Luto de mortos ou vivos? Coluna Psicologia por Dra. Letícia Kancelkis

Luto de mortos ou vivos?

Dra. Leticia Kancelkis

Coluna Psicologia

Formada em Psicologia desde 1999, Mestre e Doutora em Psicologia Clínica de referencial Psicanalítico pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas). Autora dos livros: “O Sol Brilhará Amanhã: Anuário de uma mãe de UTI sustentada por Deus” e “Uma menina chamada Alegria”. Atua como Psicóloga Clínica, atendendo também por Skype. Contato: leticia.ka@hotmail.com


O que o British Museum tem a ver com Nepal - Coluna Volunturismo de Tatiana Garcia

Ver como os corpos egípcios, no British Museum, eram mumificados na mesma época que eu lia um livro tibetano sobre morte; me fazia encarar a morte como algo natural e como parte do ciclo normal da natureza. O mais interessante é saber que cada civilização encara isso de uma forma diferente, e com isso a experiência de cada um será de acordo com as crenças locais. No caso das múmias, os egípcios acreditavam que a alma das pessoas precisava de um corpo para a vida após a morte. Ou seja, eles eram muito apegados ao corpo físico, sua beleza e seus objetos materiais. Muitas múmias foram embalsamadas juntamente com os objetos preciosos que usou durante sua vida.

Já para os tibetanos, eles são totalmente desapegados do corpo físico e de qualquer objeto material. Acreditam que quanto menos formos apegados a tudo que for material, mais fácil será encarar a morte. Acreditam que não temos nenhuma ligação física com o que seremos após a morte. A desconexão do corpo é feita imediatamente ao morrermos e por isso algumas almas podem sofrer muito durante essa etapa. Ou seja, quanto mais trabalharmos o desapego, mais seremos felizes ao morrer. Eles também têm o costumo de cremar os corpos das pessoas falecidas.

Sabemos também que existem outras culturas que não acreditam em vida após a morte, eles acreditam apenas em céu, inferno e juízo final. Na minha opinião, as pessoas irão experenciar após a morte exatamente aquilo que elas acreditaram enquanto vivas. Se sua crença for que existe céu e inferno, ao morrer seu espírito continuará acreditando nisso e criará o cenário idêntico ao que ele imaginou e criou enquanto vivo.

E o mesmo para quando se acredita em vida após a morte, sua vida continuará. Passei a enxergar dessa forma, talvez ficaria mais fácil a aceitação de cada cultura. A certeza absoluta teremos somente na hora da morte. A grande questão é que quando viajamos muito, e conhecemos várias culturas, refletimos em relação à crença que cada um deles tem com a morte e a vida. E são tantas as variações que em Nepal, por exemplo...

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http://tatianagarcia.com.br/wp/2016/07/20/british-museum-e-nepal/

Tatiana Garcia

Coluna Volunturismo

 

Além de empresária e empreendedora ela promove o Volunturismo no Brasil, uma prática de viajar com propósito! Porque não unir o útil ao agradável, não é verdade? Ela fez isso sozinha durante 2 anos consecutivos, e acabou realizando o grande sonho de dar a volta ao mundo. Conheceu 5 continentes, mais de 25 países, trabalhou em 10 ONG’s e teve sua vida totalmente transformada.  Durante sua viagem ela ajudou muitas crianças, comunidades e conheceu suas histórias; hoje ela se realiza compartilhando-as com o mundo. Instagram e Facebook: VoltaaoMundoPro e Site: tatianagarcia.com.br

Envelhecer com rugas - Coluna Psicologia e Comportamento por Flávia de Tullio Bertuzzo Villalobos

Tenho notado com frequência que as pessoas têm envelhecido sem rugas. Não é um elogio, se trata de uma reflexão.

O envelhecimento é um fenômeno abrangente, envolve todas as áreas da vida humana: física, comportamental, profissional e por aí vai. Em todas elas, segue um padrão de lentificação, engessamento de personalidade, diminuição de capacidades, perdas físicas. Por outro lado, usufrui maravilhosamente da experiência adquirida ao longo dos anos e navega mares tranquilos por conta da divina maturidade adquirida nesse processo de lapidação vivencial.

Mas e as rugas? As rugas estão sumindo. Por que? Porque agora temos técnicas para esticar a pele, reviver artificialmente aquilo que já está cansado.

É justo?

É justo que acordem a pele que há tanto já delineia e comanda as fronteiras com o mundo de fora? É ela que enfrenta o frio, calor, toca suavemente o vento ou impede bravamente a invasão das intempéries externas. Agora, depois de tempos de bravura, devemos estica-la, puxa-la e preenche-la, em uma violação sem fim.

