrárias, alguns usuários já mencionaram a possibilidade de abandonar a sua conta no WhatsApp. O próprio Elon Musk recomendou que seus seguidores instalassem o Signal, resultando em downloads recordes da plataforma.

O Signal é conhecido por manter a segurança do usuário em primeiro lugar. Ele é muito usado por grupos de pessoas, ou empresas, que trocam dados. Apesar de ser uma das possibilidades, ela não é a única. Há muitas outras opções semelhantes ao WhatsApp disponíveis, bem populares aliás, como o Telegram, Signal, Viber e Skype.

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O grande problema é a falta de adesão. Não são muitas pessoas que possuem conta nas outras opções de mensagens, o que impede o amplo uso. Algo que pode ser modificado caso várias pessoas decidam abandonar o WhatsApp, o que eu acho muito difícil no Brasil.

Fonte: WhatsApp, TechTudo, CNN Brasil, BBC, Folha Uol, Olha Digital. Crédito: Mundo Conectado.

Fotos: Google

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 Milena Baracat

Coluna Entretenimento

Coluna Food Tasting

Formada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Cria conteúdo digital e presta assessoria ao Site Raquel Baracat.

 

 

Pequenos e micro empresários de Campinas movimentam a economia no período de isolamento social usando vendas online e WhatsApp

Pesquisa da FGV em julho mostra que as pequenas empresas foram as mais impactadas com a pandemia. E pior, apenas 38,8% delas esperam a normalização da economia só em 2021. Sem acesso aos programas de crédito do governo, esses empreendedores se reinventaram. 70,9% passaram a empregar o WhatsApp para vender.

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Em Campinas muitos deles evitaram a falência e conseguiram aumentar a receita em 47%. Para atender a demanda desses cenários, o escritor Conrado Adolpho, especialista em alavancagem rápida de micro e pequenas empresas na Internet, transforma o livro best-seller mais estudado nas universidades Mackenzie, USP, ESPM em cursos e lives para auxiliar o empreendedor regional de Campinas

As pequenas empresas são responsáveis por 54% dos empregos com carteira assinada e respondem por 27%, ou seja, 1/3 do Produto Interno Bruto (PIB) Nacional.

Pela pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas - Ibre/ FGV, em junho, o índice de confiança dos pequenos empresários marcou 58 pontos, enquanto a dos grandes estavam em 80,6 pontos. Além disso, as pequenas registraram uma queda de 69,5 pontos no período e recuperaram 37,3 pontos.

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O levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) entre 25 e 30 de junho, também não é muito diferente.  O estudo mostrou que as 99,8 pequenas empresas com 49 funcionários foram as que mais tiveram vendas impactadas durante a pandemia.  A perda média de faturamento para esses empresários caiu de 70% para 51% com relação à primeira semana de abril deste ano.

O setor de serviços, que corresponde a 74,4% foi o que registrou maior percentual de empresas afetadas negativamente. Na indústria esse índice chegou a 72,9%; na construção civil 72,6%, mas foi o comércio com 65,3% que está resistente à crise. O pequeno empresário foi o mais prejudicado na pandemia por ter menos acesso aos programas de crédito do governo. A pesquisa mostrou, também, que das empresas que tentaram algum tipo de crédito, mas não conseguiram, 64,4% delas são de pequeno porte, 30,5% estão no grupo das companhias de médio porte e apenas 5,1% são de grande porte.

Em contrapartida, por meio das notas fiscais eletrônicas, a Receita Federal registrou que o mês de junho tem o maior volume de vendas do anoR$ 24 bilhões por dia.  O isolamento social, durante a pandemia da Covid-19, também disparou as vendas pelo comércio eletrônico. No mês de passado, o crescimento das notas fiscais referentes a vendas pela internet chegou a 73% em relação ao mesmo mês do ano passado, e a média diária chegou a R$ 670 milhões.

A região de Campinas está em segundo lugar no Estado, no que diz respeito a venda pela internet, com um faturamento de R$ 414,8 milhões. 70,9% empregam o WhatsApp, 64,6% usam o Facebook, 55,7% empregam o Instagram e 26,6% usam o próprio site e-commerce e, mesmo com a crise, alguns dos pequenos empresários da região registaram aumento de até 50% na receita.

