5 Dicas de Acessórios de Vinho para Presentear - Coluna Vinhos por Giovana Pardo Mêo

Se está na dúvida de um presente para algum amante de vinho existem, além das inúmeras opções de garrafas em si, alguns acessórios que podem complementar este momento. O bom é que sempre que usar o seu presente vai lembrar de você.
Separei aqui uma listinha com 5 opções, entre tantos acessórios de vinho, para ajudar na sua escolha:

  1. Abridor de vinhos

Existem alguns tipos diferentes de saca-rolhas. Entre eles destaco quatro opções dos que gosto mais e indico para presente. 

O mais famoso é o amigo do garçom. Ele é um modelo simples que parece um canivete suíço mas tem dupla alavanca, retirando a rolha em duas etapas. Este modelo é dos mais usados, principalmente por Sommeliers, por sua praticidade.

Outro modelo também  prático é conhecido como “orelha de coelho”. Este é maior e portanto não cabe no bolso dos garçons. Mas é muito bom para se ter em casa. Basta posicionar o abridor em cima da rolha e usar as “orelhas” como alavanca. Facilmente a rolha sai, sem precisar muito esforço.

Para quem não quer esforço algum e está disposto a gastar um pouco mais, outra opção são os abridores elétricos. Este é dos mais simples de usar, bastando encaixar no gargalo da garrafa e apertar um botão.

Uma última opção é especial para quem aprecia vinho mais antigo, que ficou guardado há mais tempo. A rolha pode ficar mais porosa e tende a se partir se fizer um furo no meio dela, como nas opções anteriores. Então precisam de um abridor especial para tirar a rolha sem quebrar.  Neste caso precisa usar um “abridor pinça” que encaixa entre a rolha e a garrafa e vai desprendendo do gargalo.  Ao girar este abridor a rolha se preserva inteira e aos poucos vai saindo dentro das duas hastes.

Existem ainda tantos outros modelos de abridor, mas estes são os mais usados e que melhor resolvem.

2.Corta gotas e salva gotas 

São dois acessórios diferentes mas têm a mesma função: não deixar aquela gota de vinho escorrer pela garrafa e sujar a toalha, ou mesmo derramar da taça.

O corta gotas é uma fina lâmina metálica, de formato redondo ou oval, que se enrola e coloca na parte interna do gargalo da garrafa. Alguns kits de acessórios apresentam ele em uma versão mais elaborada, em que esta lâmina é de inox ou de poliestireno transparente. Da mesma forma é encaixado na parte interna para que a gota não caia errado.

O salva gotas é uma argola metálica com a parte interna de feltro, que serve para colocar em volta do gargalo da garrafa. A intenção de não deixar o vinho escorrer pela garrafa é a mesma, mas neste caso ele segura o que já escorreu na garrafa.

3.Decantador e aerador

O decantador, conhecido como decanter, é uma peça transparente como uma jarra de base larga ou de formatos mais extravagantes com curvas. Tradicionalmente é usado para separar os sedimentos do vinho que possam ter decantado com o tempo. Para isso, se passa o vinho da garrafa original, aos poucos, para o decanter, acompanhando para que não passem as borras. Quando chegar neste ponto, dos sedimentos, para de derramar e deixa no fundo da garrafa. Apenas o que está no decanter, límpido, será servido. Aproveitando o formato de base larga, pode-se arejar o vinho, mexendo para que ele entre em contato com o ar e assim abrir e revelar os aromas deste vinho.

Um aerador é um acessório usado para fazer o vinho entrar em contato, de forma controlada, com oxigênio. É usado em vinhos para que libere os aromas. Existem também vários formatos mas a intenção é sempre de expor o vinho ao ar para que ele respire antes de ser servido.

