Arte em isolamento - Coluna Arte/Fotografia e Design por Mônica Fagra

Ainda em “quarentena”, o isolamento também está presente no mundo das Artes. Existem obras que passam por isso há muito tempo... é o caso da Mona Lisa, pintura do Leonardo da Vinci, que está por detrás de um vidro à prova de bala, que foi colocado à frente da obra em 1956, depois de um visitante ter atirado ácido para cima do quadro.

Durante séculos, a Mona Lisa ficou exposta no Louvre, geralmente despercebida, mas em 21 de agosto de 1911 foi roubada da parede do museu em um assalto que abalou o mundo da arte.

Depois que o roubo foi descoberto, o Louvre fechou por uma semana para que os investigadores pudessem montar o quebra-cabeça. Após passar mais de dois anos, no final de 1913, um negociante de arte florentino recebeu uma carta de um homem que alegou ter a pintura. Ele contatou imediatamente a polícia, que logo prendeu Vincenzo Peruggia, um italiano que trabalhava no Louvre no momento do roubo. Ele admitiu que simplesmente retirara a obra-prima da parede e saiu pela porta da frente do Louvre. O roubo só se tornaria público no dia seguinte. Ao ser detido, ele confessou o crime e o justificou com um motivo incomum: patriotismo. Ele queria apenas levar de volta a seu país um dos maiores tesouros da arte italiana.

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Depois que a Mona Lisa foi devolvida ao Louvre, despertou o interesse dos franceses que compareceram em massa para vê-la, e logo, o mesmo aconteceu com pessoas do mundo inteiro.

Desde então, a Mona Lisa tem sido alvo de outros atentados. Houve um outro ataque onde uma pedra foi lançada contra ela.

Em 2009, um turista russo jogou uma caneca na pintura. Nenhum dano foi causado por causa do vidro que a protege há várias décadas.

É um crime alguém destruir algo que faz parte da História, da História da Arte.

Recentemente vi no canal do youtube “Vivi eu vi”, que um empresário francês sugeriu à França que vendesse a Mona Lisa para ajudar o país nesse momento de crise devido à pandemia. A partir daí fiquei pensando nas implicações disso, como a Arte tem papel importante também para o desenvolvimento econômico de um país, sendo um dos pilares do turismo.

A maioria das pessoas que visita Paris vai ao Museu do Louvre para ver a obra de Leonardo da Vinci. Muitos, inclusive, não tem interesse por arte e museus, mas colocam a visita à Mona Lisa como parte do roteiro de sua viagem.

Imaginem o impacto econômico se essa obra fosse vendida para outro país... como o eixo turístico seria deslocado e o “novo país proprietário” da obra seria beneficiado com o turismo cultural em torno da pintura icônica do Renascimento!

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“Uma obra de Arte nunca é acabada. Ela é apenas abandonada.”

Leonardo da Vinci

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Mônica Fraga

Arte, Fotografia & Design

Designer de Interiores pela Arquitec., Fotógrafa pelo Senac São Paulo. Atualmente faço um curso sobre História da Arte, em SP, com o crítico de Arte Rodrigo Naves. Instragram: @monicafraga monicabmfraga@gmail.com

Máscaras: afinal, as crianças precisam mesmo usar? Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

Desde o início do mês, o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde determinaram a importância de se usar máscaras em momentos em que saímos de casa, como por exemplo ir ao mercado ou a farmácia. A ideia do uso da máscara , é criar uma barreira física para conter as gotículas expelidas pelas pessoas , que podem estar secretando o vírus sem de fato estarem doentes.

Com isso surge a dúvida: e as crianças ? precisam usar a máscara também?

As crianças não estão no grupo de risco para casos graves da doença , porém elas podem transmitir o vírus sem sintomas, por isso a recomendação também se aplica para as crianças , CASO precisem sair de casa. Sim ! caso precisem sair para ir ao médico , ou tomar vacinas por exemplo; a recomendação é que fiquem em casa! 

