Bronquiolite viral aguda em bebês - Coluna Pediatria de Dra. Carolina Calafiori de Campos

A bronquiolite é uma infecção frequente dos bronquílolos pulmomares ,causada por  vírus, sendo a maior parte dos casos originada pelo VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO (VSR).

É a infecção respiratória aguda mais comum em bebês com idade inferior a 2 anos, com incidência maior naqueles com idade inferior a 6 meses e ocorre em consequência da obstrução inflamatória das pequenas vias aéreas ( bronquíolos )

Outros vírus causadores da bronquiolite são : influenza; rinovírus; parainfluenza (tipos 1 e 3); adenovírus; metapneumovírus; bocavírus humano.

Os bebês pequenos estão mais suscetíveis a essa infecção pelas seguintes razões :

1)a superfície de troca gasosa nos pulmões ainda não está plenamente desenvolvida, e a resistência da via aérea é alta nos primeiros meses de vida;

2)o calibre das vias aéreas dos bebês é menor;

3)os anticorpos adquiridos passivamente da mãe durante a vida intrauterina, que protegem contra uma variedade de patógenos, caem de forma brusca nos primeiros meses após o nascimento, expondo o bebê a diversas doenças, logo o pulmão da criança de baixa idade é relativamente mal adaptado para suportar agressões e desenvolve enfermidades mais facilmente.

Os vírus são transmitidos através de minúsculas gotículas provenientes do nariz e da boca de alguém infectado, quando a pessoa tosse ou espirra ou quando pessoa infectada contamina algum objeto.

O vírus provoca uma inflamação e um inchaço das minúsculas vias respiratórias no interior dos pulmões, as quais se denominam bronquíolos.

Os sintomas costumam variar de criança para criança. Algumas podem apresentar poucos sintomas ou sintomas mais leves em comparação a outras.

A bronquiolite começa como uma leve infecção respiratória, com tosse , coriza , acompanhada ou não de febre .Depois de 2 a 3 dias, a criança desenvolve ainda mais problemas respiratórios, incluindo chiado no peito e desconforto respiratório.

Os sintomas mais comuns são: Tosse , cansaço , febre , cianose, (caracterizada pela pele azulada devido à falta de oxigênio); dificuldade para respirar, incluindo chiado no peito e falta de ar,retrações intercostais, em que os músculos ao redor das costelas afundam à medida em que a criança tenta respira , respiração rápida (taquipneia), e batimento das asas nasais.

Geralmente os sintomas duram uma semana , sendo o pico da doença em torno do terceiro dia.

Após um diagnóstico com a história clínica e exame físico , o pediatra estabelecerá um tratamento ,que na maioria das vezes é sintomático, além do uso de broncodilatadores via inalatória.

Alguns casos mais graves necessitam de internação hospitalar e uso de oxigênio suplementar.

Em casos de dúvidas procure sempre seu Pediatra

Dra. Carolina Calafiori de Campos

Coluna Pediatria

Dra Carolina Calafiori de Campos - CRM 146.649 RQE nº 73944 

Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, Especialização em Pediatria pelo Hospital da Puc Campinas, Especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital da Puc Campinas, Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria - Contato: carolinacalafiori@hotmail.com

 





Palivizumabe - o que é e qual sua importância na bronquiolite - Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

Muitos pais se preocupam com a temida bronquiolite, que atinge os bebês , principalmente no outono .

Infelizmente ainda não existe uma vacina contra o principal vírus causador da bronquiolite.

O que temos no mercado é um anticorpo humanizado específico chamado Palivizumabe, o qual age contra o VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO (VSR) , o principal causador de bronquiolite.

O palivizumabe não é uma vacina , mas sim um anticorpo monoclonal IgG1 humanizado, que apresenta atividade neutralizante e inibitória de fusão contra o VSR e é indicado para a profilaxia passiva de infecção pelo VSR em crianças menores de 2 anos de idade com risco elevado de doença grave pelo vírus.