Para orientar o pequeno e médio empreendedor que ainda não opera na web, o autor do best-seller mais lido na área do marketing digital nas universidades Mackenzie, USP e ESPM, Conrado Adolpho, está realizando lives todas as terças-feiras às19h no canal do YouTube para ensinar tudo o que os pequenos e micro empresário precisam saber sobre planejamento estratégico e a valorização de produto, além de deixar a empresa relevante na internet. Além de escritor, Conrado preside a 8Ps, uma Escola de Negócios de Campinas voltada para ensinar donos de pequenas empresas, profissionais liberais, de marketing e vendas a escalarem os businesses por meio da internet. A Instituição que tem atraído os olhares de empresários de várias partes da América Latina.

E o motivo ele explica: "Em média, as pessoas passam 4 horas e 59 minutos acessando a internet contra 4 horas e 31 minutos assistindo televisão. Diante desse número fica claro que os empresários devem ter a sua presença na rede online para aproveitar todas as oportunidades de vendas que ela oferece”, comenta o especialista em marketing ao informar que, apesar desse índice, nem todos os empresários sabem utilizar a internet para vender e valorizar os seus produtos e criar relacionamento com o público-alvo.

Ao finalizar, Conrado Adolpho enfatizou que o empresário que não estiver atento às mudanças sobre como as pequenas empresas estão fazendo negócios na economia atual verá o próprio negócio definhar em menos de 1 ano. “A maior plataforma global de vendas do mundo para os pequenos e médios negócios é o WhatsApp, mercado de 195 milhões de brasileiros que está presente em 94% dos celulares e que representa, somente no Brasil, uma oportunidade de R$ 600 bilhões desse nicho de mercado”, concluiu.

 

Serviço: 

Curso gratuito:

Data: Todas as terças-feiras, às19h, no canal do YouTube

https://www.youtube.com/user/ConradoAdolpho

 Próximos eventos online:

Masterclass

Data: 08/08/2020

Conteúdo: Táticas mais eficazes para fazer dinheiro rápido sem precisar de novos clientes e alavancar os negócios.

Próxima Imersão

Data: 24, 25, 26 e 27/09

Duração: 42 horas de imersão online

Horário: 9h00 às 22h00

Conteúdo: Treinamento intensivo de marketing digital 3 dias

Inscrição: https://8ps.com/#querosabermais

 

Sobre Conrado Adolpho:  Empresário dos setores de educação, marketing e tecnologia há 24 anos; autor do livro ‘’Os 8Ps do Marketing Digital’’- best-seller em marketing - sendo utilizado como material base em diversas faculdades de negócios como Mackenzie, USP, ESPM, dentre outras.

É mentor de negócios, tendo mentorado mais de 500 empresários nos últimos 5 anos, ajudando-os a tornar seus modelos de negócios muito mais lucrativos e escaláveis.

Criador do Método 8Ps, um dos métodos de marketing mais reconhecidos do país. É treinador e criador do maior treinamento de negócios do país para donos de pequenas empresas - a Imersão 8Ps.

5 perguntas sobre o mercado bilionário por trás de função de pagamentos do WhatsApp

Desde segunda-feira (15/6), quando foi anunciado o lançamento de uma plataforma própria de pagamentos dentro do WhatsApp, o assunto tem gerado repercussão nas redes, com muitas pessoas comemorando e outras levantando questionamentos.

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O aplicativo de conversas começou a implementar um sistema que permitirá transferências para outras pessoas e pagamentos no cartão de crédito e débito dentro do aplicativo. Atualmente, só algumas contas tem acesso ao serviço, que será disponibilizado gradualmente a todos os usuários, diz a empresa.

"Ao simplificar o processo de pagamento, esperamos ajudar a trazer mais empresas para a economia digital e gerar mais oportunidades de crescimento", anunciou a empresa. Ainda não há previsão de quando o serviço estará disponível para todos.

A nova função é um investimento do Facebook — a empresa dona do WhatsApp — no mercado de pagamentos em cartão de crédito que movimentou R$ 297 bilhões no Brasil só nos três primeiros meses de 2020, segundo a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços).