4.Marcador de taça

Este é um presente para diferenciar as taças ao serem servidas, principalmente quando não estão servidas à mesa e então pode se esquecer onde foram deixadas, sem confundir com as demais. Existem modelos mais clássicos de vidro ou de metal, com argolas para encaixar na haste da taça ou até mais modernas, coloridas e divertidas, com formatos de bonequinhos, bigode, plantas e bichinhos feitos de silicone. Evite escolher modelos que prendem na borda da taça para que não atrapalhem quando vai beber o vinho ou mesmo caia dentro dele.

5.Bomba de vácuo

Para quem não bebe a garrafa toda, fechar o vinho com a própria rolha não é o mais indicado. O melhor para conservar o vinho mais alguns dias é tirar o oxigênio da garrafa, usando uma rolha de borracha especial e bombear para fazer vácuo dentro da garrafa. É uma maneira prática de aumentar a vida útil do vinho. A rolha é reutilizável e serve para praticamente todas as garrafas.

Espero ter ajudado na escolha do presente ideal, nem que o presente seja para você mesmo!

Saúde!

Giovana Pardo Mêo

Coluna Vinhos

Formada em propaganda e marketing, trabalha também com alimentos e bebidas e aproveita para se dedicar ao vinho entre taças, cursos e viagens.

E-mail: giovana@vinhopratico.com.br

Instagram: @vinhopratico

Dicas de livros e filmes: Livro: Mulheres que correm com lobos de Clarissa Pikotas e Filme: Somm

Dica de livro: Mulheres que correm com lobos de Clarissa Pikotas

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Através da interpretação de 19 lendas e histórias antigas, entre elas as de Barba-Azul, Patinho Feio, “Sapatinhos Vermelhos e La Llorona, a autora procura identificar o arquétipo da Mulher Selvagem ou a essência da alma feminina, sua psique instintiva mais profunda. E propõe o resgate dese passado longínquo, como forma de atingir a verdadeira libertação”.

Fonte: Google Books

Dica de filme: Som

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Luciana Andrade

Coluna Dicas de Livros e Filmes

Bibliotecária e Psicologa formada há alguns anos.. Atua na área de psicologia com consultório e no SOS Ação mulher e família como Psicologa voluntária . Cursou biblioteconomia por adorar os livros e assim ficou conhecendo mais profundamente a história literária. Através de filmes e livros consegue entrar em mundos reais, imaginários , fantásticos o que deixa o coração e a mente livres para conhecer, acreditar e principalmente sonhar. Email: luser8363@gmail.com

 

65° Curso básico de vinhos - agenda detalhada do curso

Agenda Detalhada do Curso

Aula 1 (Prof Franciso Soares) - Passo a passo da degustação de vinhos. Como fazer a análise visual, olfativa e gustativa. Laboratório de aromas.

Aula 2 (Prof Amauri Mendes) – Principais uvas viníferas. Como o manejo da videira influencia no vinho.

Aula 3 (Prof Bruno Vianna) – Como são feitos os principais tipos de vinho (Tinto, rosé, branco). As diferentes técnicas de vinificação. 
(Ao final desta aula, teremos um coquetel de confraternização oferecido pela SBSomm).

Aula 4 (Prof Marcus Zanetti) – Entendendo o rótulo dos vinhos. Como fazer o serviço de vinhos tranquilos e espumantes. Como escolher sua adega.

Aula 5 (Prof Bruno Vianna) – Enogastronomia básica: como harmonizar vinho e comida. Compatibilizações entre pratos e vinhos – regras básicas e como quebrá-las.

Jantar de Encerramento do Curso Básico: Oferecido pela Diretoria da SBSomm. Em breve divulgaremos a data.

Data: 03/04/2019 a 08/05/2019 - Uma aula por semana
Horário: 19h00 às 22h00


Para mais informações, entre em contato com a secretaria da SBSomm.

SBSomm - Rua Conceição, 233, Sala 1903, Centro Campinas/SP. Telefone (19) 3233-8611 - das 10h00 às 18h00

VAGAS LIMITADAS!