Estudos mostram que a administração mensal do palivizumabe durante a sazonalidade do VSR reduz de 45 a 55% a taxa de hospitalização relacionada à infecção por esse vírus e, entre as crianças hospitalizadas, o tratamento prévio com palivizumabe diminui significativamente o número de dias de hospitalização e a necessidade de suplementação de oxigênio.O palivizumabe pode ser usado concomitantemente com as vacinas do calendário rotineiro.

Devido ao alto custo da medicação , foram elaborados critérios para indicação baseados nos FATORES DE RISCO para infecção grave pelo VSR. No Brasil, atualmente , as indicações do Ministério da Saúde são:

1) Crianças menores de 1 ano, que nasceram prematuras, com idade gestacional menor de 29 semanas (28 semanas e 6 dias), mesmo que não tenham doença pulmonar crônica da prematuridade. São crianças de risco elevado por causa de fatores anatômicos e imunológicos .

2) Crianças menores de 2 anos, portadoras de doença pulmonar crônica da prematuridade e que necessitaram de terapêutica (corticosteroides, broncodilatador, diuréticos, suplementação de oxigênio) nos 6 meses que antecedem a sazonalidade do VSR . Essas crianças apresentam as características anatômicas e imunológicas associadas à prematuridade, além de número reduzido de alvéolos, lesão das vias aéreas, inflamação e fibrose broncopulmonar, o que resulta em um risco elevado de bronquiolite grave e insuficiência respiratória durante uma infecção pelo VSR.

3) Crianças menores de 2 anos com cardiopatia congênita, com repercussão hemodinâmica, hipertensão pulmonar grave ou necessidade de tratamento de insuficiência cardíaca congestiva (ICC), pois são crianças que, muitas vezes, não conseguem aumentar o débito cardíaco em resposta a uma infecção respiratória.

Existem outras situações clínicas que também conferem um risco elevado de infecção grave pelo VSR e que devem ser avaliadas individualmente. São elas:

-Síndrome de Down;

-Anormalidades anatômicas pulmonares e doenças neuromusculares;

-Imunodepressão;

-Fibrose cística.

É recomendado uso mensal do Palivizumabe , por no máximo 5 meses , ( ou seja 5 doses ) durante a sazonalidade do vírus ( período de maior circulação desse vírus ) que varia em diferentes regiões do Brasil. A primeira dose deve ser administrada 1 MÊS antes do início da sazonalidade. No Estado de São Paulo a sazonalidade é de março a julho . O Palivizumabe deve ser aplicado de fevereiro a julho . 

Existem efeitos colaterais? Os efeitos são poucos e raros . As reações adversas mais comuns são dor no local da injeção , vermelhidão e febre . Em caso de reações graves o uso é contraindicado. 

Referências:

1. Resch B. Respiratory syncytial virus infection in high-risk infants – an update on palivizumab prophylaxis. Open Microbiol J. 2014;8:71-7.

2. Mejias A, Ramilo O. Review of palivizumab in the prophylaxis of respiratory syncytial virus in high-risk infants. Biologics. 2008;2:433-9.

3. Meissner HC. Viral bronchiolitis in children. NEJM. 2016;374:62-72.

4. Bula do palivizumabe aprovada pela ANVISA. Available from: https://wwwabbvie.com.br/content/dam/abbviecorp/br/docs/BU-09_SYNAGIS_VPS_ JAN15.pdf.

5. American Academy of Pediatrics. Commitee on Infectious Diseases and Bronchiolitis. Guidelines Committee. Update guidance for palivizumab prophy- laxis among infants and young children at increased risk of hospitalization for respiratory syncytial virus infection. Pediatrics. 2014;134:415-20.

6. Marques HH. Considerações da SBP em relação às indicações de Palivizu- mabe em populações de risco. [cited 2015 Jun 10]. Available from: http://wwwsbp.com.br/src/uploads/2012/12/SBP-VRS-2015.pdf.

7. Brazil – Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria n. 522, 13 de maio de 2013. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/ sas/2013/prt0522_13_05_2013.html.

8. Governo do Estado de São Paulo. Secretaria de Saúde. Medicamentos dos Protocolos e Normas Técnicas Estaduais. Available from: http://www.saudesp.gov.br/ses/perfil/gestor/assistencia-farmaceutica/medicamentos-dos-pro- tocolos-e-normas-tecnicas-estaduais.

