Dubrovnik, a cidade medieval planejada para a quarentena

Desde os tempos antigos, as sociedades tentam separar as pessoas com doenças daquelas que não são afetadas. As referências ao isolamento remontam ao Antigo Testamento. À medida que o Covid-19 corre o mundo, somos aconselhados a fazer autoisolamento.

Para entender a importância da quarentena durante esta pandemia moderna, é útil relembrar a história da própria palavra "quarentena", que remonta à Europa medieval.

A palavra "quarentena" tem raízes italianas: em um esforço para proteger as cidades costeiras da Peste Negra que assolava a Europa do século 14, os navios que chegavam a Veneza de portos infectados eram obrigados a permanecer ancorados por 40 dias (quaranta giorni) antes do desembarque, prática que eventualmente ficou conhecida como quarentena - derivada de 'quarantino', a palavra italiana para se referir a um período de 40 dias.

Em 1374, foi emitida uma proclamação em Veneza, declarando que todos os navios e passageiros deveriam ser estacionados na ilha vizinha de San Lazzaro até que o conselho especial de saúde lhes desse permissão para entrar na cidade. "Isso levou à discriminação de navios e viajantes de certos países, bem como a outras irregularidades que ocorriam regularmente em Veneza", escreve o co-autor Ante Milošević no livro Lazaretto em Dubrovnik: O início do regulamento de quarentena na Europa.

No outro lado do Mar Adriático, em Ragusa (atual cidade de Dubrovnik, na Croácia), o Grande Conselho da cidade aprovou uma lei inovadora em 1377 para impedir a propagação da pandemia, exigindo que todos os navios de entrada e caravanas que chegassem de áreas infectadas se submetessem a 30 dias de isolamento.

_97126278_dubrovnik_stradum.jpg

A legislação, que em latim era: "Veniens de locis pestiferis non intret Ragusium vel districtum" (os que chegam de áreas infectadas por peste não devem entrar em Ragusa ou em seu distrito"), estipulava que quem vinha de lugares perigosos deveria passar um mês na cidade vizinha de Cavtat ou no ilha de Mrkan para desinfecção antes de entrar na cidade murada medieval.

"Dubrovnik implementou um método que não era apenas justo, mas também muito sábio e bem-sucedido, e prevaleceu em todo o mundo", escreve Milošević.

Isolamento e disciplina são as duas coisas importantes

A médica e coautora do livro, Ana Bakija-Konsuo, acrescentou que a diferença entre as duas cidades foi que Dubrovnik foi o primeiro porto do Mediterrâneo a isolar pessoas, animais e mercadorias provenientes de áreas infectadas por mar ou terra, mantendo-os separados da população saudável, enquanto Veneza parou todos os navios e comércio, interrompendo a vida na cidade.

_97126282_1ec796ab-4e90-4855-afe5-73413d05c658.jpg

A República Ragusana impôs punições e multas muito rígidas aos infratores que não seguissem a lei de quarentena de 30 dias [trentina, como o termo foi escrito em um documento encontrado nos arquivos de Dubrovnik de 27 de julho de 1377].

No início, a quarentena era de 30 dias, mas acabou sendo prolongada para 40 dias, como em Veneza.

Ninguém sabe exatamente por que o período de isolamento foi alterado de 30 para 40 dias: alguns sugerem que 30 dias foram considerados insuficientes para impedir a propagação da doença, pois o período exato de incubação era desconhecido; outros acreditam que a quarentena de 40 dias estava relacionada à observância cristã da Quaresma. Outros acreditam que os 40 dias são baseados em relatos bíblicos como o grande dilúvio, Moisés ficar no monte Sinai ou os 40 dias de Jesus no deserto. Veneza oficializou os 40 dias em 1448, quando o Senado veneziano acrescentou 10 dias à regra de quarentena de 30 dias para os navios que entravam em seu porto.

