Uma Taça de Vinho para o Dia das Mulheres - Coluna Vinho por Giovana Pardo Mêo do Vinho Prático

Vem chegando o dia 8 de março, quando celebramos o dia internacional da mulher, data geralmente marcada por flores e cor de rosa. Seria muito clichê manter assim ou relacionar as mulheres ao estereótipo de somente beberem vinho rosé. Mas a realidade é outra, as mulheres consomem um grande volume de vinho, seja ele espumante, branco, tinto ou mesmo rosé. Aliás, de forma geral o vinho mais consumido por mulheres é tinto.

Outros dados mostram a participação feminina no mercado de vinho. O número de confrarias só de mulheres vêm crescendo assim como o de mulheres em posições estratégicas no mundo do vinho. No Brasil o perfil de quem compra vinho é mulher com mais de 56 anos¹.

É inegável o avanço que nós mulheres já tivemos nesta área. Estamos ganhando espaço tanto no consumo quanto participando mais dele, mas ainda existem barreiras. Um pequeno exemplo disto é não ter nenhuma mulher reconhecida como enóloga do ano na Avaliação Nacional da Safra, mesmo após 27 edições. E não é por falta de enólogas competentes no Brasil.

De certa forma não somos vistas como conhecedoras, mesmo com o número de mulheres em cursos sobre vinho tendo aumentado visivelmente nos últimos anos e vários destes cursos serem ministrados por mulheres.

Ainda lidamos com preconceito, tanto na área profissional onde a maioria ainda é masculina, quanto no simples gesto de entregarem a carta de vinhos para o homem em restaurantes. Em uma pesquisa rápida que fiz 97% dos que responderam disseram já ter presenciado esta situação. E olha que muitos homens responderam esta pesquisa! O que este gesto ainda fala sobre nós?

Este mercado ainda é machista, o que foi testemunhado por cerca de 80% das mulheres inseridas neste mercado que responderam a uma pesquisa do jornalista Marcelo Copello² ainda esse ano.

Na próxima segunda-feira, que tal mudar um pouco e dar ouvidos a algumas das tantas mulheres interessantes que têm muito para dizer e ensinar? Estão programadas várias atividades online com elas, em vários perfis no Instagram por exemplo:

 - Associação Brasileira de Sommelier, Rio Grande do Sul (ABS-RS) tem uma super aula com a diretora Andreia Gentilini Milan sobre As Sommelieres de Destaque no Mundo do Vinho, às 18:45 no @abs.rs;

- Déco Rossi recebe 5 grandes profissionais (Ana Paula Oliveira – Bodegas Garzón, sommeliere Gabriela Bigarelli, Karene Vilela – Portus Cale, sommeliere Marcela Augusta e a jornalista Suzana Barelli) com a live “Mulheres e o Vinho no Brasil” no @winetclub às 19:30;

- A enóloga Dorina Lindemann e a sommeliere Márcia Anholetti irão conversas no @decanter_vinhos às 19:30

- Regina Vanderlinde, presidente da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) às 20h no @brasildevinhos;

- E no Youtube ou Facebook da Vinícola Legado tem um super time de 13 mulheres falando sobre a Liderança Feminina no Vinho, às 19h (confere quem são todas elas no @vinicolalegado).

Espero que goste das conversas com essas mulheres maravilhosas e ótimas profissionais e aproveite, de preferência com uma taça de vinho!

Saúde!

 

¹ http://www.marcelocopello.com/post/o-mercado-brasileiro-de-vinho-2019

² https://gmconline.com.br/gastronomia/pesquisa-machismo-no-vinho-no-brasil

Giovana Pardo Mêo

Coluna Vinhos

Formada em propaganda e marketing, trabalha também com alimentos e bebidas e aproveita para se dedicar ao vinho entre taças, cursos e viagens.

