Peaky Blinders: 13 Curiosidades que você não sabia

Curiosidades sobre o sucesso da TV

Atualmente no catálogo da Netflix, Peaky Blinders é uma das séries de maior sucesso no Brasil.

Produzida pela BBC, a série conta a história real da família Shelby. Tal família era formada por criminosos que praticavam diversos tipos assaltos e contrabando. Além disso, dominavam o ramo de apostas ilegais de cavalo.

No ano de 1919, Thomas Shelby – líder da família e da gangue Peaky Blinders – volta da primeira guerra com o objetivo de estabelecer domínio da cidade de Birmingham interior da Inglaterra. E assim, a trama se desenrola. A partir dali, os Peaky Blinders vão do céu ao inferno, enfrentam gangues rivais, fogem de autoridades e lidam com a presença de comunistas no seu território.

1 – A família do criador fazia parte dos Peaky Blinders

Em entrevista, o criador Steven Knight afirmou que sua família fazia parte dos Peaky Blinders, e que parte da série é inspirada nas histórias que seu pai o contava – embora, na vida real, eles se chamassem Sheldon, e não Shelby.

“Uma das histórias que realmente me fez querer escrever Peaky Blinders é uma contada pelo meu pai. Ele disse que, quando tinha oito ou nove anos, seu pai lhe deu uma mensagem em um pedaço de papel e disse ‘vá e entregue isso aos seus tios’. Seus tios eram os Sheldon, que acabaram se tornando os Shelbys.”

2 – Os verdadeiros Peaky Blinders eram presos por coisas banais

Os verdadeiros Peaky Blinders eram respeitados, e atuaram por mais de vinte anos. No entanto, ao contrário da série, eles eram presos por coisas banais. De acordo com alguns registros, ainda existentes, roubos de bicicleta ou invasão a uma loja de reciclados foram os motivos pelos quais alguns dos membros da gangue foram presos.

Registros verdadeiros mostram prisões dos Peaky Blinders,

3 – Billy Kimber e Darby Sabini foram bandidos de verdade

Tommy Shelby pode ser um personagem fictício, mas Billy Kimber e Darby Sabini estiveram muito vivos e ativos. Billy Kimber era um corretor de apostas que corria por toda a extensão do Reino Unido e alcançou o objetivo de Tommy de morrer como um empresário legítimo. Kimber faleceu em um lar de idosos em Torquay, aos 63 anos – e não nas mãos de um Shelby. Já Sabini foi um dos rivais de Kimber e também é a inspiração para Colleoni no romance de Graham Greene, Brighton Rock.

4 – Os Peaky Blinders teriam servido na Primeira Guerra Mundial

Na série, você vê flashbacks de Tommy  na Primeira Guerra Mundial, junto com Danny “Whiz-Bang”. Danny até ganha o apelido de “whiz-bang” depois do barulho dos projéteis de artilharia alemã. Mas na vida real, membros dos Peaky Blinders realmente serviram na guerra – o membro mais jovem da quadrilha, Henry Fowler, foi enterrado vivo nas trincheiras e não conseguiu falar ou ver por algum tempo após a guerra.

5 – Snoop Dog é um grande fã

Todo mundo sabe que David Bowie é um grande fã da série. Cillian Murphy até enviou a ele um boné usado na série. Além disso, você deve ter notado a homenagem ao cantor na temporada 3, quando Tommy aparece em uma cama de hospital semelhante à do videoclipe de Bowie, Lazarus.

Mas acontece que pouca gente sabe que Snoop Dog é também um grande adorador. Tanto que chegou a convocar uma reunião com Knight e passou mais de três horas conversando sobre a cultura das gangues. Falando no Esquire Townhouse Knight, disse: “Passamos três horas no St Martin’s Lane Hotel apenas conversando e ele me revelou sobre como a série o lembra de como ele entrou na cultura das gangues”.