Observação:
Em caso de absoluta necessidade, a ordem e as datas das aulas poderão ser alteradas a critério da SBSomm.
Oferecemos 10% de desconto para casais no pagamento à vista.

Uma viagem ao mundo da cachaça - Curso de sommelier

No próximo dia 24 de junho,o sommelier de cachaças José de Oliveira Filho apresenta ao público o mundo da cachaça. O curso tem como objetivo levar o amante da boa cachaça de alambique a uma viagem pela história, produção e ao conhecimento sensorial da cachaça. O curso tem duração de 8 horas e aborda temas como a história da Cachaça, produção artesanal, noções de envelhecimento e madeiras, análise sensorial e degustação, a escolha de uma boa cachaça, harmonização, coquetelaria e degustação às cegas.

A Amburana é um canal de venda online e offline que busca garantir que cachaças artesanais de qualidade cheguem até os consumidores do Brasil e do mundo.Em parceria com uma equipe de especialistas, a Amburana busca também levar informação sobre cachaça, favorecendo a valorização do destilado brasileiro. Valor do investimento: R$ 180

Incluso: Degustação, apostila, almoço e certificado Para mais informações e inscrições, ligue (19) 3258-4726

 

Sobre o Curso

Uma Viagem ao Mundo da Cachaça

 

Data:24/06/2017

Horário: 09h às 17h

Local: L'Office - Souzas (R. Avelino Silveira Franco, 149)

Investimento: R$ 180,00

O sommelier candidato - Coluna Vinho por Miguel Nunes

 

Um proprietário de vinícola renomada precisa contratar um sommelier e, após anúncio, recebe trinta currículos e se interessa por cinco candidatos, chamando-os para testes teóricos e práticos.

 

Na entrevista com prova prática, um dos candidatos, apesar de profissional viajado, transparece desleixo no vestuário e um certo ar despreocupado, não inspirando confiança. Mas o proprietário da vinícola, e também examinador, decide submetê-lo aos testes, certo de que os resultados confirmariam sua impressão de insucesso do candidato:

 

- O senhor, por gentileza, descreva as três amostras de vinhos colocadas à sua frente.

 

O rapaz contempla a primeira taça que empunha com estilo profissional e, contra a luz, observa a cor e os reflexos do vinho. Em seguida agita a taça em suaves movimentos circulares e vê a formação de lágrimas em sua parede interna. Aproxima-a do nariz e, circunspecto, aspira os eflúvios voláteis que se desprendem do rubro líquido. Finalmente a traz à boca para sorver parte do  generoso  líquido, fazendo-o variar de posição dentro da cavidade bucal, passando-o do de um lado a outro da língua. Após a deglutição, fecha os olhos e, enfim, dispara:

 

- Tinto, vermelho rubi de boa intensidade, com ligeiro halo de evolução, límpido e de pouca transparência, com fartas lágrimas. Sem aromas defeituosos, sendo portanto franco. Notas comedidas de frutos negros maduros, presente ainda especiarias como cravo e pimenta do reino preta, e notas de café e chocolate, denotando passagem em barricas de carvalho. Fez fermentação malolática. Na boca, médio corpo, taninos ainda presentes, mas macios e finos, sem amargor nem adstringência digna de nota, boa acidez e álcool generoso, girando em torno de 13,5%. Bem equilibrado. O Retrogosto  lembra defumados. Média concentração de fruta e boa persistência aromática, girando em torno de sete segundos. Trata-se de um vinho de assemblage, de bom nível, de média complexidade, bem elaborado, podendo ser um vinho do sul do Rhône, um Chateneuf-de-Pape, com oito a dez anos de guarda. Evoluirá ainda por uns dois ou três anos em garrafa até atingir seu apogeu.

 

Surpreso e contrariado com a performance de quem supunha não pudesse corresponder às expectativas, o proprietário da vinícola anota em sua caderneta: “100%”, e registra com um tique o acerto para   assemblage, apelação, graduação alcoólica, passagem em barricas, tempo de guarda e descrição geral do vinho. Era de fato um Chateauneuf-du-Pape médio, com oito anos guarda.

