Orquestra fará a estreia brasileira do concerto para trompete e orquestra N° 2 de Arturo Sandoval com o solista espanhol Ruben Simeó Gijón

 

Nos dias 20 sábado às 20h e 21 domingo às 11h , de outubro, a Orquestra Sinfônica de Campinas apresentará um programa muito especial. Sob a regência do seu diretor artístico e regente titular Victor Hugo Toro, a Orquestra recebe o virtuoso trompetista espanhol Ruben Simeó Gijón, que apresentará, em estreia brasileira, o concerto para trompete e orquestra N° 2 de Arturo Sandoval e uma série de virtuosos e brilhantes arranjos para seu instrumento, tais como o segundo movimento do famoso “Concierto de Aranjuez” de Joaquin Rodrigo, “My Way” (François/Revaux), Carnaval de Venecia (Arban) e “La Virgen de la Macarena” (Kofe). Do maior compositor brasileiro, Heitor Villalobos, a orquestra apresenta também o poema sinfônico ”Uirapurú” e a famosa “Bachianas brasileiras n° 4”.

 "Uirapuru" é das primeiras obras-primas de Villa-Lobos. A partitura retrata o ambiente da selva brasileira e seus habitantes naturais , os índios , com uma impressionante riqueza de detalhes. O argumento que serviu de base para a composição desse poema sinfônico é de autoria do próprio autor e conta a história de um pássaro (o uirapuru, que na mitologia indígena é considerado o 'deus do amor') que se transforma em um belo índio, disputado pelas índias que o encontram. Um índio ciumento, não suportando aquela adoração, flecha-o mortalmente. Ao retornar à sua condição de pássaro torna-se invisível e dele se ouve apenas o canto que desaparece no silêncio da floresta.

 

Bachianas brasileiras é uma série de nove composições de Heitor Villa-Lobos. Nesse conjunto, escrito para formações diversas, Villa-Lobos fundiu material folclórico brasileiro (em especial a música caipira) às formas pré-clássicas no estilo de Bach, procurando construir uma versão brasileira dos Concertos de Brandemburgo de Bach. As Bachianas brasileiras n° 4 foi composta para piano a partir de 1930, mas estreada somente em 1939, tendo sido orquestrada em 1942.

 Arturo Sandoval é uma autêntica lenda da música latina e uma referência mundial no Jazz. Trompetista e pianista, começou a estudar o trompete aos 12 anos de idade. Foi co-fundador do grupo “Irakere” e a partir de 1981 iniciou a sua carreira solo. Foi um protegido  do lendário mestre do jazz Dizzy Gillespie e ganhou  10 prêmios Grammy, 6 prêmios Billboard e um prêmio Emmy. Seu concerto para trompete N° 2 foi estreado na república checa em 2016 e desde então forma parte do repertorio habitual dos grandes trompetistas do mundo.

 Rubén Simeó Nasceu em Vigo (Espanha) e desde criança demostra umas faculdades excecionais no trompete. Desde os 8 anos ganha grandes prêmios em concursos internacionais como Yamaha Madrid, Cidade de Benidorm (presidido por Maurice André), Porcia Italia, Maurice André Francia, Selmer Paris, P. Jones, Gebwiller, Francia, Theo Charlier Bélgica, etc. Ele se apresenta regularmente com grandes Orquestras como: Radio Televisión Española, Orquesta de Valencia, Filarmónica de Galicia, Sinfónica Illas Baleares, Orquesta de Múnich, Stuttgart (Alemania) Paris, Filarmónica Nantes, Niza(Francia), Metropolitana de Lisboa, Viana do Castelo (Portugal) Sinfónica de San Cristóbal (Venezuela), Roma, Filarmónica de Cannes (Francia), Sinfónica de Porcia, Emile Romagne (Italia ) Beijing (China) Heredia, San José (Costa Rica), Caracas (Venezuela), Sinfónica de Kanazawa (Japón), etc. Em 2005 recebeu o “Prêmio Europeio da cultura” como reconhecimento à sua brilhante carreira. Atualmente é concertista em trompete, atividade que alterna com a de professor no conservatório de Plasencia e masterclasses em vários países.

