Especial Agosto Dourado - Hora dourada e amamentação - Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

Estamos no agosto dourado e hoje vou falar sobre a Hora de ouro ou Hora Dourada ou ainda Golden Hour ; ela pode ser definida como a primeira hora pós parto, ou seja, os primeiros sessenta minutos de vida de um bebê fora do útero.

Estudos apontam a importância desse período da mãe com o filho para o bem-estar de ambos, e a Organização Mundial de Saúde recomenda que a amamentação seja iniciada nessa primeira hora de vida, pois se associa a maior duração da amamentação, melhor interação mãe-bebê e menor risco de hemorragia materna.

A atual recomendação em todo o mundo, é que a primeira mamada do bebê se dê na primeira hora de vida , ou seja, que o recém-nascido seja estimulado a mamar o mais cedo possível, preferencialmente logo após o parto.

Se mãe e bebê estiverem em boas condições, o contato pele a pele e a amamentação logo após o nascimento poderão ser realizados, seja o parto normal ou cesariana; pesquisas mostram que isso reduz os riscos de mortalidade e proporciona anticorpos para que o bebê enfrente os dias iniciais de sua vida.

Além disso a sucção da criança faz a mãe produzir e liberar a ocitocina, um hormônio que ajuda na contração do útero, fazendo com que a mãe perca menos sangue após o parto e, consequentemente, tenha menor risco de desenvolver anemia. Se o bebê sugar antes de a placenta sair, a ocitocina liberada pela amamentação pode acelerar a expulsão da placenta. A amamentação logo após o parto é importante também para o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê, além de ajudar na “descida do leite”.

Vale aqui lembrar vocês que nem todo o recém-nascido está pronto para sugar imediatamente após o parto, mas ele deve ser sim colocado em contato direto pele a pele no abdômen/tórax da mãe, se ambos estiverem em boas condições e se esse for o desejo da mulher. Hoje sabemos que o contato pele a pele logo após o parto faz o recém-nascido se adaptar mais rapidamente à vida fora do útero, promove o vínculo mãe-bebê e é bom para o estabelecimento da amamentação; além disso esse contato íntimo entre mãe e filho faz com que a mãe passe para o bebê os micróbios de sua pele, que vão protegê-lo contra infecções.

Esse contato pele a pele e a primeira mamada devem acontecer na  primeira hora de vida : a chamada “hora de ouro”, pois a mãe e o bebê costumam ficar acordados, alertas, sendo uma excelente oportunidade para interagirem. Após a primeira hora do parto, mãe e bebê podem ficar sonolentos e dormirem

Dados : Sociedade Brasileira de Pediatria

Dra. Carolina Calafiori de Campos

Coluna Pediatria

Dra Carolina Calafiori de Campos - CRM 146.649 RQE nº 73944 

Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, Especialização em Pediatria pelo Hospital da Puc Campinas, Especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital da Puc Campinas, Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria - Contato: carolinacalafiori@hotmail.com

 

Especial Agosto Dourado - Leite materno e o sono do bebê  - Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

Você sabia que além da sua função nutritiva, a amamentação é biologicamente projetada para confortar e ajudar um bebê a dormir melhor? Sim ! A amamentação acalma o bebê, dá segurança, estabelece vínculo , ajuda a lidar melhor com o stress e ainda passa para o bebê hormônios que ajudam no sono.

Os bebês nascem sem ritmo circadiano estabelecido, ou seja : eles não conseguem distinguir o dia da noite e por isso não se conseguem auto regular seu soninho .

Esse ritmo circadiano do bebê, só começa a surgir por volta da oitava semana de vida, no entanto não se estabelece antes dos quatro meses e só amadurece perto do primeiro ano de idade.

O ritmo circadiano regula-se através de diferentes hormônios, sendo a melatonina o principal responsável por esta regulação.

No entanto, a área do cérebro responsável pela produção de melatonina, ainda não está desenvolvida nos bebês.

Assim o principal regulador do sono do bebê , nesse período , é o leite materno! Mas como ??? Pois ele é rico em cronobióticos , que nada mais são que substâncias que regulam o sono.

São exemplos desses cronobióticos o Triptofano, a Adenosina, a Guanosina, a Uridina e a conhecida Melatonina.

O leite materno noturno contém quantidades mais elevadas desses hormônios , o que faz com que o bebê adormeça mais facilmente à noite e prolongue o soninho por períodos mais longos.

Por isso aquela ideia de que “ dar fórmula a noite ajuda o bebê a dormir “ é errada !!!!! Continue com o leite materno que ele sempre será a melhor escolha para o seu bebê

Dra. Carolina Calafiori de Campos

Coluna Pediatria

Dra Carolina Calafiori de Campos - CRM 146.649 RQE nº 73944 

Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, Especialização em Pediatria pelo Hospital da Puc Campinas, Especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital da Puc Campinas, Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria - Contato: carolinacalafiori@hotmail.com

 

Semana do Aleitamento Materno, Agosto Dourado - um texto para as mães que não conseguiram amamentar - Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori

Semana do Aleitamento Materno, Agosto Dourado - um texto para as mães que não conseguiram amamentar


Dia 01 de agosto começamos a semana da amamentação, em comemoração ao Agosto Dourado, um mês dedicado ao estímulo ao aleitamento materno, buscando a sensibilização de profissionais e da população em geral, para a importância do ato de amamentar. 

