Crítica de cinema por Vicente Neto - Filme: Ainda estou aqui

Ainda Estou Aqui

Qualquer pessoa no Brasil ouviu falar desse filme, e de seu estrondoso sucesso. Como moro fora, tive de esperar um pouco a mais para conseguir assisti-lo. E minha vontade e ansiedade estavam crescendo a cada novidade a cerca do filme, como os prêmios conquistados. 

A ação tem início no Rio de Janeiro, durante a década de 1970, quando o Brasil vivia o auge da repressão através das políticas do general Médici, 28.º Presidente do Brasil e terceiro do período da ditadura militar. Neste contexto, seguimos Eunice Paiva (Fernanda Torres) na sua busca pelo marido, Rubens Paiva (Selton Mello), um deputado progressista levado pelos militares, em janeiro de 1971, e dado como desaparecido pelas autoridades. Forçada a criar sozinha os cinco filhos de ambos, Eunice inicia uma longa luta para provar o assassinato de Rubens e o de tantos outros brasileiros que tiveram a coragem de se insurgir contra as injustiças de um regime implacável com todos os dissidentes.

Não sei se pela espectativa que tinha, mas achei o filme sensacional. Está tudo perfeitamente executado, filmado e ambientado. Sem dúvida, é o filme brasileiro que mais gostei e me emocionou, apesar de ser um filme ‘pesado’. E ouso dizer que é obrigação de cada brasileiro assisti-lo e aprender o que aconteceu na ditadura, para que essa jamais ouse querer voltar.

Vicente Neto

Coluna Crítica de Cinema

Engenheiro que, desde pequeno, é apaixonado por cinema. Procura assistir a todos os filmes possíveis na telona e, se deixa escapar, assiste em streaming. Costuma sempre ver o lado bom de cada filme que assiste, mesmo se este não agradar muito. Suas críticas são praticamente uma conversa entre amigos, comentando do filme que assistiu.


Dicas de livros e filmes por Luciana Andrade - Livro: Alguma poesia, Carlos Drummond de Andrade e Filme: Ainda estou aqui

Dica de livro: Alguma poesia de Carlos Drummond de Adrade

“No meio do caminho”, “Poema de sete faces” e “Quadrilha” estão entre os poemas mais conhecidos de Carlos Drummond de Andrade, e todos fazem parte de Alguma poesia , seu livro de estreia, publicado em 1930, quando o poeta tinha 28 anos. Aqui, mais inequivocamente do que em qualquer outra de suas obras, transparece a influência da Semana de Arte Moderna de 1922 e, sobretudo, de Mário de Andrade, com quem Drummond manteve uma farta correspondência literária.

O ideário e a estética modernistas estão presentes na maneira como o poeta se coloca no mundo – recusando antigas idealizações e inserindo-se no cotidiano, “como qualquer homem da Terra”. Estão também no delicioso senso de humor que caracteriza muitos dos poemas aqui reunidos – “Cidadezinha qualquer”, “Papai Noel às avessas”, “Cota zero” e “Balada do amor através das idades” são bons exemplos. E, por fim, estão no enfrentamento do nacionalismo como tema, caso de “Europa, França, Bahia” e “Fuga”, entre outros.

A rebeldia alegre da modernidade surge acompanhada de uma lucidez inquieta, que traz questionamentos éticos, políticos e existenciais, pondo em dúvida o avanço técnico e o progresso – “Há máquinas terrivelmente complicadas para as necessidades mais simples”, escreve o poeta. Em meio a poemas marcados pela juventude e o frescor, já se revelava, com traços firmes, a típica inteligência drummondiana.

As novas edições da obra de Carlos Drummond de Andrade têm seus textos fixados por especialistas, com acesso inédito ao acervo de exemplares anotados e manuscritos que ele deixou. Em Alguma poesia , o posfácio é do estilista Ronaldo Fraga. O leitor encontrará também bibliografias selecionadas de e sobre Drummond; e a seção intitulada “Na época do lançamento”, uma cronologia dos três anos imediatamente anteriores e posteriores à primeira publicação do livro.

Bibliografias completas, uma cronologia de vida e obra do poeta e as variantes no processo de fixação dos textos encontram-se disponíveis por meio do código QR localizado na quarta capa deste volume.

Fonte: Amazon

Dica de filme: Ainda estou aqui

Luciana Andrade

Coluna Dicas de Livros e Filmes

Bibliotecária e Psicóloga formada há alguns anos. Atua na área de psicologia com consultório e no SOS Ação mulher e família como Psicóloga voluntária. Cursou biblioteconomia por adorar os livros e assim ficou conhecendo mais profundamente a história literária. Através de filmes e livros consegue entrar em mundos reais, imaginários , fantásticos o que deixa o coração e a mente livres para conhecer, acreditar e principalmente sonhar. Email: luser8363@gmail.com

Dicas de livros e filmes por Luciana Andrade - Livro: Ainda estou aqui de Marcelo Rubens Paiva e Filme: Uma prova de coragem

Dica de livro: Ainda estou aqui de Marcelo Rubens Paiva

Eunice Paiva é uma mulher de muitas vidas. Casada com o deputado Rubens Paiva, esteve ao seu lado quando foi cassado e exilado, em 1964. Mãe de cinco filhos, passou a criá-los sozinha quando, em 1971, o marido foi preso por agentes da ditadura, a seguir torturado e morto. Em meio à dor, ela se reinventou. Voltou a estudar, tornou-se advogada, defensora dos direitos indígenas. Nunca chorou na frente das câmeras.
Ao falar de Eunice, e de sua última luta, desta vez contra o Alzheimer, Marcelo Rubens Paiva fala também da memória, da infância e do filho. E mergulha num momento obscuro da história recente brasileira para contar ― e tentar entender ― o que de fato ocorreu com Rubens Paiva, seu pai, naquele janeiro de 1971.

Fonte: Amazon

Dica de filme: Uma prova de coragem

Luciana Andrade

Coluna Dicas de Livros e Filmes

Bibliotecária e Psicóloga formada há alguns anos. Atua na área de psicologia com consultório e no SOS Ação mulher e família como Psicóloga voluntária. Cursou biblioteconomia por adorar os livros e assim ficou conhecendo mais profundamente a história literária. Através de filmes e livros consegue entrar em mundos reais, imaginários , fantásticos o que deixa o coração e a mente livres para conhecer, acreditar e principalmente sonhar. Email: luser8363@gmail.com