Entenda em cinco perguntas o que está por trás desse lançamento e como o novo serviço do WhatsApp vai funcionar.

Porque o Brasil é o primeiro país em que o WhatsApp vai implementar o serviço?

Antes de anunciar o serviço no Brasil, o WhatsApp vinha testando pagamento na Índia — onde tem mais de 400 milhões de usuários — há meses. Dificuldades com o sistema de regulação no país asiático, no entanto, geraram atrasos no lançamento do serviço para um público mais amplo.

O anúncio, na segunda-feira, de que o sistema seria inaugurado no Brasil, gerou surpresa no setor. A empresa diz que a motivação é que "o WhatsApp é muito usado no Brasil, tanto por pessoas quanto por pequenas empresas" e que a intenção é expandir para outros países depois.

"Acreditamos que os pagamentos digitais podem apoiar o desenvolvimento econômico no Brasil, estimulando a inovação e facilitando a transferência de dinheiro entre pessoas em todo o país", diz a empresa, em nota.

"Sabemos que os usuários locais amam o WhatsApp e entendemos que o fornecimento desse recurso pode ajudar a acelerar a conscientização e a adoção de pagamentos digitais."

A empresa cita também os mais de 10 milhões de pequenos negócios existentes no país, uma área na qual vem investindo há algum tempo, com o lançamento do WhatsApp Business (conta exclusiva para empresas), por exemplo. Pela conta comercial, os usuários podiam mostrar seus produtos e falar com clientes, mas não podiam receber pagamentos.

"Os pagamentos por meio do WhatsApp facilitam as operações em tempos difíceis como esses, além de ajudar no crescimento e na recuperação financeira dessas empresas", diz o WhatsApp.

Qual o tamanho do mercado (em valores ou número de transferências) que o WhatsApp pretende atingir com o serviço?

O WhatsApp não divulga o tamanho da fatia que espera conquistar no mercado de transações online no Brasil. Mas o potencial é grande: atualmente a plataforma de conversas tem mais de 2 bilhões de usuários no mundo, mais de 120 milhões deles no Brasil.

No ano passado, o WhatsApp foi o aplicativo de celular mais usado no país, segundo a empresa de monitoramento App Annie.

Além disso, o potencial dentro das transações realizadas através de cartões de crédito também é enorme: os cartões de crédito movimentaram quase R$ 1,16 trilhões em 2019, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Isso é equivalente a mais de 15% do PIB (Produto Interno Bruto) do ano.

Esse número de transações inclui tanto os pagamentos por maquininhas presencialmente quanto os feitos online, através dos meios de pagamento conhecidos como "gateways", como o PayPal, o PagSeguro e MercadoPago.

Com parceria da Cielo, o WhatsApp será mais um desse gateways, mas, de acordo com o que foi divulgado até agora, funcionará apenas dentro do próprio aplicativo — sem possibilidade de incorporá-lo a outros sites.

O uso do serviço para vendas tem aumentado na pandemia. Segundo o Google Trends, a busca conjunta por "WhatsApp" e "Vendas" cresceu 25% entre abril e junho de 2020 em comparação com o primeiro trimestre.

O pagamento por WhatsApp não pode facilitar golpes e fraudes pelo aplicativo? Meus dados estarão protegidos?

A preocupação com a proteção de dados é central em um serviço como esse, explica o advogado Guilherme Dantas, especialista em finanças do escritório SiqueiraCastro. "E os órgãos reguladores estão de olho nisso", afirma.

A Cielo, que faz parceria com o WhatsApp no novo sistema de pagamento, foi notificada nesta semana pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, para dar explicações sobre uma suposta coleta de "amplo conjunto de dados de vendedores cadastrados em suas plataformas".

Em nota enviada à BBC News Brasil, a empresa afirma que a acusação não tem qualquer fundamento.

O Facebook, que é dono do WhatsApp, também já esteve na mira das autoridades por vazamento de dados de usuários, mas mudou seus protocolos e diz ter resolvido o problema depois do escândalo envolvendo a empresa Cambridge Analytica, que usou informações de mais de 50 milhões de pessoas, sem o consentimento delas, em serviços de propaganda política.

