Treinamento realizado pela pela advogada Thais Cremasco, Conselheira da OAB, contatou com 30 contou com toda a equipe da casa
Seguindo as normas estabelecidas pelo Projeto de Lei 874/19, sancionado no dia 4 de fevereiro, que obriga bares, restaurantes, casas noturnas e de eventos a adotarem medidas de auxílio à mulher que se sinta em situação de risco, o Banana Café de Campinas, concluiu nesta semana o treinamento de sua equipe de funcionários. Além de implementar avisos e orientações nos banheiros, a casa criou um código para que a denúncia seja sigilosa e promoveu o treinamento de 30 pessoas – gerência, atendimento, cozinha, pessoal encarregado pela limpeza e organização do estabelecimento.
O treinamento foi realizado pela advogada Thais Cremasco, Conselheira Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB São Paulo) e cofundadora da ONG Mulheres pela Justiça. Todos colaboradores da casa receberam informações do que é assédio, importunação e suas consequências penais e cíveis, como identificar momentos de importunação, de como agir e proceder ao serem informados de casos de assédio e outras formas de violência contra as mulheres, incluindo a violência psicológica, dentro do estabelecimento.
Camila Coratti, gerente do Banana Café Campinas, conta que assim que surgiu o projeto de lei, foram intensificadas algumas medidas que já eram prática do estabelecimento. Novas medidas, como a colocação de avisos que orientam a mulher que se sentir importunada de como proceder e chamar um funcionário para ajudá-la também foram aplicadas. No banheiro feminino foi disponibilizado um código para comunicação com a equipe da casa.
Camila diz que o treinamento é uma parte importante dentro desse novo ciclo de proteção, com a adoção de normas e regras e padronização de conduta dos colaboradores. “Eles estão treinados a observar se a mulher está sofrendo algum tipo de assédio e a fazer a abordagem inicial de auxílio de maneira discreta, ao receber um pedido de ajuda. As medidas básicas iniciais vão desde acompanhar a cliente até seu meio de transporte ou caso seja necessário, chamar a polícia”, explica a gerente.
“Felizmente, ainda não registramos nenhum caso até o momento, mas com um treinamento intensivo todos os nossos colaboradores sabem como identificar um caso de incômodo ou atitude suspeita e como agir de forma rápida e eficiente”, completa.