Em Lazaretto, em Dubrovnik, o governo de Dubrovnik chegou à idéia de quarentena como resultado de sua experiência em isolar as vítimas de hanseníase para evitar a propagação da doença, escreve Bakija-Konsuo.

Ao longo de sua história, Dubrovnik foi devastada por inúmeras doenças, com a hanseníase e a peste representando as maiores ameaças à saúde pública.

"A ciência histórica, sem dúvida, provou o pioneirismo de Dubrovnik na 'invenção' da quarentena", disse Bakija-Konsuo.

"O isolamento, como conceito, já havia sido aplicado antes de 1377, como mencionado no Estatuto da Cidade de Dubrovnik, escrito em 1272, e onde é a primeira menção ao isolamento dos pacientes com hanseníase. Este Estatuto está entre alguns dos mais antigos documentos legais por escrito da Croácia. "

Bakija-Konsuo explica que Lázaro foi declarado o santo padroeiros dos leprosos pela Igreja, porque, de acordo com a Bíblia, ele sofria de hanseníase. Dessa forma, os abrigos para os doentes foram nomeados em homenagem a ele e chamados de lazarettos.

Depois que Ragusa montou o primeiro hospital temporário de peste da Europa na ilha de Mljet, as instalações de quarentena em toda a Europa acabaram ficando conhecidas como "lazarettos".

Bakija-Konsuo disse que, seguindo a legislação de isolamento de Ragusa em 1377, a quarentena foi implementada pela primeira vez em Cavtat, uma pequena cidade localizada ao sudeste de Dubrovnik e nas ilhas próximas (Supetar, Mrkan e Bobara).

"Inicialmente, as acomodações de quarentena eram ruins, improvisadas, em cabanas, tendas e, às vezes, ao ar livre. O benefício das cabanas era que elas poderiam ser facilmente queimadas como medida de desinfecção ", diz ela.

Em 1397, foi tomada a decisão de estabelecer uma quarentena no mosteiro beneditino na ilha de Mljet. O lazaretto em Danče foi construído em 1430 e, posteriormente, um lazaretto maior e mais moderno foi construído na ilha de Lokrum.

Em 12 de fevereiro de 1590, o Senado de Dubrovnik decretou que o último lazaretto fosse construído em Ploče, a entrada leste da Cidade Velha. A construção do complexo de lazaretto foi concluída por volta de 1647; em 1724, o Senado a proclamou parte integrante das fortificações da cidade.

"O Lazaretto preservou sua função original muito depois da queda da República de Dubrovnik, mas não temos certeza sobre o ano em que foi abolido como instituição de saúde; de acordo com o Arquivo Nacional em Dubrovnik, foi por volta de 1872 ", disse Bakija-Konsuo.

"Este impressionante edifício de pedra representa não apenas um complexo arquitetônico único, mas também uma instituição que melhor descreve a rica herança médica da antiga Dubrovnik.

_97126253_dubrovnik1.jpg

Os lazarettos de Dubrovnik, hoje atrações turísticas que abrigam eventos culturais como concertos e dança folclórica tradicional de Linđo (Lindjo), são um lembrete da luta da cidade no combate a doenças infecciosas séculos atrás.

Ivan Vuković Vuka, um guia turístico histórico em Dubrovnik, nascido e criado na cidade, lembra-se de ir ao lazarettos para festas e concertos ao ar livre nas noites quentes de verão, apenas para sentir alguma brisa.

Os lazarettos (localmente chamados de "Lazaret" ou "Lazareti") estão situados a aproximadamente 300 metros fora das muralhas de pedra da Cidade Velha.

"Dentro das muralhas da cidade, qualquer tipo de doença pode ser transmitida facilmente, por isso as instalações dos lazarettos são áreas muito amplas e espaçosas divididas em 10 edifícios de vários andares, para que haja sempre ar suficiente", diz ele, observando as vistas deslumbrantes do Velho Porto da cidade.

