Você conhece o bar dos Arcos?

Aberto no fim de 2018, o espaço no porão do Teatro Municipal é um dos bares mais badalados do momento

Balcões reluzentes compõem o ambiente do Bar dos Arcos, no centro (Clayton Vieira/Veja SP)

Não sem atrasos, o Bar dos Arcos foi inaugurado no fim de 2018. Instalado no subsolo do mítico Teatro Municipal, tornou-se um sucesso instantâneo. Afinal, era aguardado por uma legião que não resiste a uma novidade.

O bar tem como cenário as fundações da casa de música clássica. Estão lá os arcos e tijolos nas paredes por onde se distribuem balcões coletivos que emitem luz, inspirados em bar do filme O Iluminado, dirigido por Stanley Kubrick em 1980.

A disposição das mesas altas é um convite à interação entre diferentes grupos. Mas nem pense em escolher seu lugar ou trocar de bancada. Os clientes devem se manter no assento indicado.

No fim da visita, a comanda é paga no caixa, como em um clube noturno, segmento em que o sócio Facundo Guerra fez escola. Vale lembrar que na entrada é obrigatório deixar dados para cadastrar um cartão de consumo na primeira ida ao local — se você for em turma grande, o processo poderá ser demorado.

Tosca: drinque autoral da argentina Chula, combina tequila, licor de laranja, gengibre, limão-taiti, soda de hibisco e raspa de laranja (Clayton Vieira/Veja SP)

Paciência. E não se esqueça: às vezes há conflitos de informação da brigada, que não sabe responder a questões simples como “estão preparando bebidas nesse horário?”.

Se os pontos anteriores não o desanimarem, segue a boa notícia. Além de o ambiente ser espetacular, os drinques da argentina Chula, com experiência no famoso bar portenho Florería Atlántico, seduzem, ainda que não sejam baratos. Boa parte do que foi provado em três visitas funcionou bem.

Penicillin: um dos melhores drinques da carta (Clayton Vieira/Veja SP)

O tosca (R$ 35,00) combina tequila, licor de laranja, gengibre, limão-taiti, soda de hibisco e raspa de laranja. Também com gengibre, o ótimo penicillin (R$ 45,00), um clássico de Nova York, leva aqui uísque, bourbon, limão-taiti e mel e tem um agradável toque defumado.

Daqueles coquetéis de tomar devagar, o balanceado amadeus (R$ 41,00) traz na taça bourbon e vermutes tintos com cereja.

Amadeus: composto de bourbon, vermutes tintos e cereja (Clayton Vieira/Veja SP)

Sob a batuta do chef Rodrigo Augusto, a cozinha executa um menu variado. O poboy (R$ 43,00), sanduíche inspirado no tradicional da Louisiana, vem na ciabatta com lula e camarão fritos, picles de cebola-roxa, alface e maionese de salsão mais vinagrete de maçã à parte.

Poboy: inspirado na Louisiana, o poboy vem na ciabatta com lula e camarão fritos, picles de cebola-roxa, alface e maionese de salsão mais vinagrete de maçã à parte (Clayton Vieira/Veja SP)

Balanço geral: vale a pena passar horas agradáveis no Bar dos Arcos.

Fonte: https://vejasp.abril.com.br/blog/notas-etilicas/bar-dos-arcos-critica-cardapio/?fbclid=IwAR35Xj0nlyUKaeAr13RdswWpNqmGuzE-y-UVONRrLO1mwaBEtrTIHqhvgWY