Prada vrs. Plada - Coluna Entretenimento por Milena Baracat

A China vem tentando mudar há anos sua má reputação associada à falsificação e ao comércio de produtos de qualidade inferior, mas fica difícil quando nos deparamos, não só com produtos, mas com lojas inteiras inspiradas (até demais) nas marcas do Ocidente.

Há poucos dias atrás, Loius Vuitton e Plada (não, estes não são erros de digitação) foram os nomes exibidos em duas lojas espaçosas vistas no térreo de um novo complexo de luxo em Renhuai, uma pequena cidade na província de Guizhou, no sudoeste da China, que exemplificam bem esse cenário.

As fachadas exibiam fotos enormes de modelos posando com produtos legítimos. As lojas pareciam tanto com as verdadeiras, que a única maneira de dizer que eram falsas era a ortografia, mesmo assim, tão sutil que poderia enganar até o mais expert no assunto.

Verdadeira: Louis

Falsa: Loius

Detalhe na tipografia do logo idêntica nas duas lojas.

(Loja sendo desmontada poucos dias após a denúncia. Foto Reprodução: Zigor Aldama)

A “Loius Vuitton” foi fechada após a grife real ameaçá-la com um processo.

 Pode parecer um caso extremo, mas não é inédito.

“Muitas vezes encontramos lojas falsas como estas. No entanto, o tamanho, neste caso, foi surpreendentemente grande”, diz uma fonte da Louis Vuitton, que não quis ser identificada, ao Inkstone News.

"Eles tentam evitar uma ação mudando um pouco o nome, mas isso geralmente é uma estratégia inútil no tribunal.” O problema, acrescenta, é que “a proliferação de tais lojas pode prejudicar a reputação da marca e, principalmente, a confiança do consumidor”.

A China está cheia de exemplos como o de Renhuai.

"Eles são mais comuns em províncias, onde a demanda muitas vezes não é atendida pelas empresas e é mais fácil enganar os compradores", diz a fonte da Louis Vuitton.

Uma busca de imagens on-line oferece inúmeros resultados. Confira alguns exemplos, como mostra a lista a seguir.

1. Dolce & Banana (“inspirada” na marca italiana Dolce & Gabbana)

 2. Sunbucks (“inspirada” na rede de cafés Starbucks. Detalhe: trocou a estrela pelo sol)

3. Pizza Huh (“inspirada” na rede Pizza Hut)

4. KFG (“inspirada” na rede de fast food KFC, especializada em frango)

5. McDnoald´s (“inspirada” no McDonald´s)

Pra se ter uma noção do nocaute que a China está dando em todos nós, estava eu lendo o blog BirdAbroad, de uma americana que mora com o marido em Kunming (cidade no sudeste da China), quando me deparei com uma postagem descrevendo sua experiência na FALSA Apple Store (#fake) e um fato inusitado me chamou muito a atenção durante a leitura: os funcionários da loja acreditam trabalhar para a empresa de Steve Jobs. “Começamos uma conversa com os vendedores que, juro por Deus, pensam genuinamente trabalhar para a Apple”, descreveu a blogueira, atônita. (Eu também fiquei!).

Se engana até funcionários da loja, imagina com nós, reles mortais! Épracabá.

Fonte: Inkstone / BirdAbroad / Adnews / G1. Fotos Reprodução Google.

Milena Baracat

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Coluna Esportes

Formada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Atualmente presta assessoria ao Site Raquel Baracat.

Banheiro público na China tem wi-fi, caixa eletrônico e televisão

Construção em Pequim faz parte de plano do governo para atrair turistas

 

PEQUIM - O governo da China inaugurou um banheiro público em Pequim com televisão, internet sem fio, caixas eletrônicos e estações para carregar celulares e carros elétricos. O toalete fica na estação da Praça Fuqian em Fangshan, um distrito no sudoeste de Pequim.

Segundo a Xinhua, agência oficial de notícias, a construção é parte do programa "Revolução do Banheiro", cujo objetivo é melhorar os padrões sanitários da China para atrair mais turistas internacionais.

A indústria do turismo da China já renovou 68 mil banheiros nos últimos três anos (cerca de 19% do objetivo final) transformando-os em locais "universalmente adequados", afirma a agência do país. O plano é construir e atualizar outros 64 mil banheiros entre até 202

Mas o projeto também tem sofrido críticas por parte dos moradores. Segundo reportagem do The New York Times, alguns reclamam que as construções são desperdício do dinheiro público:

"É apenas um banheiro", contou Lei Junying, 74, um fazendeiro aposentado que mora em Fangshan, em entrevista ao jornal americano. E acrescentou: "O governo pede às pessoas que paguem impostos. Por que eles não doam esse dinheiro para os bairros pobres?"

Ainda sim, segundo a publicação, o local se tornou um ponto bastante popular no distrito e dezenas de pessoas visitam o local por hora. O morador Zhou Wang, que é motorista de ônibus, contou ao NYT que espera que o banheiro "ajude a trazer mais visitantes estrangeiros".

Fonte: https://oglobo.globo.com/boa-viagem/banheiro-publico-na-china-tem-wi-fi-caixa-eletronico-televisao-22120262#ixzz4zqXsaXHI 
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A impressionante Tianjin Binhai Library - Coluna Entretenimento por Milena Baracat

Em Tianjin, cidade costeira da China localizada a cerca de 100km da capital Pequim, uma biblioteca chama a atenção pelo design incomum.

O edifício, cujas imagens têm feito sucesso nas redes sociais pelo aspecto futurista, contou com a colaboração de arquitetos holandeses da agência de design e arquitetura MVRDV e projetistas locais.