O complexo de Lazaretto consiste em 10 lazarettos, cinco pátios e duas guaritas. De acordo com a médica Vesna Miović, coautora de Lazaretto em Dubrovnik todos os viajantes que vieram de áreas suspeitas (infectadas) ficavam alojados acima dos pórticos, no chão, com uma estrutura de telhado e janelas gradeadas; e em casas no planalto de Lazaretto (também chamado "o lazaretto superior").

Os viajantes em quarentena podiam andar livremente pelo platô e até tinham pequenos terraços onde podiam respirar ar fresco, mas eram proibidos de se misturar com aqueles que já haviam sido libertados da quarentena ou com quem morasse fora do complexo de lazarettos.

Com a cidade atualmente em quarentena devido ao Covid-19, o turismo - a força vital da economia croata e uma das principais fontes de renda de Dubrovnik - parou.

Todos os navios de cruzeiro estão suspensos até junho e, em 19 de março de 2020, a Croácia implementou uma proibição temporária de trânsito através das passagens de fronteira para ajudar a impedir a propagação do vírus. "Por enquanto, todas as fronteiras estão fechadas — na Croácia, você nem pode se deslocar entre cidades", disse Vuković Vuka.

A American Airlines cancelou seus voos sem escalas da Filadélfia para Dubrovnik durante todo o ano de 2020; outras companhias aéreas europeias e internacionais suspenderam voos até junho.

Depois do excesso de turismo, agora existe a falta dele

"Nem durante a guerra dos anos 90 Dubrovnik não estava tão vazia", diz Vuković Vuka.

"Você pode ouvir o silêncio e até sons baixos ecoas no paralelepípedo."

Dubrovniki já sofreu com o excesso de turistas gerando superlotação e degradação de locais históricos, mas agora o problema é outro. A cidade está vazia, e nem mesmo os moradores podem ir às ruas.

_97126253_dubrovnik1.jpg

Os croatas, como seus vizinhos mediterrâneos, são seres sociais que gostam de conversar e de tomar café nos cafés. "A covid deixa os croatas loucos, gostamos de nos abraçar e de beijar como italianos e espanhóis", diz Vuković Vuka. "Fazemos piadas de que na verdade o café é a reabilitação de quem vai muito para o bar."

Diferentemente da antiga lei de quarentena de Dubrovnik, hoje as pessoas têm a opção de se autoisolar no conforto de suas casas; no entanto, "[o] problema das pessoas em Dubrovnik é que elas também vivem em grandes comunidades com seus pais e avós; portanto, eles precisam tomar cuidado para não serem infectados por causa deles", disse Vuković Vuka.

Fora isso, pouco mudou nos últimos 600 anos em relação aos protocolos de quarentena, que Dubrovnik implementou várias vezes ao longo dos séculos e serve como um lembrete nos dias atuais: "Isolamento e disciplina são as duas coisas importantes" diz a médica.

_97126280_10536512436_1ef67272fe_k.jpg

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52495111?at_medium=custom7&at_custom2=facebook_page&at_custom3=BBC+Brasil&at_custom4=E2851F44-8D42-11EA-B17F-DA113A982C1E&at_custom1=%5Bpost+type%5D&at_campaign=64&fbclid=IwAR2GF970KqhkAnraWbyBhXSDxTzknGDDCOgSvCVjQJEQy_MWtku7iCBGwow

Sicília bancará parte dos gastos dos viajantes após o fim da pandemia

Para atrair turistas de volta à ilha, o governo siciliano cobrirá metade do valor dos bilhetes aéreos e um terço das diárias de hotel de quem for visitá-la


Em uma tentativa de reviver o turismo na maior ilha do Mediterrâneo, a Sicília anunciou que pretende cobrir parte dos gastos que os viajantes teriam para conhecer a ilha após o fim da pandemia de coronavírus.

