Como os museus reabrirão suas portas ainda em meio à pandemia?
A Unesco calcula que hoje existam 95 mil museus no planeta.
Na Europa, os museus já iniciaram o processo de reabertura.
O ICOM - Internacional Council of Museums Brasil, definiu algumas medidas básicas que devem ser aplicadas para segurança de todos, como definir o número máximo de visitantes permitidos no museu, definir o número de participantes por sala de exposição, criar um fluxo unidirecional; distância de 1,5m entre cada visitante; determinar tempo médio de visita; estabelecer sistema online de reserva; considerar horários de funcionamento dedicados a determinados grupos, por exemplo maiores de 65 anos de idade, dentre outras medidas...
O fato é que reduzirá muito o número de visitas. Por um lado será uma visita mais proveitosa para os amantes da Arte, já que não haverá aglomeração diante das obras.
Hoje falarei sobre o maior museu que existe, o Louvre, que reabriu no dia 6 de julho, em Paris.
No instagram @conexaoparis acompanhei a reabertura e alguns fotógrafos tiveram a oportunidade de visitar e fotografar o museu com seus espaços imensos vazios onde o silêncio parecia ter algo a dizer...
Confesso que adoraria ter o mesmo privilégio, de poder ver com calma, sem barulho, sem flashs e desfrutar cada obra ao máximo possível.
Para quem imagina poder conhecer o Louvre completamente nesse momento, não se engane, pois ele tem um acervo total de 554.731 obras. Deste total, cerca de 38 mil obras estão expostas numa área de 72.735m². Então, se você fosse passar 30 segundos em frente a cada obra, levaria 100 dias para percorrer todo o museu. Incrível, não? Então sugiro que visite-o a cada ida à Paris e muito treino para as pernas!:)
Aqui compartilho a obra mais linda, na minha opinião, que pretendo rever a cada ida, e mesmo que não quisesse é impossivel não vê-la ao visitar o museu, pois a expografia e curadoria tiveram muito cuidado na escolha da posição que ela ocupa lá, reconhecendo a potência que é a Victory of Samothrace, a deusa alada da vitória, na proa de um navio. Este monumento excepcional foi desenterrado em 1863 na pequena ilha de Samotrácia, no noroeste do mar Egeu. Foi descoberto por Charles Champoiseau, vice-cônsul da França em Adrianópolis (Turquia). O mármore cinza da deusa da Vitória (Nike, em grego) usado para a proa e a base da estátua sugerem que ela é realmente uma criação de Rodes. Se estiver associado a uma grande vitória naval de Rodes, o trabalho pode ser datado do século II aC e teria sido erguido em homenagem à batalha de Myonnisos, ou talvez a vitória de Rodes em Side em 190 aC contra a frota de Antíoco III da Síria.