E-mail: giovana@vinhopratico.com.br

Instagram: @vinhopratico

Na Terra da Paella - Coluna Vinho por Giovana Pardo Mêo do Vinho Prático

Estive um pouco ausente nas últimas semanas e agora, já ambientada, tenho como justificar. Vou começar um mestrado internacional em Inovação no Enoturismo (turismo de vinho) e por isto me mudei para a Europa, mais precisamente para Espanha. Ficarei em Tarragona na região da Catalunha neste primeiro semestre.

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Com certeza terei muitas novidades, um tanto de aprendizagem, visitarei muitas vinícolas e regiões, além de vinhos degustados. Assim, tenho certeza que assunto não vai faltar.

Em se tratando de Espanha, logo se pensa em uma deliciosa paella (lê-se “paelha”). Já adianto que é um prato bem variado, mas têm em comum o arroz como base, açafrão e os ingredientes disponíveis na região.

A paella tem este nome do latim ‘patella’ (recipiente ou vasilhame) ou do francês ‘paelle’ (panela) que é onde é feito e servido. São panelas largas com fundo raso, como uma frigideira mas sem o cabo, o que faz com que o calor fique por igual e cozinhe tudo uniforme.

 Originalmente foi feita na região de Valência, por isto também é conhecida como paella valenciana. A região era produtora de arroz, herança da colonização moura. Era feita pelos camponeses que se juntavam para o almoço e levavam o que tinham e misturavam os vários ingredientes como leguminosas da região (‘ferradura’ como uma vagem, ‘garrofón’ um tipo de feijão com grãos brancos e grandes e tavella), tomate e carnes de frango, lebre, coelho, caracóis e até pato. E claro, o arroz e muito azeite, além de outros temperos.

No Brasil o mais conhecido é feito com frutos do mar: mariscos, moluscos, pescados, com lindos camarões ornamentando o prato e até lagostas para os mais sofisticados. Estes por aqui são conhecidos como paella marinera.

E como harmonizar com vinho? Diz-se “what grows together goes together”, um tipo de harmonização comum que leva em consideração a comida regional com a bebida produzida por ali (“o que cresce junto fica junto”). Então nada melhor que acompanhar com o cava (espumante da Espanha) ou mesmo um vinho rosé com mais corpo da região de Navarra, geralmente da uva Garnacha ou até Tempranillo.

Para quem gosta de vinho branco, pode acompanhar com um encorpado Chardonnay barricado, Albariño ou Sauvignon Blanc.

Tem quem goste de harmonizar com vinho tinto, de corpo leve, principalmente a versão que leva frango e coelho. Para esta, uma opção da uva Pinot Noir ou Merlot cairá bem!

Depois de tanto falar fiquei com água na boca! Bom apetite!

Saúde!

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Giovana Pardo Mêo

Coluna Vinhos

Formada em propaganda e marketing, trabalha também com alimentos e bebidas e aproveita para se dedicar ao vinho entre taças, cursos e viagens.

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Fondue de Queijo e Vinho Branco - Coluna Vinho por Giovana Pardo Mêo (Vinho Prático)

As noites frias pedem uma comida diferente. Que tal caprichar e preparar um fondue de queijo para um jantar romântico de dia dos namorados ou mesmo para esquentar a noite em família?

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O fondue (fala-se ‘fundi’) é um prato típico da Suíça, principalmente da região das montanhas. Também é apreciado no inverno. Dizem que foi criado pela praticidade de unir os queijos da região derretidos (em francês ‘fondu’) com pedaços de pães amanhecidos mergulhados nesta mistura de queijos, geralmente GruyèreEmmental entre outros. Formam assim um creme untuoso que envolve o pãozinho. Já modernizado, há quem aprecie mergulhar batatas cozidas ou outros vegetais nesta iguaria.

Para acompanhar, um vinho branco seco é uma ótima combinação, pois a acidez do vinho aumenta a salivação que limpa o paladar da gordura do queijo.

Algumas opções de vinhos brancos são os da uva ChardonnaySauvignon Blanc ou Riesling.