O plano consiste em disponibilizar vouchers no site institucional Visit Sicily, que cobririam metade do valor de passagens aéreas, um terço do custo da estadia em hotéis e ainda dariam acesso gratuito às principais atrações turísticas.

A iniciativa parece mentira, mas foi baseada em cálculos racionais. Estima-se que desde o dia 9 de março, quando a Itália entrou em quarentena, a Sicília perdeu um bilhão de euros devido à paralisação da indústria do turismo.

A ideia do governo da ilha é investir 50 milhões de euros para bancar parte dos gastos que os primeiros turistas teriam ao viajar para lá.

Com isso, a expectativa é recuperar o dinheiro da campanha rapidamente e ainda colocar a Sicília no centro das atenções após o fim da pandemia de coronavírus, recuperando a economia local.

Ainda não há data certa para o início da disponibilização dos vouchers no site. Tudo dependerá de como o surto da doença irá evoluir na Itália e no restante do mundo.

Segundo levantamento, o turismo na Itália pode regredir meio século devido à crise global e à falta de confiança dos viajantes.

Porém, o país, que foi um dos primeiros da Europa a ser atingido pela pandemia, já vive um momento de maior otimismo. Os restaurantes de todo o país poderão reabrir a partir de 4 de maio, seguidos das lojas na semana seguinte.

Fonte: https://viagemeturismo.abril.com.br/blog/piacere-italia/sicilia-bancara-parte-dos-gastos-dos-viajantes-apos-o-fim-da-pandemia/amp/

Itália: os significados da palavra “prego”

"Por favor" ou "de nada"? Saiba em que contextos é usado o termo "prego", provavelmente a palavra que você mais ouvirá quando estiver na Itália

Por Barbara Ligero

Logo de manhã, alguém segura a porta do elevador para mim. Decido arriscar um grazie e ouço um simpático prego como resposta. Chegando no bar para tomar café da manhã, me aproximo do balcão e logo um garçom me atende: prego, signorina. Faço meu pedido e, alguns minutos depois, lá está o meu capuccino. Enquanto repousa a xícara na minha frente, o barista solta mais um prego.

Começo minha caminhada até o museu e esbarro em alguém – peço desculpas com um mi dispiace e ouço o que? Prego, é claro. Pego a fila da bilheteria, mas o homem na minha frente está esperando alguém. Prego, ele diz, indicando para que eu passasse.

Depois de cinco “pregos” em menos de duas horas, me senti tentada a pesquisar o quê, afinal, significava exatamente aquela palavra. Os dicionários italiano-português dão como tradução “de nada”, mas na prática o termo cordial é usado em diferentes situações do cotidiano.

Muito além de uma simples resposta para obrigado(a), o prego desempenha a mesma função do nosso “pois não”. Então, quando ouvir isso de um barista ou um garçom, quer dizer que ele quer que você faça o pedido logo. A palavra é repetida no momento da entrega do prato ou da bebida quase como um “de nada” adiantado, algo na linha do “está aí a sua comida, não tem de quê”.

Outro uso comum é na hora de fazer convites e ofertas. Com um único e prático prego, a pessoa pode estar querendo dizer para você se sentar, entrar na sala, passar na sua frente na fila…

Ao mesmo tempo, a palavra pode ser usada para fazer pedidos de modo gentil. “Prego, potrebbe indicarmi…” (você pode me indicar…), “Prego, puoi ripetere?” (você pode repetir?) e “Attenzione, prego” (atenção, por favor) são algumas das possibilidades. Só tome cuidado caso alguém diga “Ti prego“, o que significa “te imploro”.

Ah, e caso você esteja se perguntando, o nosso prego, em italiano, é chiodo.

Fonte: https://viagemeturismo.abril.com.br/blog/piacere-italia/italia-os-significados-da-palavra-prego/amp/

 

Brescia, na Itália, inaugura "Pasticceria" para cachorros

por ANSA

A cidade de Brescia, na região norte da Itália, inaugurou nesta semana uma nova pasticceria, nesse caso, apenas com comidas para os cachorros.

