O novo Coronavírus : fatos reais sobre esse nova epidemia mundial - Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

Começamos o ano de 2020 com a notícia do aparecimento de um novo e assustador vírus : o coronavirus. Esse vírus, chamado provisoriamente de 2019-nCoV, foi identificado pela primeira vez em Wuhan, na província de Hubei, China, em pessoas expostas em um mercado de frutos do mar e de animais vivos. 

Como as informações e as fake news relacionas ao Coronavírus são muitas , resolvi escrever esse texto baseado em um Documento Científico do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (2019-2021) e nos dados do Ministério da Saúde.

O que é o Coronavirus ? os coronavírus são uma grande família viral, conhecidos desde meados de 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais.Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública.

As investigações sobre transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo sim e costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:gotículas de saliva, espirro ,tosse,catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.O vírus pode ficar incubado por duas semanas, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.

Quais os sinais e sintomas clínicos do novo coronavírus ? Eles são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. Os principais são sintomas são: FEBRE , TOSSE e DIFICULDADE PARA RESPIRAR.

O diagnóstico é feito com a coleta de duas amostras de materiais respiratórios ; para confirmar a doença é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o RNA viral.

Existe um tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano? Não !No caso do novo coronavírus é indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como, por exemplo uso de medicamento para dor e febre .




O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;

realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;utilizar lenço descartável para higiene nasal;cobrir nariz e boca com o antebraço quando espirrar ou tossir;evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;higienizar as mãos após tossir ou espirrar; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença.

Como é definido um caso suspeito do novo coronavírus?

Pessoas vindas da China nos últimos 14 dias e que apresentem febre e sintomas respiratórios podem ser considerados SUSPEITOS e devem ser mantidos em isolamento enquanto houver sinais e sintomas clínicos.

Os caso descartados laboratorialmente, independente dos sintomas, podem ser retirados do isolamento.

O Ministério da Saúde instalou o Centro de Operações de Emergência (COE) – coronavírus para preparar a rede pública de saúde para o atendimento de possíveis casos no Brasil.

Lembre se sempre de checar as informações e seguir o que o Ministério da Saúde está orientando ok? 

Carolina Calafiori de Campos

Coluna Pediatria

Dra Carolina Calafiori de Campos - CRM 146.649 RQE nº 73944 

Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, Especialização em Pediatria pelo Hospital da Puc Campinas, Especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital da Puc Campinas, Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria - Contato: carolinacalafiori@hotmail.com  

 

Assaduras : um incômodo para o bebê e para os pais - Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

Popularmente conhecida como assadura , a dermatite das fraldas é muito comum e acomete cerca de 25% das crianças até 2 anos , principalmente dos 9 aos 12 meses de vida . O aspecto das lesões e o incômodo acabam irritando o bebê e trazendo desespero para os pais

Mas qual a causa disso ? São muitos fatores somados que levam a assadura : O ambiente quente e úmido no interior da fralda , somados ao ato de esfregar e limpar frequentemente essa região , acabam reduzindo a função da barreira protetora da pele , na área da fralda.

Somando a isso temos a presença de substâncias como a amônia da urina , as fezes do bebê , produtos de limpeza e fragrâncias como os lencinhos umedecidos e sabonetes ,que também causam irritação na região da fralda.



Além de todos esses fatores , a pele úmida da região do bumbum e genitais favorece a proliferação de germes, como bactérias e fungos, podendo causar infecções secundárias à assadura.

A lesão é bem característica como mostra a foto abaixo : áreas vermelhas e maceradas ( amolecidas pela umidade ) em placas ou formas de bolinhas , na região das fraldas. O bebê fica bem irritado pela dor que a lesão provoca , e pode chorar na hora de trocar as fraldas pois manipular o local também causa dor.

A maioria dos episódios de assadura são autolimitados , com duração de 3 dias ou menos . Os casos graves geralmente são causados por algum irritante crônico ou infecção fúngica ou bacteriana.