 

Serviço

Orquestra Sinfônica de Campinas


 Horário: 29/9, sábado, às 20h; 30/9, domingo, às 11h.

Local: Teatro Castro Mendes (Praça Corrêa de Lemos,s/nº, Vila Industrial. Campinas). Telefone (19) 3272-9359.

Ingressos: sábado - R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (estudantes, aposentados), R$ 10,00 (professores das escolas públicas e privadas de Campinas e das cidades da Região Metropolitana, pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiências), R$ 5,00 (estudantes das redes municipal e estadual). 

Valor promocional aos domingos: R$ 6,00 (inteira), R$ 3,00 (meia entrada); R$ 2,00 (professores das escolas públicas e privadas de Campinas e das cidades da Região Metropolitana, pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiências); R$ 1,00 (estudantes das redes municipal e estadual).



 

 

 

 

Música, teatro e poesia nos próximos concertos da Sinfônica de Campinas sábado e domingo

Um programa especial com música, teatro e poesia. Os próximos concertos da Orquestra Sinfônica de Campinas prometem a exuberância de sons e palavras em um repertório com obras de Franz Liszt (Os Prelúdios, S.97), Camille Saint-Saëns (Dança Macabra) e uma seleção de trechos da famosa peça "Peer Gynt", do compositor Edvard Grieg, com solo da soprano Taís Bandeira e narração da jornalista Roberta Campos.

Os concertos, sob a a regência de Victor Hugo Toro, acontecem no Teatro Castro Mendes no sábado, 3, às 20h, e domingo, 4, às 11h.

Soprano vencedora dos concursos Maria Callas, Aldo Baldin e Carlos Gomes Jovens Solistas, a cantora Taís Bandeira teve sua formação vocal orientada por Martha Herr e Benito Maresca. Excursionou com a Casa da Ópera pelo estado de São Paulo cantando as óperas Carmen, Madame Butterfly, La Traviata e La Bohème. Cantou em Portugal e nos Estados Unidos com Placido Domingo. Em Tóquio, se apresentou para uma plateia de mais de cinco mil pessoas e foi protagonista do Brazil Inside Out, programa de TV da BBC de Londres. Criou e produziu os espetáculos Festa de Santo, Afro Brasil, Águas Negras e Iemanjânica, recebendo o troféu Força da Raça por sua pesquisa e difusão da música afro brasileira. É professora titular da cadeira de canto e ópera da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG). Atualmente desenvolve a pesquisa de doutorado sobre as Heroínas de Carlos Gomes, está ministrando a Oficina de Heróis e Heroínas na graduação da Unicamp e está gravando seu primeiro EP de Metal Opera Rock . 

A narradora dos concertos, jornalista Roberta Campos, nasceu em Resende (RJ). Formada em jornalismo, veio para Campinas em 2004. Trabalhou na TVE-RJ, TV  Bandeirantes em Campinas, TV TEM (afiliada da Globo) em Sorocaba e Jundiaí e há sete anos é repórter na EPTV Campinas. Atualmente apresenta o Em Cena e o quadro culinário Hora do Rancho. É também professora universitária.

Obras

Os concertos têm início com o mais conhecido dos "Prelúdios", de Liszt. Sua estrutura é de uma obra independente, em um único movimento solto. Recebe a característica de um poema por sua escrita poética e por possuir um imaginário descritivo. 

Na sequência, os músicos interpretam "Dança Macabra", de Saint-Saëns. "No início da obra, ouvimos o intervalo que foi historicamente associado ao 'intervalo do diabo' por sua complexa dissonância, que é apresentado pelo violino solo: o trítono. Podemos assim, associar a um chamado do acordar dos mortos que, após se levantarem, iniciam suas festas à meia-noite. Muitos filmes silenciosos utilizavam esse poema sinfônico como acompanhamento em cenas de horror. Apesar do tema fúnebre, a obra possui uma energia vibrante e não descarta seu caráter de dança", informa o musicólogo Leonardo Augusto Cardoso de Oliveira.