6 – Os “Blinders” não tinham lâminas de barbear costuradas em seus bonés

Diz a lenda que os Peaky Blinders ganharam seu nome porque costuraram lâminas de barbear em seus bonés para cegar suas vítimas. No entanto, é mais provável que a arma de cegueira dos Peaky Blinders tivesse sido cintos e seus sapatos de aço.

As lâminas de barbear estavam apenas se tornando disponíveis no Reino Unido após a guerra e eram artefatos caros de se conseguir. Pensa-se que as lâminas de barbear tenham sido inspiradas no romance A Walk Down Summer Lane, de John Douglas – uma notória rua de Birmingham, para os não familiarizados.

7 – Helen McCrory agradece a Ozzy Osbourne por seu sotaque Brummie

McCrory estava com medo de Peaky Blinders se passar em Birmingham por causa de seu sotaque que demorou um pouco para se ajustar.

De fato, a atriz disse que tia Polly deve agradecer ao vocalista do Black Sabbath por seu sotaque de Birmingham, pois parte de sua preparação para o seu papel foi assistir a “infinitos” vídeos dele.

8 – Jason Statham quase foi o protagonista

Depois que Knight trabalhou com Statham em Redemption, o criador desejou tê-lo como protagonista. No entanto, Knight disse ao Den Of Geek que Statham estava tão comprometido em outros projetos que eles não teriam sido capazes de combinar as agendas das filmagens.

No fim, ele disse que optou por Cillian Murphy, que hoje percebe ter sido a escolha correta.

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9 – Michael Gray tem que agradecer a seu irmão por seu papel

Você sabia que Michael Gray (Finn Cole) e John Shelby (Joe Cole) são irmãos, e que Fin realmente tem de agradecer Joe pelo papel?

Fin estava estudando na época das audições e sequer tinha dinheiro do trem para chegar a Birmingham para fazer um teste para Peaky Blinders. Joe, que já havia sido escalado, sugeriu que ele gravasse uma audição que ele transmitiu diretamente aos diretores de elenco. Pronto, o papel foi para ele.

10 – Apesar de toda essa conversa sobre Small Heath, a maior parte da série é filmada em Liverpool

Birmingham mudou tanto que não se parece em nada com a Birmingham que os Blinders operaram na realidade. Então, a série não é filmada de fato lá, mas sim em Toxeth, Liverpool.

Os trechos filmados em Birmingham são filmados no Black Country Museum – um museu ao ar livre de prédios históricos reconstruídos nos arredores de Midlands.

11 – Turismo de Birmingham aumentou por causa da série

Mesmo assim, Birmingham entrou na rota das viagens internacionais por causa da série. Frequentemente, hotéis e pousadas utilizam a série como forma de marketing para atrair turistas.

12 – Hitler poderá aparecer em trama com Oswald Mosley

A sexta temporada mostrará a ascensão de Oswald Mosley e o crescimento da União Britânica de Fascistas. Os fãs assim suspeitam que Adolf Hitler fará uma aparição na nova temporada, considerando o vínculo de Mosley com o líder fascista.

Mosely se casou com sua segunda esposa, Diana Mitford, em 1936, com as núpcias ocorrendo na casa do ministro da Propaganda do Terceiro Reich, Joseph Goebbels. Hitler foi um convidado de honra na cerimônia de casamento. Mosley também se encontrou pessoalmente com Hitler e o ditador fascista italiano Benito Mussolini, que ajudaram a promover suas próprias ideias racistas e o inspiraram a formar a União Britânica de Fascistas.

13 – Knight já disse quando a série terminará

O criador já tem em mente a cena final, e ele já revelou ao público: a série vai acabar exatamente no momento em que as sirenes de ataque aéreo da Segunda Guerra Mundial soarem.