 

Após o mesmo ritual de análise do segundo vinho, o candidato dispara novamente, com serenidade:

 

- Branco, de cor amarelo palha, límpido, translúcido, com brilho denotando sua acidez.  Franco. Aromas de frutos cítricos, notas de limão siciliano e maracujá, aspargo, grama cortada, toques florais. Nota muito sutil de madeira. Na boca, ótimo ataque, de corpo leve, discreta untuosidade, boa acidez, 12% de álcool, boa concentração de fruta e longa persistência. Vinho jovem, equilibrado, com três anos de safra, um Sauvignon Blanc bordalês, em possível corte com Sémillon.

 

“Ah haaa!”, pensa o examinador. Esse vinho não passou em madeira! Mas, em seguida, para sua decepção e surpresa ainda maior, lê na ficha técnica “corte de sauvignon blanc e sémillon, com estágio por três meses em barrica de terceiro uso”. O examinador confirma a informação com o sommelier chef organizador da seleção e, por fim, anota consternado mais um acerto de 100%, e segue ouvindo a descrição do terceiro vinho:

 

- Tinto, de cor vermelho rubi, com halo alaranjado,...notas discretas de  frutos vermelhos, toques suaves de alcatrão....Cepa do Piemonte, mas não é um Barolo... nem Barbaresco...lembra um vinho da apelação mais ao norte, da DOCG de Gattinara...

 

O examinador não crê no que houve. Mais um acerto de 100%. Ele se retira por três minutos e, na sala contígua, faz um pedido incomum à sua bela assistente.

 

Cinco minutos depois uma quarta amostra é trazida por ela ao candidato: no interior da taça ISO, uma quantidade de urina resfriada, que na cor amarela lembrava um chardonay não filtrado. Consternação agora no semblante do candidato, mas ainda assim, após o ritual de análise técnica, ele enfim dispara:

 

- Urina humana... de morena de uns vinte e três anos, grávida de 3 meses e, se não me derem logo esse emprego de sommelier, digo quem é o pai.


Essa anedota de autor desconhecido, adaptada para a demonstração de uma descrição técnica, serve ao propósito de introduzir uma das muitas e variadas formas de descrição de vinhos, pois, como se sabe, a degustação é composta por uma fase sensorial (exame sensorial, percepção, impressões) e por uma fase intelectual (descrição geral ou analítica das características do vinho).

A descrição também se presta ao objetivo de transmitir as características do vinho a quem não o degustou, de modo que um consumidor potencial possa decidir pela compra de determinada garrafa.

Assim, é comum em catálogos descrições sucintas e saborosas tais como:

- “tinto de cor viva, fruta madura, cerejas ; notas florais, final longo e agradável”.

Algumas vezes a descrição é mais abrangente:

-“cor bela e escura. Aromas de fruta madura, mirtilo, amoras pretas. Na boca, bom ataque, com dominância do quente, do doce decorrente do álcool; fim de boca médio, com leve amargor, e discreta adstringência. Persistência aromática média. Um tinto médio que ainda evoluirá na garrafa”.

Cotidianamente, o esforço descritivo dos tipos acima dão conta da demanda de explicar minimamente o perfil visual, aromático e gustativo de um vinho. Uma boa forma de sair do “gostei” ou “não gostei”,

Mas, basicamente, descreve-se da maneira como feita pelo personagem “canditato a sommelier” em ambientes de degustação, geralmente entre profissionais que trocam informações sobre os vinhos, em provas de cursos e concursos de sommelier, enfim, em situações em que a descrição deve ser mais minuciosa, cobrindo informações relevantes extraídas das três fases obrigatória de análise do vinho.  