Desde então, o CEO do Facebook, Mark Zuckenberg, pediu desculpas pelo caso e fez alterações e reformas para corrigir "os erros", que, segundo a empresa, permitiram o uso indevido dos dados. O Facebook também implementou o Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia em todos os locais do mundo onde opera.

Quanto à possíveis fraudes e golpes, o WhatsApp diz que seus pagamentos "foram criados priorizando os recursos de segurança."

A empresa também recomenda que todos os usuários no Brasil ativem a autenticação de duas etapas, para segurança adicional da conta. "E lembramos que as pessoas nunca compartilhem sua senha com outras pessoas", diz a empresa, em nota, lembrando também que todo pagamento vai exigir senha ou impressão digital.

O WhatsApp diz também que não recebe, transfere ou armazena fundos durante o processamento da transação. "Se um usuário tiver um problema, o banco terá um registro da transferência e poderá fornecer assistência às vítimas de fraude. Também será identificado no extrato bancário como "FBPAY WA" e incluirá o destinatário", explica.

"É importante reforçar que todas as transferências são registradas pelos bancos parceiros, para que haja um registro de todas as transações. Além disso, estabelecemos limites para a quantia que pode ser transferida por transação, por dia e por mês", diz a empresa.

Casa haja crimes, como golpes, ocorrendo dentro da plataforma, diz a companhia, o WhatsApp "responde a solicitações legais válidas da aplicação da lei em situações em que há investigação para esses crimes".

O serviço é regulado pelo Banco Central? Como funciona a regulação?

O advogado Guilherme Dantas explica que já existe previsão na legislação para esse tipo de serviço — ele está regulado pela Lei 12.865/2013, que trata de métodos eletrônicos de pagamentos.

O pagamento no WhatsApp será feito com cartões de débito ou crédito das bandeiras já existentes, como Visa e Mastercard.

"Na prática, vai ser mais uma forma de pagamento online como as que já existem, como PicPay", explica Dantas.

"Então foi uma surpresa o anúncio, o impacto da notícia foi grande, mas eles não estão exatamente inventando a roda, é mais um agente em um mercado em expansão", diz.

Foi uma surpresa positiva, na visão de Dantas, porque aumenta a concorrência no mercado, o que é positivo para o consumidor.

"E não é só no pagamento online que cria concorrência, cria concorrência com bancos, que estão por trás dos meios de pagamento tradicional", explica.

Na segunda, o Banco Central, que regula o sistema financeiro, emitiu uma nota dizendo que cogitava integrar o serviço do WhastApp ao Pix — um programa de transferências instantâneas que está sendo criado pelo próprio BC — mas que, por enquanto, vigiará o seu desenvolvimento.

A preocupação do BC, explica Dantas, é com o fato de que a iniciativa do WhatsApp ser fechada, apenas para transações dentro do aplicativo.

Outra preocupação do BC, segundo Dantas, é a de que "o WhatsApp esteja dando preferência para um agente no mercado, que é a Cielo".

Mas, segundo ele, outros agentes podem procurar fazer parte da iniciativa e, se o WhatsApp barrar, tanto o BC quanto o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) podem ser procurados para garantir o acesso.

A Justiça vai aceitar doações eleitorais por esse meio?

Sendo o aplicativo mais popular no Brasil, o WhatsApp foi muito usado durante as eleições — tanto em campanhas legítimas quanto na disseminação de fake news.

Esse cenário fez com que muitas pessoas levantassem o questionamento de como a nova função de pagamentos poderia ser utilizada em um contexto eleitoral.

A princípio, pela forma como foi anunciado, o Whatsapp Pay não poderá ser utilizado para doações eleitorais, explica Michel Bertoni, advogado especializado em direito eleitoral e membro da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/SP.

Há duas formas de campanhas eleitorais receberem doações por débito e crédito permitidas pela Justiça: através do site da campanha e em sites de financiamento coletivo (crowdfunding), explica Bertoni.

