Da mesma forma que em mulheres maduras, as adolescentes também estão sujeitas à chamada Dismenorréia primária (DP) , que se refere às cólicas menstruais que acontecem na ausência de uma doença pélvica associada.
O termo dismenorreia vem do grego, significando “menstruação difícil” . Trata-se de um extremo desconforto durante os fluxos menstruais, que muitas vezes impede o desempenho das atividades diárias, pelas mulheres acometidas.
O principal sintoma é a dor , que geralmente ocorre na região do hipogástrio ( “no pé da barriga”) , ou nas costas ( na região lombo-sacral ) ou ainda uma dor que se inicia na barriga e se irradia para as costas ou para as pernas.
Para algumas adolescentes, além da dor , pode ocorrer náuseas, vômitos , diarreia, dor de cabeça , tonturas, alterações de humor, agressividade, depressão, ansiedade, tontura, cansaço, alterações do controle postural, e distúrbios do sono, etc.
Existem fatores de risco que estão mais frequentemente relacionados à cólica , são eles : idade da primeira menstruação (menarca) mais precoce, fluxo menstrual intenso e prolongado, tabagismo, história familiar prévia e índice de massa corporal elevado (IMC).
Existe tratamento para as cólicas ?
No período entre crises, sugere-se mudanças alimentares, com redução na ingestão de sal, que pode minimizar a retenção de líquidos, assim como a redução da oferta de carbohidratos e gorduras na dieta. Os exercícios físicos são fundamentais, pois se relacionam à vasodilatação, que pode minimizar o quadro de dor.
Alguns estudos demonstram que banhos mornos, compressas ou bolsas de água quente e massagens relaxantes também podem auxiliar no alívio dos sintomas, quando associados ao tratamento farmacológico.
Durante as crises recomenda-se repouso, antiespasmódicos, analgésicos, calor local e, em algumas situações, medicamentos ansiolíticos. Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são considerados tratamento de primeira escolha .Os anticoncepcionais hormonais também são considerados tratamentos efetivos principalmente quando existe falha do uso de AINEs e em adolescentes sexualmente ativas, associando o efeito contraceptivo ao benefício de alívio da dismenorreia.
Em caso de dúvidas procure sempre seu médico , não se auto medique e converse com seu médico sobre o melhor tratamento para a cólica.
Dra. Carolina Calafiori de Campos
Dra Carolina Calafiori de Campos - CRM 146.649 RQE nº 73944
Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, Especialização em Pediatria pelo Hospital da Puc Campinas, Especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital da Puc Campinas, Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria - Contato: carolinacalafiori@hotmail.com