Esse ano o tema da Semana Mundial de Aleitamento Materno é : APOIE O ALEITAMENTO MATERNO POR UM PLANETA SAUDÁVEL. 

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 A amamentação é um dos melhores investimentos para salvar vidas infantis e melhorar a saúde, o desenvolvimento social e econômico dos indivíduos e nações. Criar um ambiente propício para padrões de alimentação infantil ideais é um imperativo da sociedade. Então, o que é necessário para criar um ambiente favorável e melhorar práticas de amamentação? Proteção, promoção e apoio de amamentação são estratégias importantes a nível institucional e individual. Ações coordenadas para otimizar a alimentação infantil em tempos normais e em emergências é essencial para garantir que as necessidades nutricionais de todos os bebês sejam atendidas. 

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 Todos sabemos da importância do aleitamento materno tanto para a mãe como para o bebê, mas hoje venho aqui conversar com as mamães que não conseguiram e não conseguem amamentar no peito seus filhos . 

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Dificilmente alguma mãe não quer ou não pode amamentar, muitas vezes por alguma razão médica, como doença ou algum tratamento ,  não é possível a amamentação. 

Mas não importa a razão , não se culpe ! Não se fruste ! Eu sei que você tentou , e o quanto isso significa para você, por isso não se sinta excluída e jamais fique triste . 

Não importa a forma, não importa se você não conseguiu amamentar por falta de informação, por falta de suporte familiar, por insegurança, medo, dor, doença, questões emocionais ou se simplesmente decidiu não amamentar; o que importa é que você AMA seu filho, que você alimenta-o pensando sempre no melhor para ele! Cada criança é única, cada ser humano é único e devemos respeitar isso sempre ! A maternidade não é algo perfeito e que sai exatamente da maneira que planejamos, por isso deixo aqui o meu abraço para você que não amamentou o quanto tinha imaginado, e você é incrível sim ! E tenho certeza que AMA incondicionalmente o seu bebê . 

Se você ainda tem dificuldades e quer continuar na luta pela amamentação, não desista, saiba que você é a única. Procure um banco de leite próximo a sua casa, um posto de saúde, um Pediatra que apoia o aleitamento, ou uma consultora de amamentação. Você não está sozinha , estamos aqui para te ajudar e te acolher nas suas escolhas .  

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Carolina Calafiori de Campos

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Agosto Dourado, vem saber na Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

AGOSTO DOURADO

Todos sabemos da importância e dos benefícios do aleitamento materno . Pensando em incentivar a amamentação , por meio da intensificação de ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, foi criado o Agosto Dourado : o mês do aleitamento materno.

De 1º a ‪7 de agosto‬ é celebrada Semana Mundial do Aleitamento Materno , por mais de 120 países, que se unem para relembrar a importância da lactação. Em 1990, de um encontro organizado pela OMS ( Organização Mundial da Saúde) e o UNICEF resultou um documento adotado por organizações governamentais e não governamentais, assim como, por defensores da amamentação de vários países, entre eles o Brasil. A criação do documento chamado “Declaração de Innocenti” teve como foco estabeler metas pelo direito da mulher em amamentar de forma segura, encorajando também a participação da sociedade, profissionais da saúde e profissionais da educação a se envolverem nessa questão, tanto durante o período da amamentação, quanto ao longo de toda a maternidade. No Brasil, a divulgação e coordenação das ações da SMAM são feitas pelo Ministério da Saúde desde 1999, agregando parcerias a cada ano com outras entidades, como secretarias municipais e a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH).

Esse ano o tema da SEMANA MUNDIAL DO ALEITAMENTO MATERNO (SMAM 2019) definido pela Aliança Mundial para Ação em Amamentação (WABA, sigla em inglês) é : "Capacite os pais e permita a amamentação, agora e no futuro!". O objetivo é conscientizar todos os familiares próximos , e não apenas a mãe, sobre seu papel no apoio à prática do aleitamento materno, criando um ambiente que permita a mãe manter a amamentação como fonte exclusiva de nutrição nos primeiros seis meses de vida e como fonte complementar até os dois anos de idade. De acordo com a WABA é fundamental que seja adotada uma abordagem inclusiva , contemplando os pais do bebê além de familiares, parceiros , locais de trabalho e toda a comunidade, criando um ambiente propício e permitir ás mães amamentarem de forma otimizada. “Existem muitas barreiras para a prática ideal da amamentação, sendo uma das maiores a falta de apoio aos pais, em especial no trabalho. O aleitamento materno é um esforço de equipe, que requer informação baseada em evidências científicas e uma cadeia calorosa de apoio. É preciso informar sobre a íntima relação entre a proteção social parental e a amamentação”, afirma o texto de apresentação da SMAM 2019, divulgado pela Waba. Segundo o Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o slogan desta edição norteará as iniciativas a promover o empoderamento dos pais, sem distinção de gênero, uma vez que a amamentação melhora significativamente quando há participação de todos.

O leite materno é indispensável nos primeiros momentos da existência , ele sacia a fome , impulsiona o viver e é a base da vida. Semana que vem falaremos mais sobre esse assunto tão importante.

Dra. Carolina Calafiori de Campos

CRM 146.649

Registro de Qualificação em Especialista - RQE 73944

Pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Intensivista Pediátrica no Hospital da Puc Campinas e na Clínica Congenitus

Quadro “ Papo de Criança “ no Programa Saúde e Você

Colunista do site Raquel Baracat

Instagram : @dra.carolcalafiori

Carolina Calafiori de Campos

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