De acordo com as normas de financiamento de campanha, em ambos os casos, é preciso que o pagamento seja feito no próprio site, através de meios de pagamento (gateways) que possam ser incorporados ao site — alguns métodos de pagamento online permitem essa função, como o PayPal e a PagSeguro, por exemplo. No caso do crowdfunding, também é possível pagar em aplicativos cadastrados na Justiça Eleitoral.

Mas — pelo menos de acordo com o que o WhatsApp divulgou até agora — o pagamento pelo aplicativo será de conta para conta, ou seja, sem possibilidade de incorporar o pagamento em um terceiro local.

Além disso, explica Bertoni, há uma série de outras regras que precisam ser cumpridas, como a possibilidade de emissão de recibo com identificação do CPF e nome do doador.

"Dentro daquilo que o WhatsApp se propõe a fazer hoje, não seria possível a doação para campanha via WhatsApp", explica o advogado. "Se tivesse interesse, a plataforma teria que dar um jeito de criar uma solução técnica, como um plug-in, que pudesse ser incorporado aos sites ou aplicativos das empresas de crowdfunding"

Ou seja: nas configurações anunciadas, qualquer doação feita para campanhas eleitorais através de Whatsapp será ilegal — e pode até configurar caixa-dois.

No entanto será possível que campanhas façam pagamentos por WhatsApp, se feitos com o cartão de crédito e débito e CNPJ da campanha e devidamente declarados à Justiça Eleitoral - desde que a empresa permita o cadastramento dos candidatos e campanhas.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-53074175?at_medium=custom7&at_custom4=A4886604-B099-11EA-A2E3-7EF7C28169F1&at_custom1=%5Bpost+type%5D&at_custom2=facebook_page&at_campaign=64&at_custom3=BBC+Brasil&fbclid=IwAR1mVCDtQS7PE5N0-8LGLRZ6zTQKgsf01lVEPAyvgqa7vMkCBtSSjckJpUA

WhatsApp prepara pacotão de novidades no aplicativo; veja o que deve mudar

O WhatsApp está preparando diversos recursos novos para o aplicativo. O desenvolvimento das novas funcionalidades foi notado pelo WaBetaInfo, site que costuma "caçar" testes feitos pelo app e acertar com frequência quais recursos novos acabam indo parar no seu celular.

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  • WhatsApp incluiu novidades em versões recentes de teste do aplicativo

  • Serviço deve ganhar melhorias em recurso que libera espaço no celular

  • Há também a possibilidade de buscar por data em conversas, entre outras

  • Novidades estão em teste e devem chegar futuramente a todos os usuários


Nesta semana, a página revelou uma série de novas funcionalidades que estão aparecendo em versões beta recentes do serviço - ou seja, isso significa que está em um nível avançado de desenvolvimento pelos engenheiros do aplicativo.

Entre os novos recursos, estão alguns que podem redesenhar a área de uso de armazenamento no WhatsApp para Android, o que pode facilitar a vida de quem vive com o celular lotado por causa do mensageiro. Além disso, existem outras funcionalidades do dia a dia e mudanças de design em andamento.

Nenhuma dessas novidades tem data para chegar aos smartphones dos usuários. O WhatsApp ainda está desenvolvendo todas elas e pode levar um tempo até encontrar um equilíbrio para o lançamento ao público em geral.

Saiba mais sobre os novos recursos em desenvolvimento:

Mudanças no uso de armazenamento

O armazenamento é um problema comum para muitos usuários do app no sistema do Google e há a constante irritação do celular ficando lotado por causa do WhatsApp. O aplicativo conta com uma área de "uso de armazenamento" para gerenciar isso, mas ela deve passar em breve por uma boa mudança.

A primeira mudança é que o WhatsApp vai permitir que você lide melhor com esse gerenciamento. Uma das novidades é a possibilidade, por exemplo, de ver apenas "arquivos grandes" ou "arquivos encaminhados". Isso, claro, já pode facilitar a limpeza no app.

Já dentro das opções de uso de armazenamento de uma conversa específica também rolará uma mudança. O WhatsApp está testando criar um filtro para o usuário gerenciar as fotos trocadas naquela conversa, por exemplo.