Saiba agora algumas dicas de prevenção das assaduras :

1. Sempre que for trocar a fralda do bebê lave bem as mãos;

3. Mantenha a região da fralda limpa e seca com limpeza suave da área , utilizando algodão mergulhado em água morna ou usando uma loção de limpeza sem sabão;

4. Troque as fraldas frequentemente e imediatamente após o bebê fazer xixi ou coco e evite usar fraldas muito apertadas ;

5. Remova qualquer substância que irrite ou causa alergia no local . As fraldas de pano e as hipoalergênicas podem ser menos irritantes;

6. Deixe o “ bumbum respirar “ e deixe a pele da região em contato com o ar em alguns momentos do dia , isso ajuda a mantê-la bem sequinha;

7. Pós como a maisena e o talco devem ser aplicados com cuidado para evitar a inalação acidental , mas são utilizados para absorver a umidade local e reduzir a fricção da pele;

8. Pomadas e cremes protetores , como o óxido de zinco , podem proteger a pele da umidade e também ajudar na cura das assaduras

8. Em caso de inflamações graves e infecções secundárias procure seu pediatra para melhor avaliação e tratamento adequados;

Em caso de dúvidas procure sempre seu Pediatra, nenhum post substitui a consulta médica e o exame físico . Tenha um pediatra para chamar de SEU.

Um beijo enorme e um ótimo final de semana para todos 

Carolina Calafiori de Campos

Coluna Pediatria

Dra Carolina Calafiori de Campos - CRM 146.649 RQE nº 73944

Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, Especialização em Pediatria pelo Hospital da Puc Campinas, Especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital da Puc Campinas, Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria - Contato: carolinacalafiori@hotmail.com  

 

Cuidados com as crianças na praia - Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

Dezembro chegou e muitas famílias pretendem viajar para a praia , principalmente no ano novo . Escrevi esse post para os pais prestarem bastante atenção nos cuidados que devemos ter com as crianças na praia , sem deixar que problemas com a saúde dos pequenos acabe estragando o passeio .


Uma das perguntas mais frequentes que recebo é: qual a melhor idade para o bebê ir pela primeira vez na praia? O ideal é que a primeira ida à praia seja a partir dos 6 meses. No entanto, mesmo após os 6 meses , é preciso muitos cuidados com a pele, alimentação e higiene da criança, principalmente em relação às queimaduras! Por isso a primeira dica é não levá-los à praia em horários de pico solar, entre 10h e 16h, mesmo na sombra! Pois a areia da praia pode refletir mais de 85% dos raios lesivos à pele.

Para evitar a insolação use roupas leves de algodão, bonés e protetor solar infantil em todo corpo, o qual só deve ser utilizado quando o bebê completar 06 meses, devido à alta sensibilidade da pele.

E qual o protetor mais indicado ? De preferência os protetores infantis com FSP ( fator de proteção solar ) acima ou igual a 30.

Na hora de brincar, a criança deve ficar embaixo do guarda sol e mais próxima da parte úmida da areia. Isso porque, na porção seca, há mais concentração de fezes de animais, que podem conter ovos e larvas causadoras de bichos geográficos. Após a brincadeira, o excesso de areia deve ser retirado para evitar problemas na pele. 

Quando o bebê fica muito tempo com shorts de banho, maiô ou fralda sujos após ter entrado na água salgada ou brincado na areia, a pele fica irritada e daí pode ocorrer a foliculite , uma inflamação nos pelos que se assemelha a picadas de inseto.

Assim, se a criança entrar no mar em algum momento do dia e isso não for se repetir, o ideal é que ela seja limpa com água doce e vista uma roupa sequinha. O uso de fraldas na água, por reterem ainda mais umidade e potencializarem assaduras. 