Para completar as apresentações, a seleção de trechos de "Peer Gynt", peça de teatro do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen e  musicada pelo compositor Edvard Grieg. Ibsen foi um dos mais significativos escritores do modernismo norueguês e retratava a realidade da sociedade naquele momento. Os trechos apresentados serão narrados e contextualizados de acordo com o drama de Ibsen.

Programa

"Poesia, Teatro e Música"

FRANZ LISZT (1811-1886)

Os Prelúdios, S.97 

CAMILLE SAINT-SAËNS (1835-1921)

Dança Macabra, Op.40 

 

EDVARD GRIEG  (1843-1907)

Seleções de“Peer Gynt” Op. 23 

 

Serviço

Orquestra Sinfônica de Campinas

Victor Hugo Toro, regente

Taís Bandeira, solista (soprano)

Roberta Campos, narradora

Quando: 

sábado, 3 de junho, 20h 

domingo, 4 de junho, 11h

Onde: Teatro Castro Mendes (Praça Correa de Lemos, s/n. Vila Industrial. Campinas). Telefone (19) 3272-9359.

Ingressos: 

sábado - R$30,00 (inteira), R$ 15,00 (estudantes, aposentados), R$ 10,00 (professores das escolas públicas e privadas de Campinas e das cidades da Região Metropolitana, pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiências), R$ 5,00 (estudantes das redes municipal e estadual). 

domingo - valor promocional: R$ 6,00 (inteira), R$ 3,00 (meia entrada); R$ 2,00 (professores das escolas públicas e privadas de Campinas e das cidades da Região Metropolitana, pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiências); R$ 1,00 (estudantes das redes municipal e estadual). 

Classificação indicativa: 6 anos.

O genial Mozart é interpretado pela Sinfônica de Campinas neste final de semana

O genial Mozart (1756-1791), nome pop que virou marca disputada de bombom e licor e foi o campeão de vendas de CDs em 2016 pela caixa "Mozart 225: The New Complete Edition" (produzida pela Decca em parceria com a Deutsche Grammophon), superando até mesmo artistas blockbuster como Adele e Beyoncé, tem parte de sua obra interpretada pela Sinfônica de Campinas nos concertos deste final de semana.

As apresentações acontecem no sábado, 22, às 20h, e no domingo, às 11h, no Teatro Castro Mendes. No sábado, os ingressos custam R$ 30 e R$ 15, e no domingo, R$ 6 e R$ 3.

 

 

Além das obras de Mozart (Don Giovanni, K.527: Overture;

Sinfonia nº 3, em Mi bemol Maior; Sinfonia nº 37, em Sol Maior; 

Seis Danças Alemãs, KV 509), a Orquestra executa a composição Suíte nº4, Op.61, chamada "Mozartiana", escrita por P. I. Tchaikovsky (1840-1893) em comemoração aos 100 anos da ópera Don Giovanni.

 

"Mozart nos deu a grande oportunidade de conhecer sua habilidade em desenvolver tão brilhantemente a linguagem musical", afirma o pesquisador Leonardo Augusto Cardoso de Oliveira.

"Cronologicamente", prossegue, "temos suas primeiras composições aos cinco anos de idade, que continuam até sua morte prematura, aos 35 anos de idade. Seu pai, violinista e mestre de capela, ao perceber o talento do filho, dedicou-se a ensinar música e o apresentou intensamente em diversas cortes pela Europa. Seu trabalho incessante nos deixou centenas de títulos, entre sinfonias, concertos, oratórios, óperas e música de câmara. Sua personalidade jocosa e cheia de energia está presente em suas composições"

 

A genialidade de Mozart é tão forte e reconhecida que não à toa o escritor português José Saramago (1922-2010) afirmou sobre a composição Don Giovanni, uma das mais emblemáticas do compositor, "se há uma ópera no mundo capaz de pôr-me de joelhos, rendido, submetido, é esta”.  