Fonte: https://mixdeseries.com.br/peaky-blinders-especial-13-curiosidades-que-voce-nao-sabia/

Dubrovnik, a cidade medieval planejada para a quarentena

Desde os tempos antigos, as sociedades tentam separar as pessoas com doenças daquelas que não são afetadas. As referências ao isolamento remontam ao Antigo Testamento. À medida que o Covid-19 corre o mundo, somos aconselhados a fazer autoisolamento.

Para entender a importância da quarentena durante esta pandemia moderna, é útil relembrar a história da própria palavra "quarentena", que remonta à Europa medieval.

A palavra "quarentena" tem raízes italianas: em um esforço para proteger as cidades costeiras da Peste Negra que assolava a Europa do século 14, os navios que chegavam a Veneza de portos infectados eram obrigados a permanecer ancorados por 40 dias (quaranta giorni) antes do desembarque, prática que eventualmente ficou conhecida como quarentena - derivada de 'quarantino', a palavra italiana para se referir a um período de 40 dias.

Em 1374, foi emitida uma proclamação em Veneza, declarando que todos os navios e passageiros deveriam ser estacionados na ilha vizinha de San Lazzaro até que o conselho especial de saúde lhes desse permissão para entrar na cidade. "Isso levou à discriminação de navios e viajantes de certos países, bem como a outras irregularidades que ocorriam regularmente em Veneza", escreve o co-autor Ante Milošević no livro Lazaretto em Dubrovnik: O início do regulamento de quarentena na Europa.

No outro lado do Mar Adriático, em Ragusa (atual cidade de Dubrovnik, na Croácia), o Grande Conselho da cidade aprovou uma lei inovadora em 1377 para impedir a propagação da pandemia, exigindo que todos os navios de entrada e caravanas que chegassem de áreas infectadas se submetessem a 30 dias de isolamento.

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A legislação, que em latim era: "Veniens de locis pestiferis non intret Ragusium vel districtum" (os que chegam de áreas infectadas por peste não devem entrar em Ragusa ou em seu distrito"), estipulava que quem vinha de lugares perigosos deveria passar um mês na cidade vizinha de Cavtat ou no ilha de Mrkan para desinfecção antes de entrar na cidade murada medieval.

"Dubrovnik implementou um método que não era apenas justo, mas também muito sábio e bem-sucedido, e prevaleceu em todo o mundo", escreve Milošević.

Isolamento e disciplina são as duas coisas importantes

A médica e coautora do livro, Ana Bakija-Konsuo, acrescentou que a diferença entre as duas cidades foi que Dubrovnik foi o primeiro porto do Mediterrâneo a isolar pessoas, animais e mercadorias provenientes de áreas infectadas por mar ou terra, mantendo-os separados da população saudável, enquanto Veneza parou todos os navios e comércio, interrompendo a vida na cidade.

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A República Ragusana impôs punições e multas muito rígidas aos infratores que não seguissem a lei de quarentena de 30 dias [trentina, como o termo foi escrito em um documento encontrado nos arquivos de Dubrovnik de 27 de julho de 1377].

No início, a quarentena era de 30 dias, mas acabou sendo prolongada para 40 dias, como em Veneza.

Ninguém sabe exatamente por que o período de isolamento foi alterado de 30 para 40 dias: alguns sugerem que 30 dias foram considerados insuficientes para impedir a propagação da doença, pois o período exato de incubação era desconhecido; outros acreditam que a quarentena de 40 dias estava relacionada à observância cristã da Quaresma. Outros acreditam que os 40 dias são baseados em relatos bíblicos como o grande dilúvio, Moisés ficar no monte Sinai ou os 40 dias de Jesus no deserto. Veneza oficializou os 40 dias em 1448, quando o Senado veneziano acrescentou 10 dias à regra de quarentena de 30 dias para os navios que entravam em seu porto.

Em Lazaretto, em Dubrovnik, o governo de Dubrovnik chegou à idéia de quarentena como resultado de sua experiência em isolar as vítimas de hanseníase para evitar a propagação da doença, escreve Bakija-Konsuo.

