Dulce de leche by Argentina - Coluna Investimentos por Rodrigo Teixeira Mendes

Olá a todos! Espero todos estejam bem! Se acabou as eleições na Argentina e o candidato da oposição ao governo de Alberto Fernández, o Javier Milei sagrou-se o próximo presidente da Argentina.

Com um país derretendo por conta de uma hiperinflação, câmbio desvalorizado, escassez da moeda americana, uma taxa de juros exorbitantes que está na casa de 133% ao ano e uma pobreza histórica que atinge mais de 40% da população são os desafios que o novo governo terá que lidar logo na largada. Mas o que a eleição na Argentina isso tem a ver com os seus investimentos no Brasil?

Em tempos de economia globalizada, as vezes um espirro torna-se uma pneumonia e assim por diante. Vide as guerras contemporânea, só para citar uma delas e seus estragos na economia global - Ucrânia x Rússia. Uma das medidas do novo governo na Argentina (vide promessa de campanha) é dolarizar a economia, o que no dia seria ter todas as transações (desde o comércio até o pagamento de salários). Só que a Argentina na atual condição de penúria teria que efetuar um esforço gigantesco para esse movimento sendo que seus reservas em dólar hoje são de US$ 24,99 bilhões, mas de liquidez estão negativas em cerca de US$ 5 bilhões, ou seja, de onde o novo governo vai virar esse jogo.

E ai começam as análises e o impacto nas economias mais próximas como a do Brasil. A Argentina é um dos nossos grandes parceiros comerciais, faz parte do Mercosul e recentemente foi inserida nos BRICS e só por esses motivos já é o suficiente para deixar investidores de orelha em pé.


Um calote argentino levaria economias desequilibradas como as de vizinho como Paraguai, Uruguai (levando-se em conta que esses fazem parte do bloco Mercosul, ás vésperas da assinatura de acordo com União Europeia) a bancarrota, com índices de inflação altos, aumento na taxa de juros e desequilíbrio fiscal (isso de certa forma já recorrente) atingiria diretamente o Brasil que vem num processo lento e penoso de recuperação econômica depois de mais de uma década perdida por conta de políticas de intervencionismo de governos anteriores.

Dessa forma, a queda da taxa de juros (Selic) não teria o seu resultado alcançado (fazendo com que os títulos públicos remunerem melhor os seus tomadores, principalmente os lastreados em IPCA com vencimentos para 15, 20, 30 anos), os ativos listados na B3 e que tem a Argentina como um de seus mercados em potencial teriam mais riscos e com isso prêmios maiores (lógico que um hedge sempre será necessário para minimizar qualquer risco), mas mesmo dessa forma haveria valorização nas ações (e as operações estruturadas, sejam na alta ou baixa teriam seus retornos dentro das suas margens).

A ideia é que a dolarização acabe com o problema da hiperinflação no país, que registrou alta de 142,7% nos preços em outubro, no acumulado dos últimos 12 meses, mas com o atual cenário de juros elevados nos Estados Unidos e com vários focos de conflitos geopolíticos, o mercado já averso a mudanças moderadas não iria tolerar medidas extremas por parte do novo governo argentino.

Agora se a intenção for investir em empresas argentinas que são negociadas no Estados Unidos (as ADRs – American Depositary Receipt – são recibos que permitem ao investidor comprar ações não americanas nos Estados Unidos) a boa notícia é que houve uma valorização de até 27% em alguns momentos do pregão (negociação) nesse dia após as eleições.

Há que se ter cautela, por uma coisa é se ter a intenção de fazer (por exemplo, privatizar a YPF – petroleira) e outra é ter apoio suficiente para executar, algo que o novo governo na Argentina não possui no cenário atual. Enfim, é aguardar e ver se a recuperação da economia é um sonho de costeletas ou será um pesadelo de um caricato Hermano do Boris J. da Terra do Fogo.

E lembre-se, é importante estar ciente dos riscos envolvidos antes de investir. Na próxima semana nos vemos. Tem dúvidas, estou à disposição. Até mais!

Rodrigo Teixeira Mendes

Coluna Investimentos

Natural de São Paulo-SP-Brasil e hoje residindo em Bournemouth-Dorset, Inglaterra, com graduação em Direito pela UNIP e pós graduação em Administração de Negócios pelo Mackenzie e Finanças Corporativas pela UNICAMP.