Que seja uma noite muito agradável!

Saúde!

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Giovana Pardo Mêo

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Vinho na Quarentena - Coluna Vinhos por Giovana Pardo Mêo (@vinhopratico)

Estamos nos adaptando a este momento em que muitos estão mais reclusos. Para a nossa cultura do abraço, do contato, do olho no olho e da mesa de bar é uma nova realidade bem diferente da que estamos acostumados.

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Em outros países acompanhamos as cantorias nas varandas e aplausos das janelas. Por aqui estamos vivendo com lives de músicos que aproveitam a audiência para angariar fundos e materiais para ajudar quem está em necessidade.

Por aqui também, trouxemos os bares e restaurantes para dentro de nossas casas. Alguns pedindo nos estabelecimentos e outros se aproximando da cozinha e fazendo as pazes com o fogão. Nem sempre a receita fica como gostaríamos.

Aproveitamos a tecnologia para trazer à mesa as pessoas queridas e é aí que o vinho entra, entre outras bebidas e drinks.

O consumo têm aumentado. A procura pelas lojas de vinho e empórios vêm crescendo e o pedido online tornou prático a compra também daqueles que aproveitam as promoções em supermercados.

Quem gosta do assunto viu várias novas opções de aprendizado com cursos, confrarias e degustações online, até conversas com enólogos e pessoal das vinícolas.

Este contato mostrou como não precisamos ir muito longe para encontrarmos vinho de qualidade. No Brasil se produz muito e cada vez melhor.

O lado bom deste momento (se é que temos) é a aproximação e conhecimento acessível. Que novos consumidores conheçam nossos vinhos e possam aproveitá-los mesmo depois da quarentena.

Saúde! 

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Novembro Azul - Coluna Vinhos por Giovana Pardo Mêo

Já comentei a campanha do outubro rosa, agora é a vez do novembro azul, um movimento mundial para reforçar a importância da conscientização do câncer de próstata. Então se você é homem, agora é sua vez de realizar o exame preventivo, até porque essa doença não tem sintomas e as chances de cura quando identificada no começo são enormes!

E rompendo o preconceito também nas cores dos vinhos, recentemente surgiu no mercado europeu um vinho azul!
Por aqui a nossa legislação não permite adição de corante, que é usado neste caso para dar a cor bem azulada. Por isto, é classificado como “coquetel composto” ou “bebida à base de vinho”.

Tem uma certa polêmica em relação a esse vinho que não é fácil de encontrar, apesar de já ser produzido no Brasil. Mas se quiser experimentar não espere muita complexidade. Ele foi elaborado para ser consumido gelado e despretensiosamente. Uma bebida docinha, suave, aroma bastante frutado e fácil de beber.
É voltado para o público jovem naqueles momentos de descontração, na piscina, beira do mar ou festa. Pode ser bebido com gelo ou mesmo como ingrediente de drinks e coquetéis.

Saúde!

Giovana Pardo Mêo

Coluna Vinhos

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Coluna sobre vinhos por Giovana Pardo Mêo (Vinho Prático)

Primeira taça

Que tal saber mais sobre a bebida de Baco de uma forma simples, descomplicada, com dicas, curiosidades e desmistificando as regras e linguagem específica?

Nesta coluna passarei essas informações e também vou responder algumas perguntas.

Sou de família italiana e o vinho sempre esteve presente na nossa mesa.

Já há alguns anos passei a me interessar mais no assunto, fazer cursos e viagens para conhecer vinhos e regiões. Com isto conheci além de garrafas, muita gente inspiradora e grandes histórias, sempre na presença de uma bela taça.

E é este encanto e paixão que gostaria de passar para você. Espero que goste.

Saúde!

Giovana Pardo Mêo

Formada em propaganda e marketing, trabalha também com alimentos e bebidas e aproveita para se dedicar ao vinho entre taças, cursos e viagens.

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