Meningite Meningocócica - vacinar para proteger - Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

O termo meningite significa um processo inflamatório nas meninges (as membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal)

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Esta doença pode ser causada por diversos fatores, como medicamentos, câncer, fungos, protozoários , vírus e até vermes.No entanto, os episódios mais preocupantes são os provocados BACTÉRIAS, porque, além de ocorrerem com mais frequência, têm maior potencial de transmissão e de evoluírem para um quadro grave.

A infecção bacteriana pode ser provocada por diferentes bactérias, e hoje vamos falar de uma das mais importantes e graves : a MENINGITE MENINGOCÓCICA causada pela bactéria Neisseria meningitidis , que, no Brasil, manifesta-se principalmente nos subtipos A, B, C, W e Y.

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As crianças com menos de cinco anos, são as mais suscetíveis a desenvolver a doença, porém jovens e adultos também podem se contaminar com essa bactéria.

Para evitar a doença é preciso evitar aglomerações , manter os ambientes ventilados e limpos e principalmente manter seus filhos VACINADOS !

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A importância da vacinação se justifica pela AGRESSIVIDADE da doença e pela RAPIDEZ da sua evolução, com risco de morte ou de sequelas graves em, apenas, 24 horas.

Nesse período igual ou até mais rápido que um dia , os sintomas da doença podem evoluir de febre e mal-estar ,a inconsciência e convulsões, com risco de morte e sequelas graves, como amputações de membros e sequelas neurológicas para sempre !

Veja aqui a evolução da Meningite Meningocócica:

0 a 8 horas : sintomas inespecíficos com irritabilidade , febre , dor de garganta e coriza, sonolência , perda de apetite, náuseas e vômitos, dores nas pernas.

8-15 horas : sintomas clássicos de meningite com rigidez de nuca , fotofobia ( incômodo excessivo com a luz ), mãos e pés frios , manchas vermelhas pelo corpo ( rash hemorrágico).

15-24 horas : pode progredir de sintomas inespecíficos para confusão , convulsão , inconsciência , choque séptico e morte.

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Para prevenção temos os seguintes tipos de vacina :

Meningocócica C : O tipo C da bactéria Neisseria meningitidis (meningococo) é responsável por cerca de 56% dos casos de doença meningocócica no Brasil. A vacina meningocócica tipo C está disponível na rede pública enquanto que a rede privada possui a vacina conjugada que abrange os tipos A, C, W e Y.

Meningocócica B : Essa vacina está disponível na rede particular.

Se considerarmos todas as faixas etárias, 32% dos casos de doença meningocócica no Brasil são desencadeados pelo subtipo B da bactéria Neisseria meningitidis (meningococo).No ano de 2018, o sorogrupo B foi responsável por 58% dos casos de doença meningocócica em crianças com menos de 10 anos.

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Considerando que a vacina específica para esse tipo só entrou no mercado em 2015, é importante verificar, na caderneta de vacinação, se a sua família já está protegida contra este subtipo.

Meningocócica ACWY : além do sorotipo C , ela contém os subtipos W e Y,  responsáveis por cerca de 12% dos episódios de doença meningocócica no Brasil.O maior número de casos ocorre na região Sul do país.

O tipo A tem uma baixa circulação , mas ainda existem casos no mundo , principalmente no chamado cinturão da meningite, localizado na África Subsaariana.

Essa vacina está disponível no SUS para adolescentes de 11 e 12 anos , a na rede particular para as outras faixas etárias.

Cuide do seu filho ! Vacine ele contra o Meningococo !

Dados : Sociedade Brasileira de Imunizações ; GKS

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Carolina Calafiori de Campos

Coluna Pediatria

Dra Carolina Calafiori de Campos - CRM 146.649 RQE nº 73944 

Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, Especialização em Pediatria pelo Hospital da Puc Campinas, Especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital da Puc Campinas, Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria - Contato: carolinacalafiori@hotmail.com  

Cuidados com as crianças na praia - Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

Dezembro chegou e muitas famílias pretendem viajar para a praia , principalmente no ano novo . Escrevi esse post para os pais prestarem bastante atenção nos cuidados que devemos ter com as crianças na praia , sem deixar que problemas com a saúde dos pequenos acabe estragando o passeio .


