Guerra com name e surname, né, Tio Sam? Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

Olá a todos! Espero todos estejam bem. De novo outra guerra! Até quando o ser humano vai criar oportunidades em meio a desgraça de terceiros? Por que destruir o outro pode ser uma oportunidade de negócio?

É no mínimo sem moral dessa forma, mas, infelizmente essa é uma das formas que que diferentes correntes encontram a todo momento para suprir os seus interesses.

Os Estados Unidos são especialistas nessa manobra, visto que a situação política e econômica americana em ano de pré-eleição são muito complexos com a pressão da inflação, perda de posição relevante em commodities (vide o milho para o Brasil), desemprego, alta contínua da taxa básica de juros, faz com que janelas de oportunidades sejam aproveitadas pela ainda maior potência do mundo.

Já o investidor global o que tem a ver com isso? Ocorre que em momentos tensos como esse tendem a recorrer ao dólar, ao ouro e ao Treasury (título de renda fixa de dívida pública do governo norte- americano) em busca de proteção. Os conflitos desse porte gigantesco resultam na alta do preço do petróleo, que sempre sobe e consequentemente, gera mais inflação em todos os mercados.

Veja o barril de óleo do tipo Brent para dezembro fechou o pregão da primeira segunda-feira pós ataque (9) com alta de 4,22%, cotado a US$ 88,15, e o WTI para novembro avançou 4,33%, cotado a US$ 86,38.

É bom sempre lembrar que um terço do petróleo mundial sai do Oriente Médio e o enfrentamento na região tende a colocar mais lenha no caldeirão cultural que caracteriza a região. Mas como falamos de investimentos, é bom ressaltar que a aversão ao risco está crescendo e quando isso ocorre, os índices de volatilidade sobem e os ativos de risco performam mal, a exemplo de bolsa de valores, bem como moedas e bolsas de países emergentes.

Outros sempre estão em alta como o ouro que é um ativo de proteção e acrescenta também os títulos do governo de países estáveis e moedas fortes, como o dólar americano, como refúgio.

No cenário brasileiro, os investidores têm que ficar em alerta com seus aportes em ações, títulos, fundos mútuos e ETFs (fundos atrelados a uma carteira de ativos que buscam retorno semelhante a um índice de referência), especialmente aqueles com exposição a setores sensíveis à geopolítica, como energia, commodities e tecnologia. A liquidez deve ser afetada devido à incerteza e ao medo dos investidores, levando a uma retração temporária nos mercados financeiros à medida que buscam ativos mais estáveis com menor volatilidade.

A guerra (dependendo o tempo que durar) pode resultar em alta volatilidade no Ibovespa, com oscilações de preços em ações de empresas com operações ou relações comerciais significativas com a região afetada ou com mercados que reagem à geopolítica. Neste caso, atenção para companhias como Petrobras (PETR3; PETR4), PRIO (PRIO3).

Nesse momento (como em outros, especificamente) tem que se manter a coerência e assegurar que os seus portfólios estejam seguros, fazendo análises de estratégias de hedge (proteção) e manter um horizonte de investimento de longo prazo

Nesse momento (como em outros, especificamente) tem que se manter a coerência e assegurar que os seus portfólios estejam seguros, fazendo análises de estratégias de hedge (proteção) e manter um horizonte de investimento de longo prazo para se resguardarem dos efeitos da volatilidade desencadeados pelo conflito.

Uma dica, fiquem de olho em ativos atrelados ao dólar – CSD2 (lembre- se...eleições americanas a vista e talvez um divisor de águas na história daquele país) e o Ouro – OZ1 (esse nunca falha).

Na próxima semana nos vemos. Tem dúvidas, estou à disposição. Até mais!

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Natural de São Paulo-SP-Brasil e hoje residindo em Bournemouth-Dorset, Inglaterra, com graduação em Direito pela UNIP e pós graduação em Administração de Negócios pelo Mackenzie e Finanças Corporativas pela UNICAMP.

Dicas de séries por Raquel Baracat - The Looming Tower (Amazon Prime Video)


Série bem feita, intrigante e que responde como aconteceu o previsível acontecimento infeliz do 11 de Setembro, vale a pena assistir!

Release:

The Looming Tower’ mostra caminho até 11/9

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“Em 11 de setembro de 2001, a Al-Qaeda cometeu o ato terrorista mais espetacular da história, com o ataque ao World Trade Center em Nova York. Cinco anos depois, o jornalista Lawrence Wright mostrou como a organização chegou lá, com a ajuda da falta de cooperação entre o FBI e a CIA. Ele ganhou o Pulitzer com o livro O Vulto das Torres – A Al-Qaeda e o Caminho até o 11/9, publicado pela Companhia das Letras. A história agora chega à televisão na série The Looming Tower, que estreia nesta sexta-feira, 9, na Amazon Prime Video, com um dos 10 episódios lançado a cada semana.

A série tem pedigree: é produzida pelo próprio autor do livro, por Alex Gibney, que ganhou o Oscar por Um Táxi para a Escuridão, e Dan Futterman, roteirista de Capote e Foxcatcher – Uma História que Chocou o Mundo. “Não sou muito fã de filmes de desastre. Outros Que falaram disso foram por essa perspectiva”, disse Futterman ao jornal “O Estado de S. Paulo”, em Berlim. “Muito da série não é sobre o 11 de Setembro. Entender como chegamos lá é importante.”

Na adaptação para a televisão, ao lado de pessoas reais, como os agentes do FBI John O’Neill (interpretado por Jeff Daniels) e Ali Soufan (Tahar Rahim), foram criados alguns personagens que combinam vários outros, como Martin Schmidt (Peter Sarsgaard), líder da CIA na Estação Alec, um grupo interagências encarregado de investigações sobre a Al-Qaeda.

Além do livro de Wright, The Looming Tower também incorpora elementos do livro escrito por Soufan, que, na época do 11 de Setembro, era um dos oito agentes do FBI que falavam árabe fluentemente. “Era importante contar a história de um herói americano de verdade, que é muçulmano, imigrante do Líbano e que provavelmente teria muitas dificuldades de conseguir um visto hoje para os EUA”, disse Futterman. “Ele é a pessoa mais patriota que conheço.

Ainda assim, topa com outras que questionam seu sotaque, a cor da sua pele. A islamofobia não é novidade nos Estados Unidos. Tem pelo menos 17 anos, provavelmente mais. Apenas se tornou pior ao longo do último ano. Espero que as pessoas pelo menos aprendam isso: que ele representa o Islã real, e não os terroristas.”

Fonte: https://istoe.com.br/the-looming-tower-mostra-caminho-ate-11-9/