Argentina investe no drive-in como experiência de entretenimento em tempos de quarentena

Já tem um tempinho que muitos lugares estão de olho nos retornos dos drive-in, pois eles permitem respeitar o distanciamento social sem perder a oportunidade de uma boa experiência de entretenimento. Na Argentina por exemplo, o AutoCine tornou isso uma realidade no país.

Com liderança da empresa Cinergia Agency, referência na área de eventos, o projeto está em andamento com equipamentos e projetores, fornecendo cinema para as pessoas sob o céu, assim como faziam nossos avós e pais décadas atrás.

O drive-in já era um evento que acontecia de tempos em tempos na Argentina, mas a ideia agora é torná-lo contínuo como forma de adaptação aos novos tempos que estamos vivendo: “devido à distância social que devemos respeitar, o cinema drive-in retorna juntamente com o desejo renovado de sair e desfrutar gratuitamente”, diz Gastón Sztutwojner, criador da Cinergia.

A empresa se propôs a reviver essa experiência montando teatros drive-in com telas gigantes ​​em qualquer lugar do país, em apenas 3 horas entre organizar e montar. A ideia é proporcionar uma boa vista para cerca de 400 carros por sessão.

Além disso, o áudio do filme é transmitido por uma FM de modo a ser sintonizada por cada carro, não precisando assim de altas caixas de som fazendo barulho e possibilitando ao espectador controlar o volume conforme o seu gosto. “Para a projeção, usamos uma nova tecnologia de projetor que, em vez de usar a lâmpada tradicional, possui um LED + LAser que permite mais energia e melhor colorimetria”, disse Gáston.

Além disso, o criador da empresa acrescenta: “As famílias desfrutam muito das funções, para os mais jovens geralmente é o primeiro contato com essa experiência e para os pais é a oportunidade de reviver um pouco de sua infância”.

Por enquanto, a ideia da Cinergia é promover essa iniciativa em quantos lugares forem possíveis no país: “Estamos discutindo com vários locais para fazer cinemas com entrada gratuita, mas ainda não queremos anunciar datas ou locais para serem prudentes e respeitar a quarentena.

Quando esse estágio terminar, precisamos continuar cuidando de nós mesmos e de que maneira melhor de fazê-lo do que indo ao cinema drive-in, com a família ou com seu parceiro, vendo uma nova experiência que respeite a distância social do conforto e da privacidade do carro.” finalizou Gáston.

Com informações do site Nation – Fotos: Reprodução

Fonte: https://www.asomadetodosafetos.com/2020/04/argentina-investe-no-drive-in-como-experiencia-de-entretenimento-em-tempos-de-quarentena.html

5 destinos para conhecer na América do Sul - Coluna Viagem por Julio Souto

Olá! Tudo bem?

Hoje vou apresentar à vocês uma lista com 5 destinos sul-americanos que, na minha opinião, são imperdíveis. E não importa se você é do tipo aventureiro (como eu) ou mais prudente. As rotas agradam ambos!

1- Machu Picchu - Peru

Cada 10 pessoas que viajam frequentemente, eu diria que 8 sonham em conhecer Machu Picchu. E não é à toa! A cidade perdida dos Incas é extraordinária. A beleza, a tecnologia empregada na época em que foi construída, o planejamento, etc. É difícil acreditar que aquilo tudo foi construído no século XV, no alto de uma montanha, com tanta perfeição.

2- Deserto do Atacama - Chile

250 vezes mais seco que o Saara, há pontos neste deserto que não chove há mais de 400 anos, montanhas com mais de 6 mil metros de altitude, além de formações geológicas surpreendentes. Dá para dizer que o Atacama é um pedaço de Marte dentro da Terra. Beleza natural aqui é o que não falta!

3- Estrada da Morte – Bolívia e Peru

Ok, se você não é bem aventureiro(a), pule este destino. E eu falo sério!

O nome ‘Estrada da Morte’ geralmente é relacionado àquela estrada de terra e sem barreiras ao redor das montanhas Bolivianas, conhecida como a estrada mais perigosa (ou mortal) do mundo. Mas no Peru você também pode encontrar outra estrada da morte, igualmente perigosa. Eu garanto, é tão linda quanto perigosa.

