Um Reino Unido decadente e pobre - Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

Olá a todos! Espero todos estejam bem. Um Reino ladeira baixo... Esse é o retrato do que outrora foi um dos maiores impérios do mundo – o britânico. Hoje é a sexta maior economia do mundo (dados divulgados pelo FMI nos últimos dias) ... Estados Unidos: US$ 26,9 trilhões China: US$ 17,7 trilhões Alemanha: US$ 4,4 trilhões Japão: US$ 4,2 trilhões Índia: US$ 3,7 trilhões Reino Unido: US$ 3,3 trilhões França: US$ 3 trilhões Itália: US$ 2,18 trilhões Brasil: US$ 2,17 trilhões ... o Reino Unido deverá perder posições no ranking na próxima década e em breve a ilha poderá ter uma renda per capita inferior à da Polônia (pasmem!), sim, aquele país que ficou famoso na cidade de Londres como fornecedor de mão de obra barata.

Esse cenário já previsto para daqui 6 anos, já que desde o ano de 2010, o Reino Unido registra um crescimento anual de 0,5% em média, contra 3,6% dos poloneses e a situação, além do risco de saída do seleto grupo de nações das dez maiores economias do planeta, começa a virar um tema político, na esteira grande feito britânico (para não dizer um tiro de bazuca no pé) - o xenófobo BREXIT.

Em diversas entrevistas concedidas, o líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, acredita que faltam apenas sete anos para que os ingleses sejam mais “pobres” que os poloneses — lembrando que, desde 2010, o país é governado pelos conservadores, ou seja, culpando os rivais pelo declínio econômico.

De acordo com muitos economistas e lideranças, tomando em conta projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) e médias de crescimento dos últimos 20 anos, indicam que a ultrapassagem do PIB per capita da Polônia se daria em 2038 — como mostram dados da consultoria Austin Rating.

O que mais choca (e fere o orgulho dos britânicos, contudo, não é quando isso ocorrerá, mas o simples fato de esta hipótese ser cada vez mais real, já que esse mesmo cálculo do partido da oposição extrapolado para o futuro indica que a renda de romenos e húngaros também deve superar a britânica a partir de 2040, dito isso, todos esses países podem se tornar em horizonte não muito distante mais ricos do que o antigo império — que se juntou ao bloco econômico do velho continente em 1973, mas optou por deixá-lo em 2016, com o rompimento concluído na virada para 2021. Para a grande maioria dos especialistas, o BREXIT é uma das maiores burrices deste reino, embora a trajetória de queda da economia tenha se iniciado com a crise financeira global de 2008 (crise do Subprime).

Estudos empíricos de várias naturezas mostram inequivocamente que o Reino Unido sofre as consequências do BREXIT desde 2016 [já que o plebiscito foi em junho daquele ano] no comércio para os dois lados e em investimentos estrangeiros diretos — de acordo com o Centro para Estudos de Políticas Europeias, de Bruxelas. As cenas de pobreza que se vê nas ruas das cidades britânicas são cada vez mais cenas de desolação — o contrário do que se imagina em economias pujantes e em expansão. Os bancos de alimentos operam no limite nunca visto com cerca de 90% das entidades que os administram registrando aumento de demanda, entre elas de aposentados e funcionários do sistema de saúde.

A fila de quem espera por sopa no mês de março mais frio desde 2010, no final da tarde, em frente aos badalados teatros do West End e nas praças do decadente balneário de Bournemouth, Dorset (outrora destino de veraneio de endinheirados).

Para o Escritório para Responsabilidade Orçamentária, a renda disponível das famílias terá queda de 4,3% entre 2022 e 2023, o maior da série histórica iniciada em 1956 e isso não se refere a desempregados, mas sim a pessoas que têm emprego, já que se trata de uma questão salarial.

Um dos 3 pilares dos principais problemas para o país são... - a queda de produtividade, - o uso da terra [a especulação imobiliária dificulta a moradia e investimentos que envolvam propriedades] e, - o Brexit Para muitos estudiosos, a economia britânica perderá posições no ranking global para Brasil, Coreia do Sul e Indonésia em pouco mais de uma década.