Na ‘Pasticceria Doggye Bag’, que fica no centro da cidade, até as delícias natalinas estão nas vitrines – com uma adaptação no nome, é claro: o panetone virou “cãonetone” e o tradicional pandoro é o “cãodoro”.

A empresa é de propriedade da família Platto, que atua no setor pet desde 2014, e que decidiu criar uma novidade para os animais.

“Os ingredientes que utilizamos são selecionados para garantir uma sadia e equilibrada alimentação. Na ‘pasticceria’ não utilizamos subprodutos, nem farinha para animais, nem descartes de indústrias, mas só matérias primas de primeira qualidade. Mas, nada de açúcar composto ou chocolate”, explicam os proprietários.

Os produtos para os cães são produzidos nas cidades de Modena e Bagnollo Mella, onde a família abriu seu primeiro pet shop. Nas vitrines, é possível ver, além dos doces natalinos, tortinhas de bananas, croissants de frango, de carne ou de salmão e biscoitos de mel e queijo parmesão em forma de coração.

Após o sucesso dos primeiros dias de venda, os planos da família são para abrir outras unidades e, está em estudo, ter uma pasticceria apenas para gatos. (ANSA)

Fonte: https://www.revistamenu.com.br/2017/11/27/brescia-na-italia-inaugura-pasticceria-para-cachorros/

PALÁCIO PITTI em Florença, Itália – “Uma jóia renascentista” - Coluna Viagem por Grá Vulcano

Oi gente!!!!

Hoje eu queria contar um pouquinho pra vocês sobre a linda visita que eu e minha irmã fizemos ao Palácio Pitti em Florença, Itália, no ano de 2008. (faz tempoooo!!!rs....mas as lindas memórias são eternas, né?!)

Falando primeiramente um pouco sobre Florença (ou Firenze em italiano), é um daqueles lugares ideais para os amantes de arte e da cultura, pois toda a cidade respira isso em cada canto. Aliás, toda a região da Toscana é linda e mágica, mas acho que Florença, em especial, sempre tem um lugar cativo nos corações de quem esteve lá. E, se você ainda não foi, prepare-se para se apaixonar perdidamente quando chegar a sua vez!

Repleta de museus, igrejas, palácios, galerias, obras de arte famosíssimas, praças e monumentos, Florença é uma das cidades que abriga os maiores acervos e que tem as maiores e mais lindas histórias sobre arte no mundo. Sem contar as incríveis “travessuras artísticas” de Michelangelo, Botticelli e outros gênios... tudo ali, ao vivo e a cores para nos enriquecer culturalmente! (Não sei vocês, mas eu adoro esse tipo de viagem!!!!).

Viagem boa, para mim, é aquela que pode ampliar meus conhecimentos culturais de alguma forma, aprendendo e vivenciando as histórias das coisas, dos lugares visitados, das pessoas nativas... adoro!!!

E claro que, estando com a minha irmã, ela me fez conhecer Florença INTEIRA a pé!!! Rsrs... (quem conhece a Tati sabe que ela é assim mesmo!! rsrs).

Nós costumamos caminhar o máximo possível em nossas viagens, pois acreditamos que, assim, conseguimos explorar muito mais e melhor cada cantinho, cada detalhe. Gastamos solas de sapato mesmo!!!rsrs...

Mas, voltando a Florença, são muitos os lugares a serem visitados e eu precisaria de uma porção de posts aqui até conseguir contar e mostrar tudo o que essa maravilhosa cidade oferece.

Portanto, escolhi ir relatando aos poucos para vocês, em posts separados, de tempos em tempos, tudo aquilo que mais gostei de lá.

Vou começar hoje pelo Palácio Pitti, com os seus maravilhosos Jardins de Boboli (Palazzo Pitti e Giardino di Boboli, em italiano). Um lugar simplesmente incrível!!!

