Menopausa – vale a pena fazer reposição hormonal? Coluna Ginecologia e Obstetrícia por Dra. Luciana Radomile

A menopausa é uma fase de intensas e, muitas vezes, desagradáveis mudanças para as mulheres. Calorões, alterações no humor, dores nas relações sexuais, insônia, ganho de peso e baixa autoestima são algumas queixas frequentes que as levam a buscar ajuda médica.

Uma das terapias propostas é a reposição hormonal. Só que o temor de possíveis efeitos colaterais faz com que muitas mulheres desistam de buscar ajuda médica.

Quando essa terapia deve ser indicada
Mulheres saudáveis ou com doenças clinicamente bem controladas e que não apresentem casos que contraindiquem o tratamento.

Benefícios

A principal indicação para a reposição hormonal é o tratamento dos sintomas vaso motores, principalmente dos fogachos que atingem 60 a 80% das mulheres. É indicada também para o tratamento dos sintomas urogenitais e a manutenção da qualidade da massa óssea, evitando problemas como a osteopenia e a osteoporose. Além disso, tem como vantagem a melhora da qualidade do sono e da disposição em geral, da libido e da função sexual, e dos distúrbios de humor. Outros benefícios incluem diminuição do acúmulo de gordura abdominal, redução do risco cardiovascular, melhora do controle glicêmico e da artralgia, redução do risco de câncer colorretal.
A escolha do tratamento é sempre individualizada e ao tomar a decisão de realizar a reposição é preciso conhecer os riscos e as contraindicações. Realizar seus exames de rotina são fundamentais.


Como é realizada

Pode ser na forma de comprimidos (oral), cremes transdérmicos (aplicados na pele) ou vaginais e até através de implantes subcutâneos (sob a pele).


Quem não deve adotar a terapia hormonal

Existem contraindicações como histórico pessoal de câncer de mama ou endométrio, passado de fenômenos tromboembólicos e/ou de acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio (IAM), doença hepática grave ou histórico de sangramento genital sem diagnóstico.
Cada mulher tem suas necessidades e cabe ao ginecologista com a paciente conversarem e chegarem a um consenso, visando sempre a prevenção de doenças e melhora da qualidade de vida!

Dra. Luciana Radomile

Coluna Ginecologia e Obstetrícia

 Médica Formada pela Faculdade de Medicina da PUC Campinas, Especialização em Ginecologia e Obstetrícia na Unicamp. Membro da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia ( Febrasgo). Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia TEGO- Contato: (19)993649238, dralucianaradomile@gmail.com