Tais descrições são meio auto explicativas, mas por vezes faz uso de linguagem codificada, de domínio de profissionais da área, tornando-se às vezes herméticas para consumidores não afeitos a esse nível de esforço descritivo. Ao final, uma “tradução” da descrição do primeiro vinho analisado pelo candidato a sommelier.

Bons brindes! 

 

Tradução da descrição do chateneuf-du-pape

Análise visual

- Tinto, vermelho rubi de boa intensidade: a cor, o tom e a aintensidade.

- com ligeiro halo de evolução: indicativo do estágio evolutivo. No caso, entrando na fase madura.

- límpido e de pouca transparência: sem suspensão e com muito extrato de cor, escuro, dificultando a transparência (mede-se passando o dedo por trás da taça, tentando enxergá-lo.

- com fartas lágrimas: indica que o vinho tem teor de álcool importante, de 13,5% ou mais.

                                                                                                                      

Análise olfativa:

- sem aromas defeituosos, sendo portanto franco: não tem doença da rolha (TCA), não está oxidado, não é foxado (sem antranilato de metila, ou seja, não foi feito com uvas de mesa, não viníferas)

- notas comedidas de frutos negros maduros: 1ª família aromática: frutas. Pouca fruta em razão de não ser um vinho jovem, ainda assim percebe-se que o vinho foi feito com uvas num ótimo ponto de maturação.

-  presente ainda especiarias como cravo e pimenta do reino preta: 2ª família aromática: especiarias.

- e notas de café e chocolate, denotando passagem em barricas de carvalho: 3ª família aromática: empireumáticos. Provenientes da barrica tostada em seu interior.

- fez fermentação malolática: durante a vinificação, numa segunda fermentação, posterior à alcoólica, a malolática foi induzida com elevação da temperatura do mosto, de modo que as leveduras passaram a transformar o ácido málico em ácido lático, reduzindo a sensação de acidez.

 

Análise gustativa:

- na boca, médio corpo: sensação de peso médio na boca, dada pelo álcool e pelos extratos sólidos.

- taninos ainda presentes, mas macios e finos, sem amargor nem adstringência digna de nota: denota a qualidade dos taninos, medida pela ausência de amargor e pela ausência de rugosidade excessiva, com adstringência aceitável.

- boa acidez: qualidade que torna o vinho gastronômico.

- e álcool generoso, girando em torno de 13,5%: sensação de calor na boca.

- bem equilibrado: o tripé álcool, taninos e acidez compõe um conjunto harmônico, agradável.

- o Retrogosto  lembra defumados: pela via retronasal por vezes se percebe algo não detectado na boca e na aspiração direta. Aqui percebeu-se o defumado.

-  média concentração de fruta: com o passar do tempo, no vinho de guarda as frutas cedem espaço a outras famílias aromáticas e vai perdendo a intensidade fruta inicial geralmente comum a todos os vinhos.

- e boa persistência aromática, girando em torno de sete segundos: 1 a 3 segundo = baixa persistência; 4 a 7 segundos = média persistência; 8 ou mais segundos = longa persistência.

- trata-se de um vinho de assemblage: feito de corte, composto por várias cepas.

- de bom nível, de média complexidade, bem elaborado: indicadores de qualidade. A complexidade aponta para um vinho de aromas não óbvios, com 3 ou mais famílias aromáticas.

- podendo ser um vinho do sul do Rhône, um Chateneuf-de-Pape, com oito a dez anos de guarda: identifica-se aqui a apelação do vinho e o tempo de evolução.

- evoluirá ainda por uns dois ou três anos em garrafa até atingir seu apogeu: o vinho ainda atingirá seu apogeu evolutivo.

Miguel Cordeiro Nunes é Advogado graduado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP, com especialização em direito Processual Civil PUC-COGEAE e LLM – Direito do Mercado Financeiro e de Capitais, pelo IBMEC. Atua no setor financeiro e bancário em instituição financeira. Contato: miguelcn@uol.com.br