Privacidade Hackeada - eles pegaram seus dados e depois assumiram o controle - Coluna Entretenimento por Milena Baracat

“Todas as suas interações, as transações do cartão, pesquisas da web, localizações, curtidas, enfim, todos os seus rastros digitais estão sendo extraídos para uma indústria de trilhões de dólares por ano”.

"A razão pela qual a Google e o Facebook são as empresas mais poderosas do mundo se deve aos DADOS terem superado o valor do petróleo. É o bem mais valioso da terra".

Essas são algumas frases de impacto que você verá em “Privacidade Hackeada” (The Great Hack), novo documentário da Netflix sobre o escândalo envolvendo a empresa britânica de análise de informações, Cambridge Analytica, que teria usado dados de milhões de usuários do Facebook - sem o consentimento deles - para influenciar as eleições americanas de 2016 e os resultados do plebiscito sobre o Brexit.



“A Cambridge Analytica não é uma empresa de ciência de dados, mas uma ‘máquina de propaganda’”.

(Christopher Wylie, consultor de dados canadense que trabalhou na Cambridge Analytica).

Essa citação resume bem o caso, que funcionou assim: o aplicativo thisisyourdigitallife (esta é a sua vida digital), tinha a proposta de um teste de personalidade com perfis do Facebook e, como muitos outros, solicitava autorização para acessar os dados dos usuários alegando ser uma “ferramenta de pesquisa para psicólogos”. Depois, aplicava um questionário com o propósito de gerar um perfil de personalidade. Dessa forma, o Facebook conseguiu dados dos usuários como gostos pessoais, hábitos, sentimentos...

A Cambridge Analytica pegou esses dados do Facebook e os usou para fins diferentes dos declarados, como influenciar eleitores nos Estados Unidos na eleição de Trump e no plebiscito do Brexit.

A título de “estratégia política”, a empresa utilizou os perfis para manipular o público até mesmo com fake news e memes, intencionalmente para semear medo e ódio nas diversas redes sociais, até criar uma específica visão de mundo que determinou as escolhas políticas dos usuários.

Segundo notícias divulgadas na época, o vazamento de dados atingiu cerca de 87 milhões de pessoas, incluindo 443 mil usuários no Brasil.



"A verdade é que não visamos igualmente todos os eleitores. A maior parte dos nossos recursos foram para visar aqueles que podiam mudar de ideia, os persuasíveis. Nós os bombardeamos com blogs, anúncios, artigos nos sites, vídeos, todas as formas que possa imaginar. Até que vissem o mundo como nós queríamos. Até que votassem no nosso candidato. Como um bumerangue, você envia os seus dados, eles são analisados e volta para você como uma mensagem direcionada para mudar seu comportamento.”

(Brittany Kaiser, ex-funcionária da Cambridge Analytica que virou “denunciante”).

Parabéns, você foi hackeado!

A empresa fechou e o Facebook recebeu uma multa de 5 bilhões de dólares (18,7 bilhões de reais) por ter violado as regras de privacidade de seus usuários, mas ...

“O escândalo da Cambridge Analytica agora é o escândalo do Facebook? Digo, isso não é apenas sobre uma empresa. Esta tecnologia está acontecendo inalterada e continuará acontecendo. Em certo sentindo, eu sinto que por essa tecnologia andar tão rápido, por essas pessoas não entenderem e por haver muita preocupação sobre isso, sempre haverá uma Cambridge Analytica.

(Steve Bannon, que de acordo com "The Observer", dirigiu a Cambridge Analytica.)

Ou seja, essa é a guerra a que estamos expostos se não ficarmos atentos aos direitos de posse e uso dos nossos dados: a tecnologia usando táticas de comunicação como arma poderosa. Colocando as pessoas umas contra as outras, destruindo nações, modificando destinos e manipulando psicologicamente a sociedade.

Os usuários fornecem um fluxo constante de fotos, likes e outros dados úteis para empresas como o Facebook e Google usarem isso para mapear relacionamentos, medir respostas emocionais e sim, direcionar anúncios, pois ao conseguir prever o comportamento dos usuários, se torna mais fácil manipulá-los.

E você? Leu os termos de privacidade quando usou aquele aplicativo que faz efeito na foto para mostrar como você vai ficar mais velho? Se resposta é não, assista ao trailer:

TRAILER

 Fonte: O Globo / Netflix / Youtube. Fotos Reprodução: Google

Milena Baracat

Coluna Entretenimento

Formada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Atualmente presta assessoria ao Site Raquel Baracat.