 

Com a abertura de Don Giovanni, e outras sinfonias e danças, o público terá oportunidade de ouvir, durante os concertos, uma música do futuro feita há mais de 200 anos.

 

Programa

W. A.Mozart (Salzburgo, 1756 - Viena, 1791)

Don Giovanni, K.527: Overture

Sinfonia N° 3, em Mi bemol Maior, K.18/Anh.A 51

Sinfonia No.37, em Sol Maior, K.444/425ª

Seis Danças Alemãs, KV 509

 

P. I. Tchaikovsky (Votkinsk, 1840 - São Petersburgo, 1893)

Suíte Nº. 4, Op.61, TH 34 em Sol Maior (Mozartiana)

 

 

Serviço

Orquestra Sinfônica de Campinas

Victor Hugo Toro, regente

Quando: 

sábado, 22 de abril, 20h; 

domingo, 23 de abril, 11h

Onde: Teatro Castro Mendes (Praça Correa de Lemos, s/n. Vila Industrial. Campinas). Telefone (19) 3272-9359.

Ingressos: 

sábado - R$30,00 (inteira), R$ 15,00 (estudantes, aposentados), R$ 10,00 (professores das escolas públicas e privadas de Campinas e das cidades da Região Metropolitana, pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiências), R$ 5,00 (estudantes das redes municipal e estadual). 

domingo - valor promocional: R$ 6,00 (inteira), R$ 3,00 (meia entrada); R$ 2,00 (professores das escolas públicas e privadas de Campinas e das cidades da Região Metropolitana, pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiências); R$ 1,00 (estudantes das redes municipal e estadual). 

Sinfônica de Campinas apresenta valsas vienenses sob a batuta do austríaco Martin Tuksa, sábado e domingo

Que tal ouvir as famosas valsas vienenses neste fim de semana? Para os concertos de sábado e domingo, a Orquestra Sinfônica de Campinas preparou um repertório especial com uma seleção charmosa do compositor Johann Strauss Filho (1825-1899), além de obras de F. Schubert (1797-1828) e W. A. Mozart (1756-1793). 

Outra novidade será a participação do músico austríaco Martin Tuksa, que não somente irá atuar como maestro, mas também terá seu violino nos solos.

Na dupla função de solista e regente,Tuksa pretende trazer ao público a leveza da valsa, que de uma simples dança camponesa, passou a ser imprescindível nas festas e salões de Viena, invadindo também salões de baile e salas de concerto por toda a Europa, espalhando-se pelo mundo ocidental. "É um repertório expressivo que toquei muito em Viena", diz, animado.

Sobre o "Concerto para Violino", de Schubert, que abre as apresentações, a obra ficou muito tempo na obscuridade e só foi executada após 70 anos da morte do compositor.  O repertório se completa com o genial Mozart e sua "Sinfonia nº 33" – a exemplo das suas demais composições, trazem a marca autoral de um autor a frente do seu tempo. "Afirma-se que nesta Sinfonia, Mozart manejou a orquestração de maneira brilhante, trabalhando com procedimentos que só tornariam a aparecer em suas últimas sinfonias",destaca a pesquisadora Lenita Nogueira. 

 

Regente e solista

Martin Tuksa desenvolveu carreira internacional como membro do Arcus Ensemble Wien e do Klangforum Wien, apresentando-se na Europa, nos Estados Unidos e no Japão. Integrou a Wiener Kammerochester e tocou como spalla na Wiener Kammerphilharmonie, na Orquestra Sinfônica Brasileira e na Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. 

No cenário da música erudita brasileira, destacou-se como solista da Orquestra Sinfônica Brasileira e da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, em vários recitais e em apresentações com o conjunto de câmara Vienarte. Estreou como regente no Brasil à frente da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo em 2004. Em 2006, assumiu a direção artística da Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina. Em 2009 foi convidado a dirigir a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro em Brasília. 