Uma das perguntas mais frequentes que recebo é: qual a melhor idade para o bebê ir pela primeira vez na praia? O ideal é que a primeira ida à praia seja a partir dos 6 meses. No entanto, mesmo após os 6 meses , é preciso muitos cuidados com a pele, alimentação e higiene da criança, principalmente em relação às queimaduras! Por isso a primeira dica é não levá-los à praia em horários de pico solar, entre 10h e 16h, mesmo na sombra! Pois a areia da praia pode refletir mais de 85% dos raios lesivos à pele.

Para evitar a insolação use roupas leves de algodão, bonés e protetor solar infantil em todo corpo, o qual só deve ser utilizado quando o bebê completar 06 meses, devido à alta sensibilidade da pele.

E qual o protetor mais indicado ? De preferência os protetores infantis com FSP ( fator de proteção solar ) acima ou igual a 30.

Na hora de brincar, a criança deve ficar embaixo do guarda sol e mais próxima da parte úmida da areia. Isso porque, na porção seca, há mais concentração de fezes de animais, que podem conter ovos e larvas causadoras de bichos geográficos. Após a brincadeira, o excesso de areia deve ser retirado para evitar problemas na pele. 

Quando o bebê fica muito tempo com shorts de banho, maiô ou fralda sujos após ter entrado na água salgada ou brincado na areia, a pele fica irritada e daí pode ocorrer a foliculite , uma inflamação nos pelos que se assemelha a picadas de inseto.

Assim, se a criança entrar no mar em algum momento do dia e isso não for se repetir, o ideal é que ela seja limpa com água doce e vista uma roupa sequinha. O uso de fraldas na água, por reterem ainda mais umidade e potencializarem assaduras. 

Pode entrar no mar ?Desde que a região seja própria para banho, a criança, a partir de 1 ano de idade, pode aproveitar o mar sem nenhum problema. Caso a família prefira, piscinas de plástico com água doce também são uma opção para as crianças se refrescarem na praia. Porém, é importante fazer uma higienização ao longo do dia, por conta do xixi que a criança pode fazer na água.

A alimentação da criança deve ser a mais natural possível. Porém saiba a procedência do alimento e como ele foi preparado, evitando o risco de intoxicação alimentar . Mesmo coisas aparentemente simples, como raspadinhas, devem ser evitadas, pois a qualidade da água não tem como ser garantida e pode haver contaminação. Prefira alimentos leves, previamente higienizados em casa , como frutas , cenouras e tomatinhos baby , água de coco e sucos naturais. Caso leve lanches prontos, eles devem ser conservados em sacolas térmicas. 

Depois de aproveitar o dia na praia dê um banho com água fresca limpando cuidadosamente o corpo da criança para não deixar resíduos de areia. Após o banho deixe a pele bem sequinha , especialmente nas dobras, na nuca, no pescoço e nos pés, que são áreas comuns de ocorrerem as famosas micoses . Cremes hidratantes voltados para bebês também podem ser utilizados. 

Se a criança tiver usado roupa de banho e ela for ser reutilizada no dia seguinte, é importante que a peça seja bem lavada com água corrente e esteja totalmente seca na hora do uso.

Gostaram das dicas ???? Então lembre se de curtir o sol com moderação , ficar um tempo na sombra , usar o protetor solar e beber muita água , hidratação e fundamental para evitar a insolação .

Um beijo enorme e um ótimo fim de ano para todos !!!

Carolina Calafiori de Campos

Coluna Pediatria

Dra Carolina Calafiori de Campos - CRM 146.649 RQE nº 73444 

Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, Especialização em Pediatria pelo Hospital da Puc Campinas, Especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital da Puc Campinas, Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria - Contato: carolinacalafiori@hotmail.com