Na verdade, pensamos que ao reconstruir artificialmente a pele, reconstruiremos nossa própria juventude, nossas próprias vontades e disposições perdidas, já passadas ou ameaçadas.

Pele é aonde termino eu e aonde começa o mundo. A divisão mais concreta que temos entre o que somos e o que não somos e é no que há de mais concreto então que precisamos concentrar nossa indignação de envelhecer:

 _Vamos reverter esse absurdo de envelhecimento concreto e aparente e tudo ficará bem!

A coitada da pele é que leva a pior.

O envelhecimento é algo a ser aceito e praticado. Sem prática não há evolução. Praticar a limitação com outros desenvolvimentos, as perdas com novas descobertas e a diminuição do vigor físico com a elegância, a simpatia e o bom humor. Envelhecer é aprender um novo padrão de comportamentos e digerir os estados emocionais que o acompanham. Não é fácil, mas também não é fácil aprender a ser mãe, profissional ou esposa (considerem aí também as versões masculinas de tais papéis).

Todos são padrões novos a serem aprendidos ao longo da vida e assim é também com o envelhecer.

Mas aí alguém deve ter pensado: ela não falou do medo da morte e envelhecer é morrer.

Não. Nascer é morrer. Viver é morrer. Envelhecer é apenas parte de algo que começou quando você veio ao mundo. Não vamos prejudicar nosso bom envelhecer com o medo de morrer.

Vai lá cuidar disso.

Vai descobrir o que te pacifica o coração e te inspira a alma.

Vai descobrir se acredita em alma!

E assim é que se combate o medo de morrer, buscando com esforço o que dá sentido a sua existência. Não perturbe o seu envelhecimento.

 Gosto muito desta foto da atriz Audrey Hepburn do tipo “antes e depois”:

Fico fascinada como as rugas lhe caíram bem e acho que isso acontece quando deixamos que elas tomem suas formas, se acomodem e façam parte de nós. Aí então podemos investir nessa altivez que só a velhice pode trazer através da vida-vivida-e-aprendida.

A paz vinda com maturidade é bela e serena.

Gente fina, elegante e de pele sincera.

 

Flávia de Tullio Bertuzzo Villalobos

Psicóloga formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas e especialista em Psicologia Clínica Comportamental pela Universidade de São Paulo. Psicoterapeuta comportamental  de adultos e famílias, psicóloga do Ambulatório de Saúde Ocupacional da 3M do Brasil e proprietária da Villa Saúde – Psicologia & Cia, uma proposta multidisciplinar e inovadora de fazer saúde íntegra. Minha grande busca é transpor os limites do consultório, viver e aprender a psicologia em outras fronteiras, levar a ajuda e receber o aprendizado.  Contato:  villasaudepsicologia@gmail.com 

Facebook: Villa Saúde - Psicologia & Cia

Cachorro que esperou tutor por 14 anos morre no Rio Tavares, Florianópolis

cachorro

A lealdade incomum nos homens tornou célebre o cão. Lobão, com sua pelagem de neve e cara de boa praça, conquistou muitas amizades no bairro - seladas com um prato de carne. Dificilmente alguém não se comovia com a história. Noite após noite esperava. Muitos tentaram adotá-lo. Sem êxito. A viúva do seu tutor tentou carregá-lo com a mudança, mas Lobão saltou do caminhão.

Há muito tempo ele foi tutelado por um homem, que teve o nome esquecido pela vizinhança, não por ele, que guardou mais que isso. Dormia na porta da casa que morou. Se convidado para entrar, recusava. Não queria abrigo, queria reencontro, que não aconteceu (não em vida, dizem por lá).

Lobão não é o único. O akita que todos os dias, no mesmo horário, esperava seu dono na estação de trem, virou lenda no Japão. O homem tinha morrido há 10 anos. Em Edimburgo, capital da Escócia, Bobby, um terrier, ficou conhecido no século 19 por cuidar do túmulo de seu tutor, John Gray. Bobby tem uma estátua em Edimburgo.

Em Florianópolis, o akita não ganhou busto de ouro ou prata, mas um adeus ripongo pintado com tinta num poste de luz: “Paz e amor, Lobão”. O corpo foi enterrado no terreno de Adriano Peixoto. Sem cruz, porque o peludo não tinha religião, mas com flores para declarar o quanto era querido num cantinho do Sudeste da Ilha.

Fonte: Notícias do Dia

agnes naas

Agnes Nääs é Servidora Pública Federal. Autora da fan page Amor de Bicho-MS. Ex radialista da Rádio Ataláia de Campo Grande-MS, na qual era responsável pelas matérias destinadas à saúde animal, prevenções de doenças e posse responsável. Desde criança é apaixonada por animais, mas somente quando se mudou para Campo Grande-MS teve contato com outros protetores, veterinários e autoridades do ramo da saúde animal.