É membro da Camerata Aberta e do recém-formado Quinteto Pierrot São Paulo. Foi professor de violino nas Universidades de Música de Graz e Viena e no Conservatório de Viena. Deu masterclass no Festival de Inverno de Campos de Jordão e é convidado regularmente como docente em diversos festivais.

Programa

FRANZ SCHUBERT (1797-1828)

Peça de Concerto para Violino e Orquestra, D. 345 

 

WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756-1793)

Sinfonia N° 33, em Si bemol maior, KV 319 

 

JOHANN STRAUSS FILHO (1825-1899)

Seleção de Valsas e Polkas

O Morcego: Abertura 

Annen-Polka 

Tritsch-Tratsch-Polka 

Sangue Vienense, valsa 

Pizzicato Polka 

Sob Trovões e Relâmpagos, polka 

 

 

Serviço

Orquestra Sinfônica de Campinas

Regente e solista, Martin Tuksa  

Quando: sábado (22 de outubro), 20h; domingo (23 de outubro), 11h

Local: Teatro Castro Mendes (Praça Correa de Lemos, s/n. Vila Industrial. Campinas). Telefone (19) 3272.9359.

Ingressos: R$30,00 (inteira), R$ 15,00 (estudantes, aposentados), R$ 10,00 (professores das escolas públicas e privadas de Campinas e das cidades da Região Metropolitana, pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiências); R$ 5,00 (estudantes das redes municipal e estadual).

Nos 400 anos de morte de Miguel de Cervantes, Sinfônica de Campinas interpreta obras alusivas ao seu mais famoso personagem, Dom Quixote

Nos 400 anos de morte de Miguel de Cervantes, Sinfônica de Campinas interpreta obras alusivas ao seu mais famoso personagem, Dom Quixote

Concertos acontecem neste final de semana, no Teatro Castro Mendes

Para lembrar os 400 anos de morte do emblemático escritor espanhol Miguel de Cervantes (1547-1616), a Orquestra Sinfônica de Campinas interpreta três obras que revisitam seu mais fabuloso personagem, Dom Quixote. Os concertos serão realizados nos dias 2 e 3 próximos (sábado e domingo), no Teatro Castro Mendes, sob a batuta do maestro Victor Hugo Toro, e solo do violoncelista Lars Hoefs.

O repertório traz um caráter narrativo que descreve, em três composições de períodos distintos, a saga do cavaleiro errante: “Dom Quixote e a Duquesa – Abertura e Chaconne”, de Joseph Bodin de Boismortier (compositor do período clássico), “Burlesca de Don Quixote”, de G. P. Telemann (barroco) e, pela primeira vez, a Sinfônica de Campinas executa “Dom Quixote”, de Richard Strauss (autor do período pós-romântico), que tem como solista o violoncelo, representando Dom Quixote.

 

Os compositores

O francês Joseph Bodin de Boismortier (1689-1755) foi um dos primeiros compositores a publicar suas composições e um dos poucos que conseguiram sobreviver exclusivamente de sua produção.

Na França do século XVIII o fato de uma obra ser rotulada como ballet comique não implicava somente em dança. Segundo a pesquisadora Lenita Nogueira, o enredo era desenvolvido através do canto, mais próximo de uma ópera. Este é o caso de Dom Quixote e a Duquesa (Don Quixote chez la duchesse), composto em 1743 a pedido do rei. A estreia na Academie Royal de Musique foi luxuosa e envolveu importantes solistas da época.