 Palácio Pitti

Está localizado na Piazza de Pitti, na margem direita do rio Arno, e pertinho da super famosa Ponte Vecchio (por isso é legal mesmo andar a pé por ali).

Quando nos referimos a castelos e palácios, pensamos logo naquele estilo mais parecido com “contos os de fadas” (como naquele post em que mostrei Neuschwanstein, na Alemanha, pra vocês).

No caso do Palácio Pitti, ele é ENORME, todo revestido em “pietra forte” (típica pedra arenária da cidade), porém tem estilo arquitetônico renascentista.

Sua fachada é grande e imponente, e mante-se praticamente intacta mesmo depois de tantos anos.

É um dos maiores exemplos da arquitetura em Florença, servindo, ao longo dos séculos, como residência de várias famílias nobres (foi a maior e mais impressionante residência privada da cidade), serviu de “hotel” para a visita de embaixadores e reis e também até utilizado para eventos sociais “mundanos” da corte. Hoje em dia é propriedade do estado italiano.

Passou por diversas expansões e modificações ao longo dos anos até permanecer como está hoje em dia.

No seu interior, vemos uma decoração riquíssima!!

Todas as salas são preenchidas do chão ao teto com quadros, seguindo o estilo barroco, e o teto é decorado com afrescos e estuques dourados. 

Ele possui muitas surpresas, caminhos únicos e uma série de obras de arte de todas as épocas, espalhadas em seus museus e galerias: Galeria Palatina, Galeria de Arte Moderna, Apartamentos Reais, Museu da Prata, Museu da Porcelana, Galeria do Traje e Museu dos Coches.

Sem falar nos espetaculares Jardins de Boboli em sua área externa, que relatarei a seguir.

Resumindo: uma visita realmente cultural e sensacional que você pode fazer em um único dia se quiser!!!

 Jardins de Boboli

Depois do passeio no interior do palácio, fomos dar aquela super explorada na área externa.

Estávamos ansiosas e curiosas por conhecer os tão famosos jardins do palácio, afinal, é considerado um museu a céu aberto, requintado por sua arquitetura, seu paisagismo e sua coleção de esculturas.

A parte superior dos jardins ainda está parcialmente rodeada pelas antigas e originais muralhas defensivas, como vou mostrar na foto abaixo!! Achamos isso muito interessante!

Infelizmente, o dia não estava bonito.

Bastante nublado e tivemos a companhia de uma garoa chata praticamente todo o tempo na área externa.

Por isso, acabamos não demorando muito em apreciar os detalhes incríveis daqueles jardins, e nossas fotos não ficaram tão bonitas quanto gostaríamos (nada como um céu azul em um dia de sol para deixar tudo mais bonito, né?rs... pois é, mas não tivemos isso!!rs...).

 Fora que, em 2008, as nossas câmeras não eram tão boas e não existiam smartphones!!rsrs...

Como os Jardins de Boboli são enormes e possuem infinitos detalhes, vou relatar aqui somente o que foi mais relevante para nós e que nos chamou mais a atenção, ok?

Algo muito legal (porém meio bizarro.. rsrs), foi a Gruta de Buontalenti, que é, inclusive, o edifício mais valioso desses jardins.

Ela possui três salas e é uma obra-prima de arquitetura e escultura, toda decorada em seu interior com estalactites, conchas, esponjas e estátuas feitas por gênios da arte. Os elementos da natureza parecem ganhar vida e atravessar as paredes do local!!! Bastante interessante!!

Uma outra parte dos jardins bastante conhecida é onde está localizada a Fontana del Bacchino (Fonte de Baco), e representa o anão obeso Morgante, o mais popular dos anões da corte.

Essa estátua é bastante conhecida e uma das mais visitadas para quem vai ao Palácio Pitti.

