Tudo na vida de uma criança tem que ter um propósito? Coluna motivacional por Agnes Nääs


Vocês repararam que a maternidade hoje em dia é imersa em um Mundo de obrigações e padrões pré-estabelecidos?

Percebeu que ser uma boa mãe é conseguir alcançar todas as metas e ditames que terceiros, como escritores e a sociedade, nos impuseram? 

Para tudo no dia-a-dia de uma mãe há um propósito. As brincadeiras, por exemplo, se formos seguir o modelo de uma boa mãe (segundo os padrões), será sempre relacionada a algo maior.


Brincar de desenhar para desenvolver o lado artístico, de empilhar para desenvolver a coordenação motora, e jamais deixá-los assistir televisão, porque uma mãe modelo não apresenta este tipo diabólico de tecnologia aos filhos.

Peço, então, a permissão para deixar aqui meu ponto de vista. Friso bem, meu ponto de vista. Digo isso porque cada uma de nós tem que ter o seu e ser feliz com ele.

Sabe o que digo para todos esses palpites e pesos que jogam em nossas costas? Relaxe!

No primeiro mês de vida de meu filho tentei ser a mãe dos livros, mas percebi que isto era uma tremenda bobagem. Daí para frente fiz destes livros lindos objetos de decoração. Ficaram ótimos sobre a mesa ao lado de vasos de flores. Passei a ser uma mãe livre. Foi minha melhor escolha.

É obvio que sou super responsável e tento, juntamente com meu marido passar nossos valores ao nosso filho. Aliás, um desses valores é ser livre, não se enclausurar dentro do que o Mundo nos impõe. Como se diz em inglês "think outside the box" (pense fora da caixa, ou seja, do comum). Ser feliz, fazer escolhas respeitando o próximo, o meio ambiente e os animais. Ter responsabilidade, mas jamais ser fruto do que os outros escolhem para nós. É relaxar e viver. Ser leve, levar a vida numa boa.

Esse nosso jeito se reflete até nas nossas brincadeiras. Eu e meu esposo temos os momentos de brincadeiras educacionais, como ler livros, porque achamos importante, mas as brincadeiras sem propósito também fazem parte do nosso cotidiano. 

Hoje mesmo começamos a brincar com guache no chão da sala, mas fiquei com medo de sujarmos um edredom xodó que estava por perto. Eu iria acabar com a brincadeira? Jamais! Peguei meu filho, o pote de tinta e fomos brincar de "Smurfs" no box do banheiro.

Nos pintamos inteiros. Foi uma farra. Ele não sabia o que fazer com tanta tinta e lugar para sujar. Era o paraíso da bagunça. Tinta para todos os lados.

Resolvi que era hora de dar banho. Quando joguei a água tudo virou um mar azul. Ele se esbaldou batendo a mão na água e espirrando no box todo.

Depois de muita diversão, dei banho nele, chamei meu esposo que o pegou, secou e colocou uma roupa quentinha. Limpei o box com sabonete mesmo, tomei banho, e o banheiro nem pareceu ter passado por tanta farra.

Qual foi o propósito dessa brincadeira? Nenhum! Mas o que meu filho teve? A mãe por perto dando atenção, amor e fazendo surgirem muitas risadas. Um momento que vai ficar para sempre em nossas vidas. 

No fim, o propósito de tudo não é ser feliz? Pense nisso. Relaxe e viva leve. Ninguém sabe o que é melhor para nossos filhos do que nós mesmas.

Um grande beijo com muita energia positiva para vocês.

Agnes Nääs

Coluna Motivacional

Servidora Pública Federal, escritora e integrante do Elas Conectadas, no qual escreve textos e vídeos motivacionais Youtube: Agnes Nääs. Elas Conectadas: www.facebook.com/elasconectadas

Como lidar com gente chata? - Coluna Motivacional por Agnes Nääs

Tem até o ditado: "Deus, me dê paciência, porque se me der forças eu arrebento!". Então vamos acalmar os corações e sermos racionais, pode ser?



Para começar alguém ser chato ou não é subjetivo. Eu posso amar uma pessoa e você achá-la a pessoa mais intragável que existe. Tudo depende das nossas emoções no momento, nossos gostos, estilo de vida e porque não dizer "carmas de vidas passadas" para os que acreditam (confesso que por ser espírita eu acredito). 

Por isto é muito complicado rotular pessoas, principalmente se for para algo ruim. Ninguém gosta de ser mal falado, de ser assunto na mesa de família no almoço de domingo, ou ser alvo de sacanagens e piadas. Vamos tentar compreender que todos nós somos diferentes e respeitar o outro. Claro que não precisamos forçar uma amizade ou convívio que não é prazeroso. É muito melhor para todos que as pessoas se relacionem com quem tem afinidades e bons sentimentos.

Entretanto, muitas vezes não depende de nós, não é verdade? Acontece com muita frequência de uma pessoa jogar na outra a raiva, inveja, ciumes ou qualquer sentimento ruim que ela tem dentro dela em outras pessoas (que muitas vezes nem tem relação com o problema). O Ser Humano anda tão focado em si, no seu dia-a-dia, na sua rotina, na busca exagerada pelo "ter", buscando aparentar ser algo que muitas vezes não é, que acaba passando por cima dos sentimentos das pessoas. Perdem o bom senso, o respeito, o carinho e educação nas coisas mais básicas. Nessas horas conflitos que poderiam ser evitados acabam acontecendo. Não necessariamente brigas, discussões ou algo mais sério, mas cria aquele clima ruim, uma atmosfera nada agradável, e acaba saindo como "o chato da história".

Acabamos recebendo uma carga negativa que em grande parte das vezes nem temos culpa, mas podemos evitar maiores estragos e estresse para nós mesmos simplesmente ignorando. Se for preciso responder algo talvez um "a tá" ,"blz", "pois é", "uhum" são suficientes. Micro palavras que evitam grandes transtornos. Para que responder e querer ter a razão se a pessoa já está carregada de energia ruim, só esperando alguém para ela descarregar tudo? Muitas vezes quando ela se acalmar ou melhorar o astral, ela mesma vai ver que errou e se envergonhar. As mais humildes até pedem desculpas, as outras fingem que nada aconteceu, mas no coração dela a vergonha ou culpa está instalada. Não se preocupe em ganhar todas as batalhas, se preocupe em ser feliz só.

Agora vamos falar do que você pode fazer para não ser você o chato. Quem aqui já fez uma auto-análise feroz? Sem medo das suas auto-respostas? Pois eu lhes digo que eu fiz! Doeu! Morri de vergonha de mim mesma. Não que eu tenha feito coisas enormemente erradas, mas fui sim muitas vezes chata. Não tenho vergonha de dizer isso porque foi a partir daí que mudei minha forma de agir. Eu nunca tive a intenção de ser chata, mas fui. E normalmente é assim que acontece, as pessoas não querem errar, mas erram. Só que a grandiosidade está em admitir e mudar. Por isso sugiro fortemente que façamos uma auto-crítica. Não tenham medo, todo Mundo erra, fique tranquilo que é melhor perceber o quanto antes do que permanecer no erro. Lembre do que Chico Xavier nos ensinou: " “Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo. Mas qualquer um pode recomeçar e fazer um novo fim.” 

Que tal começarmos agora? Vamos ser a mudança que queremos ver no Mundo!

Grande beijo com muita energia boa para vocês

Agnes Nääs

Coluna Motivacional

Servidora Pública Federal, escritora e integrante do Elas Conectadas, no qual escreve textos e vídeos motivacionais Youtube: Agnes Nääs. Elas Conectadas: www.facebook.com/elasconectadas