Porém a recomendação do uso em crianças se aplica SOMENTE para as crianças maiores de dois anos;  bebês menores  NÃO devem usar máscaras pelas seguintes razões:

  1. Caso a criança esteja com dificuldade respiratória , ela não consegue retirar a máscara sozinha , aumentando o risco de sufocamento;

  2. As máscaras acabam irritando as crianças menores, que podem colocar muitas vezes com as mãos, aumentando o risco de contaminação;

  3. Muitas vezes as máscaras não tem tamanho adequado para os pequenos, e se elas não ficarem bem ajustadas ao rosto não são eficientes

  4. As crianças pequenas tendem a babar e salivar mais e ter o nariz escorrendo , deixando as máscaras molhadas e consequentemente contaminadas

Para as crianças maiores de dois anos, usar sempre que for sair de casa ( em caso de extrema necessidade ), já que a cobertura impede a transmissão do vírus , mesmo que estejam sem sintomas.

Veja aqui as recomendações para uso correto das máscaras:

  1. Devido sua escassez, as máscaras cirúrgicas e N95 devem ser reservadas , para uso dos profissionais de saúde;

  2. Sua máscara de pano deve ter duas, ou mais, camadas de tecido;

  3. A máscara deve cobrir corretamente toda a lateral do rosto, boca e nariz ( apoiada na asa do nariz, abaixo dos olhos), mas permitir respirar sem restrição;

  4. A máscara pode causar uma falsa sensação de segurança , pois quem a usa pode descuidar de outras medidas de prevenção como lavar as mãos , não tocar o rosto e a própria máscara e evitar aglomerações;

  5. O uso prolongado eleva a umidade na região, por isso elas devem ser trocadas a cada duas horas; vem circulando na internet uma informação que se você colocar um filtro de papel entre as camadas , você prolonga o tempo de uso da máscara : MENTIRA ! o filtro de papel também ficará molhado, elevando a umidade na região e facilitando não só a propagação do vírus, como de outras bactérias;

  6. Após uso as máscaras devem ser lavadas com água e sabão , ou deixadas de molho em água sanitária por 30 minutos;

  7. Após retirar a máscara pelo elástico, sem tocar nela, você deve lavar suas mãos com água e sabão, por no mínimo 20 segundos,  e/ou usar álcool gel;

Para maiores informações sobre o uso correto das máscaras , você pode acessar o site do Ministério da Saúde e do Centro norte-americano de controle e prevenção de doenças (CDC).

Dados: Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) ;  Centro norte-americano de controle e prevenção de doenças (CDC) ; Ministério da Saúde 

Carolina Calafiori de Campos

Coluna Pediatria

Dra Carolina Calafiori de Campos - CRM 146.649 RQE nº 73944 

Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, Especialização em Pediatria pelo Hospital da Puc Campinas, Especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital da Puc Campinas, Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria - Contato: carolinacalafiori@hotmail.com  

Caipirinha surgiu como remédio na pandemia da gripe espanhola - Coluna Entretenimento por Milena Baracat

A gripe espanhola se espalhou pelo mundo e chegou ao Brasil, em setembro de 1918, com os passageiros do navio inglês Demerara. 

No ano seguinte,  alastrou-se de forma avassaladora no país matando 35 mil pessoas, inclusive Rodrigues Alves, Presidente da República.

Há várias versões para o surgimento da caipirinha, mas a mais aceita pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) sustenta que a bebida foi criada em 1918, em São Paulo, como remédio para a gripe espanhola.

No passado, muitos medicamentos tinham uma base alcoólica em sua composição pra potencializar o efeito e facilitar a absorção.

A receita, era um pouco diferente da atual, pois tinha alho e mel, além da cachaça e limão.

Hoje a sua  composição é  cachaça, limão e açúcar, sendo a segunda bebida alcoólica mais consumida no Brasil, atrás apenas da cerveja.

Com os bares fechados por conta da quarentena,  aprenda a fazer em casa uma original caipirinha:

Ingredientes:

 - 1 limão 

- 6 cubos de gelo 

- 2 colheres de sopa de açúcar 

- 70 ml de cachaça 

Modo de preparo:

Comece cortando o limão ao meio e retire a parte branca dele (o miolo) , pois ele causa amargor à bebida.

Depois, coloque o açúcar e macere com um pilão.

Adicione o gelo até a borda do copo e complete com cachaça.

Mexa tudo com uma colher de bar (com um cabo longo) até dissolver o açúcar e sirva.

Você  também pode usar uma coqueteleira para mexer tudo.

Dica de especialistas: não use gelo picado, pois ele derrete rapidamente e altera o sabor da caipirinha. 