Ao longo de sua história, Dubrovnik foi devastada por inúmeras doenças, com a hanseníase e a peste representando as maiores ameaças à saúde pública.

"A ciência histórica, sem dúvida, provou o pioneirismo de Dubrovnik na 'invenção' da quarentena", disse Bakija-Konsuo.

"O isolamento, como conceito, já havia sido aplicado antes de 1377, como mencionado no Estatuto da Cidade de Dubrovnik, escrito em 1272, e onde é a primeira menção ao isolamento dos pacientes com hanseníase. Este Estatuto está entre alguns dos mais antigos documentos legais por escrito da Croácia. "

Bakija-Konsuo explica que Lázaro foi declarado o santo padroeiros dos leprosos pela Igreja, porque, de acordo com a Bíblia, ele sofria de hanseníase. Dessa forma, os abrigos para os doentes foram nomeados em homenagem a ele e chamados de lazarettos.

Depois que Ragusa montou o primeiro hospital temporário de peste da Europa na ilha de Mljet, as instalações de quarentena em toda a Europa acabaram ficando conhecidas como "lazarettos".

Bakija-Konsuo disse que, seguindo a legislação de isolamento de Ragusa em 1377, a quarentena foi implementada pela primeira vez em Cavtat, uma pequena cidade localizada ao sudeste de Dubrovnik e nas ilhas próximas (Supetar, Mrkan e Bobara).

"Inicialmente, as acomodações de quarentena eram ruins, improvisadas, em cabanas, tendas e, às vezes, ao ar livre. O benefício das cabanas era que elas poderiam ser facilmente queimadas como medida de desinfecção ", diz ela.

Em 1397, foi tomada a decisão de estabelecer uma quarentena no mosteiro beneditino na ilha de Mljet. O lazaretto em Danče foi construído em 1430 e, posteriormente, um lazaretto maior e mais moderno foi construído na ilha de Lokrum.

Em 12 de fevereiro de 1590, o Senado de Dubrovnik decretou que o último lazaretto fosse construído em Ploče, a entrada leste da Cidade Velha. A construção do complexo de lazaretto foi concluída por volta de 1647; em 1724, o Senado a proclamou parte integrante das fortificações da cidade.

"O Lazaretto preservou sua função original muito depois da queda da República de Dubrovnik, mas não temos certeza sobre o ano em que foi abolido como instituição de saúde; de acordo com o Arquivo Nacional em Dubrovnik, foi por volta de 1872 ", disse Bakija-Konsuo.

"Este impressionante edifício de pedra representa não apenas um complexo arquitetônico único, mas também uma instituição que melhor descreve a rica herança médica da antiga Dubrovnik.

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Os lazarettos de Dubrovnik, hoje atrações turísticas que abrigam eventos culturais como concertos e dança folclórica tradicional de Linđo (Lindjo), são um lembrete da luta da cidade no combate a doenças infecciosas séculos atrás.

Ivan Vuković Vuka, um guia turístico histórico em Dubrovnik, nascido e criado na cidade, lembra-se de ir ao lazarettos para festas e concertos ao ar livre nas noites quentes de verão, apenas para sentir alguma brisa.

Os lazarettos (localmente chamados de "Lazaret" ou "Lazareti") estão situados a aproximadamente 300 metros fora das muralhas de pedra da Cidade Velha.

"Dentro das muralhas da cidade, qualquer tipo de doença pode ser transmitida facilmente, por isso as instalações dos lazarettos são áreas muito amplas e espaçosas divididas em 10 edifícios de vários andares, para que haja sempre ar suficiente", diz ele, observando as vistas deslumbrantes do Velho Porto da cidade.

O complexo de Lazaretto consiste em 10 lazarettos, cinco pátios e duas guaritas. De acordo com a médica Vesna Miović, coautora de Lazaretto em Dubrovnik todos os viajantes que vieram de áreas suspeitas (infectadas) ficavam alojados acima dos pórticos, no chão, com uma estrutura de telhado e janelas gradeadas; e em casas no planalto de Lazaretto (também chamado "o lazaretto superior").