Semelhante ao que temos no computador ao clicar com o botão direito dentro de alguma pasta, será possível ordenar as imagens por tamanho, mais novas e mais velhas.

Ainda na área de uso de armazenamento, o WhatsApp está testando também a possibilidade do usuário limpar todas as mensagens, exceto as favoritadas na conversa - algo que já dá para fazer na janela principal do serviço.

Essas novidades devem chegar tanto para o Android quanto para o iOS.

Busca por data

Outro novo recurso vai salvar a vida de quem não lembra o teor de uma mensagem no chat, mas tem alguma ideia da data em que ela foi enviada. O WhatsApp trabalha para permitir em breve a busca de mensagens por data dentro de conversa.

Função de buscar por data deve chegar em breve ao WhatsApp

O recurso será adicionado à função atual de pesquisar mensagens em uma conversa. No campo do teclado, será incluído um ícone de um calendário no topo superior direito.

Ao clicar nesse calendário, o usuário poderá selecionar uma data exata para ver as mensagens enviadas naquele dia.

Ainda em desenvolvimento, a funcionalidade foi notada em testes no iOS, mas é provável que seja levada também para celulares Android.

Procurar imagem na internet

Já informamos que o WhatsApp está trabalhando em uma função de criar uma lupa em textos encaminhados para as pessoas poderem buscar na internet o teor da mensagem - algo que pode ser útil para diminuir a desinformação e os golpes no aplicativo.

A mesma ferramenta também deverá valer para imagens, segundo o WaBetaInfo. Funcionará da mesma forma: ao receber uma foto encaminhada, um botão com lupa ao lado dela permitirá buscar a imagens na internet.

Esse recurso valerá para mensagens que são encaminhadas ao menos quatro vezes dentro do aplicativo. Quando isso ocorrer, o botão de encaminhamento ao lado da foto será substituído pelo botão da lupa.

Ao procurar na internet, a foto acaba sendo enviada para o Google. Essa novidade também chegará para IOS e Android.

Leve mudança no modo escuro

Outra novidade notada é uma pequena mudança no modo escuro na janela de conversas. A cor verde da "bolha" da troca de mensagens aparece em um tom mais leve em uma versão beta do iOS.

Ainda não está claro o motivo desse teste pelo WhatsApp, mas ele abre a possibilidade de mais cores serem adicionadas a essa "bolha" no futuro, o que daria ao usuário mais poder para personalizar seus chats.

E outras...

Essas novidades são as mais recentes notadas pelo WaBetaInfo, mas não esquecemos de outras que ainda estão em desenvolvimento (algumas há anos!) e ainda não chegaram ao WhatsApp da galera. Tais como...

  • Modo férias: com esse modo ativado, você poderá deixar chats individuais ou em grupos arquivados que eles não vão reaparecer na janela principal do app ao terem novas mensagens. A função muito aguardada vinha sendo desenvolvida desde 2018, mas parece ter sido "abandonada" pelo WhatsApp há alguns meses, sem explicações. Ela voltou recentemente em novo beta sem o nome "modo férias", mas apenas como uma opção de ignorar mensagens em chats arquivados.

  • Pagamento: o WhatsApp deverá ser um dos carros-chefe na tentativa do Facebook virar um super app como o chinês WeChat. A função de pagamento pelo WhatsApp já foi liberada em alguns países, mas ainda não chegou ao Brasil.

  • Múltiplos dispositivos: o WhatsApp deve permitir em breve seu uso simultâneo da mesma conta em até quatro dispositivos diferentes, outra novidade bem aguardada.

Normalmente, as funções são testadas nas versões beta do aplicativo antes de acabarem indo para os usuários em massa.

Fonte: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2020/06/13/whatsapp-prepara-pacotao-de-novidades-no-aplicativo-veja-o-que-pode-mudar.amp.htm

Privacidade Hackeada - eles pegaram seus dados e depois assumiram o controle - Coluna Entretenimento por Milena Baracat

“Todas as suas interações, as transações do cartão, pesquisas da web, localizações, curtidas, enfim, todos os seus rastros digitais estão sendo extraídos para uma indústria de trilhões de dólares por ano”.

