Vacinação prevenção meningite meningocócica - Coluna Ginecologia e obstetrícia por Dra. Luciana Radomile

Caracterizada pela inflamação das meninges (membranas protetoras do sistema nervoso), a meningite pode ter diferentes origens, como: viral, bacteriana, fúngica ou parasitária. De origem bacteriana, a meningite meningocócica é uma das formas mais graves da doença, podendo levar a óbito em até 24 horas ou deixar sequelas para a vida inteira.

Recentemente, um surto de casos de meningite meningocócica do tipo B na Flórida, estado da costa leste dos Estados Unidos, tem aumentado o alerta também no Brasil. A região tem uma grande incidência de brasileiros, entre residentes e visitantes, e o risco da doença migrar para o país pede atenção redobrada.


A boa notícia é que existe vacina contra os principais causadores da doença que são os meningococos do tipo A, B, C, W, e Y. Atenta à questão, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) lança a campanha O Futuro Tá On, com apoio da GSK, que tem por objetivo conscientizar sobre a importância da prevenção para adolescentes e o papel de ginecologistas em garantir o cumprimento do esquema vacinal das pacientes.


“A vacinação contra a meningite meningocócica é muito importante em adolescentes e adultos jovens, pois além de serem mais suscetíveis, eles apresentam um estado de portador que pode ser assintomático e vai infectar outros jovens que podem adoecer com grande repercussão na gravidade da doença”, alerta a ginecologista Cecilia Roteli, presidente da Comissão Nacional Especializada (CNE) de Vacinas da Febrasgo.


Em geral, a transmissão da meningite meningocócica acontece de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta, assim como a COVID-19. Apesar de ser uma doença pouco comum, 1 em cada 5 casos de meningite meningocócica pode gerar sequelas graves como:


Deficiência visual e auditiva
Convulsões e distúrbios neurológicos
Dificuldades comportamentais
Amputação dos membros


No Brasil, a mortalidade pela doença atinge cerca de 2 em cada 10 pessoas infectadas, muitas vezes dentro de 24 a 48 horas após o início dos sintomas. Mesmo quando a doença é diagnosticada precocemente e o tratamento adequado é iniciado, o paciente pode ir a óbito ou ter sequelas, pois a evolução é imprevisível.
A prevenção pela vacinação é, portanto, a forma mais eficaz de combater a doença e deve ser responsabilidade também dos médicos indicá-la, cabendo aos pais e adolescentes o cumprimento dessa orientação.


A vacina meningocócica conjugada quadrivalente (ACWY) integra o Plano Nacional de Imunizações (PNI) e está disponível gratuitamente até a faixa etária de 11 e 12 anos. Em outras faixas etárias a partir dessa idade, a vacina ACWY e a B, sorogrupo que vem aumentando a prevalência pelo surto recente nos Estados Unidos e deve ser recomendada sempre que possível, encontram-se disponíveis em clínicas privadas. Vacine-se e proteja sua saúde. Vacinas salvam vidas.

Fonte: Febrasgo

Dra. Luciana Radomile

Coluna Ginecologia e Obstetrícia

 Médica Formada pela Faculdade de Medicina da PUC Campinas, Especialização em Ginecologia e Obstetrícia na Unicamp. Membro da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia ( Febrasgo). Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia TEGO- Contato: (19)993649238, dralucianaradomile@gmail.com

Meningite Meningocócica - vacinar para proteger - Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

O termo meningite significa um processo inflamatório nas meninges (as membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal)

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Esta doença pode ser causada por diversos fatores, como medicamentos, câncer, fungos, protozoários , vírus e até vermes.No entanto, os episódios mais preocupantes são os provocados BACTÉRIAS, porque, além de ocorrerem com mais frequência, têm maior potencial de transmissão e de evoluírem para um quadro grave.

A infecção bacteriana pode ser provocada por diferentes bactérias, e hoje vamos falar de uma das mais importantes e graves : a MENINGITE MENINGOCÓCICA causada pela bactéria Neisseria meningitidis , que, no Brasil, manifesta-se principalmente nos subtipos A, B, C, W e Y.

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As crianças com menos de cinco anos, são as mais suscetíveis a desenvolver a doença, porém jovens e adultos também podem se contaminar com essa bactéria.

Para evitar a doença é preciso evitar aglomerações , manter os ambientes ventilados e limpos e principalmente manter seus filhos VACINADOS !

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A importância da vacinação se justifica pela AGRESSIVIDADE da doença e pela RAPIDEZ da sua evolução, com risco de morte ou de sequelas graves em, apenas, 24 horas.

Nesse período igual ou até mais rápido que um dia , os sintomas da doença podem evoluir de febre e mal-estar ,a inconsciência e convulsões, com risco de morte e sequelas graves, como amputações de membros e sequelas neurológicas para sempre !

Veja aqui a evolução da Meningite Meningocócica:

0 a 8 horas : sintomas inespecíficos com irritabilidade , febre , dor de garganta e coriza, sonolência , perda de apetite, náuseas e vômitos, dores nas pernas.

8-15 horas : sintomas clássicos de meningite com rigidez de nuca , fotofobia ( incômodo excessivo com a luz ), mãos e pés frios , manchas vermelhas pelo corpo ( rash hemorrágico).

15-24 horas : pode progredir de sintomas inespecíficos para confusão , convulsão , inconsciência , choque séptico e morte.

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Para prevenção temos os seguintes tipos de vacina :

Meningocócica C : O tipo C da bactéria Neisseria meningitidis (meningococo) é responsável por cerca de 56% dos casos de doença meningocócica no Brasil. A vacina meningocócica tipo C está disponível na rede pública enquanto que a rede privada possui a vacina conjugada que abrange os tipos A, C, W e Y.

Meningocócica B : Essa vacina está disponível na rede particular.

Se considerarmos todas as faixas etárias, 32% dos casos de doença meningocócica no Brasil são desencadeados pelo subtipo B da bactéria Neisseria meningitidis (meningococo).No ano de 2018, o sorogrupo B foi responsável por 58% dos casos de doença meningocócica em crianças com menos de 10 anos.

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Considerando que a vacina específica para esse tipo só entrou no mercado em 2015, é importante verificar, na caderneta de vacinação, se a sua família já está protegida contra este subtipo.

Meningocócica ACWY : além do sorotipo C , ela contém os subtipos W e Y,  responsáveis por cerca de 12% dos episódios de doença meningocócica no Brasil.O maior número de casos ocorre na região Sul do país.

O tipo A tem uma baixa circulação , mas ainda existem casos no mundo , principalmente no chamado cinturão da meningite, localizado na África Subsaariana.

Essa vacina está disponível no SUS para adolescentes de 11 e 12 anos , a na rede particular para as outras faixas etárias.

Cuide do seu filho ! Vacine ele contra o Meningococo !

Dados : Sociedade Brasileira de Imunizações ; GKS

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Carolina Calafiori de Campos

Coluna Pediatria

Dra Carolina Calafiori de Campos - CRM 146.649 RQE nº 73944 

Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, Especialização em Pediatria pelo Hospital da Puc Campinas, Especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital da Puc Campinas, Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria - Contato: carolinacalafiori@hotmail.com