Os viajantes em quarentena podiam andar livremente pelo platô e até tinham pequenos terraços onde podiam respirar ar fresco, mas eram proibidos de se misturar com aqueles que já haviam sido libertados da quarentena ou com quem morasse fora do complexo de lazarettos.

Com a cidade atualmente em quarentena devido ao Covid-19, o turismo - a força vital da economia croata e uma das principais fontes de renda de Dubrovnik - parou.

Todos os navios de cruzeiro estão suspensos até junho e, em 19 de março de 2020, a Croácia implementou uma proibição temporária de trânsito através das passagens de fronteira para ajudar a impedir a propagação do vírus. "Por enquanto, todas as fronteiras estão fechadas — na Croácia, você nem pode se deslocar entre cidades", disse Vuković Vuka.

A American Airlines cancelou seus voos sem escalas da Filadélfia para Dubrovnik durante todo o ano de 2020; outras companhias aéreas europeias e internacionais suspenderam voos até junho.

Depois do excesso de turismo, agora existe a falta dele

"Nem durante a guerra dos anos 90 Dubrovnik não estava tão vazia", diz Vuković Vuka.

"Você pode ouvir o silêncio e até sons baixos ecoas no paralelepípedo."

Dubrovniki já sofreu com o excesso de turistas gerando superlotação e degradação de locais históricos, mas agora o problema é outro. A cidade está vazia, e nem mesmo os moradores podem ir às ruas.

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Os croatas, como seus vizinhos mediterrâneos, são seres sociais que gostam de conversar e de tomar café nos cafés. "A covid deixa os croatas loucos, gostamos de nos abraçar e de beijar como italianos e espanhóis", diz Vuković Vuka. "Fazemos piadas de que na verdade o café é a reabilitação de quem vai muito para o bar."

Diferentemente da antiga lei de quarentena de Dubrovnik, hoje as pessoas têm a opção de se autoisolar no conforto de suas casas; no entanto, "[o] problema das pessoas em Dubrovnik é que elas também vivem em grandes comunidades com seus pais e avós; portanto, eles precisam tomar cuidado para não serem infectados por causa deles", disse Vuković Vuka.

Fora isso, pouco mudou nos últimos 600 anos em relação aos protocolos de quarentena, que Dubrovnik implementou várias vezes ao longo dos séculos e serve como um lembrete nos dias atuais: "Isolamento e disciplina são as duas coisas importantes" diz a médica.

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Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52495111?at_medium=custom7&at_custom2=facebook_page&at_custom3=BBC+Brasil&at_custom4=E2851F44-8D42-11EA-B17F-DA113A982C1E&at_custom1=%5Bpost+type%5D&at_campaign=64&fbclid=IwAR2GF970KqhkAnraWbyBhXSDxTzknGDDCOgSvCVjQJEQy_MWtku7iCBGwow

Dicas de séries por Raquel Baracat - World on Fire da BBC

Eu realmente não sabia o quanto eu gostava de séries de guerra e com romance no meio e realmente a BBC está a frente em produções espetaculares, bem feita, bem escrita, com ótimos atores, inclusive com Ellen Hunt como atriz. Os americanos que se cuidem.

Release:

World on Fire é um drama de adrenalina e emocionante da Segunda Guerra Mundial que segue o destino entrelaçado das pessoas comuns em cinco países, à medida que enfrentam os efeitos da guerra em suas vidas cotidianas.

Situado na Grã-Bretanha, Polônia, França, Alemanha e Estados Unidos, os eventos da série de sete episódios acontecem durante o primeiro ano da guerra.

O elenco estelar inclui Helen Hunt, vencedora do Oscar®, tão boa quanto é louca, louco por você, Sean Bean (Game of Thrones), Lesley Manville (Phantom Thread), indicada ao Oscar®, Jonah Hauer-King (Little Women) em MASTERPIECE, Howard's End) e Blake Harrison (Um Escândalo Muito Inglês).