Com mais de um milhão de livros, a biblioteca de 34 mil metros quadrados possui uma forma de olho gigante e tem em cinco andares cobertos de estantes do chão até o teto, que também servem de assentos.

“As estantes são ótimos espaços para se sentar e ao mesmo tempo permitem aceder aos andares de cima. Os ângulos e as curvas estão destinados a estimular diferentes usos do espaço como ler, andar e serem lugares de encontros e debates. Juntos formam o ‘olho’ do edifício para ver e ser visto”, disse Winy Maas, cofundador da MVRDV ao jornal The Telegraph.

Realmente um visual incrível!

FONTE: The Telegraph. Fotos/ Reprodução: OSSIP VAN DUIVENBODE/ MVRDV

Milena Baracat

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Coluna Esportes

Formada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas).  Atualmente atua com profissionais  no desenvolvimento, tratamento de acervos, informatização e tecnologia da informação aplicada para bibliotecas particulares e privadas.

 

 

Qual foi o lugar mais agressivo que conheci - Coluna Volunturismo por Tatiana Garcia

 

China – um país muito curioso. Como por exemplo, o fato deles comerem quase todo tipo de animal; desde cachorro à rato já me chamava à atenção. Outro fator assustador era que estações de trem, ônibus, templos, bancos, e muitos estabelecimentos eram cercados de escadas e entradas estreitas. Quase não se via cadeira de roda nas ruas, será que por falta de acesso? Além disso, como se não bastasse o céu e os rios poluídos, ao caminharmos pelas ruas, a cada segundo nos deparamos com alguém cuspindo no chão. É um hábito comum deles, em sua maioria, homens. Isso também me incomodavam bastante, tive que aprender a conviver com o som de catarreadas enquanto tomava meu chá.

A lista era grande dos fatores culturais que me impressionavam por lá, mas teve um deles que me marcou mais. Foi a maneira que os pais tratam seus filhos. Era muita brutalidade, claro que baseado no meu ponto de vista do que é brutal. Presenciei alguns pais puxando seus filhos pelo braço, quase que os arrastando. Eles se comunicavam entre si aos gritos. Alguns pais batiam com a palma da mão em algumas partes do corpo ou cabeça de seus filhos. Me incomodava muito assistir tudo aquilo e não fazer nada. A maneira que eles alimentavam seus filhos também me impressionou, enfiavam a colher com tudo na boca da criança, sempre cheia de comida, onde ela mal tinha tempo de recusar. Usavam tanta força, que chegava a fazer barulho ao tocar o céu da boca da criança. E estou falando de crianças com até 5 anos de idade. Acredito que elas não sofriam porque cresceram acreditando que isso era um comportamento aceitável. Mesmo assim, saí da China pensando que só era aceitável quando o outro não estava se sentindo prejudicado ou machucado.

Itália – um país machista, cheio de feministas. Essa opinião mudou assim que cheguei em Milão. Logo no meu primeiro, caminhava pelo centro, quando vi um pequeno tumulto na frente de um restaurante. Ao se aproximar, percebi que era uma briga de casal. De repente um homem, muito nervoso, saiu do restaurante e começou a gritar em italiano com alguém lá de dentro. Passados uns 5 minutos, uma mulher apareceu na porta, mais nervosa que ele, e começou a retrucar algo que em italiano muito arrastado. Mas, a linguagem corporal dizia tudo, eles brigavam e brigavam feio. Já tinha uma plateia ao redor deles, nós estávamos mais afastados a alguns metros de distância. Os garçons tinham a função de separa-los e evitar uma possível agressão física. Até que, muito rapidamente, o homem deu o primeiro tapa na cara da mulher. Em segundos eles estavam se batendo aos murros e socos. Foi então que ele a levantou com apenas uma mão, a ergueu e arrastou pela parede. Nessa hora achei que ele ia enforca-la até a morte.

A minha vontade era correr para apartar a briga, mas meus amigos não deixaram. Rapidamente eles foram separados pelo garçom e afastados da entrada do restaurante. Na esquina eles continuavam conversando, ainda aos gritos. Minutos depois eles deram as mãos e saíram abraçados, caminhando pelas ruas de Milão. Eu fiquei um tempo ainda sem reação, aos poucos a minha ficha foi caindo e com isso também a minha opinião de que realmente não existe certo ou errado no mundo. Por mais que quiséssemos ter nossas opiniões e crenças, quando viajamos aprendemos a abrir a cabeça e a entender qualquer tipo de situação, sem julgamentos. O que é de fato machucar alguém? Não sei mais. Toda a minha concepção sobre o mundo e as pessoas mudou depois disso. Hoje, entendo que realmente as pessoas são o que são porque foram ensinadas e educadas dessa forma. Não temos motivo algum para julgá-los. Ao pensar assim, nos tornamos mais leves em relação às coisas do mundo e brigamos menos com o próximo tentando convencê-los. Aprendemos que existe outras formas de viver, de amar e de ser. 

Tatiana Garcia

Coluna Volunturismo

Além de empresária e empreendedora ela promove o Volunturismo no Brasil, uma prática de viajar com propósito! Porque não unir o útil ao agradável, não é verdade? Ela fez isso sozinha durante 2 anos consecutivos, e acabou realizando o grande sonho de dar a volta ao mundo. Conheceu 5 continentes, mais de 25 países, trabalhou em 10 ONG’s e teve sua vida totalmente transformada.  Durante sua viagem ela ajudou muitas crianças, comunidades e conheceu suas histórias; hoje ela se realiza compartilhando-as com o mundo. Instagram e Facebook: VoltaaoMundoPro e Site: tatianagarcia.com.br