Muitas obras de arte foram roubadas, e boa parte nunca foi localizada.
Você sabia que é um dos crimes mais lucrativos? Só perde para o tráfico de drogas e de armas.
Até a Segunda Guerra Mundial a maioria dos crimes contra o patrimônio cultural tinha uma motivação ideológica ou política, como citei em outro post sobre o roubo da Monalisa em 1911. A partir de 1960 percebeu-se o quão lucrativo é o roubo de obras de arte, além de fácil transporte.
Somente 6% dos crimes são reportados à polícia e apenas 2% são julgados.
Os museus querem ser vistos como protetores do patrimônio cultural, portanto relutam em discutir sobre roubos de arte, temendo perder a credibilidade e sua reputação, tornando assim sua imagem vulnerável!
Obras como ‘Natividade com São Francisco e São Lourenço, de Caravaggio’ (1609), O Concerto de Johannes Vermeer (1664), Chez Tortoni, de Edouard Manet (1875), O Grito, de Edvard Munch (1893), Mulher com Leque, de Amadeo Modigliani (1919) e tantos outros, inclusive o Van Gogh que foi roubado durante a pandemia, em 30 de março, do museu Singer Laren, na Holanda, o qual estava emprestado do Museu Groninger para a exposição “Espelho da Alma”. A pintura O Jardim Paroquial de Nuenen de 1884 encontra-se na lista de obras roubadas da Interpol e está avaliada em aproximadamente em 32 milhões de reais.
Roubo no Museu Isabela Stewart Gardner em Boston (1990)
No Brasil também houve um roubo de artes, em 2006, no Museu Chácara, no Rio de Janeiro, o qual possui um acervo rico e que pretendo conhecer em breve!
O museu é uma casa de 3 pavimentos, construída em 1954. Foi residência do empresário e mecenas franco-brasileiro Raimundo Ottoni de Castro Maya (1894-1968) até a sua morte, sendo transformado em museu a partir de 1972.
Possui um jardim assinado por Burle Marx com 25 mil metros quadrados de exemplares da flora da Mata Atlântica.
Durante o Carnaval aconteceu lá o maior roubo de arte do Brasil e oitavo do mundo. Dois homens com granadas levaram cinco obras: um Monet, um Matisse, um Dalí e dois Picassos. Essas obras nunca foram localizadas.
Seu acervo conta com 22 mil peças distribuídas entre pinturas, esculturas, azulejos, pratarias, livros e documentos. Obras de Cândido Portinari, Alfredo Volpi, Iberê Camargo, Debret, Modigliani, Georges Seurat, Edgar Degas, Miró, e muitos outros...
Precisamos valorizar o que temos aqui e divulgar informações como essa...
“São os expectadores que fazem os quadros. O artista não é o único a concluir o ato de criação, porque o expectador estabelece o contato da obra com o mundo exterior, decifrando e interpretando suas qualidades profundas e assim juntando sua própria contribuição ao processo criativo.”
Marcel Duchamp, 1957
Mônica Fraga
Arte, Fotografia & Design
Designer de Interiores pela Arquitec., Fotógrafa pelo Senac São Paulo. Curso de História da Arte com o crítico de Arte Rodrigo Naves, Curso de História da Arte Brasileira e Modernismo ao Contemporâneo no MASP, Curso sobre as Mulheres na Arte, no Adelina Instituto e Arte que Acontece, em São Paulo. Instragram: @monicafraga Email: monicabmfraga@gmail.com Twitter: @monicafraga27