Fotos/Reprodução: Google

Milena Baracat

Coluna Entretenimento

Coluna Food Tasting

Formada em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Atualmente presta assessoria ao Site Raquel Baracat.

Burger King francês compartilha receita do Whopper para fazer na quarentena

A marca também revelou as receitas do Big King, Big Fish e Steakhouse

A campanha de divulgação das receitas, veículada no Twitter da marca, conta com vídeos e fotos que explicam o passo a passo de cada delícia. Receitas do Big Fish e Steakhouse também foram reveladas.

Para os ingredientes, o fast food disponibilizou uma lista de produtos que podem ser facilmente encontrados em supermercados franceses. Bem que o BK do Brasil poderia compartilhar os segredos por aqui também, né?

Fonte: https://revistaglamour.globo.com/Lifestyle/Gastronomia/noticia/2020/04/burger-king-frances-compartilha-receita-do-whopper-para-fazer-na-quarentena.html

DC Comics doa R$ 1,3 milhão para apoiar mercado de quadrinhos

Iniciativa da editora norte-americana busca apoiar tanto lojistas quanto seus funcionários

Famosos e empresas estão se posicionando para ajudar o mundo em tempos de pandemia. Não foi diferente para o mercado de quadrinhos. A gigante DC Comics anunciou pelo Twitter que irá doar 250 mil dólares (aproximadamente, R$ 1,3 milhão) para apoiar o mercado de quadrinhos nos Estados Unidos.

A indústria cultural, bastante afetada pela crise agravada pelo coronavírus, é o foco da ação da editora norte-americana. O valor será doado diretamente para a Binc (Book Industry Charitable Foundation) para auxiliar varejistas e seus funcionários neste momento tão delicado.

Além da generosa contribuição financeira, o diretor de criação e editor da DC, Jim Lee, também usou o seu Twitter para anunciar um leilão virtual com 60 ilustrações originais dos icônicos personagens dos quadrinhos da DC Comics. Tudo será feito através do perfil da editora no eBay, disponibilizando cada desenho por três dias.

Fonte: https://revistaglamour.globo.com/Lifestyle/Must-Share/noticia/2020/04/dc-comics-doa-r-13-milhao-para-apoiar-mercado-de-quadrinhos.html

Histórica livraria que inspirou "Harry Potter" doa clássicos em drive thru

Para uma livraria com 144 ininterruptos anos em funcionamento, a Lello, no Porto, é mesmo bastante inovadora. Foi a primeira do mundo a cobrar pela entrada de seus visitantes — o valor, de 5 euros, foi uma forma de organizar (e arrecadar com) a ininterrupta horda de turistas que passaram a fazer filas para ocupar seus pequenos corredores. Agora, quer entrar para a história como a primeira a ter um "drive thru" de livros.

Com as portas voluntariamente fechadas desde o dia 13 de março para incentivar o distanciamento social proposto pelo governo português em tempos do avanço da pandemia do coronavírus, a livraria decidiu criar o serviço de entrega gratuita de livros aos seus clientes para cumprir o que, em seu comunicado sobre a iniciativa, chama de manter a sua missão de "pôr o mundo inteiro a ler, sempre que haja mundo, leitores e o que ler".

Literatura como refúgio

A depender da Lello, aberta no longínquo ano de 1906, o trio necessário para fazer com que as histórias impressas continuem a encantar os leitores deve perpetuar até mesmo nos tempos mais difíceis. Algo que já se tornou de certa forma .até comum na trajetória de um negócio familiar que passou por guerras mundiais, pelo menos uma outra grande epidemia (a Gripe Espanhola) e até mesmo um período de ditadura.

Na circunstância em que os portugueses estão em quarentena desde que o governo local decretou Estado de Emergência há duas semanas, a livraria quer ocupar o tempo livre dos habitantes do Porto (o distrito com mais casos da covid-19 no país) com boa literatura. A partir de hoje, e por tempo indeterminado, um diferente título será entregue (gratuitamente) por dia.

A iniciativa começa com "Mensagem", de Fernando Pessoa, e segue com títulos para adultos, jovens e crianças, de grandes clássicos portugueses e estrangeiros, como "Os Maias", de Eça de Queiroz, "Moby Dick", de Herman Melville, "Peter Pan", de J. M. Berrie, entre outros, todos editados pela própria Lello.

