“ Dor do crescimento “ existe ? Coluna Pediatria por Dra. Carolina Calafiori de Campos

Essa semana , estive no Programa Band Mulher , no canal Band Campinas, falando sobre o tema “ dor do crescimento “.

Muito se fala sobre o assunto e muitos têm a seguinte dúvida : “ afinal , crescer dói?!” E a resposta é NÃO ! Apesar do nome “dor do crescimento “, não existe relação com nenhuma fase do crescimento físico; porém  este termo foi consagrado pelo uso frequente e ainda é utilizado nos dias atuais, servindo para diferenciá-la de uma série de outras condições que causam dor em crianças. 

“Mas Dra Carol , qual a causa dessa dor ?”

Não há uma explicação totalmente comprovada da causa dessa dor. Existem teorias como a de que a fadiga muscular ou a grande atividade de impacto, pode provocar a dor.

Outras teorias falam a respeito da associação com fatores emocionais , e ainda com problemas anatômicos , por exemplo o pé plano.

Trata-se de uma condição benigna, de evolução crônica e de curso autolimitado, acometendo 10% a 20% das crianças.

A faixa etária acometida é a partir dos 3 ou 4 anos, até os 10 ou 12 anos.

Qual a característica dessa dor?

Ela surge no final da tarde e no começo da noite , porém pode surgir no meio da madrugada.

 É uma dor muscular difusa, frequente ou esporádica, que acomete principalmente membros inferiores : panturrilha , canela , atrás dos joelhos e nas coxas.

Geralmente é bilateral , mas pode acometer somente um lado da perna.

No outro dia a criança está totalmente normal, sem nenhuma dor.

Além da queixa da dor , não existem outros sinais, como febre, edema, perda do apetite, manchas na pele e limitação de movimentos.

É muito importante que a criança com dor do crescimento , seja avaliada por um pediatra , pois nem sempre dor nas pernas é sinônimo de dor do crescimento. Precisamos investigar doenças que cursam com dor , como a artrite e a osteomielite.

Na avaliação clínica , o exame físico da criança com dor de crescimento é normal. Ela caminha normalmente, a coluna e as extremidades não apresentam deformidades, nem restrição de movimentos. Não existe fraqueza muscular, nem alteração dos reflexos.

A presença de articulações inchadas, massas palpáveis, dor ao movimento dos membros ou à palpação indicam a necessidade de exames de laboratório e de imagem em busca de outros diagnósticos.

Como tratar as dores de crescimento?

O grau de ansiedade será reduzido quando a família compreender e aceitar que as dores são benignas e desaparecerão até o fim da infância. Durante as crises, cerca de 95% das crianças sentem alívio com massagens, enquanto outros, com crises mais demoradas, precisam de analgésicos comuns ou antiinflamatórios, tais como ibuprofeno.

Dra. Carolina Calafiori de Campos

Coluna Pediatria

Dra Carolina Calafiori de Campos - CRM 146.649 RQE nº 73944 

Médica Formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, Especialização em Pediatria pelo Hospital da Puc Campinas, Especialização em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital da Puc Campinas, Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria - Contato: carolinacalafiori@hotmail.com

Cinco segredos para superar a perda”: 5. Autoconhecimento - Coluna Psicologia por Leticia Kancelkis

“Conhece-te a ti mesmo e conhecerás todo o Universo e os deuses, porque se o que procuras não achares primeiro dentro de ti mesmo, não acharás em lugar algum.”

Partamos da famosa frase acima para refletirmos a respeito da importância do autoconhecimento para a superação da(s) perda(s).  Falamos, nos textos anteriores, sobre quatro segredos para esta superação, quais sejam: a esperança, o exercício de “viver um dia de cada vez”, o reconhecimento e a compreensão do sentimento de culpa e a generosidade e altruísmo equilibrado e achamos por bem completar esta série com a abordagem do tema “autoconhecimento”.

