A virada da Lego - Coluna Gestão Moderna de Negócios de José Roberto de Siqueira

A virada da LEGO

 

Em 2004, a LEGO, tradicional empresa dinamarquesa de brinquedos fundada em 1932 e presente em 30 países, estava à beira da falência. Resultados negativos, baixa taxa de crescimento e pouca inovação estavam presentes há alguns seguidos anos. Pois bem, algo teria de ser feito para reverter as tendências ruins e transformar a empresa que se via ameaçada com o crescente aumento de jogos via internet, games e os mais variados avanços no entretenimento infantil.

O Conselho de Administração decidiu contratar, em outubro de 2004, Jorgen Vig Knudstorp, um jovem e promissor executivo oriundo dos bancos da Mckinsey, uma das mais renomadas empresas de consultoria do mundo, a quem tive a honra de trabalhar em dois grandes projetos.

Algo teria de ser feito para salvar a empresa e reverter os resultados financeiros.

Depois de um profundo diagnóstico, a liderança decidiu selecionar 3 grandes áreas focais de ataque na nova estratégia:

 

1.     Reposicionamento da marca LEGO;

2.     Investimentos em Pesquisas e Desenvolvimento (R&D);

3.     Planejamento financeiro, atacando predominantemente os custos e a rentabilidade da operação.

José Roberto de Siqueira

Coluna Gestão Moderna Negócios

Larga experiência em liderança como Presidente e CEO em empresas multinacionais e nacionais, membro dos Conselhos de Administração e do Lide do grupo Dória, professor de MBA, palestrante e CEO da Premiatta Consultoria: www.premiattaplus.com , Linkedin:  https://www.linkedin.com/in/jose-roberto-de-siqueira-217a032/  Curso on Line: https://cursos.premiattaplus.com - Telefone: (011) 991591939

Atuando para reverter os maus resultados da empresa - Coluna Gestão Moderna de Negócios por José Roberto de Siqueira

Aos 84 anos, Bob Lutz é uma das maiores e mais importantes figuras da indústria automobilística mundial. Piloto de caça na Guerra da Coréia, formado na Universidade da Califórnia (Berkeley), ocupou cargos na alta diretoria da BMW, GM, Ford e Chrysler, trabalhando e convivendo com grandes lendários executivos da indústria como Lee Iacocca, Robert Eaton e Philip Caldwell. Segundo ele, liderança não é algo puramente técnico e sim fruto de personalidade e responsabilidade em fazer as coisas acontecerem, inspirando as pessoas. Para ele, é fundamental adequar o perfil e as competências do líder ao momento em que a organização se encontra e em muitas vezes essa tarefa pode não ser tão agradável para o líder e tampouco para a organização.

Quando a situação exige uma restruturação financeira radical, reversão de números e resultados ou negociação dura com credores e clientes, é necessário um executivo ou empreendedor que seja fortemente voltado aos aspectos financeiros, disciplinado, com grande resiliência e senso de urgência.

Já os executivos voltados ao mercado e maior familiaridade com a geração de demanda, gestão de clientes e construção de marcas, geralmente são mais agressivos e aceitam correr mais riscos, sendo ideais para empresas que visam ganhar mercado, expandirem-se e obter rápido crescimento.

No caso da busca por eficiência, produtividade, melhoria em processo e em menores custos e melhores níveis de serviços, o perfil se volta para um executivo de formação em Supply Chain (Cadeia de Abastecimento) estruturando desde a aquisição de matérias primas, produção, até gestão de estoques, logística e distribuição.

Vários executivos enfrentam diferentes situações nas organizações que foram chamados a comandar, cada um tem suas competências específicas, são contratados no momento que as organizações precisam de renovação, nova dinâmica e melhor desempenho, a pessoa certa na hora certa. Selecionei, para você, alguns dois casos reais de sucesso (LEGO E FIAT) que mostram que as atuações dos empresários influenciaram diretamente na reversão de resultados, no crescimento sustentado e na sua consistência estratégica. Escolhi organizações complexas e de marcas conhecidas por todos.

José Roberto de Siqueira

 

Larga experiência em liderança como Presidente e CEO em empresas multinacionais e nacionais, membro dos Conselhos de Administração e do Lide do grupo Dória, professor de MBA, palestrante e CEO da Premiatta Consultoria: www.premiattaplus.com , Linkedin:  https://www.linkedin.com/in/jose-roberto-de-siqueira-217a032/  Curso on Line: https://cursos.premiattaplus.com - Telefone: (011) 991591939

Como economizar na gestão de imóveis? Coluna Direito por Dra. Flavia Regina Trevisan

Proprietários de bens imóveis que os utilizam como fonte de renda ou investimento devem pensar em alternativas para economizar. Afinal, se recebem renda de aluguéis, pagam imposto de renda pessoa física à alíquota de até 27,5%, e na alienação do bem, podem estar sujeitos a alíquotas de ganho de capital, a partir de 2017, de 15% até 22,5%.

Lembrando, ganho de capital é o imposto de renda pago sobre a diferença entre o valor recebido pela venda do imóvel e o valor de aquisição, constante da declaração de imposto de renda do vendedor. Existem algumas exceções e regras para minimizar este tributo, mas a maioria se aplica a bens de valor mais módico, imóveis antigos, único imóvel, troca do imóvel residencial. Hipóteses que normalmente não se aplicam aos proprietários investidores ou que possuem mais de um bem.

O proprietário investidor deve considerar que ao administrar seu patrimônio, fazer sucessivas compras e vendas, obter lucro e fazer novos investimentos, está, de fato, exercendo uma atividade empresarial. Então, por que não utilizar uma estrutura compatível?

Estruturas societárias como a abertura de “holdings” patrimoniais são boas alternativas. Afinal, do ponto de vista tributário, as alíquotas são bem menores. Por exemplo, os aluguéis são tributados, no regime do lucro presumido, em cerca de 12,5% e o ganho de capital em cerca de 6% sobre o valor de venda do imóvel.

Além de propiciar economia no dia a dia da gestão dos imóveis, o proprietário pode ainda considerar um próximo passo, que é preparar sua sucessão. Antigamente era muito comum que os pais, querendo evitar que os filhos tivessem que abrir inventário dos bens por eles deixados, pagar advogados, custas processuais, impostos, estar sujeitos a eventuais conflitos e desavenças familiares, optavam por fazer a doação, em vida, dos bens imóveis, reservando para si o usufruto. Mas, acabavam tendo limitações quando queriam vender o bem, dependendo da assinatura dos filhos para efetivar a transação.

A “holding” permite que seja feita a antecipação da sucessão sem que o proprietário perca o poder de gestão sobre os bens imóveis, ou seja, sem que dependa da assinatura dos filhos para comprar, vender ou alugar os próprios bens.

Existe também grande economia em antecipar o processo sucessório, já que os filhos não precisarão abrir inventário, pagar custas judiciais e o pagamento do imposto de doação (ITCMD) pode ser planejado.

O proprietário consegue também planejar como os filhos irão usufruir do patrimônio e organizar o futuro relacionamento entre eles na gestão deste patrimônio, minimizando conflitos e assegurando que a família continuará em harmonia mesmo na ausência dos genitores.

Flavia Regina Trevisan é sócia do escritório Trevisan, Carvalho & Trevisan Sociedade de Advogados, especialista em direito societário e contratual, formada pela Universidade Mackenzie em São Paulo, L.LM na Universityof Illinois.