Quantas pessoas você conhece que tratam as que estão ao seu redor com arrogância?

Quantas pessoas você conhece que tratam as que estão ao seu redor com arrogância?
E você? Faz distinção de pessoas? Ou cumprimenta todo mundo, com respeito e carinho, independente da posição social ou profissão?


Você acredita que todos merecem ser tratados assim, com amor, tenham a religião ou orientação sexual que tiverem ou se sente no direito de DISCRIMINAR as pessoas, por esse ou aquele motivo, já que quem tem a verdadeira crença é você?
A humildade representa a capacidade de compreender que todos somos seres falhos, que erram todos os dias, de um jeito ou de outro.

Quando compreendemos isso, podemos nos aproximar do outro como um ser que possui o mesmo "status" que nós, tendo a raça que tivermos ou tendo estudado ou deixado de estudar o tempo que for.


Ninguém, nesta Terra, é maior que ninguém e, quem acha que é, infelizmente, está privado de chegar, minimamente, em sua própria essência.


Sendo assim, não há como crescer na vida, verdadeiramente. Nem mesmo libertar sua própria alma para a paz, que excede todo o entendimento.


Quero contar que, desde muito cedo em minha vida, senão desde que me conheço por gente, sinto uma profunda indignação com os preconceitos e as discriminações e penso que eles provêm de conflitos psíquicos importantes, que devem ser tratados.

Por exemplo: Você já se perguntou sobre o "porquê" dessa homofobia ou desse racismo todo? Quando temos muito medo de algo e rejeitamos com muita agressividade esse algo, é muito provável que estejamos escondendo, geralmente de nós mesmos, exatamente um desejo inconsciente relacionado a isso.
Sou cristã e entendo que Jesus veio ensinar a não julgar, mas sim a amar, tolerar e respeitar as diferenças.


Naturalmente, Ele veio para corrigir nossas rotas, ensinando o caminho a ser seguido, mas não julgou, em nenhum momento, quem quer que fosse.
Pense nisso como algo libertador! A força do AMOR é a mesma que leva à HUMILDADE, que, por sua vez, conduz à liberdade, ao sentir-se amado "de volta", porque, quem dá amor, recebe amor.

Leticia Kancelkis

Coluna Psicologia

Formada em Psicologia desde 1999, Mestre e Doutora em Psicologia Clínica de referencial Psicanalítico pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas). Autora dos livros: “O Sol Brilhará Amanhã: Anuário de uma mãe de UTI sustentada por Deus” e “Uma menina chamada Alegria”. Atua como Psicóloga Clínica, atendendo também por Skype. Contato:leticia.ka@hotmail.com

FIFTY-FIFTY - Coluna Psicologia por Dra. Letícia Kancelkis

FIFTY-FIFTY

Você já analisou, julgou, condenou tudo aquilo que o outro fez para você, certo? Já colocou seu super escudo de proteção e pegou sua arma também. 

Mas a minha pergunta é: Já avaliou quais são seus 50% nessa história toda? Qual é a sua participação? Ou se acha vítima do mundo? 

Tire o poder das mãos do outro de te ferir desse jeito. Quando estamos machucados, simplesmente ferimos de volta, como se fôssemos coitadinhos nas mãos do outro e como se esse outro pudesse nos destruir.

Perdemos a chance de agir como adultos e agimos com birra.

Como age alguém com pensamentos mais maduros?

Contando sobre seus sentimentos, pensamentos e opiniões a quem tem o direito de saber deles.

Porém, enquanto não tivermos clareza de nossa própria verdade ou mesmo de nossos 50 % no "rolê" todo, não daremos conta de expor nossos erros ou nossa parte no que fez tudo desabar.

Por isso insisto: Faça análise, constelação, ESCAVAÇÃO e todas as práticas que o façam se conhecer o mais profundamente possível. Caso contrário, vai continuar perdendo oportunidades incríveis e maravilhosas de ser muito mais feliz.

Leticia Kancelkis

Coluna Psicologia

Formada em Psicologia desde 1999, Mestre e Doutora em Psicologia Clínica de referencial Psicanalítico pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas). Autora dos livros: “O Sol Brilhará Amanhã: Anuário de uma mãe de UTI sustentada por Deus” e “Uma menina chamada Alegria”. Atua como Psicóloga Clínica, atendendo também por Skype. Contato:leticia.ka@hotmail.com

 

Sozinho na multidão - Coluna Psicologia por Leticia Kancelkis

 

Cada um de nós nasce com um potencial para compreender o mundo, para trazê-lo para dentro do coração e cada um, de acordo com esse potencial e com as experiências vividas, ocupa um lugar, psiquicamente falando. Esse “lugar” pode não ser encontrado e ocupado tão facilmente. Tudo depende de como a pessoa pôde construir a própria identidade e de como ela a sente em relação ao outro que o rodeia.