"A razão pela qual a Google e o Facebook são as empresas mais poderosas do mundo se deve aos DADOS terem superado o valor do petróleo. É o bem mais valioso da terra".

Essas são algumas frases de impacto que você verá em “Privacidade Hackeada” (The Great Hack), novo documentário da Netflix sobre o escândalo envolvendo a empresa britânica de análise de informações, Cambridge Analytica, que teria usado dados de milhões de usuários do Facebook - sem o consentimento deles - para influenciar as eleições americanas de 2016 e os resultados do plebiscito sobre o Brexit.



“A Cambridge Analytica não é uma empresa de ciência de dados, mas uma ‘máquina de propaganda’”.

(Christopher Wylie, consultor de dados canadense que trabalhou na Cambridge Analytica).

Essa citação resume bem o caso, que funcionou assim: o aplicativo thisisyourdigitallife (esta é a sua vida digital), tinha a proposta de um teste de personalidade com perfis do Facebook e, como muitos outros, solicitava autorização para acessar os dados dos usuários alegando ser uma “ferramenta de pesquisa para psicólogos”. Depois, aplicava um questionário com o propósito de gerar um perfil de personalidade. Dessa forma, o Facebook conseguiu dados dos usuários como gostos pessoais, hábitos, sentimentos...

A Cambridge Analytica pegou esses dados do Facebook e os usou para fins diferentes dos declarados, como influenciar eleitores nos Estados Unidos na eleição de Trump e no plebiscito do Brexit.

A título de “estratégia política”, a empresa utilizou os perfis para manipular o público até mesmo com fake news e memes, intencionalmente para semear medo e ódio nas diversas redes sociais, até criar uma específica visão de mundo que determinou as escolhas políticas dos usuários.

Segundo notícias divulgadas na época, o vazamento de dados atingiu cerca de 87 milhões de pessoas, incluindo 443 mil usuários no Brasil.



"A verdade é que não visamos igualmente todos os eleitores. A maior parte dos nossos recursos foram para visar aqueles que podiam mudar de ideia, os persuasíveis. Nós os bombardeamos com blogs, anúncios, artigos nos sites, vídeos, todas as formas que possa imaginar. Até que vissem o mundo como nós queríamos. Até que votassem no nosso candidato. Como um bumerangue, você envia os seus dados, eles são analisados e volta para você como uma mensagem direcionada para mudar seu comportamento.”

(Brittany Kaiser, ex-funcionária da Cambridge Analytica que virou “denunciante”).

Parabéns, você foi hackeado!

A empresa fechou e o Facebook recebeu uma multa de 5 bilhões de dólares (18,7 bilhões de reais) por ter violado as regras de privacidade de seus usuários, mas ...

“O escândalo da Cambridge Analytica agora é o escândalo do Facebook? Digo, isso não é apenas sobre uma empresa. Esta tecnologia está acontecendo inalterada e continuará acontecendo. Em certo sentindo, eu sinto que por essa tecnologia andar tão rápido, por essas pessoas não entenderem e por haver muita preocupação sobre isso, sempre haverá uma Cambridge Analytica.

(Steve Bannon, que de acordo com "The Observer", dirigiu a Cambridge Analytica.)

Ou seja, essa é a guerra a que estamos expostos se não ficarmos atentos aos direitos de posse e uso dos nossos dados: a tecnologia usando táticas de comunicação como arma poderosa. Colocando as pessoas umas contra as outras, destruindo nações, modificando destinos e manipulando psicologicamente a sociedade.

Os usuários fornecem um fluxo constante de fotos, likes e outros dados úteis para empresas como o Facebook e Google usarem isso para mapear relacionamentos, medir respostas emocionais e sim, direcionar anúncios, pois ao conseguir prever o comportamento dos usuários, se torna mais fácil manipulá-los.

E você? Leu os termos de privacidade quando usou aquele aplicativo que faz efeito na foto para mostrar como você vai ficar mais velho? Se resposta é não, assista ao trailer:

TRAILER

 Fonte: O Globo / Netflix / Youtube. Fotos Reprodução: Google

Milena Baracat

Coluna Entretenimento

Formada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Atualmente presta assessoria ao Site Raquel Baracat.