O período dos mil dias - Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

O período dos mil dias :


Você já ouviu falar sobre o período dos “mil dias” ? Ela é a fase mais importante em relação ao desenvolvimento físico e mental do seu filho , e corresponde às 40 semanas de gestação (280 dias) somados aos dois primeiros anos de vida da criança (730 dias). Mas porque esse período é tão importante ? É aqui que acontece o maior estirão de crescimento do ser humano! Um exemplo : nos primeiros mil dias, as células cerebrais podem fazer até mil novas conexões a cada segundo, uma velocidade única na vida do indivíduo .

Quanto mais estímulos a criança tiver, maior será o número de ligações entre os neurônios, aumentando a capacidade de aprendizado e levando o cérebro a fazer novas conexões. Mais que tipo de estímulo? São atividades simples como jogar bola , ver livros ilustrados , brincar de tinta, de esconder e aparecer e outras brincadeiras . Uma pesquisa recente feita pela Universidade Federal de Pelotas (RS), com 3.855 crianças, aos 2 e aos 4 anos, mostrou que as que têm contato com livros, visitam outras pessoas ou brincam em parques ou praças nos primeiros 720 dias de vida apresentam melhores resultados em testes específicos de memória, inteligência e cognição.

Além do desenvolvimento do sistema nervoso, os “mil dias” são importantes na maturação imunológica e na formação de bons hábitos alimentares, que aumentarão as chances da criança se tornar um adulto saudável.

E isso começa já na gestação , com uma boa alimentação da futura mamãe , o que é determinante para evitar as restrições ou excessos do crescimento intrauterino do bebê .

Os “mil dias” também são um período em que se pode evitar as denominadas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) durante a fase de vida adulta, como a síndrome metabólica, caracterizada por diabetes, dislipidemia e hipertensão arterial.

O leite materno é o alimento que melhor atende às necessidades nutricionais dos lactentes e é indicado como alimentação exclusiva até seis meses de vida, associado à alimentação complementar a partir de então, e mantido até os dois anos de idade ou mais, como preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os bebês em uso do leite materno exclusivo recebem quantidade de calorias suficiente para crescer, mas não superior à necessária, ganhando peso de forma mais lenta que lactentes alimentados com fórmula.

O acompanhamento pelo pediatra durante a primeira infância e a consulta pediátrica durante o pós-natal são da maior importância para assegurar a correta orientação que permita à criança atingir seu melhor crescimento e desenvolvimento e construir uma vida saudável.

Carolina Calafiori de Campos

Coluna Pediatria

Dra Carolina Calafiori de Campos - CRM 146.649 RQE nº 73444 

Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, Especialização em Pediatria pelo Hospital da Puc Campinas, Especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital da Puc Campinas, Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria - Contato: carolinacalafiori@hotmail.com  

 

Não Consigo Amamentar! E Agora? Coluna Gestação/Maternidade por Carla Domingues

“ Quando a mamãe não pode ou não consegue amamentar.”

 O leite materno é o melhor alimento para o bebê, é um alimento completo, fornecendo nutrientes em quantidade adequada (carboidratos, proteínas e gorduras), componente para hidratação (água) e fatores de desenvolvimento e proteção como anticorpos, leucócitos (glóbulos brancos), macrófago, laxantes, lipase, lisozimas, fibronectinas, ácidos graxos, gama-interferon, neutrofilos, fator bífido e outros contra infecções comuns da infância, isento de contaminação e perfeitamente adaptado ao metabolismo da criança. 

Mas infelizmente nem todas as mães podem ou conseguem fornecer este alimento maravilhoso aos seus bebês. E muitas sofrem, se culpam e se julgam menos mães por não amamentarem, em alguns casos entrando em depressão. Para estes bebês os leites artificiais são recomendados com base nas necessidades alimentares da criança, as preferências dos pais, o custo, as necessidades de refrigeração e as capacidades dos pais para preparar cuidadosamente este alimento.

 Mas durante este tipo de alimentação é importante que se promova a relação entre mãe e bebê, assumindo uma posição face a face com a criança, olhando em seus olhos, a mantendo próxima de si e segura. Neste momento é ótimo conversar com a criança, cantar para ela ou simplesmente estar tranquila com o bebê.  Isso auxilia muito na criação do vínculo afetivo, contribuindo para o desenvolvimento emocional do bebê, pois promove uma forte ligação emocional com a mãe, transmitindo-lhe segurança e carinho, de modo a facilitar mais tarde o seu relacionamento interpessoal.

 Este vínculo nem sempre é trabalhado em casos de mães que amamentam. Mães que muitas vezes não tem prazer em amamentar. Fornecem o leite materno mas sem afeto, não conseguindo desenvolver uma ligação emocional com seu bebê. Mas mesmo assim afirmam com orgulho para parentes e amigos que esta amamentando exclusivamente seu bebê com leite materno.

 Então faça o possível para amamenta, caso não consiga, tenha sua consciência tranquila e continue criando seu vínculo com seu filho sem culpa. Ser mãe não se resume apenas em alimentar seu bebê. Ser mãe esta relacionado ao amor!

 Escrito Por: Carla Domingues, Consultora Materna

Referência Bibliográfica: Wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Leite_materno 

Carla Domingues

Gestação/Materninadade

35 anos, mãe de 3 meninas e Consultora Materna. A 5 anos mergulhei no universo da maternidade, por qual sou loucamente apaixonada e venho com muito prazer realizando Consultorias Maternas a Domicilio e Cursos, podendo assim colaborar com as gestantes e mamães a superar e principalmente a curtir este momento único em suas vidas. Blog: http://papodemaeparamae.blogspot.com.br - Facebook: https://www.facebook.com/papodemaeparamae - Instagram: @papodemaeparamae - email: papodemaeparamae@ig.com.br