Sendo assim, é preciso considerar que conhecer-se é fundamental para alcançar todos os demais segredos. De fato, trata-se de um desafio a ser aceito, mas um desafio que realmente vale a pena!

A esperança provém da possibilidade de sentirmos confiança em algo que não se vê, mas se conhece de um modo profundo e indelével, cuja base se encontra dentro de nós mesmos, em nenhum outro lugar; está na nossa interpretação, por assim dizer, do mundo e das pessoas, de Deus e seus mistérios; está nas figuras de pai, mãe, masculino, feminino, divino que podemos colocar para dentro do coração, de acordo com o potencial que é só nosso para isso.

Já o exercício de “viver um dia de cada vez” está intimamente ligado à possibilidade de ter tido experiências de vitória após ter passado anteriormente por dificuldades, a partir de uma postura de perseverança frente às adversidades. Estas experiências de superação anteriores a uma determinada perda geram justamente a esperança, que, por sua vez, gera a confiança necessária que possibilita a tranqüilidade e a paciência de “viver um dia de cada vez”, aproveitando cada minuto para fazer com que o momento seguinte seja o melhor possível. E só podemos nos valer assim das experiências de que estamos falando se tivermos certa dose de autoconhecimento, podendo, por meio dele, identificar  possibilidades e limites para a superação de uma perda.

 

Da mesma forma, apenas o processo de autoconhecimento é capaz de promover o reconhecimento e a compreensão do sentimento de culpa, trazendo dados de realidade e fazendo fantasias que o produziam perderem a força e, com isto, a angústia provocada por elas também.

No que diz respeito ao poder exercer a generosidade e o altruísmo equilibrado, isso somente parece possível se a pessoa conseguir conhecer mais profundamente os próprios recursos internos, as próprias potencialidades e as mentiras contadas pelo inconsciente a respeito das ameaças que este tipo de sentimento e atitude (como o perdão, o investimento afetivo no outro...) representaria fantasiosamente, mas não de fato. O perdão, que pode ser tão libertador, por exemplo, pode também ser dificultado por ideias que trazem sensação de enfraquecimento, de perda de controle sobre alguma situação... Ameaças imaginadas mas irreais acionam em nós defesas psíquicas que na verdade não nos defendem de coisa alguma e, pelo contrário, impedem, por exemplo, o exercício generoso e altruísta, tão importante para a superação da(s) perda(s).

Leticia Kancelkis

Coluna Psicologia

Formada em Psicologia desde 1999, Mestre e Doutora em Psicologia Clínica de referencial Psicanalítico pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas). Autora dos livros: “O Sol Brilhará Amanhã: Anuário de uma mãe de UTI sustentada por Deus” e “Uma menina chamada Alegria”. Atua como Psicóloga Clínica, atendendo também por Skype. Contato:leticia.ka@hotmail.com

 

 

 

 

 

 

Os cinco segredos para superar a perda: esperança - Coluna Psicologia por Letícia Kancelkis

Os cinco segredos para superar a perda: esperança

Leticia Kancelkis

Coluna Psicologia

Formada em Psicologia desde 1999, Mestre e Doutora em Psicologia Clínica de referencial Psicanalítico pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas). Autora dos livros: “O Sol Brilhará Amanhã: Anuário de uma mãe de UTI sustentada por Deus” e “Uma menina chamada Alegria”. Atua como Psicóloga Clínica, atendendo também por Skype. Contato:leticia.ka@hotmail.com

Como evitar a dor da separação - Coluna psicologia por Letícia Kancelkis

Como evitar a dor da separação

Leticia Kancelkis

Coluna Psicologia

Formada em Psicologia desde 1999, Mestre e Doutora em Psicologia Clínica de referencial Psicanalítico pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas). Autora dos livros: “O Sol Brilhará Amanhã: Anuário de uma mãe de UTI sustentada por Deus” e “Uma menina chamada Alegria”. Atua como Psicóloga Clínica, atendendo também por Skype. Contato:leticia.ka@hotmail.com