Para ter acesso aos livros, os leitores interessados devem enviar os seus dados pessoais previamente, através de um email, e no dia agendado, seguir de carro até a livraria (das 10h às 12h) para receber o volume das mãos — devidamente desinfetadas — de um colaborador diretamente pelo vidro, "para não haver nenhum contato", como pontua o comunicado.

"Queremos poder seguir encantando as pessoas com a leitura, até quando tivermos condições financeiras e de pessoal para isso", explica Andreia Ferreira, diretora de marketing e comunicação da Livraria Lello. A expectativa é atender cerca de 120 pessoas por dia. Um número muito inferior aos mais de 3 mil visitantes que passam diariamente pela histórica livraria.

Ponto turístico

Mais do que um dos pontos turísticos mais visitados do Porto, a Lello se tornou talvez a mais famosa livraria do mundo por alimentar um folclore local que a ajuda a atrair milhares de pessoas que formam intermináveis filas na histórica Rua das Carmelitas.

Teria sido seus pináculos, a fachada em estilo neogótico, o bem trabalhado vitral e, claro, a escada crimson vermelha em duplo caracol que serviram de uma das principais inspirações da escritora J. K. Rowling para escrever "Harry Potter", uma das sagas literárias mais populares do século 20. A autora morou no Porto no início dos anos 1990 quando dava aulas de inglês na cidade. Ainda há funcionários antigos de casa que lembram-se de Rowling como uma assídua cliente.

Mas se é a fama do universo potteriano que atrai muita gente, é provavelmente a beleza da livraria — e algumas obras da literatura portuguesa, com muitas edições raras — que fazem os turistas ficaram de boca aberta ao entrar ali. Não à toa, a Lello passou a se intitular espertamente como "a mais bela livraria do mundo".

Construída no começo do século passado, ela foi mesmo desenhada a pedido dos irmãos Lello, os seus fundadores, para ser uma obra arquitetônica extraordinária, uma "catedral para as artes e as letras", como bem definiu José Manuel Lello, terceira geração da família, que segue como um dos administradores, ainda que com menor participação societária.

Hoje, adentrar a livraria se tornou uma tarefa custosa: filas, empurrões, disputas degrau a degrau para muitas selfies tiradas frente à escada que remonta a escola de Hogwarts. A Lello, com sua estrutura estreita e fascinante, ficou essencialmente pequena para sua fama. Nem mesmo a cobrança de entrada intimida os muitos turistas, que pouco aproveitam os 5 euros pagos que podem ser revertidos em descontos em alguns dos mais exclusivos volumes impressos em Portugal.

"Bens de primeira necessidade".

Os milhares de livros, infelizmente, perderam o protagonismo nessa pequena livraria que começou como uma editora, herdada a partir do espólio de Ernesto Chardon. Ele, um livreiro francês que se mudou para o Porto no final no século 19 e que, após ganhar na loteria, usou seu dinheiro para editar autores nacionais, como Eça de Queiroz e Camilo Castelo Branco e, assim, se tornar um dos maiores editores do seu tempo — foi Chardon quem lançou a primeira edição de "Os Maias".

Quando os irmãos Lello construíram o espaço onde até hoje se mantém a livraria, na Baixa do Porto, a ideia era promover o legado de Chardon (cujo nome ainda está estampado na vitrine) e fazer de sua paixão pelos livros uma parte da identidade cultural da cidade..

Com o recente fechamento do comércio face aos novos tempos que impõem o isolamento das pessoas em casa, a iniciativa da Lello, chamada de "verdadeiro ato de 'Amor nos Tempos da Cólera'" pela livraria, surgiu depois de uma afirmação da Ministra da Cultura de Portugal que as livrarias poderiam seguir funcionando (desde que de forma limitada e sem contato direto), porque os livros são bens de primeira necessidade..

Hoje, com suas portas fechadas pela primeira vez em toda a sua história, a Lello quer continuar seu propósito de "levar o melhor da literatura aos leitores de todos os tipos, de todas as idades", como explica Andreia Ferreira. Nem que seja através da fresta aberta na janela de um carro..

Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2020/04/03/coronavirus-em-portugal-historica-livraria-doa-livros-em-drive-thru.htm?fbclid=IwAR1SA4qs7Q7CSR2fOi_fPcF0x6qUaAj56Alb9_N7SkNeRuloNThHGKl3-I4