Dra. Carolina Calafiori de Campos

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Bronquite e Bronquiolite : você sabe a diferença? Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

O tempo frio e seco acaba aumentando muito as doenças respiratórias nas crianças , principalmente nos centros urbanos, onde a poluição é maior.

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Tosse , falta de ar e desconforto respiratório são alguns sintomas dessas duas doenças que muitas vezes causam confusão pelo nome e sintomas semelhantes , mas que são DIFERENTES! Então entenda aqui , nesse post , as principais diferenças entre elas:

A bronquite é uma inflamação dos BRÔNQUIOS, que são estruturas em forma de tubo que levam o ar até aos pulmões, e ela pode ser AGUDA ou CRÔNICA.
A aguda é causada por agentes infecciosos (como vírus ou bactérias) , ou irritantes (como pó, poeira, poluição e cigarro) e ainda pela exposição a baixas temperaturas. Esses agentes provocam a inflamação na via aérea, gerando sintomas como : desconforto respiratório, tosse com secreção e chiado, irritação na garganta; as vezes pode acontecer a febre baixa também. Ela é autolimitada , podendo durar até 2 semanas.

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A bronquite crônica acontece por um processo inflamatório recorrente, que dura pelo menos três meses, com episódios recorrentes durante pelo menos dois anos consecutivo, acompanhado de falta de ar e secreção. A causa mais comum é uma resposta alérgica a várias substâncias, principalmente o cigarro . Outra causa em crianças é o RGE (refluxo gastroesofágico) quando ocorre aspiração pulmonar.
A bronquite crônica pode acometer pessoas de qualquer idade.

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Já a bronquiolite é uma doença infecciosa, causada por vírus , sendo o principal o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), e acomete os BRONQUÍOLOS. Geralmente acomete bebês e crianças menores de 2 anos e que tem maior incidência no Outono e Inverno.
Inicialmente o vírus acomete as vias aéreas superiores, com sintomas como coriza e tosse, e depois de 3 dias ele acomete a região do bronquíolo, inflamando a região e causando um estreitando das vias respiratórias.
Os sintomas mais comuns são febre, chiado no peito, tosse , desconforto para respirar e a expiração fica mais longa. Adultos e crianças mais velhas podem ter o vírus causador da bronquiolite, mas não apresentam os sintomas clássicos.

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Carolina Calafiori de Campos

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Bronquiolite - a doença respiratória que mais atinge os bebês - Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

A bronquiolite é uma infecção frequente dos pulmões causada por  vírus, sendo a maior parte

dos casos originada pelo VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO (VSR), o qual atinge a maioria das crianças até aos dois anos de idade.

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Os vírus são transmitidos através de minúsculas gotículas provenientes do nariz e da boca de alguém infectado, quando a pessoa tosse ou espirra ou quando pessoa infectada contamina algum objeto.

O vírus provoca uma inflamação e um inchaço das minúsculas vias respiratórias no interior dos pulmões, as quais se denominam bronquíolos.

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Os sintomas costumam variar de criança para criança. Algumas podem apresentar poucos sintomas ou sintomas mais leves em comparação a outras.

A bronquiolite começa como uma leve infecção respiratória, com tosse , coriza , acompanhada ou não de febre .Depois de 2 a 3 dias, a criança desenvolve ainda mais problemas respiratórios, incluindo chiado no peito e desconforto respiratório.

Os sintomas mais comuns são: Tosse , cansaço , febre , cianose, (caracterizada pela pele azulada devido à falta de oxigênio); dificuldade para respirar, incluindo chiado no peito e falta de ar,retrações intercostais, em que os músculos ao redor das costelas afundam à medida em que a criança tenta respira , respiração rápida (taquipneia), e batimento das asas nasais.

Geralmente os sintomas duram uma semana , sendo o pico da doença em torno do terceiro dia.

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Após um diagnóstico com a história clínica e exame físico , o pediatra estabelecerá um tratamento ,que na maioria das vezes é sintomático, além do uso de broncodilatadores via inalatória.

Alguns casos mais graves necessitam de internação hospitalar e uso de oxigênio suplementar.

Em casos de dúvidas procure sempre seu Pediatra.

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