Pode entrar no mar ?Desde que a região seja própria para banho, a criança, a partir de 1 ano de idade, pode aproveitar o mar sem nenhum problema. Caso a família prefira, piscinas de plástico com água doce também são uma opção para as crianças se refrescarem na praia. Porém, é importante fazer uma higienização ao longo do dia, por conta do xixi que a criança pode fazer na água.

A alimentação da criança deve ser a mais natural possível. Porém saiba a procedência do alimento e como ele foi preparado, evitando o risco de intoxicação alimentar . Mesmo coisas aparentemente simples, como raspadinhas, devem ser evitadas, pois a qualidade da água não tem como ser garantida e pode haver contaminação. Prefira alimentos leves, previamente higienizados em casa , como frutas , cenouras e tomatinhos baby , água de coco e sucos naturais. Caso leve lanches prontos, eles devem ser conservados em sacolas térmicas. 

Depois de aproveitar o dia na praia dê um banho com água fresca limpando cuidadosamente o corpo da criança para não deixar resíduos de areia. Após o banho deixe a pele bem sequinha , especialmente nas dobras, na nuca, no pescoço e nos pés, que são áreas comuns de ocorrerem as famosas micoses . Cremes hidratantes voltados para bebês também podem ser utilizados. 

Se a criança tiver usado roupa de banho e ela for ser reutilizada no dia seguinte, é importante que a peça seja bem lavada com água corrente e esteja totalmente seca na hora do uso.

Gostaram das dicas ???? Então lembre se de curtir o sol com moderação , ficar um tempo na sombra , usar o protetor solar e beber muita água , hidratação e fundamental para evitar a insolação .

Um beijo enorme e um ótimo fim de ano para todos !!!

Carolina Calafiori de Campos

Coluna Pediatria

Dra Carolina Calafiori de Campos - CRM 146.649 RQE nº 73444 

Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, Especialização em Pediatria pelo Hospital da Puc Campinas, Especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital da Puc Campinas, Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria - Contato: carolinacalafiori@hotmail.com  

Dezembro vermelho - Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

Durante todo o mês de dezembro, a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) promove a campanha “Dezembro Vermelho: prevenção de acidentes na infância e adolescência”. A campanha tem como objetivo alertar a população sobre os principais acidentes que crianças e adolescentes sofrem, bem como os ambientes em que ocorrem e como preveni-los ; em dezembro , com o início das férias escolares, o número desses acidentes aumenta muito !

Atualmente o termo ‘acidentes’ está dando lugar ao termo ‘injúrias não intencionais’, uma vez que o primeiro dá a falsa noção de que o evento ocorreu de forma aleatória, porém essas lesões são previsíveis e preveníveis. Você sabia que 90% dos acidentes são totalmente evitais ?! Sim ! Assim a forma mais eficaz de diminuir as mortes e/ou sequelas de crianças e adolescentes vítimas de “acidentes” no Brasil é a PREVENÇÃO.

No Brasil, os acidentes são a principal causa de morte de crianças e adolescentes de zero a 14 anos. Acidentes de trânsito (primeira causa de óbito), afogamentos, quedas, sufocação, queimaduras, envenenamentos, acidentes por armas de fogo são as principais causas, apresentando pequenas diferenças em relação às faixas etárias. O número de mortes por acidentes tem apresentado queda nos últimos anos em quase todas as faixas etárias (exceção em menores de um ano) e em quase todas as modalidades (exceção em intoxicações e sufocação).










Se você quer saber mais sobre a prevenção desses acidentes entre no site da ONG Criança Segura , a qual eu sou embaixadora ( www.criancasegura.org.br ) ; lá você encontra todas as orientações para evitar que os acidentes com as crianças aconteçam , sejam na rua , no trânsito , dentro de casa , ou na hora das brincadeiras .

Carolina Calafiori de Campos

Coluna Pediatria

Dra Carolina Calafiori de Campos - CRM 146.649 RQE nº 73444 

Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, Especialização em Pediatria pelo Hospital da Puc Campinas, Especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital da Puc Campinas, Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria - Contato: carolinacalafiori@hotmail.com