Dicas de séries por Raquel Baracat - Sandinton (BBC)

“Sanditon tem potencial para ser a adaptação mais ousada das obras de Jane Austen

Jane Austen é um dos nomes mais famosos da literatura mundial. Logo, não é surpreendente ver como suas obras ganham tantas adaptações no cinema e na TV. Mas um texto da autora é mais difícil de levar para as telas do que os outros: o romance inacabado Sandition, sua última criação antes de falecer em 1817. Isso não impediu Andrew Davies de assumir tal missão, em uma nova minissérie. Não reconheceu o nome? Ele é responsável pela icônica adaptação televisiva de Orgulho e Preconceito em 1995, além das recentes minisséries Os Miseráveis e Guerra e Paz.

Surge Sanditon, série centrada em Charlotte Heywood (Rose Williams), irmã mais velha dentre 12 irmãos de uma modesta família do interior. Após ajudá-lo num incidente, a jovem curiosa é convidada pelo investidor Tom Parker (Kris Marshall) para conhecer a cidade do título, que ele aposta ser capaz de se transformar num famoso resort à beira-mar. Lá, a jovem inocente se encontra no meio da disputa pela herança da rica Lady Denham (Anne Reid), enquanto passa a ter confrontos com Sidney Parker (Theo James); o centrado e temperamental irmão de Tom.

Logo no piloto, a série é capaz de levar o espectador para o mundo das obras de Austen. Numa fotografia que lembra vagamente Anne with an E, belas paisagens são cenários ao fundo do retrato de uma época mais simples — onde existia confiança suficiente para deixar sua filha adolescente viajar com um quase desconhecido, mas ainda era uma sociedade movida por normas preconceituosas e sexistas. Sem falar que as diversas figuras excêntricas que a autora adora criar estão ali: a senhora rica que não tem papas na língua; a protagonista inteligente e bondosa; a socialite venenosa; o galã misterioso e por aí vai...

O grande desafio é que Jane Austen escreveu apenas onze capítulos de tal obra antes de sua morte — algo que compõe cerca de apenas 24 minutos do piloto de Sanditon. A partir daí, até o oitavo e último episódio, será tudo criação de Davies, determinado a criar algo atraente o suficiente para o público moderno. Tal transição fica clara já no próprio capitulo, cujo arco final tem algumas reviravoltas abruptas demais, em comparação ao ritmo apresentado até ali. Isso não significa, necessariamente, algo ruim. Andrew Davies tem experiência em adaptar livros clássicos e trazer uma pimenta a mais. Vale lembrar aquela famosa cena do Mr. Darcy de Colin Firth no lago, capaz de seduzir toda uma geração.

No caso atual, antes mesmo da estreia, Sanditon causou polêmica com fãs tradicionais de Austen, a partir da notícia que a série teria sexo na narrativa. Ao conferir o episódio, por mais que exista a surpresa num momento de nudez masculina, a cena de sexo em questão não é algo gratuita, sem abusar para passar a mensagem desejada. Ao mesmo tempo, a apreensão em descaracterizar demais o estilo da obra é apoiada pelo roteiro pouco inspirado, recheado de clichês sem sutilezas. Já o uso forçado de certos ângulos de câmera, como closes longos, prejudica a narrativa singela ali apresentada. Afinal, o grande trunfo de Jane Austen era saber rir da sociedade em que vivia, mas de uma maneira sagaz e criativa, trazendo veracidade até para personagens mais excêntricos.

Mas o importante é que o potencial está ali. Num momento inicial, Anne Reid é o destaque do elenco, ao roubar todas as cenas com Lady Denham; mas a química entre Charlotte (Rose Williams, sem muito brilho por enquanto) e Sidney (um Theo James sedutor, mesmo que preso às comparações com Mr. Darcy) já é palpável. Já o arco de Georgiana Lambe (Crystal Clarke) — primeira personagem negra de Austen — promete ser uma das melhores coisas da série, mesmo sem muito tempo de tela no piloto,.