Em seu tempo, G. P. Telemann (1681-1767), outro compositor do programa, era um dos compositores mais reconhecidos e sua fama superava largamente a de seu contemporâneo Johann Sebastian Bach (1685-1750), que só seria redescoberto muitos anos depois de sua morte, já no século XIX. Compositor de mais de três mil obras que abarcam todos os gêneros musicais, Telemann, como a maioria dos compositores alemães da época, foi bastante influenciado pelos diversos estilos nacionais que se desenvolviam em diferentes regiões da Europa. Burlesca de Dom Quixote é um conjunto de peças relativas à personagem de Cervantes escrito durante uma temporada que o compositor passou em Frankfurt. Está em consonância com o estilo barroco da época, que busca a retórica musical para transmitir musicalmente o sentido do texto literário.

Richard Strauss (1864-1949) concebeu Dom Quixote como um contraponto burlesco à outra peça de mesmo estilo, Vida de Herói (Ein Heldenleben).

Embora conhecesse bastante a obra de Cervantes, Strauss não estabeleceu um programa definido para esta composição, apenas algumas explicações para facilitar o entendimento do público para a estreia da obra em março de 1898, em Colônia, na qual o solista de violoncelo foi Friedrich Grützmacher e o regente Franz Wüllner.

Esta composição, que tem como solistas o violoncelo, representando Dom Quixote, e em menor grau a viola como Sancho Pança, tem um caráter híbrido e não pode ser enquadrada em nenhuma categoria específica, já que nela se superpõem concerto, poema-sinfônico e tema-variação. “Ao que tudo indica, Dom Quixote não foi composta originalmente como um concerto para violoncelo”, afirma Lenita Nogueira. “De início, Strauss havia escrito uma parte destacada para este instrumento, mas percebendo que a escrita exigia um violoncelista bastante experiente, resolveu dar proeminência ao violoncelo na maior parte da composição”, conclui.

Lars Hoefs, o solista

Violoncelista norte-americano, Lars Hoefs tem se apresentado como solista e camerista no Brasil, Europa, e Estados Unidos. Durante a temporada 2015, apresentou récitas em Berlim, Cracovia, Londres e Los Angeles.  Apaixonado pela música de Villa-Lobos desde sua chegada ao Brasil,  Lars constrói uma ponte cultural entre Brasil e Califórnia com seu "Villa-Lobos International Chamber Music Festival", do qual é diretor artistico.  Lars foi o primeiro a executar as integrais para violoncelo e orquestra de Villa-Lobos em um único programa.  Como solista, apresentou os concertos de Haydn, Schumann, Saint-Saens, Lalo, Dvorak, Tchaikovsky, Elgar. 
Lars concluiu seu doutorado e mestrado em performance pela University of Southern California, em Los Angeles, onde estudou com ex-spalla da Los Angeles Philharmonic, Ronald Leonard, e se graduou pela Northwestern University, orientado por Hans Jorgen Jensen. 

Em 2009 atuou como concertino e spalla na Orquestra Sinfônica Brasileira, sob regência de Roberto Minczuk. Em 2013, assumiu o cargo de professor de Violoncelo e História da Música na Universidade Estadual de Campinas, onde, além de lecionar, lidera a Unicamp Cello Ensemble, uma orquestra de violoncelos. 

Programa

“Homenagem a Cervantes”

JOSEPH BODIN DE BOISMORTIER ( 1689-1755)

“Dom Quixote e a Duquesa”, Abertura e Chaconne

GEORG PHILIPP TELEMANN (1681-1767)

Burlesca de Dom Quixote, Abertura

RICHARD STRAUSS (1864-1949)

Dom Quixote

Serviço

Orquestra Sinfônica de Campinas

Victor Hugo Toro, regência

Lars Hoefs, violoncelo

Quando:

2/4 (sábado), 20h

3/4 (domingo), 11h

Onde: Teatro Castro Mendes (Praça Corrêa de Lemos,s/n. Telefone 19 – 3272.9359. Vila Industrial. Campinas)

Ingressos: R$30,00 (inteira), R$ 15,00 (estudantes, aposentados), R$ 10,00 (professores das escolas públicas e privas de Campinas e das cidades da Região Metropolitana, pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiências); R$ 5,00 (estudantes das redes municipal e estadual).