Assuma o controle da sua vida - Coluna Coaching por Gustavo Nicolini

Que a vida nos desafia a todo instante não tenho dúvida alguma. Que o meu comportamento natural nas dificuldades é olhar para fora de mim e tentar entender todo o contexto, também é uma verdade.

Mais ainda, se está difícil encarar alguns desafios, sem entrar no aspecto espiritual, do ponto de vista prático tenho aprendido que ninguém vai me entender e ajudar na profundidade que preciso. Ninguém vai me salvar. 

É assim com você também?

Independente de qual é o seu momento, tudo o que irá acontecer daqui para a frente depende de você mesmo.

No entanto, um dos maiores vilões que nos impede de entender e agir nas dificuldades é a EMOÇÃO NEGATIVA, traduzida em medo, insatisfação, inveja, ciúmes, vitimização, estresse, raiva, etc.

Elas nos puxam para baixo, drenam toda a nossa energia e nos paralisa.

Alguns fatores podem contribuir para isso. São eles:

·        Justificação. Por exemplo, se eu bater o carro por um descuido qualquer e deixar um sentimento negativo vir à tona, vou procurar motivos para justificar o acidente. Talvez a instabilidade do carro, o tempo muito curto de transição entre o sinal amarelo e vermelho, ou até o motorista do outro carro, por não ter condições de possuir carteira de habilitação. Enquanto eu continuar me justificando, serei controlado por minhas emoções negativas e ocuparei boa parte do meu pensamento e da minha vida nisso. Do contrário, se eu disser “Paciência, essas coisas acontecem”, essa emoção negativa irá embora e me conduzirá de volta à realidade e à ação.

·        Racionalização. Quando sou tomado por algum problema ou me sinto mal por algo que aconteceu, mesmo tendo noção da minha participação ativa, a minha tendência é criar uma explicação para meu comportamento e lançar um viés favorável para o ocorrido, buscando a aceitação dos outros. Assim, tanto a racionalização quanto a justificação faz com que eu procure culpados (pessoas ou situações) para algo que fiz, me tornando vítima de outra pessoa ou de uma organização.

·        Preocupação excessiva com a opinião dos outros. Se eu tiver que viver dependente do que os outros falam ou pensam de mim, ou até a forma como olham para mim, inevitavelmente terei que conviver com emoções negativas, pois nem tudo que receberei ao longo da vida serão elogios ou aspectos positivos.

·        Culpa. A minha tendência de culpar os outros pelos meus problemas também é um fator determinante em minhas emoções negativas.

Qual desses fatores tem te atrapalhado mais? O quanto eles tem te ajudado a construir um arsenal químico negativo em sua vida?

A solução?!?!? Existe!!!

Chama-se AUTORRESPONSABILIDADE - aceitar que você é o responsável pelos resultados em sua vida. Você não consegue dizer a frase “eu sou responsável” e continuar com a emoção negativa.

Somente quando você se responsabilizar por sua vida, eliminando assim as emoções negativas, estará livre mental e emocionalmente e poderá canalizar suas energias com entusiasmo em direção aos seus sonhos.

Brian Tracy diz: “Sentir raiva de alguém é permitir que esta pessoa controle suas emoções a distância e, não raro, a qualidade de sua vida em geral”.

Afinal, quem controla sua vida?

Se errar, diga “sinto muito”, aprenda e corrija o situação.

Pare de culpar, criticar e condenar os outros.

Não alimente ressentimentos.

Não sofra por resultados passados que não podem ser alterados.

 

Por último, e mais importante de tudo: se você é o responsável e se sua vida é fruto de escolhas e decisões que você realizou ou deixou de realizar, você também é o único responsável em mudar isso.

Está em suas mãos.

Quanto mais responsável for, mais controle terá, mais confiante se tornará e estabelecerá metas ousadas para a sua vida.

E mais ainda, encontrará a energia, a motivação e a determinação necessárias para alcançá-las.

Assuma o controle da sua vida!!! 

Gustavo Nicolini

Coluna Coaching

Master Coach e palestrante, formado pela Federação Brasileira de Coaching Integral Sistêmico (Febracis), com certificação internacional pela Florida Christian University (FCU). Possui MBA em Administração com ênfase em Gestão pela Fundação Getulio Vargas (FGV), Mestrado em Educação pela PUC-Campinas e Bacharel em Odontologia pela PUC-Campinas. Experiência de 14 anos como gestor de empresas, atuando nas áreas de planejamento estratégico, gestão de projetos e processos, desenvolvimento e treinamento de equipes. 

Site:  www.gustavonicolini.com / contato@gustavonicolini.com.br