A ex-colônia britânica, a Índia já deixou o antigo império para trás no ano passado, de acordo com os dados divulgados pelo FMI. O desabastecimento e racionamento voltaram ao cardápio nacional, algo que não se vê desde a guerra, já que falta de tudo nas prateleiras dos supermercados (Eu, como morador do Reino Unido há 4 anos sou prova viva dessa mudança melancólica no Reino Unido todos os dias). As razões vão desde o custo de energia para plantá-los (as contas aumentaram em 130% o último ano), a escassez mão de obra provocada pelo BREXIT e as más condições do tempo em países de onde parte deles é importada.

Para ser ter uma idéia de como a crise atingiu em cheio os britânicos e agregados, até os jornais e rádios periodicamente têm divulgado receitas com beterrabas, rabanetes e repolho branco e roxo, que nunca faltam, como alternativas aos tomates, pepinos e pimentões.

A inflação se mantém acima de 10% ao ano — o nível mais elevado das últimas quatro décadas. O bem-estar social virou regra depois da Segunda Guerra Mundial e o NHS se tornou quase uma religião, os sucessivos cortes orçamentários, a falta de médicos e enfermeiros (milhares deles europeus que voltaram a seus países depois do BREXIT) e as condições de trabalho cada vez mais difíceis, sobretudo depois dos gargalos criados pela pandemia, fizeram com que proliferassem algo que jamais se imaginou no Reino Unido: empresas de planos de saúde (sim, ter boa saúde no Reino Unido é ser atendido pelo convênio).

O slogan do inverno foi “eating ou heating” e a conceituada escola London School of Economics (LSE) salientou em estudo recente que a crise do custo de vida é emergência sanitária como havia sido a pandemia.

Este ano de 2024, a previsão é de retração de 0,6% para a economia britânica, o pior desempenho entre o grupo das sete nações mais ricas do mundo., sendo seguida pela Rússia, sob pesadas sanções e em guerra, terá um leve crescimento de 0,3%, segundo dados do FMI. Como já se diz o ditado...aqui se faz e aqui se paga e parece que a conta para os britânicos estão sobre a mesa nesse momento.

Tem dúvidas, estou à disposição. Até mais!

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Natural de São Paulo-SP-Brasil e hoje residindo em Bournemouth-Dorset, Inglaterra, com graduação em Direito pela UNIP e pós graduação em Administração de Negócios pelo Mackenzie e Finanças Corporativas pela UNICAMP.

Hotel vegano no Reino Unido oferece hospedagem 100% livre de produtos com origem animal

Estabelecimento tem aparência medieval, e só trabalha com alimentos, bebidas, peças e produtos de limpeza que sejam ecológicos e à base de plantas


O Reino Unido tem mirado no mercado de hospedagem específica para pessoas veganas. Depois de Londres inaugurar a primeira suíte vegana do mundo em janeiro, no Hilton’s London Bankside, agora a Escócia ganha um hotel totalmente vegano e que oferece uma hospedagem 100% livre de produtos com origem animal.

Saorsa 1875 fica em Highland Perthshire, e será inaugurado já no próximo dia 15 de junho. O estabelecimento tem aparência medieval, e só trabalha com alimentos, bebidas, peças e produtos de limpeza que sejam ecológicos, à base de plantas e sem nenhum envolvimento com animais no processo de fabricação/produção.

A acomodação também se descreve como “luxo ético”, vinculando as origens góticas vitorianas às comodidades modernas contra os “tons neutros do norte da Europa” para proporcionar aos hóspedes uma pausa da vida agitada da cidade.

Além das refeições que são todas com base na culinária vegana e comandadas pelo chef Luca Sordi, todos os vinhos, drinques e demais bebidas também são veganos. Tudo é plantando pelo próprio hotel ou comprado de produtores de produtores locais.

O hotel possui 11 quartos, todos com mobiliário e decoração de estilo antigo e boêmio. 

Fonte: https://www.b9.com.br/109011/hotel-vegano-no-reino-unido-oferece-hospedagem-100-livre-de-produtos-com-origem-animal/?fbclid=IwAR1_8IDsrsIjgl2CXCVWgN-dGocemuNOBMHxpR4W0ps6BsYz7vQ8E062ysg