Muitos de nós nos sentimos simplesmente sem lugar, sem a chance de exercer o direito de ocupá-lo. Isso pode decorrer de ideias fantasiosas de que não se pode ser o que é, entendendo, possivelmente, que é necessário adaptar-se e atender tão somente às expectativas do outro, como se fosse possível ser como um líquido que assume a forma do recipiente que o contém.

Esses movimentos psíquicos, além de infrutíferos por serem repetições de conflitos inconscientes, são extremamente cansativos, extenuantes. Afinal, isso parece uma busca infindável por si mesmo, pela resposta à pergunta: “Quem posso ser sem que, com isso, eu perca aqueles a quem amo?”

Sim, parece-me que é a fantasia inconsciente de que é necessário ser o que o outro quer que o sujeito seja, que move esse tipo de funcionamento e que o faz sentir-se aterrorizado pela ideia de estar/ficar sozinho como consequência de seu fracasso em ser verdadeira fonte inesgotável de atendimento das expectativas imaginadas que o outro teria em relação a ele. Afinal, isso é impossível; está no campo do imaginário.

Tudo isso acontece de uma forma muito escondida na mente e traz bastante sofrimento pelo sentimento de solidão que pode se instalar junto com a ideia de que a própria pessoa provocou isso. É fácil existir, então, um sentimento de culpa associado a ele.

Sente-se sozinho no meio da multidão? O que estaria por trás disto? Convido você a sondar seu coração, buscando identificar sentimentos e ideias que podem estar ligados a estes, dos quais falamos aqui. Somente quando identificamos e compreendemos questões como estas, é que podemos fazer com que percam a força de nos prejudicarem. 

Leticia Kancelkis

Coluna Psicologia

Formada em Psicologia desde 1999, Mestre e Doutora em Psicologia Clínica de referencial Psicanalítico pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas). Autora dos livros: “O Sol Brilhará Amanhã: Anuário de uma mãe de UTI sustentada por Deus” e “Uma menina chamada Alegria”. Atua como Psicóloga Clínica, atendendo também por Skype. Contato:leticia.ka@hotmail.com

 

Você tem fome de quê? Coluna Psicologia/Psiquiatria por Leticia Kancelkis

Por que você come tanto? Por que você compra tanto? Por que deseja tanto assim ter um corpo perfeito, sacrificando-se excessivamente na academia? Como se justificam os excessos de sua vida?

Não temos fome apenas de comida, mas, muitas vezes, “entendemos” que é comendo compulsivamente que conseguiremos nos saciar. O resultado disso não é dos mais desejáveis: sentimento de culpa, aumento de peso, diminuição da autoestima... A mais longo prazo, isto pode significar candidatar-se às condições de hipertenso, diabético, entre outras realmente indesejáveis. O sentimento de inadequação é inevitável bem como o de estar completamente à mercê da comida. Ela manda em você! Você se sente refém dela, como se o serinanimado fosse você. Sentimentos de impotência e descontrole se apoderam do seu coração. Por quê? Porque não é desse tipo de alimento que você precisa e, sendo assim, não é desse jeito que se saciará.

A fome da alma pode se manifestar sob a forma de todo tipo de compulsão: por compras, por acúmulo de coisas das quais não precisa, por bebidas, drogas, sexo, até mesmo a busca incansável (mas que na verdade cansa muito) por um corpo perfeito e uma imagem irrepreensível.

A menina que não quer crescer, por achar isso muito arriscado, pode desejar permanecer com um corpo que não evidencia suas formas de mulher, “escondendo-se” atrás do excesso de peso. O abuso sexual pode ser um bom motivo inconsciente para o início de um quadro de transtorno do comer compulsivo. Pode ser o desencadeador também de outros tipos de compulsão como os citados acima, em uma busca por sentimento de controle e segurança ou mesmo de que pode vencer sentimentos de impotência e culpa provenientes de fantasias de que não pôde evitar determinados acontecimentos ou até mesmo de que os provocou. Em seu próprio imaginário inconsciente, pode haver facilmente a ideia de que é responsável por situações das quais se é absolutamente vítima!

É desse modo que nos tornamos algozes de nós mesmos, em ciclos de autoboicote e autopunição intermináveis. Este ciclo precisa ser interrompido, antes de que ele prossiga lhe roubando paz, vida e alegria. Permita-se ser vítima do que realmente você é. Tenha a consciência de que sobreviverá se contar a si próprio que não teve força para combater uma dada violência ou abuso. Saiba que não é responsável por tudo o que lhe acontece. Lembre-se de que Deus mandou que amássemos a nós mesmos e não somente a nosso próximo!

Letícia Kancelkis – Formada em Psicologia desde 1999, Mestre e Doutora em Psicologia Clínica de referencial Psicanalítico pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas). Autora dos livros: “O Sol Brilhará Amanhã: Anuário de uma mãe de UTI sustentada por Deus” e “Uma menina chamada Alegria”. Atua como Psicóloga Clínica, atendendo também por Skype.

Contato: leticia.ka@hotmail.com