Assim, Sanditon traz uma narrativa apaixonante, capaz de conquistar fãs do gênero. A dúvida é ver se ela consegue trazer algo relevante, sem precisar fugir de sua base. Num primeiro momento, a série parece ser mais simplista, diante de colegas do gênero, como The Crown ou Gentleman Jack. Numa comparação com o mundo de Austen, seria mais similar a Amor & Amizade (2016) com Kate Beckinsale; do que o Orgulho e Preconceito (2005) de Keira Knightley. Ou seja, não é ruim, mas ainda temos que torcer (e esperar) para ver onde irá chegar”.

Fonte: http://www.adorocinema.com/noticias/series/noticia-150474/






Por que temos ideias geniais quando estamos no chuveiro?

Talvez você já tenha passado por isso. A água do chuveiro cai sobre sua cabeça enquanto você está imerso em pensamentos dispersos. De repente... Ah, uma ideia brilhante vem à mente.

Nesse momento, podemos acabar o banho mais rápido para contar a todos como somos inteligentes.

Essa situação parece anedótica, mas há estudos em que os participantes mencionam o chuveiro como um dos lugares onde têm ótimas ideias ou soluções para seus problemas.

O que faz do chuveiro uma espécie de incubador de "ideias geniais"?

Existem dois fatores que explicam essa "mágica", de acordo com o psicólogo John Kounios, diretor do programa de Ciências Cognitivas e do Cérebro da Universidade Drexel, nos Estados Unidos, que estuda processos criativos há vários anos.

A primeira razão é o que Kounios chama de "restrição sensorial".

Quando estamos sob o chuveiro, nossos sentidos diminuem um pouco.

A visão é limitada pela queda da água ou porque fechamos os olhos; não podemos ouvir em detalhes porque a água age como um ruído que bloqueia outros sons; também diminuímos a sensação de toque, porque a água geralmente está em uma temperatura semelhante à do corpo, de modo que a fronteira entre o interior e o exterior não é muito perceptível.

"O que acontece no momento do banho é que os sentidos, em vez de serem focados para o exterior, estão voltados para o interior. A atenção é direcionada para o interior", disse Kounios à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.

Vários estudos de laboratório mostraram que, pouco antes de termos uma ideia ou uma "revelação", o córtex visual, uma área na parte posterior do cérebro responsável por processar os estímulos que entram pelos olhos, desliga-se ligeiramente.

Isso significa que, pouco antes de ter uma epifania, nos tornamos menos conscientes de nosso entorno, porque a atenção está focada em nosso interior.

Assim, o chuveiro se torna um espaço de isolamento com poucos estímulos ou distrações externas, o que torna mais fácil a concentração nos pensamentos.

"Se você está atento a seu redor, não consegue se concentrar em seus próprios pensamentos", diz o psicólogo. "Você não pode ver as estrelas quando o sol está brilhando."

Relaxamento

O segundo fator tem a ver com o fato de o chuveiro ser um local relaxante, onde normalmente temos um momento tranquilo e agradável.

Kounios explica que vários estudos demonstraram que estar de bom humor estimula a criatividade.

"Quando está relaxando e de bom humor, você se permite pensar ambiciosamente ou até ter ideias um pouco malucas", diz ele.

O contrário também é verdadeiro, segundo o pesquisador. Se você estiver ansioso, o seu pensamento pode se tornar mais limitado.

"Se você está ansioso ou sob pressão, não pode cometer erros", diz Kounios.

"Isso faz você pensar deliberadamente de forma metodológica e mais conservadora".

Agora que você tem o apoio da ciência, está pronto para tomar um bom banho e surpreender o mundo com sua próxima grande ideia.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-51496980