Outro lugar lindo dentro dos jardins é a Fonte de Netuno, com uma grande estátua dele no meio das águas.

O caminho que leva até essa fonte é uma espécie de corredor formado por acácias, muito bonito.

Os jardins são todos repletos de caminhos surpresas, labirintos, várias plantas raras, clareiras... confesso que fiquei com medo de me perder!!rs...

Dependendo de onde estivermos, ainda conseguimos ter uma bela vista de Florença!!

Enfim, apesar do dia frio e de estar bem nublado, passamos algumas horas muito agradáveis dentro do Palácio Pitti e Jardins de Boboli.

Um passeio imperdível e super cultural para quem estiver em Florença, não percam!!!

DICA:

Para detalhes atualizados sobre valores de tickets, horário e dias de funcionamento, bem como informações gerais, acesse:

www.uffizi.com/palazzo-pitti-florence.asp

Por hoje é isso então gente!!!

Espero que tenham gostado e obrigada pelo carinho sempre!!!

Bjo, bjo, bjo...

Grá Vulcano

Graziella Vulcano

Coluna Viagem

 

Dentista formada pela PUC de Campinas em 1998 e dona da “Pink Honey Pães de Mel”, criada por ela em 2011. Uma grande e eterna amante de viagens pelo mundo a fora!! Instagram: @gravulcanodicasviagens  Contato: gragravc@hotmail.com / pinkhoneypaodemel@hotmail.com

Mostra de cinema traz estrelas e melhores produções atuais da Itália

Campinas vai sediar, entre os dias 6 e 13 de abril, a primeira edição da Mostra de Cinema Italiano, que contará com a estreia mundial do filme “A Verdade” (Le Verità), do diretor Giuseppe Alessio Nuzzo.

Serão 15 filmes contemporâneos, além de três obras antológicas do cineasta Elio Petri (1929-1982), que será homenageado. A entrada para as sessões será franca e vão ocorrer em diversos pontos da cidade.

O evento contará com a presença do cineasta Giuseppe Alessio Nuzzo, diretor do filme “A verdade” (Le Verità), e o documentarista italiano Gianfranco Pannone, duas vezes premiado no Festival de Torino, em 1998 e 2001. Eles virão com o ator, diretor e produtor Francesco Siciliano.

Francesco Siciliano é um dos atores principais do filme “A Santa” (La Santa). Já Pannone está representado pelo filme “O menor exército do mundo” (L'esercito più piccolo del mondo), de 2015, que aborda a Guarda Suíça, milícia do Vaticano.

Acadêmicos

Haverá também eventos acadêmicos. Um ou mais dos artistas participarão de sessões especiais e vão debater, com estudantes e professores, aspectos da realidade italiana e da arte cinematográfica na Unicamp, na PUC- Campinas, na Universidade Presbiteriana Mackenzie e na Esamc.

Cine Gourmet

Entre as atividades paralelas da I Mostra de Cinema Italiano, está programado o “Cine Gourmet”, um evento gastronômico na Praça Carlos Gomes no dia 9 de abril.

Orquestra Sinfônica

Com um repertório sedutor, pautado por compositores de trilhas de filmes antológicas, a Orquestra Sinfônica de Campinas participa da Mostra com dois concertos no Teatro Castro Mendes: no sábado, 8 de abril, às 20h, e no domingo, 9, às 11h. No programa, obras de Nino Rota, E. Morricone e N. Piovani.

O evento é promovido pela Prefeitura de Campinas e tem como parceiros o Instituto Luce Cinecittà (vinculado ao Ministério de Patrimônio e da Atividade Cultural e do Turismo da República Italiana), o Top CinePlex do Shopping Prado Boulevard, o Convention Bureau, a Unicamp, a PUC-Campinas, a Universidade Presbiteriana Mackenzie, a Esamc, a Vivi e a Società Italiana Lavoro e Progresso, de Campinas.