Sabe o que é andar por horas numa estrada de terra estreita que, em muitos trechos o pneu do veículo fica a 1 palmo do abismo, a alguns milhares de metros de altitude, sem qualquer proteção ou barreira, com centenas cruzes de pessoas que faleceram no local? Interessante, não acha? E tudo isso cercado por montanhas com picos congelados, que conforme a altitude diminui, o gelo derrete em diversos pontos, dando início a dezenas de cachoeiras que lá embaixo, desembocam no rio Urubamba (Peru).

4- Praias de Isla Barú - Colômbia

Paradisíacas, cinematográficas, quentes, as praias da Ilha Barú ficam a cerca de 1h de Cartagena. A areia é branca e a água cristalina do mar Caribenho combina diversos tons de azul e verde, oferecendo inclusive, a possibilidade de mergulho com aluguel de máscaras diretamente com os guias. Definitivamente obrigatória a visita!

5- Buenos Aires - Argentina

Buenos Aires é a capital da Argentina e a segunda maior área metropolitana da América do Sul, atrás apenas de São Paulo.

Além dos tradicionais pontos turísticos, lá você encontrará restaurantes, espetáculos de tango, bares, churrascos típicos e noites bem agitadas. Ótimo destino para casais.

Espero que tenham gostado da lista! Até a próxima.

Cheers!

Julio Souto

Coluna Viagem

Campineiro, administrador, apaixonado por música, musculação, viagens, bares, café e Excel. Já foi professor voluntário de informática para pessoas carentes. Atualmente mora em Londres e passa o tempo livre fotografando a cobiçada cidade. Email:juliosouto@me.com Instagram: @soutojulio

Chore pela Argentina! Investimento por Rodrigo Mendes

Olá à todos!

Qual a origem da dívida argentina e qual as consequências para o Brasil? Fique atento em determinados ativos.

Essa semana a Argentina está aos olhos do mercado financeiro num default técnico, graças às diversas ocasiões em que o governo platino não soube negociar e pelo não cumprimento de prazos.

Quando se trata de investimentos, uma situação como essa incide em ocorrer em uma grave crise financeira e os investidores ficarem alertas para os possíveis desdobramentos. O Brasil apesar de não estar imune, sofre pouco já que tem seus parceiros comerciais bem diversificados e não fica tão exposto. No que diz respeito aos investidores, em geral, existem algumas oscilações em papéis na Bolsa de Valores e no dólar. O momento é de observar e discutir com seu assessor de investimentos as melhores alternativas para que não haja contaminação.

Qual a origem da dívida argentina?

Em 2001, em meio a uma crise econômica e política, a Argentina anunciou um calote em sua dívida pública, que era de cerca de US$ 100 bilhões. As pessoas, empresas e os fundos que tinham títulos da dívida (ou seja, que haviam emprestado dinheiro para o governo) deixaram de receber os rendimentos deles e foram impedidas de resgatar os investimentos. Quatro anos depois, no governo de Néstor Kirchner, o país tentou recuperar a credibilidade com um plano de renegociações desses débitos.

A crise da Argentina poderia afetar o Brasil?

O principal parceiro econômico da Argentina é o Brasil, que já vem sentindo os efeitos da crise. A queda nas trocas comerciais entre os países já ultrapassa 20% no ano de 2014. Para conter a evasão de dólares, o governo argentino segura cada vez mais as importações e barra os produtos brasileiros.

“Talvez um calote da China seria mais grave, mas um da Argentina também é grave, já que o Brasil tem multinacionais instaladas em solo platino e há uma linha de comércio grande ou seja, qualquer crise macroeconômica na Argentina provoca desdobramentos no Brasil.

Tem dúvidas? Entre em contato.

Abraços e até a próxima semana

Rodrigo Teixeira Mendes

 

Graduado em Direito pela Universidade Paulista e Pós Graduado em Administração de Negócios pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, além de possuir experiências na área financeira e comercial em empresas como Banco Itaú, RR Donnelley Moore, Camargo Correa. Atualmente tem atuação no setor financeiro e ministra cursos e palestras na área de Educação Financeira com foco na disseminação do conhecimento de produtos disponíveis no Mercado Financeiro (Finanças Pessoais, Renda Variável, Renda Fixa).

E-mail: rodrigo@valutainvest.com.br
Telefone: (19) 99626-1540 
(19) 2513-0103